[Transcrição da secção n.º 1193 publicada
hoje no jornal PÚBLICO]
A MORTE DO MAJOR E O
MISTÉRIO AO LUAR, ESTÃO SOLUCIONADOS!
Enquanto se ultimam os preparativos para a
divulgação das pontuações obtidas pelos nossos “detectives” na prova n.º 4 das
competições desta época – e que iremos publicar no nosso blogue Crime Público,
em http://blogs.publico.pt/policiario
logo que se encontrem prontas - vamos ficar a conhecer as propostas de solução
que o autor de ambos os desafios, o nosso confrade Rip Kirby, um dos produtores
mais prolixos e empenhados na preservação dos desafios policiários, produzidos
pelos confrades, para os confrades.
Como é do conhecimento geral e já aqui amplamente
veiculámos, a crise de produções arrasta-se há vários anos e, a continuar
assim, em breve teremos de recorrer a problemas “encomendados” fora do nosso
meio, para assegurarmos a execução das provas.
Não sendo uma solução ideal, não poderá, no entanto,
ser completamente descartada, se pretendemos dar continuidade a este nosso
passatempo.
Vamos, então, ver como é que o confrade Rip Kirby
resolveu os seus enigmas…
CAMPEONATO NACIONAL E
TAÇA DE PORTUGAL - 2014
SOLUÇÕES DA PROVA N.º 4
PARTE I
“AFINAL ELE NEM ESTAVA
LÁ…”, de RIP KIRBY
Não há dúvida nenhuma de que o Major Valente
Tenrinho foi vítima de um atentado.
Um homem que tenha levado uma vida aventurosa como ele levou está sempre
sujeito a arranjar muitos inimigos e ele arranjou-os.
Entre os convidados presentes na recepção que
organizou na sua casa encontravam-se pelo menos três que tinham fortes razões
para lhe desejarem a morte. São eles:
Jerónimo de Albuquerque, capitão do exercito compulsivamente passado à
reserva. Fernando Mergulhão 1º sargento que não havia conseguido terminar
o curso da Escola Central de Sargentos.
E finalmente Alberto Xavier, Major já aprovado, havia dois anos, para ser
promovido a Tenente Coronel, mas cujo
despacho não havia meio de sair dos gabinetes da hierarquia
correspondente.
Os motivos pelos quais eles se tornaram suspeitos
são bem conhecidos por nós, mas do interrogatório a que foram sujeitos nada se
apurou de que os pudessemos acusar pela morte do Major.
Todos os convidados começaram a chegar pouco depois
da 09h30m e reuniram-se com o seu anfitrião no jardim que embelezava a frente da
moradia. Os preparativos para o repasto do almoço desse dia já tinham sido
concluidos. No escritório apenas se procederia às habituais salvas de
artilharia tanto ao gosto do dono da casa o que aconteceria minutos antes do
início do almoço.
Como vimos esse almoço não chegou a realizar-se e o
Major foi enviado para os anjinhos.
Como vimos, não foram encontrados quaisquer indício
que os acusasse e é fácil chegar-se a essa conclusão. Nenhum dos convidados
tinha tempo para permanecer no escritório armadilhando o telefone. Também é
pouco provável, que algum dos serviçais da casa que tivesse montado a armadilha
e matar o patrão significava ficarem sem emprego.
Como sabemos, entre os convidados encontrava-se
também Armando Roboredo, sobrinho do Major que morava na mesma casa, filho de
uma irmã deste e de um capitão do
exercito morto em Angola, em condições estranhas, quando da segunda comissão do
Major.
Segredavam os empregados da casa, entre si, de que
Armando acusava o tio de responsável pela morte do pai. Não podemos garantir de
que tal mexerico tenha algo de verdadeiro, mas o mal é as más línguas
injectarem o seu veneno.
Analizando com alguma atenção os factos fácil é
concluirmos que de entre todos é Armando quem melhor oportunidade teve para
armadilhar o telefone. Ele podia-se movimentar pela casa sem causar estranheza
alguma podendo assim dedicar-se à vontade à tarefa a que se propusera.
Quando
chegou o momento que melhor lhe pareceu telefonou para o tio e aconteceu o que
já sabemos. Depois deixou-se ficar no Jardim
ainda durante algum tempo e quando chegou a casa fingiu que não sabia de
nada do que se passou.
Uma
nota final para esclarecer que algumas das miniaturas de peças de
artilharia feitas em bronze e que se
podem comprar em algumas lojas se prestam perfeitamente para o que aqui foi
narrado, eu já assisti a algo parecido há anos quando estive em Macau num
jantar de antigos artilheiros.
Contudo
o que provocou a morte do Major não foi nenhum tiro de artilharia mas sim a
explosão do telefone armadilhado.
PARTE
II
“MISTÉRIO
EM NOITE DE LUAR” , de RIP KIRBY
É a alínea ( C ) aquela que encerra a resposta certa
para a solução deste problema.
Todas as declarações foram confirmadas pela gerência
do Clube Noturno onde a vítima trabalhava. Neste caso ficámos a saber sem
qualquer dúvida que três dos suspeitos, Amílcar Cardoso, Óscar Afonso e José
Jeremias, saíram da casa de diversão já depois da hora a que ocorreu o crime
pelo que nenhum deles o poderia ter cometido.
António Fonseca, o suspeito referente à alínea ( C
), saiu cerca de meia hora mais cedo do que a vítima. Poderia ter sido ele o
assassino mas parece também não existir qualquer prova de que tivesse sido ele.
Porém no seu depoimento ele cometeu uma gafe que o comprometeu
irremediavelmente.
Afirma António Fonseca que quando saiu do Clube
levou para casa uma garrafa de champanhe o que, como já vimos, foi confirmado
pela gerência da casa noturna. No entanto o agente policial que deu uma vista
de olhos pela casa não viu lá sinais de bebida alcoólica sendo muito provável
que a garrafa que ele levou e aquela que foi encontrada na mesa em casa da
vítima sejam a mesma.
Numa investigação mais aprimorada, que aqui não é
possível levarmos a cabo, exames dactiloscópicos e outros, efectuados no local,
é natural que confirmem esta nossa primeira impressão.
5 comentários:
Soluções perfeitamente de acordo com os problemas...
Um abraço
Zé
ILUSTRE LP, como sabes nesta época do ano é quando tenho mais trabalho,mas isso não impede que eu por falhar um ou dopis meses não continue, o que quero dizer agora é que quanto a produções, bastavam apenas dez por cento dos sulocionistas e o assunto estava resolvido, mas pelo que vemos anda ainda tudo muito a dormir, quando começar a próxima época faremos uma coisa para os produtores, se estiveres de acordo, abraços do abrótea
ILUSTRE LP, como sabes nesta época do ano é quando tenho mais trabalho,mas isso não impede que eu por falhar um ou dopis meses não continue, o que quero dizer agora é que quanto a produções, bastavam apenas dez por cento dos sulocionistas e o assunto estava resolvido, mas pelo que vemos anda ainda tudo muito a dormir, quando começar a próxima época faremos uma coisa para os produtores, se estiveres de acordo, abraços do abrótea
Estimado amigo LP, como sabes esta é a época do ano em que mais trabalho tenho, mas nem por isso deixo de participar, apesar de falhar dois ou 4 problemas, mas o que interessa agora é a falta de produções ... se apenas dez por cento dos solucionistas produzissem, existiriam problemas para mais 3 épocas, mas a malta não está para isso e assim se concordares, quando começar a nova época teremos novidades para a produção, forte abraço do abrótea
Obrigado caro Zé
Um abraço do
Rip Kirby
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