FIM
DE ÉPOCA… NOVA ÉPOCA!
Entramos
em Dezembro com as emoções à flor da pele, como sempre.
Por
um lado são as competições desta época que avançam para a consagração dos
grandes vencedores, após muitos meses de intensa actividade; por outro lado é a
aproximação de mais uma época, esta muito especial porque será a dos 25 anos do
Policiário no PÚBLICO!
Olhando
para trás ou vislumbrando o que se vai seguir, não podemos deixar de
congratular todos os nossos confrades “detectives” e leitores, pelo apoio
inequívoco e colaboração activa que sempre nos transmitiram e vão, certamente,
continuar a prestar.
Até
final deste mês, teremos as pontuações das provas e respectivas classificações
finais, sendo que estas apenas serão divulgadas na noite de passagem de ano,
com a divulgação dos campeões na despedida de 2016, à semelhança, aliás do que
tem sido prática nos últimos anos e que tem “agarrado” os nossos “detectives”
ao blogue Crime Público, onde as coisas acontecerão ao vivo!
Também
agora se vai iniciar a apresentação de ideias e sugestões para este nosso
espaço, no ano que se avizinha e em que festejaremos as nossas “bodas de
prata”, 25 anos ininterruptos de Policiário, depois de uma imensa caminhada que
teve início no dia 1 de Julho de 1992.
E
como primeira ideia, o lançamento de um campeonato nacional com problemas
policiários de autoria de todos os campeões nacionais de produção ainda em
actividade, bem como dos que se classificaram em lugares de honra. Serão 10
problemas de características tradicionais e 10 de escolha múltipla,
rigorosamente originais. Em breve teremos aqui a revelação dos confrades que
“queremos” ter como produtores na época especial de 2017! Assim todos possam
corresponder a este desejo…
EVOCAÇÕES
SETE DE ESPADAS
O Sete de Espadas nasceu no Ribatejo, na vila da
Chamusca em 1 de Fevereiro de 1921 e em 12 de Janeiro de 1947 iniciava a sua
actividade como orientador de um espaço policiário, no Jornal de Sintra, com o
título Mistério e Aventura, que ele mesmo definia, em subtítulo, como uma
“secção policial orientada por Sete de Espadas”.
Depois foi um nunca mais acabar, na divulgação da
literatura policial e, sobretudo, na vertente da competição policial.
Que nos desculpem os confrades mais antigos, aqueles
que viveram com ele as aventuras do Clube de Literatura Policial, das secções
no Camarada, no Cavaleiro Andante e em tantos locais, mas nós apontamos um
marco que nos parece decisivo em toda a História do Policiário: O dia 13 de
Março de 1975.
Nesse dia, em todas as papelarias, quiosques, pontos
de venda de jornais e revistas, apareceu, apenas, mais um número do “Mundo de
Aventuras”, uma revista de histórias aos quadradinhos, editada pela Agência
Portuguesa de Revistas, que já vinha dos anos 40 do século XX, mas que trazia
algo de novo: As últimas páginas eram identificadas como “Mistério…
Policiário”, assinadas por um não menos misterioso “Sete de Espadas”!
Foi, podemos dizê-lo com toda a propriedade, o virar
de página de toda uma geração de jovens, muito jovens mesmo, na casa dos 13, 14
anos, que apareceram em enorme explosão, criando um movimento imparável que nos
trouxe até aos nossos dias.
O primeiro sinal de que algo se movia, foi a grande
afluência à literatura policial, a corrida aos alfarrabistas, a ânsia de ler os
clássicos do policial, antes da procura dos modernos escritores. Depois, foi a
quantidade de malta nova a tratar-se por nomes escolhidos pelos próprios, que
podiam ser de uma personagem dos quadradinhos, de um detective da literatura,
de uma abreviatura do próprio nome, de uma invenção pura… Tudo servia para nos
identificarmos perante os outros. Era o Detective Invisível, o Inspector
Moisés, o Ubro Hmet ou o Satanás… Poucos sabiam o nome real do confrade que
estava à sua frente, nem isso era importante! Poucos sabiam o que faziam os
outros na vida profissional, mas também não era necessário! O importante era o
facto de estarem todos irmanados no mesmo gosto pela dedução, pelo exercício
das “células cinzentas”, estarem disponíveis para se reunirem em Tertúlias
Policiárias e todos os meses percorrerem o país para os Convívios, na altura
única forma de travarmos conhecimento para além das fronteiras próximas.
No centro de tudo, a figura simpática de um homem de
barbas brancas, cabelo ralo, sorriso aberto e simpático: O Sete de Espadas.
Mais tarde foi o XYZ Magazine, o Clube dos Amigos do
XYZ e muitas outras coisas, sempre com a relevância da Amizade e da
Camaradagem, suas imagens de marca.
Foi no dia 10 de Dezembro de 2008 que a notícia do seu
falecimento correu no seio da imensa família policiária, que assim viu partir o
seu principal divulgador, deixando um rasto de pesar entre a imensa legião
daqueles que com ele cresceram física e mentalmente.
CLUBE DE DETECTIVES
Foi no dia 14 de Dezembro de 2000 que apareceu uma página na internet que
se assumiu, desde logo, como um espaço de debate, de divulgação e de amizade,
tendo como pano de fundo o Policiário.
Chamava-se, nessa altura, DESAFIOS POLICIÁRIOS e o seu mentor era um
“detective” com créditos firmados, pela sua enorme qualidade como decifrador e
como produtor de enigmas, bem como de dinamizador de todas as actividades deste
passatempo: DANIEL FALCÃO.
Inicialmente perseguia o objectivo de divulgar os enigmas policiários que
eram publicados nas diversas secções existentes, criando um excelente arquivo
de problemas e respectivas soluções, mas cedo se transformou em algo maior,
acompanhando os torneios, os resultados de cada prova, as diversas
classificações, ao momento, permitindo que cada “detective” saiba exactamente
qual a sua posição.
Os DESAFIOS POLICIÁRIOS deram lugar ao CLUBE DE DETECTIVES, mas
mantiveram-se e aprofundaram-se os objectivos e a qualidade.
No próximo dia 14 de Dezembro, milhares de confrades espalhados um pouco
por todo o lado, vão cantar os parabéns e fazerem votos de longa vida!
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