domingo, 31 de julho de 2011

RESULTADOS E CONFRONTOS

Caríssimos, não foi possível!

Numa prova em que todos os "detectives" resolveram escrever até mais não, apesar da maratona de leitura, muitas dúvidas ficaram quanto aos apuramentos e por isso, não há conclusões, ainda!

Durante o dia de amanhã vamos tentar pôr tudo em ordem para que os resultados e os confrontos possam ver a luz do sol, que é como quem diz, provoquem alegria em alguns e tristeza noutros!

As nossas desculpas. Prometemos ser breves no compasso de espera!

POLICIÁRIO 1045

MEMÓRIAS DO POLICIÁRIO

Memórias da nossa secção! Eis o que reservamos para todos os nossos “detectives”. Para aqueles que nos acompanham há mais tempo, será uma forma de recordarem os primeiros passos do campeonato nacional. Para os que surgiram mais recentemente, será uma forma de tomarem conhecimento do que foram os primórdios competitivos, nesta fórmula mais aproximada com a actual.

Desde a época 2001/2002, altura em que adoptamos o figurino actual, que a actividade se vai desenvolvendo a ritmo elevado. Em honra de todos os confrades, lutem pelos primeiros lugares ou não, aqui ficam apontamentos para recordar, em pleno tempo de férias, sol, praia ou campo.
ÉPOCA 2001/2002
A época 2001/2002 marcou o início do figurino que se manteve mais ou menos intacto, até aos dias de hoje, com a criação de um esquema competitivo que incluía um Campeonato Nacional na modalidade de decifração.

Paralelamente, usando os mesmos problemas que serviam para encontrar o Campeão Nacional, decorria a Taça de Portugal, uma competição a eliminar, que se revestia de grande emoção e imprevisibilidade quanto ao vencedor, uma vez que, bastava um momento de menor acerto para resultar em eliminação.

Antes de cada prova eram sorteados os confrontos entre “detectives”, que decidiam a passagem entre si, no um contra um. O que obtivesse melhor desempenho, passava, o outro era eliminado.

A circunstância de haver concorrentes eliminados com pontuações superiores à dos apurados em outros confrontos, aguçava o engenho e originava soluções de grande qualidade, sobretudo quando o sorteio colocava alguns dos favoritos em rota de colisão!

Ficaram famosas, algumas decisões tomadas “ao milímetro” ou, como ainda hoje designamos, “desempatadas por grandes penalidades”! Decisões sempre controversas e susceptíveis de alguma subjectividade, que o orientador tinha de assumir, mesmo quando a vontade era de que passassem os dois!

Os resultados obtidos nestas duas competições permitiam o alinhamento das classificações dos troféus de Policiarista do Ano e do N.º 1 do Ranking.

No final da época, o balanço foi extremamente positivo e premiou os “detectives” mais regulares e de melhor desempenho nas diversas competições.

No campeonato nacional, uma lacuna nos regulamentos não estabelecia critérios de desempate e por isso tivemos, não um campeão, mas sim dois: Figaleira, confrade de Alvares, residente na Amadora e o seu “vizinho” de Alfragide, o confrade Nove. Nos lugares seguintes, ficaram o Inspector C M Bond (actualmente Karl Marques), Mister H, Paulo, o já falecido Dic Roland e o agora afastado Inspector Moka.

Na Taça de Portugal, foi o Figaleira quem ergueu o troféu, fazendo, assim, a chamada “dobradinha”, depois de suplantar, na final, o confrade torriense Mister H.

Face a estes resultados, foi o confrade Figaleira quem se tornou o grande triunfador da época, conquistando os troféus de Policiarista do Ano e de N.º 1 do Ranking.
ÉPOCA 2002/2003
Apesar da publicação de um problema que causou enorme burburinho entre os “detectives”, de autoria do confrade M. Constantino, o grande mestre da produção: “Do Esqueleto da Dedução ao Esclarecimento do Delito”, o título de campeão foi renhido e decidido em pormenores.

O escalabitano Zé dos Anzóis, que antes era e agora voltou a ser o Inspector Aranha, conquistou o primeiro título nacional, vencendo sobre a meta os confrades Daniel Falcão e Zé-Viseu (agora e de novo, apenas Zé), segundo e terceiro, respectivamente. Dic Roland, A. Raposo, Búfalos Associados, Detective Jeremias, Figaleira, KO, Nove, Rip Kirby, Vilnosa, Bé, H. Sapiens, Lara Cristian, Xispêtêó, Inspector Moka, Arnes, Avlis e Snitram, Gisa, Karl Marques, Mister H, Paulo, Peter Pan, Ego, Severina, Soldado da Silva, Vicktório, D. Chicote, Alce Branco, Aseret, Bemtevejo, Danielux, Detective Busca, Época, Maans, Mafesa, O Violas, Otitavlis e tantos outros nomes que lutaram pelo lugar mais cimeiro, alguns ainda hoje “detectives”.

A Taça de Portugal tomou o rumo de Braga e foi para a vitrine de Daniel Falcão, que venceu em final extremamente renhida, o confrade Nove. Pelas meias-finais quedaram-se a Detective Busca e o Zé dos Anzóis, tendo Arnes, H. Sapiens, Inspector Moka e Onaírda ficado pelos quartos de final.

O troféu de Policiarista do Ano foi para Braga, levado por Daniel Falcão, que suplantou Zé dos Anzóis e Nove, deixando à porta do pódio, depois de luta intensa, os confrades Dic Roland, Rip Kirby, Inspector Moka, Arnes, H. Sapiens, Búfalos Associados, Detective Jeremias, etc..

O primeiro do Ranking no final da época foi o mesmo Daniel Falcão, com Nove em segundo e Zé dos Anzóis em terceiro. Nos lugares seguintes, Figaleira, Dic Roland, Inspector Moka, H Sapiens, Mister H, Rip Kirby, Paulo, etc.
ÉPOCA 2003/2004
O campeão nacional de decifração foi o confrade de Alfragide, Nove, imediatamente seguido do seu “vizinho” residente na Amadora, Figaleira e do bracarense Daniel Falcão. Seguiram-se, Búfalos Associados, Zé-Viseu, Zé dos Anzóis, KO, H. Sapiens, A. Raposo, Avlis e Snitram, Dic Roland, Smaluco (actual Inspector Boavida), Assavil, Deco, Frutas, Arnes, Inspector Moka, A Lontra, Árabe, Rip Kirby, Severina, Vilnosa, etc.

A Taça de Portugal foi erguida pelo confrade viseense Zé, que bateu na final Nove, depois de animada luta e muito equilíbrio. Nas meias-finais ficaram pelo caminho Búfalos Associados e Daniel Falcão, apesar de terem elaborado excelentes trabalhos, que no entanto se revelaram insuficientes para baterem os finalistas. Pelos quartos de final ficaram H. Sapiens, Mister H, Onaírda e Smaluco. Eliminados nos oitavos de final, apesar de excelentes prestações, foram os confrades Arnes, Aseret, Bemtevejo, Detective Tom Miklui, Hortonólito, Inspector Moka, Medvet e Zé dos Anzóis.

Mercê destes resultados, foi o confrade Nove quem ergueu o troféu de Policiarista do Ano, à frente de Zé-Viseu e do par Daniel Falcão e Búfalos Associados, que se igualaram no terceiro lugar. Figaleira, H. Sapiens, A Raposo, Smaluco, Zé dos Anzóis, KO, Deco, Avlis e Snitram, Inspector Moka, Arnes, Dic Roland, Rip Kirby, Severina, ocuparam os lugares seguintes.

O Ranking PÚBLICO-Policiário no final da época registou o confrade Nove como n.º 1, com Daniel Falcão em segundo e Búfalos Associados em terceiro. Nos lugares seguintes, Figaleira, Zé-Viseu, H Sapiens, Zé dos Anzóis, etc.

Só nesta época foi introduzido um novo título de campeão nacional, para a modalidade de produção de problemas policiários, conferindo, assim, justiça ao labor dos artífices dos enigmas.

Foram os confrades com direito de voto reconhecido pelos regulamentos, quem definiram a classificação das produções. Perante a galeria de bons produtores, com Daniel Falcão, Figaleira, Severina, Paulo, Smaluco (actual Insp. Boavida), Rip Kirby e Nove, foi o confrade A. Raposo - à época ainda a concorrer sozinho - quem conquistou o degrau mais baixo do pódio, com “A Morte Dança o Bolero”. Seguiu-se, em segundo lugar, mais um “bico-de-obra” saído da pena do mestre M. Constantino, com “Ementa: Dois em Um”. Sagrou-se primeiro campeão nacional, o Inspector Fidalgo, com “Um Caso Curioso”.

sábado, 30 de julho de 2011

RESULTADOS E CONFRONTOS

Continuamos a trabalhar para podermos dar seguimento ao (quase) prometido, publicando AQUI até amanhã, os resultados da prova n.º 6 e os confrontos para a prova n.º 7, mas "a coisa" está difícil!

Se calhar não vai ser possível e teremos de adiar por um ou dois dias... (Estes políticos..)
Meus caros, com toda a humildade pedimos desculpas pelo incumprimento (provável!)...

Mas vamos continuar tentando e se conseguirmos publicar até à meia-noite de amanhã, considerem esta conversa sem efeito, ok?

domingo, 24 de julho de 2011

POLICIÁRIO 1044

RESOLVIDO CRIME NAS MARGENS DO RIO DOURO

De acordo com a programação que fizemos para este mês, cabe hoje a publicação da solução que o confrade Paulo dá ao seu problema de escolha múltipla, que nos levou até ao Rio Douro e às suas diversas pontes.

Vamos, também, retomar as questões relativas aos prazos e às datas de publicação de desafios, que parecem estar a levantar muita polémica, no nosso entendimento sem qualquer sentido, uma vez que, quer aqui na nossa página de Policiário, quer no blogue Crime Público, por variadas vezes esclarecemos o calendário.



CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL


SOLUÇÃO DA PROVA N.º 6 – PARTE II


“O DOURO TEM MUITAS PONTES”, de PAULO




O que se pode concluir do texto?

1 - O assassino teve que entrar no quarto antes da câmara ser ligada e sair quando houve a falha de corrente eléctrica.

2 - Não era possível em menos de um minuto, a alguém que estivesse fora do quarto, aproveitar a escuridão para abrir a porta, que estava fechada, entrar, estrangular e sair. Haveria grande risco de ser apanhado.

3 - Como o assassino entrou antes da câmara ser ligada, o Miguel fica excluído.

4 - Para sair, após ter estrangulado o Ferreira, o assassino usou o fio, com as pontas desprotegidas para provocar um curto-circuito no circuito de iluminação, deixando as marcas da descarga eléctrica no cabo condutor. Antes já teria colocado a chave na porta.

5 - Quando a luz se apagou e o Miguel saiu do seu local de vigilância, o assassino abriu a porta e saiu.

6 - O Xavier embora pudesse ser o assassino tinha poucas probabilidades de ser bem sucedido devido ao ferimento. Além disso a saída do quarto às 4 horas, aumentava as possibilidades de ser descoberto, pelo Jacinto ou pelo Miguel.

7 - O Fabrício embora pudesse fisicamente matar o Ferreira, também não escolheria as 4 horas para sair do quarto pelas mesmas razões atribuídas ao Xavier. Seria a hora com maior probabilidade de ser apanhado, por dois dos vigilantes estarem levantados e em movimento na casa.

8 - O Jacinto chegou logo após a luz ter voltado e verificou que a porta estava fechada. Essa é a palavra dele. No entanto, às 8 horas, quando entrou no quarto a gravação mostra-o a rodar a maçaneta sem tentar abrir a porta. Porquê? Porque sabia que estava aberta. A verificação que ele fez quando chegou às 4 horas foi falseada. Ele estava dentro do quarto e não tivera tempo de fechar a porta ao sair. Por isso, surgiu imediatamente, fingiu que vinha do quarto e falseou a verificação da porta, indicando que estava fechada.

Mais tarde abriu-a sem usar a chave porque sabia que não precisaria dela.

Ele é o assassino: C - Jacinto

Eis uma sequência dos acontecimentos:

- Entrou antes de ligar a câmara. Escondeu-se num armário, ou provavelmente debaixo da câmara, que se sabe, através do narrador, ser um esconderijo possível.

- Depois de ver que o Ferreira dormia estrangulou-o com o fio.

- Perto das 4 horas usou o fio descarnado nas pontas e provocou um curto-circuito, num local já previamente estudado, deixando marcas no fio.

- Guardou o fio no bolso.

- Abriu a porta, onde previamente colocara a chave, para maior rapidez, saiu e fechou a porta só com o fecho para ser mais rápido.

- Esperou na escada que desembocava do lado do quarto a chegada do Miguel no outro topo do corredor e apareceu.

- Fez a falsa verificação da porta, fingindo que se mantinha fechada à chave.

- Às oito horas abriu a porta, sem tentar usar a chave e esse acto incriminou-o, porque sabia que ela estava aberta.

- Mais tarde desfez-se da arma do crime.



AINDA OS PRAZOS!




A questão que parece estar na base da maioria das dúvidas dos nossos “detectives” é a da publicação dos desafios da prova n.º 8. Uma parte significativa dos confrades interiorizou que no mês de Agosto, por se tratar de uma época de férias por excelência, não haveria publicação de qualquer desafio, como, de resto, foi prática em alguns anos.

Recordamos que durante alguns anos, a época competitiva decorreu entre os meses de Setembro/Outubro e Maio/Junho, havendo, portanto, mudança de época precisamente nas férias de verão. Só que esses eram os tempos em que uma percentagem significativa das nossas secções era composta por tabelas classificativas, infindáveis, para que cada “detective” soubesse qual o seu posicionamento.

Hoje, com a apoio inestimável do nosso blogue Crime Público, essas informações são lá colocadas à disposição dos confrades, libertando este espaço para tarefas bem mais policiárias.

Mas, independentemente desse factor, a experiência acumulada disse-nos que não era boa política desactivar o Policiário na sua vertente competitiva, durante um período tão longo, de um mês inteiro, para regressar à mesma competição. Os “detectives” perdiam o ritmo, esqueciam os compromissos policiários por tempo demais, entravam numa fase de certa descompressão e depois ressentiam-se no regresso à tarefa de decifração.

Nesse sentido, foi decidido que esta época o prazo de publicação dos desafios se manteria inalterada: Os dois primeiros domingos de cada um dos meses, entre Janeiro e Outubro são dedicados à publicação dos desafios. No primeiro o de características tradicionais e no segundo o de escolha múltipla, para nós o problema de “rápidas policiárias”.

Portanto, no mês de Agosto, apesar das férias, nos dias 7 e 14, lá estarão os dois desafios para serem resolvidos pelos nossos “detectives”, tal como acontecerá nos dias 4 e 11 de Setembro!

Onde residem, então, as alterações à rotina? Nos prazos para resposta aos desafios publicados!

Porque as pessoas podem estar afastadas dos seus locais habituais, com probabilidade de não poderem aceder ao jornal ou ao blogue e também porque não queremos ser acusados de sermos responsáveis por conflitos familiares em tempo de férias, do género de “nem em férias deixas de andar por aí aos tiros e com cadáveres aos tombos”, os prazos são alargados em alguns dias.

Assim, os desafios da prova n.º 7, já publicados nos dias 3 e 10 deste mês de Julho, têm o seu prazo para resposta alargado até ao dia 20 de Agosto; Os problemas que compõem a prova n.º 8, que vão ser publicados nos dias 7 e 14 de Agosto, verão o prazo ampliado até 20 de Setembro; Os da prova n.º 9, a publicar nas secções de 4 e 11 de Setembro terão como prazo limite o dia 10 de Outubro; Finalmente, a prova n.º 10, cujos desafios serão publicados nos dias 2 e 9 de Outubro, retomará os prazos habituais do resto da época, ou seja, o último dia do respectivo mês.

Como sempre, os confrontos para a Taça de Portugal serão publicados antes do término dos prazos respectivos, de modo a que cada “detectives” ainda na luta pelo troféu saiba em tempo útil quem é o seu opositor directo. Esta informação poderá ser transmitida na secção ou no blogue Crime Público, conforme as disponibilidades, sobretudo neste tempo de férias em que as nossas secções são feitas com antecedência.

De qualquer das formas, pensamos que conseguimos salvaguardar todos os interesses, não prejudicando o andamento das competições nem o merecido repouso dos nossos “detectives”.

Para todos, umas boas férias!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

ATÉ AO FIM DO MÊS!

CLASSIFICAÇÕES E CONFRONTOS

Vamos procurar cumprir mais este objectivo, publicando as classificações da prova n.º 6 e os confrontos para a prova 7 até ao dia 31 de Julho.

ESTAMOS NESSA!

domingo, 17 de julho de 2011

POLICIÁRIO 1043

DECIFRADO O DESAFIO DE RIP KIRBY


Chegou o momento de ficarmos a saber quem foi o autor do massacre na Quinta da Alegria, que o confrade Rip Kirby nos propôs:

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL
SOLUÇÃO DA PROVA N.º 6 – PARTE I
“MASSACRE NA QUINTA DA ALEGRIA”, de RIP KIRBY

Quem teria feito aquela chacina na Quinta da Alegria? Algum dos empregados?
Esta é uma hipótese pouco provável, eles estiveram todos na piscina e, segundo afirmaram estiveram sempre juntos, apenas o mordomo que, por ordem antecipada do patrão, ás 15 horas foi servir as bebidas aos convidados. Mas o mordomo foi também uma das vítimas. Portanto, também não foi ele o autor daquele morticínio.

Teria sido o individuo alto e mascarado referido por Andréia Niemeyer? Esta referência parece querer indicar-nos Norberto Castro, que não se pode dizer que seja baixo. Mas Norberto tinha ido a Lisboa e apresentou os talões das portagens, que pagou reforçando o seu álibi, apresentando o bilhete do teatro a que fora na véspera, que para além da data impressa, tinha o autógrafo de um actor, que participara na peça a que tinha assistido, com a data manuscrita. Por tudo isto temos que considerar que Norberto não foi o autor daquela matança.

Segundo o depoimento de um dos guardas Norberto teria estado na Quinta da Alegria mas, o mesmo guarda confessa que apenas viu o motorista porque os vidros do carro eram escuros e não dava para ver quem ia dentro pelo que a sua afirmação é irrelevante. Se ia alguém lá dentro não sabemos, mas se ia não era Norberto, que já sabemos estava em Lisboa. Também não é provável que o motorista levasse algum passageiro pois não foi encontrado ninguém estranho na Quinta. Se levasse este teria que ser encontrado na propriedade já que não passou pelo portão para sair nem foi encontrado qualquer sinal de que tivesse saltado o muro. A saída pelo portão seria notada pelo guarda que estivesse de serviço naquela hora. Também não podemos acusar o guarda, que estava de serviço na hora do crime, pois ao contrário do que o italiano afirmou este era baixo e atarracado. Se fosse um dos outros guardas o colega tê-lo-ia visto.

Não tendo sido nenhuma das personagens atrás referidas teríamos que apontar para um desconhecido mas já vimos que até essa hipótese não é aceitável porque nenhum estranho foi visto a entrar nem a sair e mesmo que tivesse sido levado pelo motorista de Gilberto Castro este voltou a sair logo depois pelo que, neste caso, esse tal possível estranho não teria tempo para fazer aquele trabalho e voltar a sair no mesmo carro que entrara. Se tivesse entrado teria que ser encontrado na propriedade pois não tendo saído pelo portão forçosamente que teria que escalar o muro e nessa operação deixaria marcas, que como já vimos não foram encontradas.

Parece que estamos num impasse mas o Inspector Trindade que já anda nesta profissão há muitos anos não desistiu e pondo o cérebro a funcionar chegou à seguinte conclusão:

Se todos os convidados tomaram um sonífero com as bebidas servidas por volta das três horas estas só podiam ter sido administradas pelo mordomo ou pelo dono da casa.

De acordo com a opinião do médico, o mordomo teria morrido, devido à hemorragia, 30 minutos depois de ter sido atingido no intervalo de tempo calculado para a morte dos convidados, portanto, cerca das 16 horas.

A hipótese de ele ter feito aquela chacina e se ter suicidado de seguida não é aceitável. Pelos sinais que a ferida apresenta, ou antes não apresenta, o tiro que o atingiu foi disparado à distância. O facto da cápsula da bala que o atingiu estar distante do seu corpo é mais uma prova do que antes é afirmado

Por outro lado os cálices onde as bebidas foram servidas não apresentam qualquer sinal das ditas, apenas têm no fundo umas gotas de água e não têm qualquer impressão digital o que indica que os cálices foram lavados após as bebidas consumidas. Ora não faz sentido os cálices serem lavados e depois levados de novo para a mesa o que significa que quem colocou o sonífero nas bebidas pretendia que isso não fosse descoberto. Ora esta é mais uma prova de que o mordomo não se suicidou nem quem fez aquele serviço. Se tivesse sido ele e tencionasse suicidar-se a seguir não teria tido o trabalho de limpar os copos.

Portanto o autor daquele morticínio só podia ter sido o Italiano, Andréia Niemeyer.

Vejamos o que levou o Insp. a esta conclusão.

Andréia encontrava-se estendido junto da porta que dava para outra sala o que em princípio nos poderia levar a pensar que ele havia sido atingido quando tentava fugir da sala de jantar. Mas se assim tivesse sido ele teria sido atingido pelas costas, mas ao contrário disso foi atingido pela frente como provam os sinais do ferimento que apresenta.

Por outro lado, se assim fosse, teria sido atingido quando já se encontrava a alguma distância pelo que a cápsula da bala não estaria perto dele.

Pela quantidade de sangue que ele perdeu o médico calculou que ele tivesse sido atingido cerca de quinze minutos antes de ter sido encontrado pelos empregados. Perante estes pormenores Trindade concluiu que Andréia Niemeyer colocou na bebida que ia ser servida aos seus convidados o sonífero que foi encontrado no estômago destes. A dose deveria ter sido forte para que estes adormecessem rapidamente. Quando os viu a dormir disparou sobre o mordomo para que este, cúmplice ou não, o não denunciasse. Depois foi só encostar a arma à nuca das suas vítimas e disparar. Como estas estavam tombadas sobre a mesa a trajectória das balas tem a aparência de ser ligeiramente ascendente. Os ferimentos sangraram pouco porque a queimadura os cauterizou

Por fim esperou a hora a que os empregados deveriam voltar e um pouco antes disparou sobre si mesmo após o que, depois de limpar a coronha, lançou a arma juntamente com a luva na direcção do ponto onde estava estendido o corpo do mordomo. A tragectória seguida pela bala é a característica de quem dispara sobre si mesmo, com a mão direita, tendo o cuidado de apontar para um ponto onde nenhum órgão vital seria atingido.

Que motivação teve ele para cometer estes crimes não sabemos. Possivelmente pretendia desfazer-se dos sócios para facilitar a aquisição das outras cotas. Gilberto estaria também incluído no número de vítimas mas o tal compromisso de última hora salvou-o.



PRAZO DA PROVA N.º 7

Em pleno tempo de férias para muitos dos nossos “detectives”, a recordação de alguns compromissos policiários não deve ser entendida como um motivo para as estragar, até porque uma expansão de prazos é sempre bem-vinda, mas apenas e só como mera informação “anti-esquecimento”:

Até ao dia 20 de Agosto, decorre o prazo para envio das propostas de solução das duas partes da prova n.º 7, cujos problemas foram publicados nos dia 3 e 10 deste mês de Julho, respectivamente!

domingo, 10 de julho de 2011

POLICIÁRIO 1042

Em pleno mês de Julho, com muitos “detectives” já em férias e muitos outros a contarem os dias para que tal aconteça, apresentamos hoje mais uma peça das nossas competições, um problema de autoria dos Búfalos Associados, a merecer a máxima atenção, ou não estivéssemos na presença de uma dupla que já se sagrou campeã nacional de produção.


CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL
PROVA N.º 7 – PARTE II
“MANUAL DE INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS”

Original de BÚFALOS ASSOCIADOS
“Às dez horas Carlos vestia-se para o baile dos Cohen. Fora, a noite fizera-se tenebrosa, com lufadas de vento, pancadas de água, que a cada instante batiam agrestemente o jardim. Ali, no gabinete de “toilette”, errava no ar tépido um vago aroma de sabonete e de bom charuto. Sobre as duas cómodas de pau-preto, marchetadas a marfim, duas serpentinas de velho bronze erguiam os seus molhos de velas acesas, pondo largos reflexos doces sobre a seda castanha das paredes. Ao lado do alto “espelho-psyché” alastrava-se já, em cima de uma poltrona, o dominó de cetim negro com um laço azul-claro. De repente, o timbre eléctrico da porta retiniu, apressado e violento. – Talvez outra surpresa – murmurou Carlos – Hoje é o dia das surpresas.”

O Inspector Garrett interrompeu aqui a leitura, vencido pelo sono. O livro que sempre tinha à cabeceira e do qual nunca deixava de ler algumas páginas antes de adormecer, deslizou para o tapete onde acabava invariavelmente todas as noites. Offenbach continuou ainda a fazer-se ouvir num volume discreto, até o CD terminar. Garrett adormeceu profundamente. E nessa noite teve mais uma vez um estranho sonho onde lhe apareciam as figuras do romance que lia pela milionésima vez. Mas as histórias que viviam nos seus sonhos eram sempre muito diferentes das que tinham sido imaginadas pelo genial autor, se bem que muitas vezes usassem as frases que Garrett sabia já de cor e salteado. Para Garrett um dos mistérios do romance era o título do livro que Maria Eduarda andaria a ler e que Carlos descobriu sobre uma mesa em sua casa.

No dia seguinte, pela manhã, o Inspector reconstituía o sonho que começara no exacto momento em que interrompera a leitura e adormecera. Garrett era agora Carlos da Maia. Batista fora abrir. Pela escada acima, duas penas negras de galo ondearam, um manto escarlate esvoaçou – e o Ega estava diante dele, vestido de Mefistófeles! Garrett apenas pôde dizer: ”Bravo!” – o aspecto de Ega emudeceu-o. Sentia-se bem a aflição em que vinha. – “Tu sabes o que me sucedeu? Cheguei a casa dos Cohen mais cedo, como tínhamos combinado. Ao entrar na sala já estavam algumas pessoas, um sujeito de urso e uma senhora não sei de quê, de tirolesa creio eu. O Cohen, de beduíno, vem direito a mim e diz-me: “Você, seu infame, ponha-se já no meio da rua, senão, diante desta gente, corro-o a pontapés!” Está claro que descobriu tudo. Como, não sei. Nós sempre tivemos o máximo cuidado. Alguma criada que deu com a língua nos dentes. Alguma carta anónima. Não sei. Mas eu mato-o. À pistola, a dez passos.” – “Ouve lá, Ega, que fizeste da espada espanhola que eu te emprestei esta manhã, para a mascarada? Não a vejo contigo”. –“Sei lá, se calhar caiu ou alguém ma roubou quando eu vinha a sair. Mas eu quero matá-lo!”

E as duas penas de galo ondeavam-lhe na gorra, dando-lhe uma ferocidade teatral e cómica. – “É um cobarde, é um canalha. E banqueiro ainda por cima. Não tem nada que se aproveite. A não ser claro, a mulher. A Raquel, que corpo de mulher, se vocês soubessem. Oh, meninos, que corpo...imaginem vocês um peito...” – “Chega, disse Garrett, tu estás bêbado!” – “Essa agora! Se há coisa que eu não consigo é empiteirar-me!”

Neste momento irrompeu pela sala dentro, mascarado como o selvagem Nelusko, da ópera ”A Africana”, o Dâmaso, com as gordurosas banhas a sobrarem do traje escasso: - “Mataste-a! Oh, John, como foi que tu pudeste matar a Raquel Cohen?” E apontava para Ega que não escondia o seu espanto: –“ Que estás para aí a dizer? Eu saí lá de casa sem sequer a ver. Fui corrido pela besta do marido! Tu é que eu sei muito bem que andavas a catrapiscá-la. Se calhar foste tu que a mataste!” – “Eu?” – disse o outro – “quando lá cheguei só ouvi toda a gente em correrias a dizer: “Mataram a Sr.ª. D. Raquel à espadeirada!” E vim logo para aqui.”

Nesta altura já tinham entrado pelo sonho de Garrett adentro, o Crujes mascarado de Beethoven com uma farta cabeleira grisalha, o Craft vestido de Sherlock Holmes com cachimbo e tudo, e o próprio Cohen de beduíno, que se mostrava inconsolável: -“Que horror! Fui traído, é um facto, mas que diabo, bastava uma coça, não era caso para isto! E logo com aquela espada terrível!” Dâmaso não se conteve: -“Espada terrível não, era apenas uma espada de Toledo fina e vibrante, de copos trabalhados como uma renda.” –“Sim” – confirmou Ega –“Se era a espada que eu levava, não era um daqueles espadões de ferro, ou uma durindana tremenda dos brutos que conquistaram a Índia! Está explicado porque ma roubaram”. Cohen voltou à carga: -“E tu, Crujes, que estás para aí calado. Claro que te mascaraste de Beethoven só para lhe agradar. Eu bem vejo como olhas para ela quando tocas a “Patética”. Porque é que te ausentaste da sala depois do Ega sair? Pensas que não reparei?” Crujes, com a sua timidez, só conseguiu corar e balbuciar: -“Fui ver se o piano do salão estava afinado... Mas tu eras de nós todos o que tinha mais razões para matar a tua mulher.” – “Perdão, respondeu Cohen, pelo que vejo, ciúmes dela tínhamos nós todos.”

Fez-se um silêncio que só foi cortado pela voz do Garrett que ousou perguntar de chofre: - “Mas afinal qual de vocês quatro matou a Raquel Cohen?” Ninguém respondeu. Foi quando se fez ouvir o Sherlork Holmes, aliás Craft, que, tirando uma fumaça do seu cachimbo de espuma, adiantou: - “Eu sei quem foi, não tenho dúvidas. Elementar, meus caros amigos...”

Garrett acordou antes de ouvir o resto. Mas também ele não tinha dúvidas. E quando nos contou a história deixou a pergunta: -“ Quem no meu sonho pode ser suspeito de ter assassinado a Raquel Cohen?”

A- o Cohen?
B – o Ega?
C – o Dâmaso?
D- o Crujes?

E pronto.
Resta aos nossos “detectives” prepararem as propostas de solução, indicando a alínea que acham que resolve o problema e responderem, impreterivelmente até ao próximo dia 20 de Agosto, por um dos seguintes meios:

- Pelos Correios para PÚBLICO-Policiário, Rua Viriato, 13, 1069-315 LISBOA;
- Por e-mail para policiario@publico.pt;
- Por entrega em mão na redacção do PÚBLICO de Lisboa;
- Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.

Boas deduções!


NOVOS PRAZOS
Nesta época de férias, os prazos para envio de soluções sofrem algumas alterações, a saber:
O prazo para envio das soluções da prova n.º 7 decorrerá até ao dia 20 de Agosto; da prova n.º 8, até ao dia 20 de Setembro; da prova n.º 9, até ao dia 10 de Outubro e, finalmente, da prova n.º 10 e última, até ao dia 31 de Outubro.
Os desafios continuarão s ser publicados nos dois primeiros domingos de cada mês.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

PRAZOS

A dança dos prazos é já uma tradição nossa nestas alturas de férias!
A culpa não é inteiramente nossa, uma vez que o PÚBLICO entra também num ritmo mais de verão e todas as colaborações têm que "entrar" com muita antecedência, para serem tratadas a tempo e horas e ficarem completamente à disposição e ao alcance de um "clic".

Portanto, estas alterações são, já, uma instituição!

Ora tomem nota, por favor:

As soluções das partes I e II da prova n.º 7 têm como prazo limite o dia 20 de Agosto;

As soluções das partes I e II da prova n.º 8 têm como prazo limite o dia 20 de Setembro;

As soluções das partes I e II da prova n.º 9 têm como prazo limite o dia 10 de Outubro;

As soluções das partes I e II da prova n.º 10 têm como prazo limite o dia 31 de Outubro.

Com as indispensáveis antecedências serão publicados os confrontos para a Taça de Portugal, de molde a ser cumprida a exigência de serem conhecidos os confrontos antes do final de cada prazo.

domingo, 3 de julho de 2011

PRAZOS E MAIS PRAZOS!...

Há prazos e prazos e o Policiário também os tem!
O confrade Zé chamou a atenção para o facto de continuarmos a indicar na prova n.º 7, hoje publicada, a data limite de 31 de Julho, para envio das soluções.

Pois bem, tal como aconteceu no ano transacto terá de haver alguns ajustes nas datas, para conciliar vários factores, tais como:
- As secções do PÚBLICO de Agosto terão que ficar feitas no final deste mês de Julho;
- Não poderemos ter soluções a enviar sem conhecimento dos sorteios da Taça de Portugal.

Meus caros, vamos debruçar-nos sobre todas as vertentes da questão, obter indicações seguras no jornal e amanhã, sem falta, AQUI estaremos com os dados finais, que não deverão divergir muito daquilo que aconteceu no ano transacto.

POLICIÁRIO 1041

Entrámos no 20.º ano de publicação!

No passado dia 1 de Julho completámos 19 anos de existência nas páginas do PÚBLICO, um feito inédito na já longa história do Policiário em Portugal, motivo mais que suficiente para que saudemos todos os nossos leitores e “detectives”, razão única para tamanha longevidade.

Dentro de um ano, esperamos estar aqui de novo, dessa feita para celebrarmos duas décadas de intensa competição, mas sobretudo de magnífica camaradagem, uma das nossas marcas mais distintivas.

A todos os confrades que seguem estas coisas do Policiário, mais por dentro ou apenas marginalmente, queremos dar os parabéns por esta data, que é verdadeiramente de todos e a todos se deve.

Entretanto, porque as competições não se compadecem com paragens, vamos publicar hoje mais um desafio, de autoria do confrade Paulo, um dos valores mais seguros da produção policiária, cujo problema, pelas suas características, merece e exige – se tal for possível - uma leitura ainda mais atenta.

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL

PROVA N.º 7 – PARTE I

“CRÓNICA DO MEU SUICÍDIO”, Original de PAULO

Eu estou morto. Suicidei-me.

Foi muito o tempo que levei a determinar a forma como deixaria a vida. Apaixonado pela literatura policial tinha decidido envolver a minha morte em mistério. Os crimes em quarto fechado sempre me fascinaram. Escolhi uma morte difícil, mas que valeu a pena pela confusão que lançou.

Agora que estou morto e enquanto toda esta gente circula em torno do meu corpo, tentando resolver o mistério, observo a estante onde repousam as obras de John Dickson Carr, O Mistério de Bow, de Zangwill, o francês Leroux com o maravilhoso O mistério do quarto amarelo, Agatha Christie e O Natal de Poirot, Ellery Queen e muitos outros.

Lá andam os polícias e outros técnicos de volta do meu corpo, mirando o quarto, observando as pistas: as falsas e as verdadeiras.

O que sentem? O que vêem? O que dizem?

Sentem o desespero de não compreender. Sentem uma temperatura de 32 graus Celsius. Vêm um quarto com um corpo sem vida, uma cadeira, muito sangue, dois aquecedores eléctricos de barras de resistências ligados, uma janela fechada por dentro, com barras na janela, impedindo que alguém por lá pudesse passar, uma única porta que encontraram fechada à chave, a chave da porta pelo lado de dentro, uma estante com livros policiais, com a prateleira do fundo vazia, que decerto ignoram serem todos sobre crimes em quarto fechado, uma cadeira de madeira encostada a uma das paredes, um estojo metálico para um punhal, com uma tira de borracha em volta da concavidade de resguardo, que o fecha hermeticamente, uma mesa, um copo vazio na mesa, as paredes nuas sem quadros, um candeeiro de três lâmpadas pendente do tecto, luvas de cabedal preto calçadas, uma pequena arca congeladora desligada, uma maçã verde e uma outra vermelha em cima da mesa, avermelha com uma dentada, uma beata num cinzeiro ao lado do copo, um isqueiro amarelo junto ao cinzeiro e sangue, muito sangue espalhado pela sala, que a carótida perfurada esguicha que se farta, embora só alguns segundos, até o coração parar.

“ Que calor que aqui está! Mesmo com o aquecedor desligado a temperatura continua alta.”

“ Foram muitas horas ligado. Recebemos hoje a carta a dizer que encontraríamos aqui um corpo, mas não temos ainda a certeza quando é que ocorreu a morte.”

“ Que calor insuportável!”

Sim, eu tinha comunicado a minha morte à polícia. Tinha escrito uma carta comunicando que encontrariam um corpo naquele lugar. Eu sabia que quando chegassem eu teria morrido há mais de 24 horas, o que lhes dificultaria a tarefa de deslindarem a minha morte. Quarto fechado. Ferida perfurante. Inexistência de arma.

“Será que o mataram? Mas como? A carta não dá para perceber se foi enviada pela vítima, e temos um suicídio, ou pelo assassino.”

“ Só pode ser assassínio. Reparem que não há aqui nenhuma arma que pudesse ser utilizada para cortar a carótida. Nem ele se poderia desfazer dela depois de fazer o corte se tivesse sido suicídio. Não teria tempo.”

“ É só sangue. Enquanto ainda bateu o coração ele fartou de sangrar.”

“ Tem que ser suicídio. Janela fechada por dentro. Chave na porta. Porta fechada pelo interior…. esta porta não fecha com a chave por dentro. Por baixo da porta não há espaço que permita passar um objecto que fizesse de alavanca para rodar a chave e depois fosse puxado.”

“ Esta chave nem tem orifício onde se introduzisse um objecto para a rodar. Definitivamente concordamos que esta porta jamais poderia ter sido fechada à chave por alguém do lado de fora.”

“ Nada disso interessa. Aqui não existe arma e por isso alguém a retirou. Quem? O assassino!”

“ Já dá para perceber como é que a carótida foi cortada?”

“Houve um corte com perfuração. Com uma lâmina que foi alargando. Parece um punhal”

“ Devia ser o punhal que estava nesta caixa aberta. Mas para onde foi?”

Que divertido vê-los na confusão. Levantarem o corpo. A autópsia. Os exames toxicológicos. Múltiplas análises.

“ Já estava morto entre 24 e 28 horas quando lá chegámos”

“ Os relatórios são claros. O ferimento adequa-se a uma lâmina semelhante à do punhal que estaria no estojo.”

“ Havia maçã no estômago”.

“ O cigarro foi fumado por ele e no isqueiro e no copo só existem as suas impressões digitais.”

“ Mas para onde foi o punhal? Como é que o assassino saiu da sala? Vimos que era impossível fechar a porta pelo lado de fora com a chave dentro. Era impossível! Foi suicídio!”

“Não pode ser. O punhal não estava na sala e ele não poderia nunca cortar a carótida, atirá-lo pela janela, e fechá-la novamente. Não tinha tempo para isso. O punhal saiu, levado pelo assassino.”

Que deleite. Que gozo. Os génios da polícia reunidos num gabinete, na maior da confusão.

A porta abriu-se e um rosto conhecido surgiu.

“ Dr Fell, welcome!”

Pesadelo! Não pode ser! Terror! Incrível! Ele vai descobrir!

Olho tecto. Afinal não morri. Foi apenas um sonho. À medida que o ritmo cardíaco normalizava olhei o velhinho livro da colecção Xis do mestre John Dickson Carr em cima da mesa-de-cabeceira. Fora ali, naquela que é considerada a obra-prima do quarto fechado, que eu me inspirara para o meu pesadelo.

Caros detectives, não é preciso ler o livro de John Dickson Carr para saber como é que eu me suicidei. Mas ler, faz sempre bem, em especial bons livros policiais.

Com base nas informações do meu pesadelo, pede-se ao leitor que ajude os polícias, que sem a intervenção do Dr. Fell decerto ficariam na ignorância, a descobrirem como é que a minha morte terá ocorrido e a arma desaparecido.

E pronto.
Agora é tempo de cada “detective” estudar o problema devidamente e depois proceder ao envio da respectiva proposta de solução, impreterivelmente até ao próximo dia 31 de Julho, para o que poderão usar um dos seguintes meios:
- Pelos Correios para PÚBLICO-Policiário, Rua Viriato, 13, 1069-315 LISBOA;
- Por e-mail para policiario@publico.pt;
- Por entrega em mão na redacção do PÚBLICO de Lisboa;
- Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.

Boas deduções!

sábado, 2 de julho de 2011

TROFÉUS APÓS 5 PROVAS

Igualmente "à boleia" do CLUBE DE DETECTIVES e do confrade DANIEL FALCÃO:

TROFÉU SETE DE ESPADAS (POLICIARISTA DO ANO)


1º A. Raposo & Lena; Ábaco; Agente Guima; Alce Branco; Búfalos Associados; Daniel Falcão; Danielux; Deco; Det. Jeremias; Det. Xá Muteba; Dr. Gismondo; Duca Holmes; Ego; Flo; Insp. Aranha; Insp. Boavida; Insp. Gigas; Insp. Pi; Insp. Sonntag; Inspª SS; Karl Marques; Medvet; Mister H; Paulo; Professor Cebolas; Ribeiro de Carvalho; Rip Kirby; Verbatim; Vicktório; X Boavista; Zé – 200 pontos

32º Alves & Companhia – 194 pontos

33º Bernie Leceiro; Det. Lupa de Pedra; Jurrica; Procópio; Retni; Tiranossauro; Vampirella; Vampirina; Visionário; Wimsey; Zarim Gago; Zé Matulão; Zé Vilela – 190 pontos


TROFÉU DETECTIVE MISTERIOSO (RANKING PÚBLICO-POLICIÁRIO)


1º DANIEL FALCÃO – 324 pontos
2º ZÉ – 317 pontos
3º DET. JEREMIAS – 313 pontos
4º Mister H – 312 pontos
5º Rip Kirby – 308 pontos
6º A. Raposo & Lena; Dr. Gismondo – 307 pontos
8º Insp. Aranha; Insp. Boavida – 306 pontos
10º Karl Marques – 303 pontos
11º Medvet – 298 pontos
12º Paulo – 297 pontos
13º Ego – 294 pontos
14º Agente Guima – 278 pontos
15º Deco – 270 pontos
16º Insp. Pi – 269 pontos
17º Zé Vilela – 267 pontos
18º Alves & Companhia; Bernie Leceiro – 265 pontos
20º Alce Branco; Flo; Vicktório – 263 pontos
23º Danielux – 262 pontos
24º Insp. Gigas – 260 pontos
25º Duca Holmes – 258 pontos
26º Tiranossauro – 257 pontos
27º Insp. Sonntag; Mr. Ignotus – 249 pontos
29º Det. Xá Muteba; Winsey – 248 pontos

PONTO DA SITUAÇÃO APÓS 5 PROVAS

Com a devida vénia, retiramos do CLUBE DE DETECTIVES os resultados do Campeonato Nacional 2011, a meio da competição, que aqui publicamos, aproveitamdo o trabalho exemplar do confrade Daniel Falcão:

CAMPEONATO NACIONAL 2011


CLASSIFICAÇÃO
(ATÉ À PROVA Nº 5)

Com 75 pontos (totalistas, 46 concorrentes):

1º DET. JEREMIAS (18 pontos em Melhores; 3 provas com 5 pontos em Melhores)
2º DANIEL FALCÃO (18 pontos em Melhores)
3º INSP. ARANHA (15 pontos em Melhores; 2 provas com 5 pontos em Melhores)

4º Zé (15 pontos em Melhores)
5º Rip Kirby (5 pontos em Melhores)
6º Insp. Boavida (2 pontos em Melhores)
7º Búfalos Associados; Verbatim (1 ponto em Melhores)
9º Medvet (15 pontos em Mais Originais)
10º Vampirella (7 pontos em Mais Originais)
11º Insp. Gigas (5 pontos em Mais Originais)

12º A. Raposo & Lena; Ábaco; Agente Guima; Alce Branco; Bernie Leceiro; Danielux; Deco; Det. Lupa de Pedra; Det. Xá Muteba; Dr. Gismondo; Duca Holmes; Ego; Flo; Insp. Pi; Insp. Sonntag; Inspª SS; Jurrica; Karl Marques; Mister H; Paulo; Procópio; Professor Cebolas; Retni; Ribeiro de Carvalho; Sargento Estrela; The Carol; Tiranossauro; Vampirina; Verbatim; Vicktório; Visionário; Wimsey; X Boavista; Zarim Gago; Zé Matulão; Zé Vilela

Com 74 pontos (15 concorrentes):

47º Amarulho; Insp. Albicastrense; Km Zero; L Pedralvas; Mami; Melvin; Mil Magos; Mister Hollyhood; Ó Bama; Piov; Teia da Morte; Unima; Yang Chan; Yannik; Zarú


Com 73 pontos (123 concorrentes):

62º Zzz (10 pontos em Mais Originais)
63º Rei dos Pontos (5 pontos em Mais Originais)
64º Olho Vivo (2 pontos em Mais Originais)
65º Mikas (1 ponto em Mais Originais)

66º Acacrime; Agente Guardião; Agente Hot Star; Agente Mila Sousa; Álvaro Simples; Aple Atum; Articopus; Barradas; Bruno Telo; Canelas; Carvoeiro; Cateto; Chico Londres; Condor; Cutorima; Da Li; Daniel Cosme; Det. Bruno; Det. Marito; Dr. Jubalinho; Dr. Kildare; Dr. Mosca; Emetec; Etis; Eugénia; Experimentia; Fastio; Focus; Frodo Mx; Fulas; Fuza; Gacol; Gafto; Gaudêncio; Insp. Belchior; Insp. Boomerang; Insp. Cadim; Insp. Gilinho; Insp. Já Está; Insp. Kulpado; Insp. Olá; Insp. Portugal; Insp. Só; Insp. Xabalo; Inspª Hélia; Jo. Com; José Tiago; K G; Lady Betty; Lady Mary; Larama Coyote; Limbrota; Linda Esteves; Little Murphy; Lulla; M A L; Mac; Manuel T; Manuel Xis; Marcos Serra; Margot; Mason; Mauro Flores; Mister X; Mou; Noé; O Gatão; Oculto; Ozela; P S-1; P Sintrão; Passolini; Pedro Ká; Pencas; Picrats; Pretocolo; Professor Tonecas; Prukim; Q; Quinto Pinto; Rei Shakal; Ricardo Ferreira; Roi Molière; Rui Kikas; Rusty; Sertório; Sexdom; Seyl; Sogid; Soldado; Sortus; Sossavart; Sr. Z; Stepup; Sultão Zonzo; Suna Tarik; Super Beta; Super Cola; Super Light; T Antenor; Teresa; Teresa M; Timão; Tino Banonas; Tiro Certeiro; Tola Meco; Tretas; Tutano Dourado; Ubaldo Pinoia; Ultra; Vamp 99; Vulk; Xeltox; Yut Agar; Zeca; Zeca Catita; Zélia; Zendoff; Zubiabá


Total de concorrentes: 2318.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

BREVE BALANÇO

Chegámos a meio de tudo, nesta época!
Estamos a meio do ano, com o mês de Junho já vencido; estamos a meio dos nossos torneios, com todos os resultados relativos às primeiras 5 provas já publicados!

Estamos, pois, a meio caminho de uma época competitiva que começou bastante mal e que nesta parte final conseguiu endireitar-se!

O alerta aos nossos confrades e "detectives" é simples: O pior está para vir!
As grandes decisões vão ocorrer a partir daqui e por isso é bom que cada qual goze as suas férias de modo a poder enfrentar as dificuldades que se avizinham (e não estamos a falar de política, está bem?).

O Policiário não vai parar, não vamos ter interrupções para férias, mas os prazos para resposta vão sofrer algumas alterações, para que ninguém se sinta prejudicado.

No Policiário, nesta modalidade de que tanto gostamos, era só o que faltava que nos sentissemos infelizes ou alvo de acções que nos causassem aborrecimento e desconforto!

Meus caros, para quem tem férias, votos de muito repouso e alegria! E já agora, com Policiário!

AS MELHORES E AS MAIS ORIGINAIS - PROVA N.º 5

AS MELHORES

1.º INSPECTOR ARANHA - 5 PONTOS
2.º ZÉ - 4 PONTOS
3.º DANIEL FALCÃO - 3 PONTOS
4.º DETECTIVE JEREMIAS - 2 PONTOS
5.º VERBATIM - 1 PONTO

AS MAIS ORIGINAIS

1.º ZZZ - 5 PONTOS
2.º VAMPIRELLA - 4 PONTOS
3.º CR99 - 3 PONTOS
4.º BOCHUNELAS - 2 PONTOS
5.º REI DOS PONTOS - 1 PONTO

POLICIÁRIO, ANO XX

Completam-se hoje 19 anos de existência do Policiário, nas páginas do PÚBLICO!


DEZANOVE ANOS! Como é possível, se parece que foi ontem o dia em que corremos para o quiosque à procura da primeira secção do Policiário?

Pois, mas a vida é assim mesmo e estes primeiros 19 anos já passaram!

Pela frente, no imediato, temos um ano inteiro para preparar o aniversário de duas décadas completas, nas páginas de um jornal de divulgação nacional, como é o caso do PÚBLICO.

Como estamos numa secção em que o crime e a investigação criminal são tratados por tu, permitam-nos que falemos também um pouco de tiros, sobretudo de um tiro: O de partida para o ano 20 de Policiário no PÚBLICO!

Hoje mesmo, 1 de Julho de 2011, entramos no ANO XX de publicação, com forças e desejos de fazermos sempre mais, com a colaboração e empenho de todos os nossos confrades e Amigos, porque são eles que dão corpo e alma a esta secção, produzindo enigmas, solucionando-os, participando nos eventos e nas actividades que nos unem.

Daqui a precisamente um ano, aqui queremos estar, para saudar os 20 anos de Policiário no PÚBLICO, com todos os seus artífices, ou seja, com todos os leitores, porque este aniversário é de todos, sem excepção, que conseguem competir, demonstrar rivalidade, lutar por melhores desempenhos, mas sempre com uma camaradagem exemplar, uma Amizade a toda a prova.

Assim queremos que o Policiário continue, assim irá, seguramente, continuar, pois só com esses princípios festejaremos mais aniversários.

Para todos, FELIZ ANIVERSÁRIO!