COMPETIÇÕES DE 2010 COMEÇAM NA PRÓXIMA SEMANA
Com os votos de um magnífico ano de 2010 para todos os nossos leitores e “detectives”, prosseguimos hoje a publicação dos regulamentos que vão nortear a nossa actividade ao longo de mais uma época competitiva, cuja primeira parte foi publicada na semana transacta.
Já na próxima semana teremos aqui o início das “hostilidades”, com o primeiro desafio “a doer”, que vai exigir a todos a máxima concentração.
Eis os regulamentos dos troféus Sete de Espadas e Detective Misterioso:
TROFÉU SETE DE ESPADAS (POLICIARISTA DO ANO)
1. O Policiarista do Ano é definido pelo somatório das pontuações obtidas ao longo da época, da seguinte forma: 2 pontos por cada um obtido no CN.
2. Quando, numa prova, o número de acertantes for igual ou superior a 5 por cento, mas inferior a 10 por cento do total de participantes, todos eles receberão não os 20 pontos, mas sim 25. Se o número de acertantes for inferior a 5 por cento, mas igual ou superior a 2 concorrentes, cada um deles terá 30 pontos; se apenas houver 1 acertante, este receberá 40 pontos. Para estes cálculos não conta o autor do problema, que, no entanto, receberá os mesmos pontos.
3. No final do CN, o vencedor receberá 100 pontos; o 2º, 90; o 3º, 85; o 4º, 80; o 5º, 75; o 6º, 70; o 7º, 69; o 8º, 68; e assim por diante até ao 75º que receberá 1 ponto.
4. Em caso de igualdade na tabela classificativa do CN, serão somados os pontos de todos os concorrentes empatados e o seu somatório dividido pelo seu número, recebendo, assim, cada um deles, a média aritmética, arredondada sempre por excesso.
5. Cada eliminatória da TP superada com êxito renderá 10 pontos. No final, o vencedor da TP receberá 20 pontos, o finalista vencido 10 e cada um dos semifinalistas, 5 pontos.
6. O Campeão Nacional de Produção receberá 20 pontos, o 2º 10 e o 3º 5.
7. Os prémios a atribuir são os seguintes: Troféu SETE DE ESPADAS para o mais pontuado; Medalhas para o 2º e 3º classificados.
8. Todos os casos omissos serão resolvidos de acordo com o estabelecido no último ponto do Regulamento do CN.
TROFÉU DET. MISTERIOSO (N.º 1 DO RANKING)
1. As pontuações são exactamente iguais às do Policiarista do Ano, mas haverá uma pontuação que transita do ranking anterior, correspondente a 20 por cento, sempre arredondada por excesso.
2. Os prémios são os seguintes: Troféu DET. MISTERIOSO para o mais pontuado no final da época; Medalhas para os 2º e 3º classificados.
3. Todos os casos omissos serão resolvidos da mesma forma que nos restantes regulamentos
SOLUÇÃO DE “O PUNHAL MALDITO QUE VEIO DO PASSADO”
Autor: M. Constantino
A solução apresentada por Nove, publicada no boletim Lidador… Das Cinzentas, em Abril de 2006, é a seguinte:
Este é um desafio muito bem imaginado, que dá para uma boa quantidade de páginas de história nas quais ambição, poder, despotismo, amor, canalhice e aventura entram em dose elevada. Vou, contudo, optar pela solução mínima, a da resposta em muito poucas palavras.
1. Quem era o cavaleiro?
Não podia ser outro senão Marco Licínio Crasso, um dos homens mais ricos e poderosos da Roma pré-imperial, que recebeu o cognome de “Dives” com que o armeiro o saudou. Foi amigo de Júlio César, a quem ajudou não só com legionários mas também com dinheiro. Comandou a repressão da revolta de escravos encabeçada por Spartacus e fez parte de um triunvirato com Pompeu e Júlio César. O seu “maior legado” é o infeliz erro crasso.
2. Como seria hoje identificado o suspeito da morte do armeiro?
Sê-lo-ia pelas impressões digitais deixadas na moeda atirada para junto do corpo da vítima, moeda essa que ele extraíra com os dedos, sem tremura.
3. Qual era o castelo?
Não podia ser outro senão o de Anet, em França, mandado construir por Henry II, com começo em 1547, para Diane de Poitiers, sua amante e conselheira. É considerado o protótipo da arquitectura renascentista francesa e assentou sobre as ruínas do solar de Anet, de traça gótica, que, por sua vez, substituíra uma antiga fortaleza. O antigo solar de Anet, pertença da família Brézé, fora a residência de Diane logo após o seu casamento, em 1515, com Louis de Brézé.
4. Quem era o ás das evasões?
Basta a série de pseudónimos apresentada para se chegar a Eugène-François Vidocq. Foi um aventureiro notável, nascido em Julho de 1775, que serviu no Regimento de Bourbon, que conheceu várias prisões, donde se evadiu pelas formas mais incríveis, e que chegou a ser polícia!
PRODUÇÕES
Agora que vamos iniciar as nossas competições, queremos reafirmar que temos necessidade de problemas policiários, de ambas espécies: tradicionais e de escolha múltipla.
Assegurada, como sempre, a disponibilidade dos produtores mais activos da nossa secção, uma disponibilidade que não nos cansamos de agradecer, a verdade é que necessitamos de “sangue novo”, novos métodos e processos de escrita, novidades, em suma, que evitem uma certa estagnação. É que, após alguns anos de Policiário, com o conhecimento dos autores e dos seus processos, começamos a perceber e antecipar as suas conclusões, quase resolvemos os problemas pelo conhecimento que temos dos seus autores. Claro que é um exagero, mas quer dizer algo.
A nossa actividade baseia-se, em primeira instância, na qualidade dos desafios que temos para propor aos “detectives”. É frustrante chegarmos à conclusão de que um determinado problema não tem a resposta adequada, depois de imenso tempo perdido na sua análise, ou que é anulado após tanto esforço.
Por isso vamos lançando o nosso apelo para que os nossos “detectives” elaborem um desafio, de qualquer dos tipos e o façam com o espírito de propor aos restantes confrades aquilo com que gostariam de ser confrontados. Aquilo que lhes daria prazer resolver.
Um problema passa sempre pelo contar de uma história, por retratar uma cena verosímil, capaz de ter ocorrido em qualquer lugar, que envolva um enigma e a sua resolução. Terminada a exposição dos factos, no exacto momento em que o investigador vai passar à fase de apresentação das conclusões e exibir as provas em que se baseia para apontar o responsável, o produtor interrompe o seu conto e lança os seus desafios. Alguns produtores escolhem o método de fazer algumas perguntas, que querem ver respondidas, outros optam por simplesmente interromperem o texto e aguardarem pelos relatórios. No caso dos de escolha múltipla, o texto termina com as quatro hipóteses de solução, de entre as quais o decifrador terá que escolher uma.
Caríssimos “detectives”, queremos que este ano de 2010 seja um marco, também no que se refere à produção de enigmas. Não é aceitável que tenhamos hoje um universo de participantes nos nossos desafios de mais de dois milhares de confrades, que os lêem e estudam, se dão ao trabalho de escreverem as soluções, mas não tenham a curiosidade de testarem os seus dotes de escrita de desafios!
Fazendo o paralelismo com o que foi a nossa actividade nos anos 70 e 80 do século passado, a produção fica a perder, já que nesses tempos o universo de decifradores rondaria as cinco ou seis centenas, para um número de produtores que rondaria a centena!
Tal disparidade não é aceitável! As pessoas não deixaram de utilizar a Língua Portuguesa, desde logo porque o nosso passatempo, como já referimos, exige que se escrevam as soluções, no mínimo. Portanto, será por preguiça?
Vamos todos dar uma resposta, produzindo um desafio?
O Policiário agradece!
Coluna do “C”
FALTAM 37 SEMANAS PARA A EDIÇÃO N.º 1000
O ano de 1999 trouxe um aumento de velocidade!
Aproveitando uma ideia excelente que o confrade Zé (Viseu) desenvolveu, na secção da revista Passatempo, nos anos 80 do século passado, lançámos o Torneio Fórmula 1, que se revelou extremamente competitivo. O funcionamento era semelhante ao do automobilismo: Havia 10 Grandes-Prémios, em que eram seleccionadas as melhores soluções, que recebiam os pontos correspondentes aos seus lugares. No final apurávamos o campeão.
Paralelamente houve o Torneio da Amizade e Saudade, uma proposta do confrade Janes, que aproveitava as mesmas produções do Fórmula 1, mas apurava o vencedor pelo somatório geral dos pontos obtidos.
Para quem se quisesse iniciar, um outro torneio, Detective Rápido, composto de problemas de escolha múltipla.
Já muito acima dos 1000 participantes, continuávamos numa curva nitidamente em ascensão!
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