RESPOSTAS
À PROVA N.º 2
Conhecidos
os confrontos para a segunda eliminatória da Taça de Portugal, que publicámos
na passada semana e terminado o prazo para envio das propostas de soluções da
prova n.º 2, chegou o momento de ficarmos a saber as soluções oficiais dos dois
problemas, para que cada “detective” vá fazendo as suas contas…

Falar
do Sete de Espadas é falar do Policiário, tal é a relação inquebrantável que os
une, ou não fosse o confrade da Chamusca, quase podemos afirmá-lo, o seu
verdadeiro criador. Como tal, vamos revisitá-lo sempre que houver oportunidade.
Optámos
por publicar a proposta que viu a luz do dia na secção policiária do jornal
regional “O Almeirinense”, “Mundo dos Passatempos”, no dia 15 de Janeiro de
2008.
Uma
referência, também, para o confrade autor do outro desafio, que neste nosso espaço
usou dois pseudónimos: Faraó e Africano.
O
primeiro foi utilizado como produtor, embora apenas lhe seja conhecido o
problema que publicámos e o segundo como decifrador, que utilizou na nossa
secção durante vários anos.
O
confrade viu a sua participação interrompida pela inexorável lei que regula e
decide a vida e a morte, sendo merecedor de uma justa homenagem do Policiário,
que jamais esquece quem com ele trilha caminhos comuns.
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2015
SOLUÇÕES
DA PROVA N.º 2
PARTE
I – “A MORTE DE ANÍBAL CALDEIRA – O BANQUEIRO”
Autor:
SETE DE ESPADAS
O nosso
amigo Sete de Espadas organizou esta “Morte de Aníbal Caldeira – o Banqueiro”
como um problema aberto e, por isso, não fez a solução oficial, dado que, com
aqueles elementos, era possível optar, com suporte textual, por mais de uma
hipótese de criminoso!
Criminoso
(a, os), sim, pois de crime de tratava. E os elementos estão todos lá, sendo
esses pormenores de ordem técnica (objectivos) os responsáveis pela perda de
pontos de bastantes concorrentes.
O facto
de não ter sido encontrada, no local do crime, a cápsula que a Star ejectou
(pormenor que escapou a alguns – mesmo totalistas, já que acertaram nos outros
todos), o aspecto do buraco de entrada da bala, a quase total “limpeza” da
sala, a posição do corpo, a arma na mão (para mais com silenciador), a presença
de um silenciador, a porta não fechada por dentro, o local de entrada do tiro,
o aspecto da cara e da cabeça da vítima, um caco (apenas) de vidro (não
pertencente ao relógio do morto)… tudo isto (pelo menos) indiciava e provava
que não tinha sido suicídio (não nos é referido se a arma continha – ou não –
impressões digitais).
Quanto ao
criminoso, a maioria optou pelo Secretário, dado ele ter, aparentemente,
mostrado que sabia demasiado, ao precipitar-se para chamar a polícia, sem se
certificar de que o patrão estava (mesmo) morto e sem que, pelo texto, alguém
lhe tivesse dito a causa da morte!
O Criado
também recolheu uma boa dose de suspeição, por ter sido a última pessoa a vê-lo
e o corpo ter sido descoberto com o sangue já coagulado, numa época do ano em
que costuma estar frio. Esta dedução é feita com as reservas de não podermos
saber quem fornece esse elemento (as pessoas que viviam em casa ou a polícia;
logo, a que horas foi constatada a coagulação).
O facto
de a cozinheira estar no seu posto à 1 hora e à espera da sobrinha da vítima,
pareceu, também, muito suspeito. Daí, o cenário de uma cumplicidade (até total)
ter sido sugerido…
Como
muitos disseram, com tais declarações, todos tinham de ser, cuidadosamente,
interrogados de novo, pois, como alguém disse, com tais elementos nenhum
tribunal condenaria ninguém!
Numa
coisa estamos todos de acordo – o móbil do crime: alguém quis fechar a torneira
antes que a água acabasse (ou seja, antes que a ruína do banqueiro fizesse
desaparecer o dinheiro que ele tinha legado)!
{
publicado na secção “Mundo dos passatempos” do jornal “O Almeirinense” em 15 de
Janeiro de 2008 }
PARTE II
– “AS RIQUEZAS DESAPARECIDAS”, DE FARAÓ
A alínea correcta é a B – Jack.
Na história há um pormenor que não joga e esse tem
a ver com a descrição que Jack faz do seu passeio até ao lixo. Afirma ele que o
seu cão ladrou para algum eventual intruso que andasse por ali, potencialmente
o ladrão das riquezas. O pormenor que não encaixa na história é o facto da raça
do cão, que aparece nos túmulos egípcios que os arqueólogos estudam, ser a Basenji, uma
espécie de origem africana que tem a particularidade de não conseguir ladrar,
mas apenas emitir uma espécie de gemido, semelhante aos grunhidos de porcos de
pequeno porte. A conclusão será óbvia: o lixo que Jack afirma ter levado para o
contentor, não era bem lixo, mas sim as riquezas desviadas de casa e a invenção
do intruso não foi nada feliz. Está encontrado o larápio!
O
BAÚ POLICIÁRIO
É
conhecido o termo BAÚ, que é usado de muitas formas:
Para
os Pessoanos, o Baú é algo que está associado a algo sem fundo, de onde vão
saindo inéditos atrás de inéditos…
Para
os políticos, o conceito é o mesmo, sem fundo, para onde atiram as promessas
que fazem em campanha, para nunca poderem chegar ao cimo…
Para
uma “juventude” mais entradote nos anos, o baú ainda está associado aos piratas
das Caraíbas e às suas lutas, com veleiros e mosquetes…
Para
nós, no Policiário, é uma espécie de local onde vamos “arquivando” as inúmeras
promessas, que acabam por não ser cumpridas, de novos problemas e produtores
policiais!
O
nosso baú, que supostamente deveria conter problemas policiais para
publicarmos, continua a só ter promessas!
Sem comentários:
Enviar um comentário