(Diário Popular # 5639 – 21.06.1958)

Empurrou
a porta que dava acesso à plataforma, rodeada de uma balaustrada e debruçou-se.
Cinquenta
metros mais abaixo, viu o dr. Hamon debruçado sobre o corpo desarticulado de um
homem. O inspector desceu depois as escadas, rapidamente.
«Poderia
ter estado aqui durante semanas se o cão não nos desse o alarme!» - exclamou o
médico. Efectivamente, o local era deserto e nesse período do ano os passeantes
eram raros. «Ainda não está morto há muito tempo. – acrescentou o médico. «O
terreno, sob o cadáver, está húmido».
Bastava
olhar para os seus sapatos para se saber que o homem devia ter caminhado
longamente naquelas terras, cheias de lama, antes de vir encontrar a morte
naquele local deserto. Nada tinha com ele que o identificasse.
O
inspector, voltando-se para o médico, afirmou:
«Esse
homem não se suicidou, saltando da torre. Foi assassinado noutro ponto e alguém
o conduziu para aqui».
Por que é que o inspector falava assim?
(Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 203
(Diário
Popular # 5626 – 07.06.1958)
O inspector ordenou a captura da enfermeira, Helena Perry. Esta
declarara que a vítima morrera devido a uma dose demasiado forte de digitalina,
enquanto que o professor Laravin declarara que só uma autópsia podia habilitar
a uma resposta. A enfermeira estava demasiado bem informada...
(O
dicionário esclarece: Digitalina
= Substância venenosa extraída da planta dedaleira, usada em medicina como tónico cardíaco.
Jarturice-204 (Divulgada em 24.Julho.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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