BOA OBSERVAÇÃO EVITA CRIME!
Publicamos hoje o desafio que constitui a primeira parte da prova n.º 3
desta época:
CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2013
PROVA N.º 3 - PARTE I
UMA QUESTÃO DE OBSERVAÇÃO – Original de ABRÓTEA
Mimosa Lúcia, 34 anos, uma beleza inconfundível e voluptuosa figura,
mandou um beijo para aquele que era seu marido havia um ano, Canorço Honesto de
85 anos, cuja figura e “pilha”, não estavam na melhor forma.
"E este é o Sr. Canorço
Honesto"., disse, dando uma risadinha tímida e brincando com os seus
cabelos. "Quero dizer, este é o meu marido”, disse ela docemente.
"Psiuu, Lúcia," falou
com uma voz envelhecida, mas amorosa, acariciando sua jovem esposa na
cabeça.
Solerte Rufia sorriu para o
casal e pensou em todos os segredos que ele já sabia sobre este casal
incompatível, desde o dia do casamento. Ele sabia que ela tinha casado com o
velho apenas pelo seu dinheiro, mas isso não era grande segredo. Com mil
diabos, até mesmo o velhote já devia ter adivinhado isso.
O que o velhote não sabia era
que agora Solerte tinha 5.000 euros em sua posse, um pré-pagamento de Mimosa,
que era mecânico a tempo parcial e vigarista e extorsionário a tempo inteiro,
em troca de um plano para matar o Sr. Canorço, assim Mimosa poderia legalmente
herdar todo “carcanhol”, e seria a viúva mais rica e a mais desejada de metade
deste continente.
Solerte estendeu a mão. "Prazer em conhecê-lo, Sr. Canorço. Eu
entendo, o seu Rolls ainda tem aqueles barulhos esquisitos?"
"Não que eu tenha notado,
Sr. Rufia. Ainda assim, Mimosa continua a dizer que ouve algum tipo de som
tinindo."
O Sr. Canorço riu. "A audição
de Mimosa é, provavelmente, mais acentuada do que a minha e bem melhor. Ela diz
que você é o melhor mecânico aqui da cidade e arredores."
" Trabalho numa grande garagem local, onde só estão os melhores."
Em parte era verdade. Solerte,
na garagem, desempenhou um papel menor como mecânico; troca de óleo, pneus
furados, etc. Levaria o seu amigo Espada para a oficina e este cortaria as
linhas de freio tão habilmente que iria parecer um acidente. Espada, era o que
se chamava de especialista em “assassínios acidentais”.
"Eu não conheço esse tipo
pessoalmente", disse Solerte no calor do momento ", mas meu chefe
recomendaria ele.
“Deixe-me chamar e ver se eu
posso trazê-lo até aqui para dar uma olhada rápida no seu Rolls."
Então não? se ele e Espada
haviam crescido juntos. Espada era o tipo perfeito e se as coisas dessem para o
torto…. Nunca fez mal a ninguém tomar algumas precauções antes de um trabalho
como este. Cautela e caldos de galinha…
Solerte carregou um número,
esperou alguns minutos e depois franziu a testa. "Hmm, ele parece estar a
longe."
"Talvez ele esteja fora da cidade", disse Canorço
Honesto.
"Não, ele estava na
garagem esta manhã," Solerte murmurou, ainda vou deixar que o telefone
toque mais um par de vezes. "Eu quero dizer, meu chefe tinha-o lá. Estava
a trabalhar para outro cliente. Já o vi lá mais vezes. É assim que eu o
conheço. De vista."
Solerte silenciosamente
amaldiçoou o seu erro, esperando que não se tivesse espalhado ao comprido, e
olhou de soslaio para Mimosa.
"Ele não está a
responder", disse Solerte para Mimosa. "Talvez seja melhor tentar
mais tarde."
"Não!" disse Mimosa,
mais alto do que o devido, então forçou um sorriso e estendeu a mão para o
braço do marido.
"Eu quero dizer, aqui o
Sefas vai a conduzir todo o caminho até Bragança esta noite. Quero ter certeza
de que ele faz uma boa viagem."
Ela franziu ligeiramente a
testa para Solerte. "Sr. Rufia, esta é a era da tecnologia, não é? Se esse
fulano, Espada não pode ser contactado por telefone, porque pode estar ocupado,
ou não ouviu, não pode enviar msg de texto?”
O rosto Solerte iluminou-se.
Era verdade que se o seu amigo Espada estava a almoçar ele não atendia o
telefone e já era ao meio-dia. Fora inteligente Mimosa lembrar-se disso.
Solerte rapidamente digitou a msg, um toque no "enviar para" número
que ele queria e transmitiu a mensagem.
Tudo funcionou como por um
encanto, ou quase… O Sr. Canorço decidiu fazer a sua caminhada diária, antes de
se preparar para a longa viagem que o levaria ao Marão. Espada apareceu e, com Canorço
Honesto, bilionário, fora do caminho, fez um trabalho especialista em cortar as
linhas de freio do Rolls Royce. Então tudo o que, Espada, Solerte e Mimosa,
tinham a fazer era sentarem-se e imaginar toda a massa que estaria caindo do
céu, em suas mãos, dentro em
breve. Mimosa , sabia que a estrada por onde Canorço estaria
dirigindo naquela noite era mortífera, tinha sido obra de um engenheiro inglês,
cheia de curvas e contracurvas, como Mimosa, esta ensaiou um olhar de choque e
derramou algumas lágrimas de crocodilo sobre a morte inesperada de seu amado
marido.
Somente quando o Sr. Canorço
voltou, e com ele vários policias, juntamente com outro homem à paisana, eles
voltaram à Terra.
"Oficiais", disse ele, apontando para as três pessoas
totalmente apanhadas de surpresa. "Eu quero que os senhores prendam minha
esposa, esta aqui, junto com esses dois homens como seus cúmplices por
tentativa de homicídio. "
Ele virou se para o homem à
paisana. "Detective, acho que o senhor tem consigo um especialista para
verificar o meu Rolls Royce estacionado aí fora. Eu acho que você vai
encontrá-lo de algum modo “trabalhado” de jeito a provocar a minha morte
prematura."
"Não!" Mimosa gritou,
saltando para seus pés.
"O quê?" Espada
gritou, pulando para cima de um polícia e tentando saltar, antes de ser
agarrado por outros polícias.
Solerte Rufia foi o único que permaneceu calmo. Levantou-se,
suspirou, olhou para os olhos lacrimejantes azuis de Canorço Honesto:
"Como é que descobriu?
E pronto.
As respostas devem ser enviadas, impreterivelmente até ao próximo dia
30 de Abril, usando um dos seguintes meios:
-Pelos Correios para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109
MARINHAIS;
-Por e-mail para um dos endereços: lumagopessoa@gmail.com; pessoa_luis@hotmail.com ou luispessoa@sapo.pt.
- Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o
encontrem.
Boas deduções!
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