(Diário Popular # 5585 – 26.04.1958)

«Foi o senhor
que me seguiu desde a ribeira?» - perguntou Jean Fullin. «Se eu o soubesse
tê-lo-ia despistado…». Fullin, que falava num tom arrastado, disse depois ao
filho: «Roberto, deixa-me só com o inspector. Tenho coisas graves a
dizer-lhe…».
«Creio bem,
inspector, que será inútil mentir» - prosseguiu Jean, depois do filho sair e
mostrando resignadamente a sua camisa rasgada e as mãos ensanguentadas. «Há
anos já que Joseph Robin procedia mal para comigo, como o senhor sabia. Hoje,
vinguei-me. Não tentarei escapar à justiça».
Depois, o
inspector falou:
«Foi por acaso
que descobri o cadáver. Não sabia o que fazer, quando vi, afastando-se, o feixe
de luz de uma lanterna eléctrica. Era natural que eu seguisse o homem que
andava perto do local do crime. Vim até aqui…».
O inspector
abaixou-se para apanhar a lanterna eléctrica e notou que os únicos traços que
via nela eram os de algumas impressões digitais, mas pouco precisas.
Pela porta
entreaberta, Fauvel viu o jovem Roberto, um sólido rapaz de vinte anos,
preparando uma mala. Depois disse para o pai:
«É inútil
mentir. Você sabe bem que não é a si que eu tenho de prender…».
Como
é que Fauvel adivinhou que Jean Fullin mentia?
(Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 198
(Diário
Popular # 5578 – 19.04.1958)
Era evidente que Gérald Henry sabia bem de que tinha morrido o
amigo, antes mesmo do médico se ter pronunciado. Sabia que o ópio tinha sido
administrado com uma injecção, quando é verdade que a vítima o podia ter
absorvido por via bucal.
Jarturice-199
(Divulgada em 19.Julho.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamedeaeiou.pt
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