segunda-feira, 28 de março de 2011

POLICIÁRIO 1027

SORTEIO DA TAÇA DE PORTUGAL SEM SURPRESAS

As nossas competições vão continuando o seu caminho, desta feita com a publicação do resultado do sorteio que determinou os confrontos para a terceira eliminatória da Taça de Portugal.

Estes confrontos ocorrem, tendo como pano de fundo os problemas que integram a prova n.º 3.

Recordamos que o prazo para o envio das propostas de solução para esses enigmas policiários termina, impreterivelmente, no próximo dia 31, portanto, ainda com tempo para os nossos confrades elaborarem soluções em função do adversário que lhes calhou em sorteio, se nisso acharem alguma vantagem.

Aliás, esse é o motivo principal para que haja sempre a publicação dos confrontos antes do final do prazo para resposta.

Apenas mais uma nota para uma situação que é recorrente e que sempre causa algum desconforto, que tem que ver com soluções que se transviam, o que acaba por prejudicar os confrades envolvidos.

Se no campeonato nacional tudo se pode remediar, atribuindo as pontuações respectivas, uma vez detectadas as situações, na taça as consequências são mais gravosas porque o “detective” é eliminado da competição, uma vez publicados os confrontos para a eliminatória seguinte. Isto significa que todos os confrades se arriscam a serem eliminados da taça, se as soluções enviadas não chegarem ao seu destino, por qualquer motivo, mesmo que não lhes possa ser imputado. Daí a nossa recomendação para se assegurarem da chegada das propostas de solução ao destino, quer solicitando a confirmação ao orientador, quer, quando o envio é feito por e-mail, repetindo-o passado algum tempo, com a indicação explícita de que é um reenvio.



Com referência ao atraso na divulgação dos resultados finais da prova n.º 1, tal facto fica a dever-se ao enorme número de “detectives” que este ano participa nas competições, o que tem causado alguns problemas adicionais, que no entanto estão praticamente debelados. Assim que tudo esteja devidamente preparado será através do nosso blogue CRIME PÚBLICO (http://blogs.publico.pt/policiario) que procederemos à sua divulgação.

CONFRONTOS DA 3.ª ELIMINATÓRIA DA TAÇA DE PORTUGAL

Deco – Zubiabá; Mr. Ignotus – Pimba & Pomba; Luz Farrajota – Medvet; Professor Cebolas – Kolka; Sossavart – Dr. Gismondo; Rip Kirby – Casablanca; Inspector Pi – Gina Frutis; Inspectora SS – Kim Zero; Vampiro do Ó – Danielux; Romoaldo – Bernie Leceiro; Senhor Porco – Mister H: Inspector Sonntag – Milit.com; Detective Popular – Karl Marques; Inspector Portugal – Detective Xá Muteba; Inspector Vigarista – Paulo; Rivera – Verbatim; Duca Holmes – Tongo; Udino – A Raposo & Lena; Zé Bacalhau – X Boavista; Agente Guima – Unicafor; Larama Coyote – Flo; Carolina Pimpão – Ribeiro de Carvalho; Vicktório – Sá Xábi; Sesta Dourada – Alce Branco; Zé – Corto Maltese; Dani Dias – Ego; Yut Agar – Daniel Falcão; Manuel Xis – Inspector Gigas; Otorrino Ceronte – Detective Lupa de Pedra; Crapocci – Inspector Boavida; Luna Bala – Alves & Companhia; Inspector Aranha – Polícia (de) Giro; Búfalos Associados – P Coruja; Toygrosso – Ábaco; Detective Jeremias – Caró Gagga; Unima – Sultão Zonzo; C Zorro – Jo.com; Arconada – Ó Bama; Olerrox – Yannik; Inspector Boa Cepa – Detective Pomada; Luís Poirot – Krápula; Infor X – Heliodora Cardoso; Articopus – Caminheiro; Andrino Santos – Nobless; Inspector Jack – Rui Kikas; Real House – Ubaldo Pinóia; Vampirina – Pretocolo; Bochunelas – Papari; Gasa – Inspector Sardinha; Detective Duralex – Metrosex; Passolini – Tiranossauro; Inspector Cadim – Moromoro; Inspectora Hélia – CSI Pirata; Vikew – Luís Estrela; JP – Agente Hot Star; P Sintrão - Limbrota; Ocosso – Visionário; Tiko – Mikas; Zarim Gago – Valquíria; Vampirella – Dunga; Zé Vilela – Ribolheiro; Mister Olavo – Ventoinha; Ayalla – Inspector Maka; Hilária Clintona – Inspector Kulpado; L Pedralvas – Seyl; Garanho – Sargento Villabuena; Ruca Mil – Sertório; Killy Vamp – Robbie; Mandrake – Dr. Quaresma; Péricles – Zé Matulão; Miss Marple – Falamil; Juz Cougar – Holmesiano; Detective Marosca – Malone; Borda D’ Água – Samantha; Mil Magos – Latrell; Professor Bombom – Tarano; Xeltox – Mauro Flores; Ubi – Prukim; Dr. Famoso – Inspector Boomerang; Sam Spade – Logopins; Moratti – Irina; Rei Shakal – Tanino; Comissário Utak – Rui Faro; T Antenor – Dr. Jaguar; Hybrid – Trio Coxo; Santo – Vamp 99; Ordoc – Sorgan; Vulk – The Carol; Vodinar – Wimsey; Ramiro – Lima Amaro; Jalabar – Pirox; Ripador – Indómito; Zeca – Jurrica; Corvos – Zurc; Tó Dani – Roac; Doll – U; Etilon – Tino Serra; Zzz – Lido; Mimo – X; Vetamina – Semog; Tó Jó – Pardal; João T – Acacrime; Croppus – Máfrica; Zulda – DC24; Cui – Mason; Jota Petrus – Dr. Fault; Zermú – Maphyl; Diana – Tretas; Lila – Soldado; Mou – Zarú; Dorius – Prosa; Zé Pinhão – Rex; Otutit – Mac; Reguso – Tanoeiro; Dredd – Procópio; Espada – Zábiá; Vata – Retni; Uburu – Regola; Mars – Sotil; Treko – Mello; Emetec – Trinitá; Rusty – Free Live; Ix – Taar; Orsinni – Serrinha; Roor – Pencas; Nagudo – Igor; Faquir – Hulk e Noitne – Hust.

Numa apreciação rápida, podemos verificar que não se cruzaram os potenciais candidatos à vitória final, pelo menos aqueles que, por tradição, mais favoritismo assumem.

Como sempre referimos, a Taça de Portugal é uma competição muito especial, porque abre espaço a grandes surpresas, à possibilidade de um confrade menos favorito poder eliminar outro bem mais, numa prova que lhe corra melhor, mas a realidade é que esse factor surpresa não tem acontecido muito nos últimos tempos, prevalecendo sempre a lógica.

De qualquer forma, num confronto de um para um, tudo é possível e é bom que todos os confrades percebam que na Taça de Portugal não há vencedores antecipados.

RETOMAR A TRADIÇÃO EM SETÚBAL

A proposta do nosso confrade Abrótea para retomarmos a tradição de uma sardinhada em Setúbal, é por nós registada com muito agrado, tendo em linha de conta os bons momentos de saudável camaradagem que o Mundo Policiário viveu na cidade do Sado.

A data de 16 de Julho é apontada como a mais favorável para o nosso confrade sadino e disso damos aqui a devida nota para que todos possam ir fazendo os seus planos.

VOLUME II

O confrade Daniel Falcão aproveitou o início da Primavera para lançar o segundo volume da obra dedicada às 1000 edições da nossa secção.
Eis as suas palavras:
“Foi no dia 19 de Setembro de 2010, durante o Convívio da Edição 1000 da secção Público-Policiário, que o CLUBE DE DETECTIVES apresentou o primeiro volume do seu projecto editorial, dedicado aos enigmas publicados nesta milenária secção, entre as temporadas 2001-2002 e 2004-2005. Hoje, seis meses volvidos, primeiro dia de Primavera, chega o momento de apresentarmos o segundo volume deste projecto, abrangendo os enigmas desde a temporada 2005-2006 até à temporada 2010. São 276 páginas (que se juntam às 240 do volume anterior) recheadas de excelentes produções. Caso estejam interessados neste volume (cujo preço de venda é de 15 euros), podem proceder à respectiva reserva para clubededetectives@gmail.com.”

domingo, 27 de março de 2011

POLICIÁRIO 1027

Meus caros confrades, um erro de natureza informática - e se calhar alguma nabice! - não permite a publicação do teor da secção que hoje saíu no PÚBLICO.

Vamos procurar remediar a situação ainda hoje, ou, se tal se revelar impossível, amanhã, com mais meios à disposição.

Para todos os confrades, principalmente para aqueles que apenas nos seguem pelo blogue, as nossas desculpas.

terça-feira, 22 de março de 2011

CONFRONTOS DA TAÇA DE PORTUGAL

Inserimos hoje os resultados do sorteio dos confrontos para a terceira eliminatória da Taça de Portugal.

Estes confrontos definem quem defronta quem na terceira prova deste ano, cujo prazo para solução decorre até ao próximo dia 31.

EIS OS CONFRONTOS:

Deco – Zubiabá; Mr. Ignotus – Pimba & Pomba; Luz Farrajota – Medvet; Professor Cebolas – Kolka; Sossavart – Dr. Gismondo; Rip Kirby – Casablanca; Inspector Pi – Gina Frutis; Inspectora SS – Kim Zero; Vampiro do Ó – Danielux; Romoaldo – Bernie Leceiro; Senhor Porco – Mister H: Inspector Sonntag – Milit.com; Detective Popular – Karl Marques; Inspector Portugal – Detective Xá Muteba; Inspector Vigarista – Paulo; Rivera – Verbatim; Duca Holmes – Tongo; Udino – A Raposo & Lena; Zé Bacalhau – X Boavista; Agente Guima – Unicafor; Larama Coyote – Flo; Carolina Pimpão – Ribeiro de Carvalho; Vicktório – Sá Xábi; Sesta Dourada – Alce Branco; Zé – Corto Maltese; Dani Dias – Ego; Yut Agar – Daniel Falcão; Manuel Xis – Inspector Gigas; Otorrino Ceronte – Detective Lupa de Pedra; Crapocci – Inspector Boavida; Luna Bala – Alves & Companhia; Inspector Aranha – Polícia (de) Giro; Búfalos Associados – P Coruja; Toygrosso – Ábaco; Detective Jeremias – Caró Gagga; Unima – Sultão Zonzo; C Zorro – Jo.com; Arconada – Ó Bama; Olerrox – Yannik; Inspector Boa Cepa – Detective Pomada; Luís Poirot – Krápula; Infor X – Heliodora Cardoso; Articopus – Caminheiro; Andrino Santos – Nobless; Inspector Jack – Rui Kikas; Real House – Ubaldo Pinóia; Vampirina – Pretocolo; Bochunelas – Papari; Gasa – Inspector Sardinha; Detective Duralex – Metrosex; Passolini – Tiranossauro; Inspector Cadim – Moromoro; Inspectora Hélia – CSI Pirata; Vikew – Luís Estrela; JP – Agente Hot Star; P Sintrão -  Limbrota; Ocosso – Visionário; Tiko – Mikas; Zarim Gago – Valquíria; Vampirella – Dunga; Zé Vilela – Ribolheiro; Mister Olavo – Ventoinha; Ayalla – Inspector Maka; Hilária Clintona – Inspector Kulpado; L Pedralvas – Seyl; Garanho – Sargento Villabuena; Ruca Mil – Sertório; Killy Vamp – Robbie; Mandrake – Dr. Quaresma; Péricles – Zé Matulão; Miss Marple – Falamil; Juz Cougar – Holmesiano; Detective Marosca – Malone; Borda D’ Água – Samantha; Mil Magos – Latrell; Professor Bombom – Tarano; Xeltox – Mauro Flores; Ubi – Prukim; Dr. Famoso – Inspector Boomerang; Sam Spade – Logopins; Moratti – Irina; Rei Shakal – Tanino; Comissário Utak – Rui Faro; T Antenor – Dr. Jaguar; Hybrid – Trio Coxo; Santo – Vamp 99; Ordoc – Sorgan; Vulk – The Carol; Vodinar – Wimsey; Ramiro – Lima Amaro; Jalabar – Pirox; Ripador – Indómito; Zeca – Jurrica; Corvos – Zurc; Tó Dani – Roac; Doll – U; Etilon – Tino Serra; Zzz – Lido; Mimo – X; Vetamina – Semog; Tó Jó – Pardal; João T – Acacrime; Croppus – Máfrica; Zulda – DC24; Cui –Mason; Jota Petrus – Dr. Fault; Zermú – Maphyl; Diana – Tretas; Lila – Soldado; Mou – Zarú; Dorius – Prosa; Zé Pinhão – Rex; Otutit – Mac; Reguso – Tanoeiro; Dredd – Procópio; Espada – Zábiá; Vata – Retni; Uburu – Regola; Mars –Sotil; Treko – Mello; Emetec – Trinitá; Rusty – Free Live; Ix – Taar; Orsinni – Serrinha; Roor – Pencas; Nagudo – Igor; Faquir – Hulk e Noitne – Hust. 

Agradecemos que os confrades nos assinalem quaisquer possíveis erros ocorridos, uma vez que estas operações em "grande escala" se estão a demonstrar perfeitamente "DEMOLIDORAS" para nós!           

domingo, 20 de março de 2011

POLICIÁRIO 1026

13 DE MARÇO DE 1975, DATA MÍTICA DOS POLICIARISTAS

Como o tempo passa!
Foi no dia 13 de Março de 1975 que o Policiário ressurgiu das cinzas e se afirmou definitivamente no Mundo de Aventuras, uma revista semanal de histórias aos quadradinhos da Agência Portuguesa de Revistas.
Nas últimas páginas do número daquela semana, havia algo de novo, uma secção autónoma, com a designação de “Mistério… Policiário”, assinada com um nome curioso e engraçado: Sete de Espadas!
Esse nome atravessou-se na vida de muitos de nós, inexoravelmente. O Sete de Espadas tornou-se numa referência quando se tratava de camaradagem, amizade, enigmas e literatura policiais, lazer…
Foi há 36 anos que muitos de nós tomámos o primeiro contacto com este imenso mundo policiário, que continua, ainda hoje, a exercer um fascínio indisfarçável, mesmo após o desaparecimento físico desse nosso mestre e amigo, que viu o seu trajecto interrompido no final de 2008.
O dia 13 de Março é, por tudo isso, uma data importante que decidimos recordar esta ano através da vertente de produtor do "nosso" Sete de Espadas.

A MORTE DE ANÍBAL CALDEIRA – O BANQUEIRO
Autor: Sete de Espadas

Uma vez, já lá vão muitos e muitos anos, lembro-me que, no célebre Café Martinho (hoje, um banco), onde, ao tempo, se reunia uma das mais numerosas e aguerridas Tertúlias da época, em conversa com o Joe Match – não sei se vocês se recordam dele e do seu perfil esguio, cabelos levemente aloirados, de casaco axadrezado e sempre sobraçando milhentos “problemas de Rádio”, até chegar a essa formidável “invasão da Terra pelos marcianos”!... – dizia-me ele:
– “Sete”, fiz um problema que é uma espécie de sinopse de um grande relatório – assim como o extrair, de um texto grande, só o que “nos convém”!
– Já não é a primeira vez…respondi! Tens em “Um Crime a Bordo”, de Dennis Wheatley, o “clássico” do género: Cópias de telegramas… Relatórios… Apontamentos do agente investigador… Fotografias dos quartos… Inventários dos objectos… Fotografias de todos os suspeitos… Impressões digitais… Cabelos… Pontas de cigarros… Fósforos queimados… até chegares à própria confissão, escrita, do assassino…
–Não é bem isso, “Sete”!... Isso é demais para mim… O que pretendo é mais ou menos isto…
E, sem me dar tempo para mais, já estavam folhas de papel estendidas pelo amplo tampo de mármore da pesada mesa, onde as mãos esguias do Joe Match seguravam e garatujavam os seguintes elementos:
1) Aníbal Caldeira é um conhecido banqueiro que aparece morto, no seu gabinete, à 1 hora da madrugada de 9 de Abril…
2) Lualda, sobrinha, é quem dá com o corpo, quando vai desejar “boa-noite” ao tio…
3) O corpo está caído de costas, ao comprido, sobre a alcatifa, segurando na mão direita uma Star… com silenciador…
4) De cabelos em desalinho, face magra contraída, lábios fortemente cerrados, tem um orifício quase a meio da testa, sobre o sobrolho direito, de onde partia um fiozinho de sangue já coagulado…
5) Apesar da sua fortuna pessoal ser considerada significativa, os negócios do banqueiro – segundo investigações feitas – corriam mal…
6) Pelo testamento encontrado, era beneficiária a sobrinha, que retiraria 1/3 do “bolo” para o secretário e pequenos legados para os serviçais…
Achei, quanto a mim, que a ideia estava a ser bem esquematizada e logo ele me atirou com novas “fichas” – a que pomposamente dava o título de “extractos dos interrogatórios”…
Cozinheira:
Esperava Lualda na cozinha, quando esta entrou a correr, gritando que o tio estava morto… Acordara depois o criado, participando-lhe o facto…
Criado:
Afirmara que o banqueiro estava vivo à meia-noite e meia hora, quando lhe fora levar o habitual cálice de “gin”, que o banqueiro sempre bebia antes de se deitar… Depois, ele próprio se fora deitar, só acordando quando a cozinheira o chamara…
Secretário:
Fora ao cinema… Regressara perto da meia-noite e encontrara Lualda no corredor, quando ela se dirigia para a casa de banho. Ele subira para o seu quarto, no primeiro andar… Mas, antes de subir, e ao passar pela porta do gabinete de Aníbal Caldeira, tivera a impressão de que qualquer coisa pesada caía… Ainda estivera para bater, mas, depois, pensara nas cenas do filme policial que vira e rira-se, por se julgar influenciado… Afinal… Só quando sentira grande reboliço por toda a casa descera, tendo, então, a cozinheira, Lualda e o criado contado que o banqueiro estava morto… Telefonara imediatamente à polícia, visto que ainda ninguém o fizera… E fora, depois, ao gabinete da vítima, ver o corpo… Aí, encontrara aquele pedaço de vidro oblongo, que lhe parecera do relógio do patrão… (Não se confirmou.)
Aqui, olhámos um para o outro… Sorrimo-nos… Vários pormenores – aqueles pequenos nadas que jamais passam despercebidos a qualquer “detective”… – faziam-nos pensar no “problema” que era a morte do banqueiro… e que esta fora um…

Deixei que o Joe arrumasse todas as suas folhas e “fichas” dispersas…
E… muitos anos depois – esta história passou-se, algures, no fim de uma tarde ventosa e húmida de Dezembro de 1948 e foi escrita em 1975 – cabe-me perguntar:

1 – Crime ou suicídio? Porquê?
2 – Faça um relatório do caso, focando todas as contradições…


SOLUÇÃO
O nosso amigo Sete de Espadas organizou esta “Morte de Aníbal Caldeira – o Banqueiro” como um problema aberto e, por isso, não fez a solução oficial, dado que, com aqueles elementos, era possível optar, com suporte textual, por mais de uma hipótese de criminoso!
Criminoso (a, os), sim, pois de crime de tratava. E os elementos estão todos lá, sendo esses pormenores de ordem técnica (objectivos) os responsáveis pela perda de pontos de bastantes concorrentes.
O facto de não ter sido encontrada, no local do crime, a cápsula que a Star ejectou (pormenor que escapou a alguns – mesmo totalistas, já que acertaram nos outros todos), o aspecto do buraco de entrada da bala, a quase total “limpeza” da sala, a posição do corpo, a arma na mão (para mais com silenciador), a presença de um silenciador, a porta não fechada por dentro, o local de entrada do tiro, o aspecto da cara e da cabeça da vítima, um caco (apenas) de vidro (não pertencente ao relógio do morto)… tudo isto (pelo menos) indiciava e provava que não tinha sido suicídio (não nos é referido se a arma continha – ou não – impressões digitais).
Quanto ao criminoso, a maioria optou pelo Secretário, dado ele ter, aparentemente, mostrado que sabia demasiado, ao precipitar-se para chamar a polícia, sem se certificar de que o patrão estava (mesmo) morto e sem que, pelo texto, alguém lhe tivesse dito a causa da morte!
O Criado também recolheu uma boa dose de suspeição, por ter sido a última pessoa a vê-lo e o corpo ter sido descoberto com o sangue já coagulado, numa época do ano em que costuma estar frio. Esta dedução é feita com as reservas de não podermos saber quem fornece esse elemento (as pessoas que viviam em casa ou a polícia; logo, a que horas foi constatada a coagulação).
O facto de a cozinheira estar no seu posto à 1 hora e à espera da sobrinha da vítima, pareceu, também, muito suspeito. Daí, o cenário de uma cumplicidade (até total) ter sido sugerido…
Como muitos disseram, com tais declarações, todos tinham de ser, cuidadosamente, interrogados de novo, pois, como alguém disse, com tais elementos nenhum tribunal condenaria ninguém!
Numa coisa estamos todos de acordo – o móbil do crime: alguém quis fechar a torneira antes que a água acabasse (ou seja, antes que a ruína do banqueiro fizesse desaparecer o dinheiro que ele tinha legado)!

(publicado na secção “Mundo dos passatempos” do jornal “O Almeirinense” em 15 de Janeiro de 2008)

À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS!

Nós e os nossos confrades estamos à beira de um ataque de nervos!
Os "detectives" porque estão a desesperar com a falta de resultados; Nós porque não os temos, ainda, para divulgar!

Um dia procuraremos demonstrar a todos os confrades o que é organizar tabelas de classificações com muito mais de 2000 nomes, a par de ler e classificar tamanha enormidade!

Meus caros, a situação aproxima-se da ruptura e tem sido um exercício de difícil equilíbrio conseguirmos manter-nos à tona!

Finalmente, tudo parece encaminhado para começarmos a divulgação dos resultados, pelo que pedimos aos nossos confrades um pouco mais de paciência.

Obrigado!

JARTUR MOSTRA-NOS O "CARTAZ"!

O confrade JARTUR leva-nos até aos anos 40 do século passado e até uma revista, CARTAZ.
Ora tomem a devida nota, com os naturais agradecimentos ao responsável:

Compilação de: “Jartur”
João Artur Mamede
10 de Fevereiro de 1946 / 24 de Fevereiro de 1946

Na Biblioteca Pública Municipal do Porto, procurei encontrar a colecção do jornal ou revista CARTAZ, onde eu sabia que teria uma existido uma secção policial, para o que fora também já alertado, pelos confrades A. RAPOSO e MEDVET.
Consultado o arquivo, encontrei três fichas com o título em questão, mas desde logo fixei a atenção na primeira, e foi essa que requisitei, com a intenção de noutra oportunidade consultar as restantes.
Na sala de leitura, foi-me apresentada uma encadernação já bastante gasta, com a designação de «MISCELÂNEA» e, efectivamente, lá para meio da encadernação que arrecadava mais de uma dezena de títulos, aparecia a publicação – não sei se deva chamar-lhe jornal ou revista:

CARTAZ

DIRECÇÃO DE GENTIL MARQUES
DOCUMENTÁRIO VIVO DO MUNDO

Na capa, além dessas titulares, ainda tinha mais as seguintes indicações específicas:
ANO PRIMEIRO - N.º 1 / 10 DE Fevereiro de 1946
AOS DOMINGOS * UM ESCUDO

E ali se publicava também, numa coluna a toda a altura, à direita da página - sob o ponto de vista do leitor - um índice onde, entre mais de 25 indicações, aparece o seguinte convite:

“É CAPAZ DE RESOLVER ESTE PROBLEMA POLICIAL?
* * * * *
CARTAZ, em formato de jornal ilustrado, “tablóide”, à feição das publicações da época, inseria notícias e artigos diversos de actualidades, versando humor, literatura de todas os géneros, teatro, cinema, os diferentes ramos de diversas artes, e também anedotas ilustradas, e uma tira de histórias aos quadradinhos, nomeadamente: BARNABÉ «NA ALTA SOCIEDADE», com desenhos de SERVAIS.
As páginas não eram numeradas, mas na 11, de 12, sobre uma fotografia de uma cena, como que extraída dum filme, aparecia o seguinte desafio:

VEJA SE É CAPAZ DE RESOLVER ESTE PROBLEMA POLICIAL

E, sem qualquer título, publicava-se um problema policial ao estilo dos que os sindicatos americanos distribuíam pela imprensa mundial.
No CARTAZ n.º 2, de 17 de Fevereiro de 1946, não foi publicada a rubrica.
Mas o n.º 3, de 24 de Fevereiro de 1946, já indicava no índice, como único título de «Miscelânea», e remetendo-nos para a página 7, a secção: VEJA SE É CAPAZ DE RESOLVER ESTE PROBLEMA POLICIAL.
A exemplo do n.º 1, ali vinha uma nova fotografia ilustrando o problema policial, também protagonizado pelo inspector Hannibal Coob.
E completava a rubrica, a solução do problema anterior.

AHPP - CARTAZ - É CAPAZ DE RESOLVER ESTE PROBLEMA POLICIAL? – 2

O CARTAZ n.º 4, de 5 de Março de 1946, impresso em três folhas de cores diferentes, (motivado talvez pela falta de papel que a “II Guerra Mundial” estaria provocando, mas justificado como para alegrar a época carnavalesca), também não exibia a secção. Aliás, naquela biblioteca apenas existiam os exemplares, do n.º 1 ao n.º 6, e aquela secção policial, apenas foi publicada nos dois números atrás referenciados, o 1 e o 3.

Todavia, as nossas buscas, com o auxílio do nosso amigo Leonardo de Sá, (investigador, autor de vários livros e artigos sobre banda desenhada, cartoon e ilustração), levaram-nos a concluir que aquela série de CARTAZ prosseguiu, extinguindo-se, porém, com a publicação do n.º 23, ocorrida em 16 de Julho de 1946.

Mas, entretanto, o director da revista, Gentil Marques, também conhecido pelo pseudónimo de “Repórter Mistério”, já dera vida a uma outra iniciativa no âmbito do policiário, que vai ser matéria do nosso próximo trabalho.

Vamos então, completar este, transcrevendo, na íntegra, os dois problemas publicados e as respectivas soluções.

PRIMEIRO PROBLEMA CARTAZ n.º 1 – 10.Fevereiro.1946

NOTA:

Como não é autorizada a obtenção de fotocópias, mas apenas o fornecimento da digitalização fotográfica das páginas, que a prática nos diz que não é suficientemente cuidada e nítida, até porque a idade e o manuseamento das revistas já terá alterado a sua nitidez original, dispensamos as imagens, que substituiremos pela sua descrição literária, incidindo, em especial, nos pormenores que possam ter interesse para a decifração dos problemas.

# 1 - Na foto, vê-se, uma parede ao fundo, com um quadro, possivelmente a fotografia de uma mulher, e à sua esquerda, talvez a uns 20 ou 30 centímetros, que também será a largura da moldura, estão, assinaladas a giz, as duas marcas de balas referidas no texto do problema, uma acima da outra, distanciadas apenas alguns centímetros. Na frente dessas marcas, com a cabeça à altura destas, está um homem, de pé, comum revólver na mão esquerda, apontando-o acima da cabeça do inspector.

À direita do quadro, está uma mulher, de pé. A separar esses dois intervenientes, encontra-se uma mesa ou secretária, sobre o tampo da qual está um vaso com uma planta, e um outro objecto que poderá ser um cinzeiro.

À frente desse móvel, deitado no chão, está o corpo da vítima, com um coldre de tiracol, em que a arma se encontra com a coronha na direcção do queixo do cadáver, e o lado do cano pendente no lado direito do peito da vítima. O inspector, está baixado a seu lado, olhando para o homem que se encontra de pé, armado.

E o texto, sem qualquer título, dizia:

Chamado para investigar a morte do «gangaster» Jack Kirk, o inspector Hannibal Cobb examina a ferida mortal no peito do morto e o buraco correspondente no casaco. Retira um revólver da mão direita da vítima, verifica terem sido disparadas duas balas e coloca o revolver no coldre de tiracolo de Kirk.
Dan Foley, um «gangster» rival, explica:
- «Esta tarde Jack entrou num bar onde Madge e eu estávamos a tomar qualquer coisa. Puxou da arma e obrigou Madge a acompanhá-lo. Às 9 e 30 telefona-me a dizer-me que a viesse buscar. Pediu-me desculpa, disse estar embriagado quando forçara Madge a acompanhá-lo e parecia dar-me mostras de amizade. Esquecido do que se passara. Vim até cá. Madge e eu preparávamo-nos

AHPP – CARTAZ - É CAPAZ DE RESOLVER ESTE PROBLEMA POLICIAL? – 3

para sair quando Jack puxou, outra vez, da arma, e disparou dois tiros, cujas balas me passaram rentes à cabeça. Então, puxei do meu revolver e, em legítima defesa, matei-o. Eu estava aqui neste sítio. Veja na parede, marcados a giz, os dois buracos das balas.

Madge: - «Foi exactamente isso que aconteceu… Juro-lhe!»

Madge e Dan, gritaram simultaneamente admirados: - «Não!»

Porém Cobb esclarece: - «Isto não foi um caso de legítima defesa… mas sim um assassínio a sangue frio!»

O que levou o inspector a esta convicção tão firme?

(Ver a solução no próximo número.)
(Em todo ocaso, se quizer, mande-nos a sua solução até quinta feira.)

Solução do primeiro problema: Publicada em:
CARTAZ n.º 3 – 24.Fevereiro.1946

Depois de tirar o revólver da mão direita de Kirk e de o colocar no coldre de tiracolo do morto, Coob via que o coldre estava colocado ao contrário. Naquela posição, era-lhe impossível empunhar o revólver com rapidez e, em qualquer dos casos, notou que o morto não poderia ter sido tão descuidado ao ponto de pôr o coldre às avessas. Deste modo, Coob deduziu que Kirh fora assassinado quando se encontrava desarmado e que o coldre lhe fora colocado, depois do crime, por alguém, tão assustado que nem sabia o que estava a fazer.
Em face desta descrição, Madge confessou que Foley matara Kirk a sangue frio e que ela pusera o coldre no morto, enquanto Faley disparava dois tiros contra a parede com a arma de Kirk. Faley foi executado na cadeira eléctrica, e Madge condenada a prisão perpétua.

SEGUNDO PROBLEMA CARTAZ n.º 3 – 10.Fevereiro.1946

# 2 - Na foto estão duas mulheres de pé, ao fundo dum aposento. A da direita, em relação ao observador, está junto duma porta entreaberta, através de cuja abertura parece ver-se um outro vulto pouco definido. Entre as duas mulheres, e à esquerda da porta, está uma terceira dama, sentada, parecendo ter um livro sobre as pernas. Junto da primeira mulher, está um homem de pé, segurando uma espingarda, que cruza a coronha na frente dessa mulher. Todas as senhoras, estão de busto vestido com roupas de tecido ligeiro.
Estendidos no solo, dois corpos de homens. O primeiro, na frente da cena, parece estar caído de bruços. O outro, entre aquele e as mulheres, deitado sobre a direita, tem o braço desse lado estendido no prolongamento do corpo, e o outro com a mão esquerda descansando sobre a coxa desse lado.

E o texto, sem qualquer título, dizia:

- Quem matou os seus auxiliares!? – Exclamou interrogativamente o inspector Hannibal Coob, quando entrou na casa de campo onde se encontravam mortos três gangsters a quem mandara perseguir por dois dos seus subordinados. Flo La Rue, Belle Race e Honey Dale negam conhecer os gangsters e contam que na noite anterior, aqueles três homens tinham-lhes pedido hospitalidade e, quando se tinham visto dentro de casa, as tinham prendido. Todas negam ter tomado parte no duelo entre os gangsters e os detectives, mas Coob sabe que uma delas está a mentir porque…


AHPP – CARTAZ - É CAPAZ DE RESOLVER ESTE PROBLEMA POLICIAL? – 4

… Embora os três gangsters estejam mortos há meia hora, dois detectives foram assassinados com balas duma espingarda de calibre 12, disparadas 10 minutos antes. De súbito, Coob tem um palpite. Uma hora depois, com o auxílio de uma mulher-polícia, manda as raparigas apresentarem-se-lhe vestidas em fato de banho.
Quando Honey Dale e Belle Race apareceram diante do inspector, este declara peremptoriamente:
- «Não é preciso mais nada… Flo La Rue é a assassina!»
Qual foi a prova invisível que convenceu Coob?

(Ver a solução no próximo número)

Solução do segundo problema: Não publicada.
Como se poderá ler abaixo, até ao n.º 6 não voltou a ser publicada a secção que, provisoriamente, poderemos considerar terminada nesse número.
No entanto, o Jartur arrisca-se a aventar a seguinte proposta de solução.
Como se vê na foto que acompanha o problema, e eu tive o cuidado de referenciar no texto, as mulheres estavam com o busto coberto por vestuário de tecido ligeiro.
O investigador pediu-lhes que aparecessem de fato de banho, mas isso não foi certamente por qualquer fantasia erótica.
Suspeitando de que uma delas era a criminosa, e sabendo que a morte fora praticada com o recurso a uma espingarda, que também aparecia na foto, deduziu que, a criminosa obrigatoriamente exibiria a marca azulada que a coronha da arma provocaria ao chocar, com o seu recuo, após o disparo, contra o ombro da rapariga.
Por exclusão de partes, se as duas primeiras que apareceram não apresentavam a inevitável pisadura ou contusão, os vestígios teriam que estar na mulher que ainda não aparecera, e cuja demora talvez se deva à tentativa de disfarçar as marcas.

NOTA FINAL:
Encerramos, aqui, o trabalho de arquivo referente a esta secção: “É CAPAZ DE RESOLVER ESTE PROBLEMA POLICIAL ?”, que nos parece ter servido de ensaio para o suplemento que a revista viria a oferecer aos seus leitores, a partir do seu número 10 e da qual nos iremos ocupar de seguida.

Aproveitamos a oportunidade para pedir aos amigos que vão usufruir deste trabalho, o favor de nos enviarem as suas críticas e sugestões, e também as correcções para eventuais gralhas. Todavia, esta edição livre, poderá ser melhorada a bel-prazer dos utentes.

Jartur Março de 2011

HISTÓRIA DA SECÇÃO POLICIAL
INSERIDA NA REVISTA
DOCUMENTÁRIO VIVO DO MUNDO
DIRECÇÃO DE GENTIL MARQUES (REPÓRTER MISTÉRIO)
10 de Fevereiro de 1946 / 24 de Fevereiro de 1946

Produção de: “Jartur”
João Artur Mamede
MARÇO – 2011

domingo, 13 de março de 2011

POLICIÁRIO 1025

Concluimos hoje a publicação da prova n.º 3 das nossas competições deste ano, desta feita a parte II, de autoria de um confrade consagrado, quer como produtor, quer como solucionista: Rip Kirby.
Tratando-se de um dos expoente máximos do nosso desporto, capaz de excelentes problemas policiários, o conselho habitual de muita atenção e cuidado no momento de solucionar os enigmas, tem aqui pleno cabimento.
Entretanto, vamos proceder à correcção de um erro que “caíu” no texto do problema da passada semana e que altera de forma significativa a solução a dar ao caso apresentado:


CORRIGINDO UM ERRO

Chamamos a atenção dos nossos “detectives” para um erro cometido na publicação da parte I desta mesma prova, na passada semana e que hoje vamos corrigir, a tempo de evitarmos, assim esperamos, perdas de tempo aos nossos confrades, na busca da solução.
Na realidade, a mensagem que foi publicada está errada, razão pela qual os nossos “detectives” devem tomar a devida nota de que a mensagem criptografada a decifrar é a seguinte:

NATOSTOSANIOTIREOEVRLTOHEVELIROS

Desta forma, até ao próximo dia 31 de Março, o mesmo prazo limite para o problema publicado hoje, os nossos “detectives” devem procurar a decifração da mensagem que hoje rectificamos e não a que foi publicada na passada semana.
No blogue CRIME PÚBLICO (http://blogs.publico.pt/policiario) a rectificação foi já feita, podendo os nossos “detectives” encontrar o texto integral do problema.
Para todos os confrades, em particular para o autor do desafio, Felizardo Lopes, apresentamos as nossas desculpas pelo ocorrido.


CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL

PROVA N.º 3 – PARTE II

“DESVIARAM UM AUTO -TANQUE” – de RIP KIRBY


Eu não sei de nada, eu não estava lá, eu não vi nada. O que sei é aquilo que me contaram, mas não posso afirmar que isso seja verdade.
A história que me contaram foi que um auto-tanque carregado de vinho havia saído, às 12 horas, da Vidigueira com destino a Setúbal. Trinta minutos depois de ter saído da Vidigueira, Armando Garrocho, 30 anos, motorista do Auto-tanque, residente perto da Vidigueira, telefonou para a adega de onde saíra para informar que o veiculo lhe havia sido roubado.
As autoridades foram imediatamente alertadas e em breve as estradas das redondezas eram percorridas, em todos os sentidos, por carros da Brigada de Trânsito da GNR. Também patrulhas desta Corporação a pé e a cavalo, vasculhavam todos os recantos desse imenso Alentejo.
Interrogado sobre o incidente o motorista disse que tinha parado num café para beber uma bica e comprar tabaco quando de repente ouviu o motor do seu veiculo a trabalhar.
Correu à porta do café, mas já não lhe foi possível impedir o roubo.
A uma pergunta que lhe foi feita nesse sentido respondeu que os assaltantes eram três e que ainda os conseguiu reconhecer e passou a citar os seus nomes que eram:
Joaquim Carranca, 40 anos, motorista desempregado. Manuel Bailador, 25 anos, sem profissão e desempregado crónico. Francisco Parreirinha, 28 anos, carteiro, todos residentes na Vidigueira.
Interrogados, Carranca disse que tinha ido a Arraiolos, manhã cedo só tendo regressado depois das 18 horas. Não era para ter demorado tanto, mas estivera esperando uma boleia do seu compadre António Bonifácio o que este confirmou.
Bailador afirmou que tinha passado toda a manhã na Ribeira tentando apanhar uns peixinhos que lhe dessem para comprar tabaco. Não viu ninguém e também lhe parecia que ninguém o tinha visto, pois estivera sempre abrigado do sol debaixo de um chaparro.
Parreirinha contou que estivera desde as 9 horas na estação dos Correios separando a correspondência para a entrega. Às 10h como de costume iniciou o seu giro entregando o correio parando aqui e ali para dois dedos de conversa com alguns amigos que ia encontrando aqui e ali. Às 12 horas terminou a volta tendo regressado à estação onde prestou contas do seu serviço o que demorou cerca de 45 minutos. A funcionária com quem tinha que acertar as contas do dia estava a ser sempre interrompida ora por clientes ora pelo telefone o que demorou mais o serviço. Estas declarações foram confirmadas pela funcionária da Estação do Correios. Quando saiu dali foi almoçar.
Finalmente, depois de 3 ou 4 dias de buscas, a unidade tractora do auto-tanque apareceu escondida sob um pinheiro enorme, mas do reboque nem sinais. Para tentar encontrar pistas foi chamada a polícia científica que encontrou o interior da cabine impecavelmente limpa. Não havia qualquer sinal de poeira.
Em todos os objectos em que normalmente o condutor teria que tocar por este ou por aquele motivo, volante, alavanca de mudanças, travão de mão, porta luvas, etc... etc... Não havia qualquer sinal de impressões digitais.
Sobre o banco do condutor foi encontrado um pano de flanela e depois de mais algumas buscas acabaram por ser descobertas uma impressão digital, de uma mão relativamente pequena sobre o assento do condutor e outras semelhantes na manete exterior da porta do lado esquerdo.
As impressões encontradas foram comparadas com a de todos os suspeitos, mas não tinham semelhança alguma.
Falando meio a brincar meio a sério um dos polícias lembrou: Então e se comparássemos essas impressões digitais com as da mulher do Garrocho?
Pergunta-se: Quem teria desviado o Auto-tanque da sua rota ?

A) — Armando
B) — Joaquim
C) — Bailador
D) — Parreirinha




COLUNA DO “C”


PRAZO ATÉ 31 DE MARÇO

Agora que todos os dados estão lançados, os confrades vão debruçar-se sobre a nova mensagem contida no problema da passada semana, ao mesmo tempo que vão assinalar a alínea que parecer correcta para o desta semana, recordamos que o prazo para envio das propostas de solução, para ambos os desafios, decorre impreterivelmente até ao próximo dia 31.
Para esse efeito, poderão usar um dos seguintes meios:
- Pelos Correios para PÚBLICO-Policiário, Rua Viriato, 13, 1069-315 LISBOA;
- Por e-mail para policiario@publico.pt;
- Por entrega em mão na redacção do PÚBLICO de Lisboa;
- Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.

Boas deduções!

terça-feira, 8 de março de 2011

RECTIFICAÇÃO IMPORTANTE!

Um erro importante ocorreu na publicação do texto da parte I da prova n.º 3, de autoria do confrade Felizardo Lopes.
Esse erro inviabiliza a possibilidade de decifração, uma vez que é o próprio texto da mensagem criptografada que saíu incorrectamente.
Caríssimos confrades, de seguida vamos publicar o texto correcto, para que todos possam avançar para a sua solução sem necessidade de andarem às voltas de uma mensagem que não serve!

A todos os nossos confrades e ao autor do problema, as nossas desculpas pelo ocorrido

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL


PROVA N.º 3 – PARTE I

APRENDIZ DE CRIMINOSO - Original de FELIZARDO LOPES

Eu não era, nunca fora, um ladrão, ou de qualquer outra forma um infractor das normas que regem a Sociedade - salvo, claro, aqueles pouco significativos pecadilhos que todos nós uma vez ou outra cometemos. Mas a vida, melhor, as suas vicissitudes e ironias do destino tem destas coisas. E agora ali estava, não o Fernando Simplício que sempre fora, mas o preso 1432, a minha nova identificação neste estabelecimento prisional onde me encontro a cumprir a pena a que fui condenado...
A transposição da existência modesta, difícil mas honesta, para o lado da marginalidade cujo ferrete passei a carregar ao ser julgado e condenado, ocorreu num ápice - foi um rápido transpor da fronteira do Bem para o Mal. A Sociedade estigmatiza facilmente aqueles que, como eu, infringem as suas regras. Não que alguns não o mereçam, pela gravidade e para reiteração dos seus crimes, mas casos há que deviam merecer um pouco mais de atenção e compreensão. (Digo eu, talvez a puxar a brasa à minha sardinha...). É que, actos de roubar e matar são sempre crime, seja como e por quem forem cometidos, mas muitas vezes quanto diferentes são nas suas motivações, gravidade e responsabilidade... Mas aqui, na prisão, encontram-se todos, o assassino sem escrúpulos nem sentimentos, aquele que matou acidentalmente ou em defesa própria e dos seus, aquele que roubou insignificâncias, em momentos de desespero, para poder dar de comer aos filhos, e os que o fazem aos milhões (neste caso não roubar, mas "desviar", embora estes, há que dizê-lo, passem muito pouco por aqui, não porque não sejam muitos...), os burlões que, sem qualquer réstia de escrúpulos, se apoderam das economias de toda uma vida de idosos crédulos que se deixam levar nos seus "contos", etc. etc.
Aconteceu. Sempre, como disse, me pautara por uma conduta séria de vida. Até que um dia... Perdera o emprego, já há algum tempo. A idade - e a crise - dificultaram o que noutros tempos não teria constituído drama. Os problemas foram-se avolumando, reduzindo as esperanças e cimentando o desespero...
Vira na televisão a notícia de que os Bancos haviam registado lucros de muitos milhões... A ideia surgiu-me - e se... Repudiei-a, primeiro, mas ela foi-se infiltrando, avolumando... E, de um momento para o outro, aconteceu...
No Banco, tremendo perante o caixa, apontei-lhe a arma e ordenei-lhe que me entregasse todas as notas. Há, na vida, momentos de sorte e de azar. Comecei por desfrutar da primeira, duplamente: assaltante primário, não programei aquele acto para qualquer momento mais propício, mas o acaso acabou por me proporcionar uma "receita" significativa porque, minutos antes, se havia registado uma operação de depósito em numerário de razoável valor; depois também porque a fuga, imediatamente encetada na motorizada que deixara no exterior, decorreu com êxito - não obstante ter sido presenciada por algumas pessoas que se aperceberam da situação.
O reverso da medalha chegou porém pouco depois, como receava. Através de informações transmitidas por aquelas pessoas e pelo caixa do Banco, relativas ao meu aspecto físico, idade aparentada, indumentária, forma como me transportei, etc. - e não sei se ainda por outros motivos - no dia seguinte fui preso. O azar, o reverso, começara.
Antes tive o cuidado de esconder as notas. Fui pressionado, quase até ao limite, durante bastante tempo, para confessar o seu paradeiro. Resisti sempre, e eles também não as encontraram. Imaginei então que, não sendo descoberto o produto do roubo, faltando a sua prova material, a condenação não poderia ser muito gravosa. Recordava alguns casos semelhantes de que havia tomado conhecimento pela imprensa (recordam-se do caso da Joana Cipriano, menina desaparecida em Tavira, cuja mãe, acusada de a ter morto, nunca confessou?).
Hoje já tenho dúvidas se, com essa atitude, procedi bem ou mal; fui julgado e não deixei, por isso, de ser condenado - o que com aquela também aconteceu... Os factores incriminatórios eram bastantes, e foram considerados suficientes.
E aqui estou hoje, nesta prisão, autêntico ABC do crime, a expiar a minha pena. Nestas casas quem entra primário sai muitas vezes "diplomado" nas mais diversas técnicas da vida marginal, porque nos confrontamos aqui com todos os tipos da pior condição humana: assassinos, ladrões profissionais, burlões, falsários, traficantes, chantagistas, tudo. E nas horas de convívio conjunto, ao longo dos dias, meses, anos a escutar conversas, narrativas de experiências - e como alguns fazem gala em exaltar os seus "feitos"! - vai-se adquirindo um caudal de conhecimentos das actividades marginais, mesmo que não os desejemos especialmente, que transformam muitas vezes as personalidades de mentes mais fraca. É o carteirista que ensina como "palmar uns cabedais aos guiras, no montado" (roubar carteiras aos turistas, no eléctrico), o ladrão de carros, com quem se pode aprender não só a técnica de os roubar (abrir as fechaduras e fazer as ligações directas) de uma forma simples, mas também ficar a conhecer quais as marcas mais vulneráveis para o efeito, o burlão que se vangloria dos seus vastos conhecimentos quanto á forma de enganar o próximo (e algumas fórmulas são tão engenhosas!), o traficante de droga que dá algumas pistas sobre o exercício da actividade e que, se estivermos interessados, mesmo no interior da cadeia nos fornece, etc.
Um outro, "hóspede" recente, surpreendeu-me pela riqueza dos seus conhecimentos, que não faz rebuço em exibir e transmitir, numa área que para mim era pouco conhecida: a das escritas secretas, tintas invisíveis - vulgo "simpáticas" - (sabiam que escrevendo com sumo de limão o texto fica invisível, reaparecendo quando submetido ao calor?), criptografadas, etc.. Porque achei a matéria muito interessante tenho "forçado" umas aulas práticas, que ele, reconhecido pela atenção do principiante, me tem ministrado com evidente lisonja.
Já aprendi um razoável número de coisas na área. É interessante e, sobretudo, ajuda a passar o tempo, que até é tão longo... Resolvi entretanto fazer agora, sozinho, umas experiências práticas para testar os conhecimentos adquiridos.
Resultou bem. Acabo de construir a seguinte mensagem criptográfica que depois de descodificada revela o local onde escondi o produto do roubo:


NATOSTOSANIOTIREOEVRLTOHEVELIROS

Todavia, porque tal revelação não pode cair em mãos estranhas (segredo que tanto me custou a preservar!), vou destrui-la, queimando-a amanhã, no exterior da cela, durante o recreio.
Não interessa agora como este texto veio cair aqui. Interessa, sim, saber se os nossos amigos "detectives" do "Público Policiário" conseguem ou não obter a revelação que ali é feita, sendo que, no mesmo, encontra-se tudo quanto necessário para descodificar com êxito tal mensagem. Leiam-no com atenção, interpretem, encontrem as directrizes e... boa sorte

segunda-feira, 7 de março de 2011

PRODUÇÕES DE RÁPIDAS POLICIÁRIAS

Caríssimos Produtores e candidatos a tal:

Precisamos de produções da modalidade de escolha múltipla, para que os nossos torneios possam decorrer de forma natural.

É vulgar que os produtores não queiram "desperdiçar" uma boa ideia num "problema menor", mas isso não é verdadeiro, desde logo porque uma boa ideia jamais se desperdiça e depois porque um problema de escolha múltipla nunca foi nem será um "problema menor".

Dito isto, meus caros, sai um problema?

Obrigado!!

domingo, 6 de março de 2011

POLICIÁRIO 1024

Prosseguimos a nossa competição deste ano, com a publicação de mais um caso para ser decifrado pelos nossos “detectives”.
Chamamos a atenção para o texto em si, para os conceitos defendidos pelo seu autor e, naturalmente, para a decifração de um enigma, com recurso obrigatório à Criptografia.


CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL
PROVA N.º 3 – PARTE I
APRENDIZ DE CRIMINOSO - Original de FELIZARDO LOPES


Eu não era, nunca fora, um ladrão, ou de qualquer outra forma um infractor das normas que regem a Sociedade - salvo, claro, aqueles pouco significativos pecadilhos que todos nós uma vez ou outra cometemos. Mas a vida, melhor, as suas vicissitudes e ironias do destino tem destas coisas. E agora ali estava, não o Fernando Simplício que sempre fora, mas o preso 1432, a minha nova identificação neste estabelecimento prisional onde me encontro a cumprir a pena a que fui condenado...
A transposição da existência modesta, difícil mas honesta, para o lado da marginalidade cujo ferrete passei a carregar ao ser julgado e condenado, ocorreu num ápice - foi um rápido transpor da fronteira do Bem para o Mal. A Sociedade estigmatiza facilmente aqueles que, como eu, infringem as suas regras. Não que alguns não o mereçam, pela gravidade e para reiteração dos seus crimes, mas casos há que deviam merecer um pouco mais de atenção e compreensão. (Digo eu, talvez a puxar a brasa à minha sardinha...). É que, actos de roubar e matar são sempre crime, seja como e por quem forem cometidos, mas muitas vezes quanto diferentes são nas suas motivações, gravidade e responsabilidade... Mas aqui, na prisão, encontram-se todos, o assassino sem escrúpulos nem sentimentos, aquele que matou acidentalmente ou em defesa própria e dos seus, aquele que roubou insignificâncias, em momentos de desespero, para poder dar de comer aos filhos, e os que o fazem aos milhões (neste caso não roubar, mas "desviar", embora estes, há que dizê-lo, passem muito pouco por aqui, não porque não sejam muitos...), os burlões que, sem qualquer réstia de escrúpulos, se apoderam das economias de toda uma vida de idosos crédulos que se deixam levar nos seus "contos", etc. etc.
Aconteceu. Sempre, como disse, me pautara por uma conduta séria de vida. Até que um dia... Perdera o emprego, já há algum tempo. A idade - e a crise - dificultaram o que noutros tempos não teria constituído drama. Os problemas foram-se avolumando, reduzindo as esperanças e cimentando o desespero...
Vira na televisão a notícia de que os Bancos haviam registado lucros de muitos milhões... A ideia surgiu-me - e se... Repudiei-a, primeiro, mas ela foi-se infiltrando, avolumando... E, de um momento para o outro, aconteceu...
No Banco, tremendo perante o caixa, apontei-lhe a arma e ordenei-lhe que me entregasse todas as notas. Há, na vida, momentos de sorte e de azar. Comecei por desfrutar da primeira, duplamente: assaltante primário, não programei aquele acto para qualquer momento mais propício, mas o acaso acabou por me proporcionar uma "receita" significativa porque, minutos antes, se havia registado uma operação de depósito em numerário de razoável valor; depois também porque a fuga, imediatamente encetada na motorizada que deixara no exterior, decorreu com êxito - não obstante ter sido presenciada por algumas pessoas que se aperceberam da situação.
O reverso da medalha chegou porém pouco depois, como receava. Através de informações transmitidas por aquelas pessoas e pelo caixa do Banco, relativas ao meu aspecto físico, idade aparentada, indumentária, forma como me transportei, etc. - e não sei se ainda por outros motivos - no dia seguinte fui preso. O azar, o reverso, começara.
Antes tive o cuidado de esconder as notas. Fui pressionado, quase até ao limite, durante bastante tempo, para confessar o seu paradeiro. Resisti sempre, e eles também não as encontraram. Imaginei então que, não sendo descoberto o produto do roubo, faltando a sua prova material, a condenação não poderia ser muito gravosa. Recordava alguns casos semelhantes de que havia tomado conhecimento pela imprensa (recordam-se do caso da Joana Cipriano, menina desaparecida em Tavira, cuja mãe, acusada de a ter morto, nunca confessou?).
Hoje já tenho dúvidas se, com essa atitude, procedi bem ou mal; fui julgado e não deixei, por isso, de ser condenado - o que com aquela também aconteceu... Os factores incriminatórios eram bastantes, e foram considerados suficientes.
E aqui estou hoje, nesta prisão, autêntico ABC do crime, a expiar a minha pena. Nestas casas quem entra primário sai muitas vezes "diplomado" nas mais diversas técnicas da vida marginal, porque nos confrontamos aqui com todos os tipos da pior condição humana: assassinos, ladrões profissionais, burlões, falsários, traficantes, chantagistas, tudo. E nas horas de convívio conjunto, ao longo dos dias, meses, anos a escutar conversas, narrativas de experiências - e como alguns fazem gala em exaltar os seus "feitos"! - vai-se adquirindo um caudal de conhecimentos das actividades marginais, mesmo que não os desejemos especialmente, que transformam muitas vezes as personalidades de mentes mais fraca. É o carteirista que ensina como "palmar uns cabedais aos guiras, no montado" (roubar carteiras aos turistas, no eléctrico), o ladrão de carros, com quem se pode aprender não só a técnica de os roubar (abrir as fechaduras e fazer as ligações directas) de uma forma simples, mas também ficar a conhecer quais as marcas mais vulneráveis para o efeito, o burlão que se vangloria dos seus vastos conhecimentos quanto á forma de enganar o próximo (e algumas fórmulas são tão engenhosas!), o traficante de droga que dá algumas pistas sobre o exercício da actividade e que, se estivermos interessados, mesmo no interior da cadeia nos fornece, etc.
Um outro, "hóspede" recente, surpreendeu-me pela riqueza dos seus conhecimentos, que não faz rebuço em exibir e transmitir, numa área que para mim era pouco conhecida: a das escritas secretas, tintas invisíveis - vulgo "simpáticas" - (sabiam que escrevendo com sumo de limão o texto fica invisível, reaparecendo quando submetido ao calor?), criptografadas, etc.. Porque achei a matéria muito interessante tenho "forçado" umas aulas práticas, que ele, reconhecido pela atenção do principiante, me tem ministrado com evidente lisonja.
Já aprendi um razoável número de coisas na área. É interessante e, sobretudo, ajuda a passar o tempo, que até é tão longo... Resolvi entretanto fazer agora, sozinho, umas experiências práticas para testar os conhecimentos adquiridos.
Resultou bem. Acabo de construir a seguinte mensagem criptográfica que depois de descodificada revela o local onde escondi o produto do roubo:

NATOSTOSANIOTIREOEVRLTOHEVELIROS



Todavia, porque tal revelação não pode cair em mãos estranhas (segredo que tanto me custou a preservar!), vou destrui-la, queimando-a amanhã, no exterior da cela, durante o recreio.

Não interessa agora como este texto veio cair aqui. Interessa, sim, saber se os nossos amigos "detectives" do "Público Policiário" conseguem ou não obter a revelação que ali é feita, sendo que, no mesmo, encontra-se tudo quanto necessário para descodificar com êxito tal mensagem. Leiam-no com atenção, interpretem, encontrem as directrizes e... boa sorte



Coluna do “C”

31 DE MARÇO

É a data limite para que os “detectives” resolvam mais este caso, com os elementos de que agora dispõem, bem mais completos do que os que estavam ao alcance dos investigadores originais.
Depois já sabem o que fazer: Enviar, impreterivelmente até ao dia 31 de Março, - se pretenderem, em conjunto com a solução da Parte II desta Prova n.º 3, que vai ser publicada na próxima semana, - as propostas de solução, para o que poderão usar um dos seguintes meios:
- Pelos Correios para PÚBLICO-Policiário, Rua Viriato, 13, 1069-315 LISBOA;
- Por e-mail para policiario@publico.pt;
- Por entrega em mão na redacção do PÚBLICO de Lisboa;
- Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.

Boas deduções!