PROBLEMAS POLICIAIS – 193 - # 190
(Diário Popular #
5502 – 01.02.1958)

A Polícia
zombaria de George, quando este lhe contasse a história do falso telefonema. E,
quando negasse ter telefonado a confessar o crime, então… Fosse como fosse,
George havia de ser enforcado, pois ninguém sabia que Edith estivera em sua
casa.
Gerald Butler
pegou no cadáver.
Butler bebeu um
rápido trago do misturador de «cocktails», ainda meio cheio, e limpou as
impressões digitais que nele deixara, bem como de tudo em que tocara. Pronto! O
cenário estava montado com perfeição. Mais tarde viria cá a baixo, já se vê,
para acompanhar o seu velho amigo George.
«Encontrei as
impressões digitais de Ward no copo de «cocktails», disse o sargento. Neste, há
impressões de outra pessoa; no misturador não há impressão alguma, mas na sala
há muitas, de várias pessoas. As impressões digitais da rapariga é que não
aparecem em parte alguma!»
Butler suava.
Esquecera um pormenor importante: devia ter colocado as impressões de Edith em
alguns objectos da sala – ou então, voltar a calçar-lhe as luvas.
«Bem sei», repetiu
Ward, «que a minha história parece um conto de loucos. Parece e é. Mas é a
verdade!».
Fordney
voltou-se para Butler. «O seu amigo pareceu-lhe... hum… normal, quando esteve
com ele, antes do crime?».
«Disse-me que se
sentia deprimido, e pediu-me que lhe preparasse um «cocktail» forte. Fiz-lhe a
vontade e, antes de me ir embora, bebemos, juntos, alguns goles dele. Mas não
acredito que George matasse Edith! É impossível, professor! Impossível!».
«De acordo,
anuiu Fordney. «Você fica detido para averiguações».
Uma
única indicação levou Fordney a suspeitar de Butler. Qual foi?
(Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema # 189
(Diário Popular # 5488 – 18.01.1958)
Consuelo
mentira. Jane não podia ter corrido o ferrolho da porta quando saiu de casa,
pouco depois das 10 e 45; não obstante, o ferrolho estava corrido à meia-noite
e vinte e Hannah teve de se levantar para lhe abrir a porta. Por isso, nesse
espaço de tempo, Connie devia tê-lo corrido, embora negasse ter-se aproximado
da porta, dizendo ter vindo directamente do quarto para a copa.
Pensando
que a polícia, achando estranho o facto de Jane ter voltado a casa apenas para
levar um manuscrito, fizesse recair sobre ela as suspeitas do crime,
aproveitara a oportunidade de apunhalar o tio depois de Jane se ter ido embora.
Correra o ferrolho da porta – para se proteger contra qualquer interrupção –
assassinara o tio, de cuja fortuna era herdeira, e fora sentar-se
tranquilamente na copa, a beber cacau. O Tribunal considerou-a louca e enviou-a
para um manicómio, onde ainda se encontra.
Jarturice-190
(Divulgada em 10.Julho.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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