domingo, 13 de março de 2011

POLICIÁRIO 1025

Concluimos hoje a publicação da prova n.º 3 das nossas competições deste ano, desta feita a parte II, de autoria de um confrade consagrado, quer como produtor, quer como solucionista: Rip Kirby.
Tratando-se de um dos expoente máximos do nosso desporto, capaz de excelentes problemas policiários, o conselho habitual de muita atenção e cuidado no momento de solucionar os enigmas, tem aqui pleno cabimento.
Entretanto, vamos proceder à correcção de um erro que “caíu” no texto do problema da passada semana e que altera de forma significativa a solução a dar ao caso apresentado:


CORRIGINDO UM ERRO

Chamamos a atenção dos nossos “detectives” para um erro cometido na publicação da parte I desta mesma prova, na passada semana e que hoje vamos corrigir, a tempo de evitarmos, assim esperamos, perdas de tempo aos nossos confrades, na busca da solução.
Na realidade, a mensagem que foi publicada está errada, razão pela qual os nossos “detectives” devem tomar a devida nota de que a mensagem criptografada a decifrar é a seguinte:

NATOSTOSANIOTIREOEVRLTOHEVELIROS

Desta forma, até ao próximo dia 31 de Março, o mesmo prazo limite para o problema publicado hoje, os nossos “detectives” devem procurar a decifração da mensagem que hoje rectificamos e não a que foi publicada na passada semana.
No blogue CRIME PÚBLICO (http://blogs.publico.pt/policiario) a rectificação foi já feita, podendo os nossos “detectives” encontrar o texto integral do problema.
Para todos os confrades, em particular para o autor do desafio, Felizardo Lopes, apresentamos as nossas desculpas pelo ocorrido.


CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL

PROVA N.º 3 – PARTE II

“DESVIARAM UM AUTO -TANQUE” – de RIP KIRBY


Eu não sei de nada, eu não estava lá, eu não vi nada. O que sei é aquilo que me contaram, mas não posso afirmar que isso seja verdade.
A história que me contaram foi que um auto-tanque carregado de vinho havia saído, às 12 horas, da Vidigueira com destino a Setúbal. Trinta minutos depois de ter saído da Vidigueira, Armando Garrocho, 30 anos, motorista do Auto-tanque, residente perto da Vidigueira, telefonou para a adega de onde saíra para informar que o veiculo lhe havia sido roubado.
As autoridades foram imediatamente alertadas e em breve as estradas das redondezas eram percorridas, em todos os sentidos, por carros da Brigada de Trânsito da GNR. Também patrulhas desta Corporação a pé e a cavalo, vasculhavam todos os recantos desse imenso Alentejo.
Interrogado sobre o incidente o motorista disse que tinha parado num café para beber uma bica e comprar tabaco quando de repente ouviu o motor do seu veiculo a trabalhar.
Correu à porta do café, mas já não lhe foi possível impedir o roubo.
A uma pergunta que lhe foi feita nesse sentido respondeu que os assaltantes eram três e que ainda os conseguiu reconhecer e passou a citar os seus nomes que eram:
Joaquim Carranca, 40 anos, motorista desempregado. Manuel Bailador, 25 anos, sem profissão e desempregado crónico. Francisco Parreirinha, 28 anos, carteiro, todos residentes na Vidigueira.
Interrogados, Carranca disse que tinha ido a Arraiolos, manhã cedo só tendo regressado depois das 18 horas. Não era para ter demorado tanto, mas estivera esperando uma boleia do seu compadre António Bonifácio o que este confirmou.
Bailador afirmou que tinha passado toda a manhã na Ribeira tentando apanhar uns peixinhos que lhe dessem para comprar tabaco. Não viu ninguém e também lhe parecia que ninguém o tinha visto, pois estivera sempre abrigado do sol debaixo de um chaparro.
Parreirinha contou que estivera desde as 9 horas na estação dos Correios separando a correspondência para a entrega. Às 10h como de costume iniciou o seu giro entregando o correio parando aqui e ali para dois dedos de conversa com alguns amigos que ia encontrando aqui e ali. Às 12 horas terminou a volta tendo regressado à estação onde prestou contas do seu serviço o que demorou cerca de 45 minutos. A funcionária com quem tinha que acertar as contas do dia estava a ser sempre interrompida ora por clientes ora pelo telefone o que demorou mais o serviço. Estas declarações foram confirmadas pela funcionária da Estação do Correios. Quando saiu dali foi almoçar.
Finalmente, depois de 3 ou 4 dias de buscas, a unidade tractora do auto-tanque apareceu escondida sob um pinheiro enorme, mas do reboque nem sinais. Para tentar encontrar pistas foi chamada a polícia científica que encontrou o interior da cabine impecavelmente limpa. Não havia qualquer sinal de poeira.
Em todos os objectos em que normalmente o condutor teria que tocar por este ou por aquele motivo, volante, alavanca de mudanças, travão de mão, porta luvas, etc... etc... Não havia qualquer sinal de impressões digitais.
Sobre o banco do condutor foi encontrado um pano de flanela e depois de mais algumas buscas acabaram por ser descobertas uma impressão digital, de uma mão relativamente pequena sobre o assento do condutor e outras semelhantes na manete exterior da porta do lado esquerdo.
As impressões encontradas foram comparadas com a de todos os suspeitos, mas não tinham semelhança alguma.
Falando meio a brincar meio a sério um dos polícias lembrou: Então e se comparássemos essas impressões digitais com as da mulher do Garrocho?
Pergunta-se: Quem teria desviado o Auto-tanque da sua rota ?

A) — Armando
B) — Joaquim
C) — Bailador
D) — Parreirinha




COLUNA DO “C”


PRAZO ATÉ 31 DE MARÇO

Agora que todos os dados estão lançados, os confrades vão debruçar-se sobre a nova mensagem contida no problema da passada semana, ao mesmo tempo que vão assinalar a alínea que parecer correcta para o desta semana, recordamos que o prazo para envio das propostas de solução, para ambos os desafios, decorre impreterivelmente até ao próximo dia 31.
Para esse efeito, poderão usar um dos seguintes meios:
- Pelos Correios para PÚBLICO-Policiário, Rua Viriato, 13, 1069-315 LISBOA;
- Por e-mail para policiario@publico.pt;
- Por entrega em mão na redacção do PÚBLICO de Lisboa;
- Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.

Boas deduções!

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