domingo, 25 de setembro de 2011

UMA NOVA SECÇÃO POLICIÁRIA!

É no jornal "Correio do Ribatejo" e vai ser orientada e coordenada pelo confrade Domingos Cabral, o Inspector Aranha.
Eis o teor da comunicação, que recebemos com natural alegria e expectativa:

"Caros Policiaristas

Informo que, com início no próximo dia 7 de Outubro, e por convite do Jornal "Correio do Ribatejo", semanário de Santarém, darei início à publicação no mesmo de uma Secção Policial, que terá periocidade semanal e o espaço de uma página.

Aos que possam estar interessados em assinar o jornal informo que o custo anual é de 18 €, e semestral de 9 €, devendo os pedidos ser-me endereçados.

Um abraço
Domingos Cabral"

Em breve, teremos AQUI mais notícias!

POLICIÁRIO 1053

FOI HÁ UM ANO!


O dia 19 de Setembro de 2010, transformou-se numa data histórica para o Policiário e para os seus seguidores, com a edição 1000 da nossa secção.
Foi em Santarém, que o Policiário comemorou esta data e de lá foi enviado o sopro que apagou as mil velas, uma por cada secção, um sopro que reuniu as vontades de todos os “detectives”, onde quer que estivessem.
Um ano depois, fazemos aqui a evocação da efeméride, como recordação de um momento único que tivemos a felicidade de viver.

Percorremos hoje mais um passo na direcção da meta das nossas competições desta época. Numa altura em que se começam a definir os favoritos à conquista dos troféus em disputa, vamos ficar a conhecer as soluções para os enigmas que compuseram a prova n.º 7, de autoria dos confrades Paulo e Búfalos Associados.

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL
SOLUÇÃO DA PROVA N.º 7 – PARTE I
“CRÓNICA DO MEU SUICÍDIO”, de PAULO

Não é crime. Quer porque “o morto” refere que se trata de suicídio, quer porque não seria possível sair da sala e fechá-la por dentro, de acordo com os testes feitos pela polícia e as conclusões a que chegou.

Como é que foi cometido o suicido?

Com um punhal de gelo. O estojo era estanque, em volta da forma do punhal, o que permitiu enchê-lo de água, colocá-lo no congelador, e obter um punhal de gelo com a forma da arma de lâmina metálica que ocuparia o estojo.

Depois, com o punhal, a carótida foi cortada. O punhal terá caído para o chão, pois a vítima perderia rapidamente muito sangue e o cérebro deixaria de ser oxigenado.

Com o calor dos aquecedores, o punhal fundiu e água foi evaporando, não deixando vestígios. O tempo de espera até chegar a polícia permitiu a evaporação da água que por causa do aquecedor terá sido bastante rápida.

As luvas facilitaram o acto de segurar o punhal.

Para terminar, refira-se que o uso de uma arma letal de gelo é um dos processos apontados por John Dickson Carr, pela voz do Dr. Gideon Fell na obra “ Os três ataúdes”, para cometer um crime num quarto fechado. O autor enuncia nesse livro um conjunto de situações em que os crimes parecem impossíveis.

Há quem considere que Os três ataúdes a melhor obra do género “crime em quarto fechado”.

SOLUÇÃO DA PROVA N.º 7 – PARTE II
“MANUAL DE INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS”, de BÚFALOS ASSOCIADOS

A resposta correcta é: C – DÂMASO
“Os Maias” de Eça de Queiroz é possivelmente o romance mais lido e mais apreciado de toda a literatura portuguesa. Muita gente continua a fazer dele a sua leitura de cabeceira, com sempre renovado prazer. É o caso do Inspector Garrett, acontecendo-lhe, por vezes transportar as personagens da obra para sonhos recheados de imaginação inspirada. O sono apanhou-o em pleno Capítulo IX.

De facto é a Dâmaso Salcede que devemos atribuir as suspeitas deste crime imaginário. Consultando o romance verifica-se que a espada que Ega usou no seu disfarce de Mefistófeles fora-lhe emprestada por Carlos da Maia nessa mesma manhã, não estando até aí à vista de ninguém. Encontrava-se ainda encaixotada no andar de cima da casa, desde a última mudança. Mas não é preciso ler “Os Maias” para concluir que Dâmaso não conhecia a espada. No nosso sonho, quando Ega chegou a casa dos Cohen levando consigo a espada, o Dâmaso ainda lá não estava, pelo que não podia tê-la visto. Declara mesmo não ter visto nada lá em casa e só ter ouvido toda a gente em correrias a dizer:”Mataram a Sr.ª. D. Raquel à espadeirada!” E saiu logo para se juntar aos outros. Como pode então descrever a espada assassina com tanto pormenor? Certamente porque mente e só pode ter sido ele a usá-la. Talvez se tenha cruzado com Ega quando este se retirava ofendido, nervoso e embriagado, pelo que não terá reparado que Dâmaso lhe surripiara a arma. Porque motivo, mataria ele a Raquel? Talvez por ciúme, sentindo-se preterido nas suas pretensões pela bela Cohen.

Claro que, no romance, Eça não “matou” a Raquel. O marido limitou-se a pregar-lhe uma coça e no dia seguinte partiram para Inglaterra. Ega ficou furioso quando de tal soube: - ”Uma coça! A bengala purifica tudo! Que canalha!” E lembrava-se da bengala do Cohen, um junco da Índia com uma cabeça de galgo por castão. – “E aquilo zurzira-lhe as carnes que ele tinha apertado com paixão! E assim terminava reles e chinfrim, o romance melhor da sua vida! Aquilo acabava em arnica!”

Duas notas, mais:

1- O livro que desperta a atenção de Carlos em casa de Maria Eduarda, chama-se exactamente: “Manual de Interpretação dos Sonhos”.

2- A primeira obra de Conan Doyle em que surge Sherlock Holmes foi editada em Londres em 1887 (“A Study in Scarlet”) exactamente um ano antes da publicação dos “Os Maias”. Não seria pois estranho que Craft, inglês e culto, se mascarasse de Sherlock Holmes, no sonho de um declarado admirador de ambos os autores.

CLASSIFICAÇÕES

Esta época competitiva ainda tem sido marcada por alguma inconstância na divulgação dos resultados das provas, o que, como é óbvio, cria alguma ansiedade aos confrades, sempre ávidos de mais e melhor informação.

Sem pretendermos branquear as situações, reconhecemos e assumimos integralmente as culpas pelo sucedido. Apesar do elevado número de participantes e sobretudo a tendência para soluções cada vez mais extensas e pormenorizadas, porque o avançar da competição cada vez mais exige cuidado e atenção, não é só nesses factos que se explica tamanho atraso na divulgação das pontuações obtidas. De qualquer forma, estamos a envidar todos os esforços no sentido de rapidamente recuperarmos todos os atrasos e passarmos à regularidade que já tivemos nesta mesma época transacta e que foi quase unanimemente reconhecida.

Como é do conhecimento geral, no passado publicávamos neste espaço extensas e monótonas listagens de pseudónimos e de pontuações, quase até à exaustão, situação que foi profundamente alterada com a chegada do “irmão mais novo” da nossa secção, o blogue Crime Público (http://blogs.publico.pt/policiario).

Esse facto, que constituiu mais um marco na nossa relação com os “detectives”, permitiu-nos, por um lado libertar este nosso espaço dessa autêntica barafunda que eram as classificações e por outro criar um novo canal privilegiado de contacto quase em directo com os confrades, com possibilidade de diálogo, de esclarecimento, de discussão.

O que pretendemos deixar aos nossos leitores é a certeza de que tudo fazemos para que a nossa actividade evolua cada vez mais e se imponha como uma prioridade diária para cada vez maior número de confrades, para que cumpra aquele que é o seu objectivo principal: Divertir inteligentemente, contribuindo para a maior satisfação daqueles que, como nós, amamos o Policiário e queremos que ele consiga atrair o maior número de aderentes.

Só assim, com cada vez maior e melhor participação, poderemos assegurar a superior qualidade do policiário, quer na vertente da decifração, quer na da produção de enigmas.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

PRAZOS, CONFRONTOS E COMPLICAÇÕES!

Como é bom de ver, os confrontos ainda não foram publicados, sinal de problemas cá para o nosso lado!

Não foi possível encontrar disposição e tempo para colocar cá fora os resultados necessários para que se cumprissem os prazos.

Assim sendo, vamos procurar fazer das "tripas, coração", de forma a que, nos próximos dias, tal possa ocorrer.

Para todos os nossos confrades, as nossas desculpas.

Até breve...

POLICIÁRIO 1052

QUATRO SUSPEITAS PELA MORTE DO CRAVO

Como os nossos confrades e “detectives” verificaram, na passada semana a nossa secção não publicou o problema que estava programado, ou seja, a parte II da prova n.º 9. Tal facto ficou a dever-se a lapso da nossa inteira responsabilidade, pelo que pedimos a todos os leitores, as nossas desculpas.

Vamos repôr a normalidade, publicando hoje o desafio em falta.

Uma vez que o limite para envio das soluções decorre até ao dia 10 de Outubro, não entendemos que seja necessária uma aleração do prazo estabelecido, que assim se manterá.

Aqui fica, o problema de autoria de Branca de Neve:

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL
PROVA N.º 9 – PARTE II
“BRANCA DE NEVE” – Original de Branca de Neve

Eu juro, juro por tudo quanto há de mais Sagrado que nada tenho a ver com este caso. Chamo-me Rosa, mas todas as minhas amigas me tratam por Branca de Neve. Não sou possuidora de qualquer predicado que me faça diferente das minhas amigas, mas a verdade é que todas me invejam. Não tenho nada, mas todas elas querem ter esse nada que eu tenho.

As minhas amigas mais chegadas, todas têm nome de flores. São a Dália, a Margarida, a Hortência e Violeta.

O meu namorado chama-se Manuel, mas usa a alcunha de Cravo. Todas as minhas amigas queriam para elas o meu Cravo.

Naquele dia de Novembro o Cravo apareceu morto. Não se pode dizer que fosse por falta de água. O dia inteiro esteve chuvendo. A arma que serviu para o matar foi um corta papel, que lhe perfurou o estômago. O cabo rendilhado definia-o como um objecto de uso feminino.

Nomeado para deslindar o caso, o Comissário José Maria concluiu que o crime havia sido praticado por uma mulher, e indicou o meu nome e o das minhas quatro amigas mais chegadas.

Nas declarações que prestamos, eu disse que tinha passado o dia na igreja ajudando na sua ornamentação para a festa do seu Orago, para além do padre tinha o testemunho das outras senhoras que estiveram fazendo o mesmo.

A Dália disse que andara durante algumas horas correndo junto ao mar. Andava a preparar-se para participar numa prova de Atletismo.

A Margarida disse que tinha passado todo o dia em casa de Hortência.

Hortência confirmou o álibi da Margarida e disse que tinha passado o dia com esta.

Violeta afirmou que à hora do crime estava na Biblioteca Municipal consultando uma biografia de São Martinho.

Como já afirmei juro, por todos os Santos do Reino dos Céus, que nada tenho a ver com este crime. Assim das outras moças que o Comissário indicou, qual delas terá sido a assassina?



A) - A Margarida

B) –A Hortência

C) –A Violeta

D) –A Dália



E pronto.

Depois da publicação do desafio, resta aos nossos “detectives” enviarem as propostas de solução, impreterivelmente até ao próximo dia 10 de Outubro, para o que poderão usar um dos seguintes meios:



- Pelos Correios para PÚBLICO-Policiário, Rua Viriato, 13, 1069-315 LISBOA;

- Por e-mail para policiario@publico.pt;

- Por entrega em mão na redacção do PÚBLICO de Lisboa;

- Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.

Boas deduções.

´PONTO DA SITUAÇÃO APÓS 6 PROVAS

Após 6 provas e quando as competições desta época se aproximam a grande velocidade do seu final, chegou o momento de fazermos um ponto da situação, para que os nossos “detectives” possam verificar a sua situação, pelo menos quanto aos primeiros lugares.
Recordamos que no Clube de Detectives, a página do confrade Daniel Falcão, de onde retiramos, com a devida vénia, os resultados que seguem, as classificações estão sempre disponíveis e actualizadas.


CAMPEONATO NACIONAL 2011

Com 90 pontos (totalistas, 27 concorrentes):

1º DET. JEREMIAS (22 pontos em Melhores)
2º DANIEL FALCÃO (20 pontos em Melhores)
3º ZÉ (18 pontos em Melhores)
4º Insp. Aranha (15 pontos em Melhores)
5º Insp. Gigas (5 pontos em Melhores e 10 pontos em Mais Originais)
6º Rip Kirby (5 pontos em Melhores)
7º Insp. Boavida (2 pontos em Melhores)
8º Búfalos Associados; Paulo; Verbatim (1 ponto em Melhores)
11º Medvet (18 pontos em Mais Originais)
12º Professor Cebolas (2 pontos em Mais Originais)
13ºA. Raposo & Lena; Ábaco; Agente Guima; Alce Branco; Danielux; Dr. Gismondo; Ego; Flo; Insp. Pi; Insp. Sonntag; Karl Marques; Mister H; Retni; Ribeiro de Carvalho; X Boavista

Com 89 pontos (4 concorrentes):
28º Deco; Mami; Mil Magos; Mister Hollyhood

Com 88 pontos (26 concorrentes):

32º Acacrime; Canelas; Det. Lupa de Pedra; Fuza; Gafto; Gaudêncio; Insp. Belchior; Insp. Boomerang; Insp. Olá; Insp. Xabalo; K G; Larama Coyote; Limbrota; Linda Esteves; Mac; Mauro Flores; Professor Tonecas; Prukim; Q; Rei Shakal; Sertório; Seyl; Sortus; Vulk; Yang Chan; Zarim Gago

Com 87 pontos (35 concorrentes):

58º Vampirella (7 pontos em Mais Originais)
59º Alves & Companhia; Amuru; ASC; Bernie Leceiro; Chez Perroquet; Det. Xá Muteba; Eurolita; Free Live; Garcia; Heliodora Cardoso; Insp. Best; Insp. Jack; Insp. Maka; Insp. Utah; Inspª SS; Killy Vamp; L Pedralvas; Marek Cardoso; Miss Marple; Mr. Ignotus; Ó Bama; Pão de Ló; Procópio; Professor Tuca; Sargento Estrela; Super Cola; The Carol; Tilim; Ultra; Unima; Vicktório; Visionário; Yannik; Zé Vilela

Com 86 pontos (75 concorrentes):

93º Rei dos Pontos (5 pontos em Mais Originais)
94º Protocopus (1 ponto em Mais Originais)

Total de concorrentes pontuados até este momento: 2320.


AS MELHORES SOLUÇÕES

1º DET. JEREMIAS – 22 pontos
2º DANIEL FALCÃO – 20 pontos
3º ZÉ – 18 pontos
4º Insp. Aranha – 15 pontos
5º Insp. Gigas – 5 pontos (1 prova com 5 pontos em Melhores)
6º Rip Kirby – 5 pontos
7º Insp. Boavida – 2 pontos
8º Búfalos Associados; Paulo; Verbatim – 1 ponto

AS MAIS ORIGINAIS

1º MEDVET – 18 pontos
2º BOCHUNELAS – 14 pontos
3º INSP. GIGAS – 10 pontos (6 provas com 15 pontos)
4º ZZZ – 10 pontos (4 provas com 15 pontos)
5º Vampirella – 7 pontos
6º CR99 – 6 pontos
7º Rei dos Pontos – 5 pontos
8º Det. Jeremias – 4 pontos
9º Andreia & André – 3 pontos

TROFÉU SETE DE ESPADAS (POLICIARISTA DO ANO)

1º A. Raposo & Lena; Agente Guima; Alce Branco; Daniel Falcão; Det. Jeremias; Dr. Gismondo; Flo; Insp. Aranha; Insp. Gigas; Medvet; Mister H; Paulo; Professor Cebolas; Rip Kirby; Zé – 240 pontos
16º Alves & Companhia – 234 pontos
17º Ábaco; Búfalos Associados; Danielux; Ego; Insp. Boavida; Insp. Pi; Insp. Sonntag; Karl Marques; Ribeiro de Carvalho; Verbatim; X Boavista – 230 pontos

TROFÉU DETECTIVE MISTERIOSO (RANKING PÚBLICO-POLICIÁRIO)

1º DANIEL FALCÃO – 364 pontos
2º ZÉ – 357 pontos
3º DET. JEREMIAS – 353 pontos
4º Mister H – 352 pontos
5º Rip Kirby – 348 pontos
6º A. Raposo & Lena; Dr. Gismondo – 347 pontos
8º Insp. Aranha – 346 pontos
9º Medvet – 338 pontos
10º Paulo – 337 pontos
11º Insp. Boavida – 336 pontos
12 Karl Marques – 333 pontos
13º Ego – 324 pontos
14º Agente Guima – 318 pontos
15º Alves & Companhia – 305 pontos
16º Alce Branco; Flo – 303 pontos

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

ERRO!

Ocorreu um erro na secção que ontem foi publicada no PÚBLICO!
Na realidade, saltámos uma semana e a secção que foi publicada seria a do próximo domingo.
Para esta semana estava reservada a publicação da parte II da prova n.º 9 do Campeonato Nacional, o que não aconteceu, por erro de nossa inteira responsabilidade e do qual nos penitenciamos.

Não sendo um facto irremediável, uma vez que o prazo para envio das propostas de solução apenas termina no próximo dia 10 de Outubro, não deixa de ser um acontecimento desagradável para todos os confrades.

Na próxima secção, já no próximo domingo, será publicado o problema que integrará a parte II da prova n.º 9 e face ao alargamento do prazo até ao dia 10, não haverá diminuição do tempo normal para resposta, mas que tudo isto é desagradável, isso é!

Para todos os confrades, as nossas desculpas pelo erro cometido.

domingo, 11 de setembro de 2011

POLICIÁRIO 1051

Nesta paragem das competições, após a publicação da prova n.º 9, retomamos um pouco da nossa história, daquilo que foram as épocas passadas e a evolução permanente, quer em número de participantes, quer em qualidade competitiva, com um leque bem mais alargado de candidatos aos lugares cimeiros das diversas classificações.

A manutenção no nosso meio competitivo de muitos “detectives” durante épocas a fio, faz com que adquiram a experiência necessária para aspirarem aos lugares de topo, uma vez que o Policiário é uma modalidade muito completa e difícil, exigindo muito dos participantes.

TEMPORADA 2007/2008

A época 2007/2008 foi, sem margens para dúvidas, uma das mais renhidas de sempre, em que, após meses e meses de competição muito dura, o título de campeão nacional de decifração foi decidido por um ponto na classificação da originalidade!

Na verdade, os dois “Zés”, o dos Anzóis e o de Viseu, discutiram até ao fim e terminaram empatados em pontuação geral, com a totalidade dos pontos em disputa, mas também nos pontos das melhores e só pela circunstância de o confrade Zé dos Anzóis ter conseguido somar um ponto nas originais, sagrou-se campeão nacional!

No terceiro lugar ficou Daniel Falcão, a que se seguiram, por ordem, Inspector Boavida, Nove, Búfalos Associados, A. Raposo & Lena, Avlis e Snitram e Mister H, todos com a totalidade dos pontos, 80.

Na classificação das Melhores, como já referimos, Zé dos Anzóis e Zé-Viseu somaram 28 pontos, seguidos de Daniel Falcão com 24.

Nas Mais Originais, foi a inevitável Medvet quem se impôs, seguida do Agente Guima e Jack Boamassa.

A Taça de Portugal deu a “dobradinha” a Zé dos Anzóis, que venceu na final o Agente Guima. Pelas meias-finais quedaram-se Daniel Falcão e Detective Jeremias, enquanto Alce Branco, Inspector Gigas, Mister H e Zé-Viseu foram eliminados nos quartos de final da competição.

Por força dos resultados obtidos, o campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal, ZÉ DOS ANZÓIS “arrasou” toda a concorrência e conquistou os troféus de Policiarista do Ano e terminou a época como n.º 1 do Ranking. Em ambas as classificações ficou à frente de Daniel Falcão e Zé-Viseu, que ocuparam, por essa ordem, os dois restantes lugares do pódio.

Foi, assim, uma época memorável para o confrade de Santarém, antes conhecido e reconhecido como Inspector Aranha e que actualmente – em boa hora – regressou ao nome de sempre. Zé dos Anzóis foi, por isso, apenas um episódio de uma longa e frutuosa carreira policiária, um episódio bem feliz, por sinal, como o demonstra esta época espectacular!

O Campeonato Nacional de Produção, destacou produções de Detective Lupa de Pedra, Bernie Leceiro, A. Raposo & Lena, Inspector Boavida, Inspector Fidalgo, que viram o confrade Onaírda atingir o lugar mais baixo do pódio, Rip Kirby subir ao 2.ª lugar e Búfalos Associados sagrar-se Campeão Nacional.

Batendo sucessivos máximos de participação, a nossa secção recebeu a companhia de um blogue, o CRIME PÚBLICO, no sentido de uma maior aproximação entre todo o universo de “detectives”, deixando também de publicar as extensas e maçadoras listagens de classificações, não apenas prova a prova, mas igualmente as de final de época, que ocupavam meses. Com o blogue, as notícias passaram a estar sempre actualizadas e cada “detective” ficou a conhecer a sua posição em cada classificação e em cada momento.

Foi, realmente, um passo de gigante no Policiário, apesar de um início pouco promissor, com fraca adesão dos confrades. No entanto, rapidamente ocupou o seu espaço e já no final do ano se registavam dias com mais de três centenas de visitas.

TEMPORADA 2008/2009

Esta época ficou marcada pelo desaparecimento do maior vulto do Policiário português, nosso Mestre e companheiro de viagem neste maravilhoso mundo do crime, o SETE DE ESPADAS. A sua morte foi reconhecida por todos os confrades como o acontecimento mais marcante, pelo sentimento de quase orfandade em que o Policiário ficou. Não tanto pela sua actividade no momento da morte, que era já diminuta, face à doença que o minava, mas principalmente por haver sempre dúvidas sobre a continuidade de um projecto que foi o seu durante uma vida inteira.

Já com a competição a decorrer, o dia 10 de Dezembro de 2008 marcou de forma decisiva todos os “detectives” que se iniciaram e cresceram nas secções daquele homem de barbas brancas e sorriso gaiato, que muitas vezes fazia o papel de pai ou avô para todos os novos aderentes.

Ao SETE DE ESPADAS a nossa homenagem e agradecimento pelos momentos únicos que proporcionou e pelo passatempo que nos deixou e de que retiramos tanto prazer.

A época competitiva teve como campeão nacional de decifração RIP KIRBY, um vencedor com tanto de justiça como de imprevisibilidade, já que conseguiu inverter a tendência classificativa na última prova. Nos lugares seguintes, também com a totalidade dos pontos ficaram a Detective Jeremias em 2.º, Búfalos Associados em 3.º e A. Raposo & Lena em 4.º.

Com menos dois pontos ficaram aqueles confrades que eram apontados como favoritos à vitória final, Zé-Viseu em 5.º, Daniel Falcão em 6.º, Quaresma Decifrador em 7.º, Inspector Boavida em 8.º e Ego em 9.º. A fechar os 10 primeiros, ficou o escalabitano Zé dos Anzóis.

Nas melhores soluções foi Zé-Viseu quem conquistou mais pontos, seguido de Zé dos Anzóis e Daniel Falcão.

Nas mais originais, uma vez mais foi a Medvet quem se impôs, deixando os lugares seguintes para Paulo e Chico Máximo.

A Taça de Portugal teve em Zé-Viseu o seu conquistador, numa final renhida com Daniel Falcão. Pelas meias-finais ficaram-se o Agente Guima e a Detective Jeremias, tendo sido eliminados nos quartos de final os confrades Alves & Companhia, Ego, Paulo e Rip Kirby.

Graças aos resultados obtidos, foi o confrade Zé-Viseu quem dominou os troféus de Policiarista do Ano e de n.º 1 do Ranking, tendo suplantado a Detective Jeremias e o Rip Kirby, no primeiro troféu e os confrades Daniel Falcão e Rip Kirby no Ranking.

O Campeonato Nacional de Produção registou a participação de problemas de autoria de Mr. Ignotus, Detective Lupa de Pedra, Inspector Boavida, Carla Colchete, A. Raposo & Lena, que assistiram à subida ao lugar mais baixo do pódio do confrade Paulo, ao degrau intermédio, de Daniel Falcão e ao mais alto, sagrando-se campeão nacional, do Inspector Fidalgo.

Uma vez mais, todos os máximos de participação foram superados.

Ainda que se registasse alguma constância nos lugares cimeiros das classificações - que não deve ser entendida como existência de lugares cativos, mas apenas a constatação da dificuldade e do tempo necessário para que um detective adquira os créditos necessários para competir em pleno com os confrades mais experientes – algumas novas presenças indiciavam uma renovação que se perfilava. Para continuar? Só o tempo poderia responder…

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A. RAPOSO RESPONDE...

Foram anos?

Foram dias...!

Agradeço os vossos votos
Por mais um aniversário
P´las contas do meu rosário
São mais que os santos devotos...

Afinal feitas as contas
Não foram anos que fiz
Pois a coisa não condiz
Não fizeram bem as contas...

Só se passou mais um dia
Um dia a seguir ao outro
E porque não sou devoto
A Zeus peço mais um dia
.......
Mas com profunda alegria
Um dia a seguir a outro!

um abraço do A raposo

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

FELIZ ANIVERSÁRIO, A. RAPOSO!




À boleia do confrade Jartur, que fez os versos que publicamos e subscrevemos na íntegra, aqui ficam os votos para que o confrade e Amigo A. RAPOSO tenha um enorme dia e que festeje muitos e muitos mais, no seio desta grande Família Policiária.
Muitos e muitos parabéns!





O RAPOSO FAZ ANINHOS…

Faz anos hoje, o Raposo,
“Holmes” de grande talento.
Que tenha um ano de gozo,
Grã saúde, e bom sustento.


Que não lhe falte o cacau,
Nem humor, nem distracção…            
Nem força para dar com o pau,
A quem queira pôr-lhe a mão.


Atingiu a minha idade,
Mas já não a vai dobrar!
Nem eu… que tenho vontade
De o ir hoje abraçar!...


Neste abraço virtual,               
Vai toda a admiração,
E um respeito visceral,
Do fundo do coração.


[Do amigo: Jartur]

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

DIA NACIONAL DO CHARADISMO

Aqui fica o apelo do confrade Abrótea, a propósito da ravitalização do Dia Nacional do Charadismo, publicado no jornal "Ecos de Braga".

Outros pormenores sobre este evento podem ser obtidos na página do confrade ABROTEA em:

http://ricardoma.no.comunidades.net/


SINTRA – 18 e 19 de JUNHO


Organizado pela ACTIS – Universidade da Terceira Idade de Sintra e Julieta, vai realizar-se naquela esplendorosa Vila, mais um Dia Nacional do Charadismo.

Para que o seu ingente trabalho e dedicação sejam recompensados, a TCB faz um apelo veemente a todos os Confrades, para que façam um pequeno esforço e estejam presentes, tanto mais que, como referimos abaixo, está, para além do fraterno convívio e amizade, o futuro de “O Charadista”.

Vamos todos a Sintra!

O CHARADISTA
O nosso principal baluarte do Charadismo, “O Charadista”, como sabem, sofreu uma interrupção devido à doença e, posteriormente, ao falecimento do grande e inesquecível Confrade Belloto, que tanto trabalhou por ele, sobretudo, depois da morte do também inolvidável Jofralo.

Para bem do Charadismo e gaúdio daqueles que o praticam por amor, é nossa obrigação como sócios ou não da Tertúlia Edípica de Lisboa, providenciar no sentido de que aquela publicação volte, quanto antes, às nossas casas.

Assim, solicitamos a todos os sócios a estarem presentes em Sintra, nos dias 18 e 19 de Junho, para tentarmos encontrar uma solução que mereça o consenso de todos, aproveitando a nossa “Festa” anual, anunciada acima.

Pensem, desde já, no assunto e mãos à obra!

Esta causa nobre assim o exige. “O Charadista” não pode morrer!

TCB Braga

domingo, 4 de setembro de 2011

POLICIÁRIO 1050

CRIME E MISTÉRIO EM LUANDA

Entramos na recta final das nossas competições desta época, com o penúltimo desafio, de autoria da dupla Búfalos Associados, que já se sagrou campeã nacional de produção, razão mais que suficiente para o redobrar das cautelas, por parte dos nossos “detectives”.

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL
PROVA N.º 9 – PARTE I
“CRIME EM TEMPO DE GUERRA” – Original de BÚFALOS ASSOCIADOS

-“Luanda era uma cidade estranhamente calma em Agosto de 1962 quando ali desembarcámos. Ninguém diria que, a algumas dezenas de quilómetros, havia uma guerra. Quatro garbosos mancebos recentemente promovidos a alferes milicianos, tínhamos feito juntos o C.O.M. e, mobilizados para Angola em rendição individual, sulcáramos o Atlântico com a cabeça cheia de inquietações e receios. Nunca esquecerei o dia em que chegámos e não só por ser o dia dos anos da minha mãe: 19. Também ficará para sempre na minha memória por ter sido marcado por um acontecimento dramático, que só não foi noticiado nos jornais, porque a Censura Militar conseguiu abafar o caso, para não deixar a tropa mal colocada. Coisas que aconteciam naquela época, hoje impensáveis…Ou quase…”

Chegara a hora dos cafés. Era sempre o momento em que aquele grupo de velhos amigos aproveitava para, nos seus periódicos almoços, cada um contar histórias raras ou colocar problemas que os outros deviam resolver. E o Inspector Garrett continuou a sua narrativa:

-“ Em Mafra tínhamos ficado unidos por uma boa amizade. O Edgar Valente não tinha acabado o curso de Agronomia. O Abílio Sério estudara Economia, mas com pouca convicção. O João Bravo e eu andávamos em Direito. Ninguém sabia o que iria fazer depois da tropa. Logo se verá, dizíamos: “de Angola antes vir tenente do que com os pés para a frente”. Todos os meus três amigos tinham tido já problemas com a Polícia política, mas não gostavam de falar disso. Durante o C.O.M. constava que tinha sido um colega quem os tinha denunciado. Nas conversas a bordo notava-se bem o que cada um pensava do regime e das suspeitas que tinha quanto à denúncia.

Já sabíamos onde iríamos ficar instalados em Luanda. O João conhecera em Lisboa uma rapariga luso-alemã, a Louise Meyer, cuja família residia em Luanda e possuía um andar na Avenida dos Combatentes onde alugava quartos a militares em trânsito. Por carta tinha assegurado alojamento para nós quatro e já lá estava instalado há dois meses o Jorge, outro camarada de armas, porém com ideias políticas muito diferentes das nossas. - “A Louise acabou o curso e já voltou para Luanda. Tenho a certeza de que o Jorge, femeeiro como é, já se atirou à rapariga.” – desabafava o João – “Estou muito arrependido de lhe ter arranjado o quarto”. O Abílio não calou a sua raiva: - “Vai ser uma chatice viver na mesma casa com o Jorge.” O Edgar não disse nada, mas notava-se na sua expressão o desagrado. Um dia perguntou ao João: - “A Louise não chegou a ser tua namorada?” O outro não respondeu, mas todos percebemos o porquê. “Eu nem vos conto o que sei sobre o Jorge.” – rematou o Abílio. – “Eu não sei, mas suspeito.” – disse o Edgar.”

Garrett fez uma pausa gozando a ansiedade dos interlocutores. E prosseguiu: - ” O paquete acostou como previsto cerca das 12 horas, mas só perto das 14 pusemos o pé em terra, após as formalidades. O Jorge comprometera-se a estar em casa toda a tarde à nossa espera. Um furriel e dois soldados esperavam-nos com um “jipão” e estavam encarregados de levar a nossa bagagem para o R.I.L.. Mesmo assim o João, desconfiado como sempre, quis acompanhar as malas e lá foi até ao quartel. O Abílio disse que ia procurar uns primos que tinham um café no início da Estrada de Catete e talvez lá almoçasse. O encontro de todos na casa onde nos iríamos instalar combinou-se para as 17 horas. O Edgar disse que ia aproveitar para ir fazer umas compras, pois precisava de algumas peças de roupa civil, sapatos, calças, etc. Eu ia procurar uma forma de telefonar à minha mãe para não deixar de lhe falar no dia dos seus anos. Quem hoje está habituado aos telemóveis não faz ideia da dificuldade de, naquela época, comunicar à distância. Talvez nos Correios encontrasse a solução. E separámo-nos todos. “

- “Oh Garrett, mas então onde é que está o drama?” – “Calma amigos, prestem atenção” – prosseguiu o Inspector – “ Eu encontrei alguma dificuldade em telefonar à minha mãe, andei mais de uma hora às voltas na cidade. Só no quartel é que consegui o telefonema. Fiquei por ali algum tempo a conversar com colegas. O João, claro, já lá estava mas saiu pelas 16.00. Ainda não eram 17.00 quando cheguei à morada indicada da Av. dos Combatentes. Aí esperava-me a cena do crime. O João fora o primeiro a chegar. Cerca das 16.30 batera à porta mas ninguém respondera. Como era o único que sabia a morada dos pais da Louise, ali bem perto, foi até lá e contou o sucedido ao pai, o sr. Meyer. A Louise não estava, dissera que ia sair toda a tarde. O pai, tendo uma chave da casa, entrou com o João e deparou com o Jorge caído no chão atingido com um tiro na zona do coração. Chegou a Polícia Militar que entretanto fora chamada. A casa, em desordem, aparentava sinais de luta. No chão perto do corpo uma pistola Walther 9mm, que veio a confirmar-se pertencer à vítima e ter sido a origem do tiro fatal. Um pouco depois surgiu o Abílio carregando dois enormes abacaxis que os primos lhe tinham dado. O último a chegar foi o Edgar que, apesar de não gostar do Jorge, ainda da porta manifestou o seu pesar levando as mãos à cabeça num gesto de horror. Mais tarde a Medicina Legal determinou a hora da morte entre as 15 e as 16 horas. O tiro em cheio no coração teria provocado morte quase imediata. Numa gaveta do quarto do Jorge foram encontradas peças de roupa íntima da Louise. A nossa apresentação no R.I.L. deveria ser no dia seguinte de manhã. Após algumas declarações à Polícia Militar fomos todos jantar em casa dos Meyer onde dormimos nessa noite. O ambiente era de cortar à faca. A Louise chegou pelas 19 horas, já sabia que nós íamos chegar e disse ter estado na praia com amigas e depois em casa delas. E pronto, a história está contada. Mas os meus amigos já possuem dados para dizer sobre quem recaíram desde logo as suspeitas do crime. E justifiquem.”

CUIDADO COM OS PRAZOS

O prazo para envio da solução do desafio que publicamos hoje e que pode ser remetido em conjunto com a resposta ao que vai ser apresentado aos nossos “detectives” na próxima semana, tem como limite máximo o dia 10 de Outubro.
Para nos fazerem chegar as propostas de solução, podem usar um dos seguintes meios:
- Pelos Correios para PÚBLICO-Policiário, Rua Viriato, 13, 1069-315 LISBOA;
- Por e-mail para policiario@publico.pt;
- Por entrega em mão na redacção do PÚBLICO de Lisboa;
- Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.
Boas deduções!





POLICIÁRIO EM LUANDA!

Hoje o Policiário vai até Luanda, pela mão dos confrades BÚFALOS ASSOCIADOS, a dupla autora do desafio n.º 9 (penúltimo) desta nossa época policiária!
Em plena guerra colonial, os nossos "detectives" vão poder acompanhar o narrador nas suas memórias...
Mais logo, AQUI, estará o desafio...