(Diário Popular # 5262 – 01.06.1957)

Salvo esse pó,
tudo estava, aliás, perfeitamente em ordem.
Ainda com a
jarra envolvida no lenço, o Inspector Fauvel pousou-a no chão e, em seguida,
desligou o aparelho. Olhou, depois, para o sofá onde Auguste Renoir parecia
dormir. Na realidade, estava morto havia cinco dias pelo menos.
A Polícia fora
avisada por um vizinho, que estranhara não ver o velhote nos últimos dias.
- É
evidentemente muito difícil, eu pronunciar-me já. – disse o médico legista. –
Parece-me entretanto que ele deve ter morrido de uma crise cardíaca. O corpo
não apresenta sinais de violência. Enfim, é necessário esperar pela autópsia…
Prosseguindo no
seu inquérito, o Inspector Fauvel soube pelo porteiro do prédio que Auguste
Renoir declarara, alguns dias antes, que se ausentaria por uma semana. Mas,
durante esse período, ninguém fora visto a entrar ou a sair de casa do velho
reformado. Debruçando-se sobre o cadáver, o Inspector notou no quarto dedo da
mão esquerda de Renoir o sinal deixado por um anel usado durante muitos anos. O
anel, no entanto, desaparecera.
- É curioso. –
comentou Fauvel.
Depois,
voltando-se para o médico legista, declarou:
- A vítima está
morta há cinco dias, mas, depois disso, já alguém entrou aqui…
- Como sabe
isso? – interrogou o médico, surpreendido.
- Pois bem… -
começou o Inspector a explicar…
Qual
foi a explicação?
(Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 159
(Diário
Popular # 5255 – 25.05.1957)
Quando Fauvel pediu a
ambulância, disse simplesmente: «O conde de Zandrain acaba de ser vítima de um
acidente». Entretanto, ao chegar ao castelo, Gerard interrogara: «Mas como pôde
ele ter caído?». Estava, portanto, manifestamente ao corrente do que se tinha
passado…
Jarturice-160 (Divulgada em 10.Junho.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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