(Diário Popular # 5289 – 29.06.1957)

Entretanto,
Luís Vautier afirma que viu o Clemente às dez e meia da manhã para os lados de
Badray, onde as estradas estão ensopadas de lama negra. Aconteceu que foi para
os lados de Badray que Pedro Segal foi morto e precisamente às 10 e 30.
-
Luís é um mentiroso. – disse Clemente. – Poderia ter-me visto perto de Badray
entre as nove e as nove e meia da manhã, pois estive aí realmente a essa hora.
Mas às dez e meia encontrava-me já em Savary, quer dizer, a 40 quilómetros de
distância; e isso está provado, como sabe.
-
Seja como for, não podes negar que desejavas a morte de Pedro. – exclamou Luís
Vautier, que assistia à conversa.
E
acrescentou:
-
A verdade é que te vi perto de Badray às 10 e 30.
-
Voltou a servir-se, depois, deste carro? – perguntou o Inspector a Clemente,
inclinando-se sobre o motor.
-
Não, como vê.
-
Sim, bem vejo. Foi o carburador que falhou?
-
Sim. Tive de o limpar.
-
Tem a certeza de reconhecer este carro, sem possibilidade de enganar-se? –
perguntou Fauvel a Luís.
-
A certeza absoluta. – foi a resposta. – É um modelo pouco vulgar. Não há erro
possível.
-
Como é possível que ninguém o tenha visto em Savary? – interrogou o Inspector,
dirigindo-se a Clemente.
-
Porque cheguei por um atalho. Fui a uma casinha de campo que ali tenho,
bastante isolada.
Neste
momento, o Inspector Fauvel, parecia estar profundamente interessado com o
estado do carburador.
-
Um dos dois, mente. - exclamou, de súbito. – Expliquem-se.
O que levou Fauvel a falar deste modo?
(Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 162
(Diário
Popular # 5282 – 22.06.1957)
A lista das jóias deu logo ao
inspector a certeza de que Leonor mentia. Nenhuma mulher se enfeitaria, às três
horas da tarde, com uma tão grande colecção de jóias (incluindo um diadema de
diamantes), para ir jogar «bridge»…
Jarturice-163 (Divulgada em 13.Junho.2015)
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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