PROBLEMAS
POLICIAIS – 137 - #134
(Diário Popular #
5071 – 17.11.1956)

«Contente? Estou
verdadeiramente exultante!», exclamou, sob o secador, a rapariga de olhos
escuros e cabelos negros. «Vou passar o fim-de-semana com o meu namorado em
Atlantic City».
«Com o seu
namorado? Mas quem é o seu namorado?»
«Não se
surpreenda», - retorquiu Leonora Duval, com um alegre sorriso. - «Mas não posso
dizer-lhe. É segredo».
«Isto,» - disse
o professor Fordney olhando para o corpo da rapariga, cujo rosto fora
completamente destruído por ácido - «é o crime ou de um insensato ou de um
maníaco ou…». O professor interrompeu o exame do corpo, observou a areia à
procura de pegadas, removeu uma chinela. Não havia nenhum sinal de
identificação da rapariga. Consultou o relógio e caminhou até à beira mar.
«Maré cheia?»
perguntou.
O cabo de mar
respondeu-lhe: - «Absolutamente».
«Sim… é… é…
Leonora», - soluçou Adele Ford, a companheira de quarto da vítima. «Estas são
as roupas dela. E as jóias… também».
O funcionário do
Necrotério amparou Adele, quando viu que ela ia desmaiar. O telefone tocou.
«Pela descrição
da rapariga que procura identificar», - disse Mac Clark pelo telefone. - Trata-se,
creio eu, de Leonora Duval. Que vestia ela?».
O professor
disse-lhe.
«Sim… sim… eram
essas as roupas dela». - disse Mac. - «Ela esteve ontem no meu Instituto de Beleza».
Fordney perguntou,
que género de penteado Leonora fizera. Mac respondeu. O professor desligou.
Inclinando-se
para o mármore, retirou dos cabelos negros e lisos da rapariga uma pequenina
pedra. Depois, olhando para Adele, que continuava desmaiada, disse:
«Detenham-na para
averiguações. Ela mentiu. Esta rapariga não é Leonora…».
Como o soube Fordney?
(Divulgaremos amanhã, a solução
oficial deste caso)
* * *
* *
Solução do problema # 133
(Diário Popular # 5064 – 10.11.1956)
O culpado foi o Ruço, pelas seguintes
razões:
As duas primeiras afirmações do canhoto
não podem ser simultaneamente falsas; logo, é o, a terceira. Tanto ele como o
Rata estão inocentes.
Pela declaração do Rata, conclui-se que a
primeira e a terceira afirmações estão certas; logo o Magriço não foi o
criminoso.
Ficamos, portanto, com dois casos a
considerar: o do Ruço e o do Tony Italiano.
Tony declara que o Rata é o culpado, o
que já sabemos ser falso; logo, Tony deve estar inocente, e o Ruço é o culpado.
A única afirmação falsa do Ruço é: «Não
matei Sullivan».
Jarturice-134 (Divulgada
em 15.Maio.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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