Este texto já é de Dezembro de 2005.
É para ler e verificar os passos que (não) foram dados desde essa época.
Esse é, na nossa modesta opinião o maior constrangimento que o Policiário atravessa, ou melhor, anda há décadas a atravessar!
Será?
PROBLEMÍSTICA POLICIÁRIA
INTRODUÇÃO
O título deste trabalho diz muito sobre o que entendemos da questão que nos traz aqui. Pensamos, com toda a certeza, que é a problemística que nos mantém no Policiário, muito mais do que a literatura policial ou outra qualquer faceta e que é na problemística que teremos de definir o futuro do próprio Policiário, como o entendemos.
Este trabalho não tem qualquer intuito de crítica a nenhuma atitude ou forma de actuação de qualquer pessoa ou entidade, nem ninguém se deve sentir particularmente visado, porque não é essa a intenção de quem subscreve este texto.
Ele surge apenas e só pela necessidade a que fomos levados, face à falta de qualquer ideia ou proposta de trabalho surgida entretanto, apesar de ter havido algo que saiu da discussão do colóquio da Maia.
Ciclicamente os interessados por estas coisas do Policiário, vão promovendo algumas iniciativas destinadas a lançar sementes de discussão sobre o estado da nossa “nação”, que, na maior parte das vezes não atinge, por dificuldades várias, outros objectivos que não sejam o de fazer uma espécie de “prova de vida”.
Estes balões de oxigénio, actuam sobre o ego e permitem encarar com alguma verticalidade o resto do tempo.
Saímos desses eventos com um sentimento de dever cumprido, com a certeza de que, depois do que por lá se disse e definiu, ALGUÉM vai pegar naquilo tudo e avançar, porque nós, pelo menos por agora, não podemos, temos outras coisas para fazer e em que pensar…
O mais importante que fica de todas essas iniciativas é um certo ar de coisa já muito vista que, infelizmente se vai repetindo.
E quando alguma voz se levanta, tentando pôr as coisas em seu sítio, chamando a atenção para as conversas e discussões estéreis que se vão avolumando nos anais do Policiário, sem qualquer resultado palpável, também por tradição se vão levantando algumas outras vozes a quem apenas falta jurar que “agora não irá ser assim”, agora é que estão lançadas as bases para o edifício que pretendemos construir!
Mais de um mês após o importante colóquio que ocorreu na cidade da Maia, organizado com enorme eficiência e espírito de conquista pela Tertúlia Policiária do Norte, com o apoio da edilidade e num momento em que o Natal já passou e o Ano de 2006 já se instala, seria desejável e talvez espectável que já tivéssemos propostas e ideias a fervilhar na cabeça de cada um de nós, que já estivéssemos a discutir e a analisar as diversas hipóteses, enfim, que já estivéssemos numa autêntica acção de estudo dos melhores caminhos a percorrer no futuro.
No entanto, quer na internet quer nas caixas de correio dos nossos mais combativos confrades, não caiu, até agora e que seja do conhecimento público, uma só ideia, uma só base de discussão, um só sinal de que alguém voltou a pensar naquilo que se falou no decorrer do segundo dia do colóquio, em que estivemos presentes.
Isso leva-nos, de novo, ao ponto de partida, de onde, verdadeiramente nunca chegámos a sair… Certamente até ao próximo colóquio, onde todas as manifestações de boa vontade irão ser de novo acesas e entregues nas mãos dos participantes, à espera que algum deles se decida a avançar com alguma coisa.
Este estado de coisas é, podemos dizê-lo com alguma certeza, uma das nossas grandes “imagens de marca”, que teimamos em perpetuar.
Não temos a certeza de que tenha chegado o momento de propormos um projecto para ser discutido e eventualmente adoptado pelos verdadeiros amantes do Policiário, nem tão pouco temos a certeza de estarmos de posse de uma ideia global e correcta de organização ou sequer de uma base sólida de trabalho, mas não podíamos, depois das enormes reticências que colocámos no colóquio da Maia, deixar no ar – nem sequer como suspeita! – a ideia de que o que pretendíamos com a intervenção aí produzida era apenas manter tudo em “banho-maria”!
Apesar da completa ausência de tempo disponível para proceder a alongadas investigações sobre o que foi o nosso passado associativo, tarefa que deixo para quem puder debruçar-se sobre esse tema aliciante, aqui fica, em traços gerais, aquilo que pensamos do Policiário e os rumos que vislumbramos e que deixamos a uma discussão séria.
Assim sejamos capazes de a fazer…
HISTÓRIA BREVE
Exigia-se aqui um estudo mais aprofundado sobre o passado do policiário, na sua vertente de associativismo virado para a organização, clubes, tertúlias, associações e outras formas, mas a completa ausência de tempo disponível para investigação, leva-nos a apenas referirmos uma ou outra iniciativa que poderão servir para balizar um pouco aquilo que pretendemos. Ficaremos, pois, pela rama, deixando esse trabalho para quem tiver gosto e tempo para o fazer.
Desde há muito que os policiaristas entenderam que se tornava indispensável criar um modelo de organização que pudesse dar alguma consistência à actividade que exerciam.
Num passado mais remoto, a criação do Clube Português de Literatura Policial tentou enquadrar os amantes do Policial.
Mais tarde, o clube do XYZ; as tentativas de criação do Conselho Directivo Policiário e do Tribunal Policiário; finalmente a APP.
De todos, a APP foi o que mais avançou, para além de boas intenções.
De qualquer forma, as ideias que defendeu e a forma como se organizou, acabaram por conduzir a uma entidade demasiadamente sectorizada, esquecendo – ou pelo menos não dando a devida importância - à vertente mais importantes de Policiário: A problemística.
Olhando um pouco para o passado, projectando o futuro, parece-nos que há que recolher todos os ensinamentos das diversas tentativas e, com realismo, fazer o diagnóstico da situação e procurar as soluções adequadas para os fins que nos propomos.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico já foi feito por mais de uma vez e, quase sempre, de forma aparentemente muito certeira:
Não há capacidade de crescimento e renovação!
E se dito assim, parece estar tudo descoberto, pensamos que, na verdade não é esse o nosso problema.
Não é líquido que não haja crescimento se, como é fácil constatar, há quase dois milhares de pessoas em Portugal a responder aos problemas policiais que vão sendo publicados no PÚBLICO. Se nos lembrarmos do passado mais remoto ou mais recente, em nenhum momento de atingiram estes números.
Não é tão nítido como se pensa a questão de não haver renovação. Se percorrermos as tabelas de pseudónimos, verificamos que há muita gente que não aparecia anteriormente e que apareceu e estabilizou nas páginas do PÚBLICO.
O que não conseguimos é transformar esses leitores e concorrentes em participantes das nossas actividades. O que não conseguimos é abrir as portas, descobrir o segredo – se é que o há – para que um maior número de respondentes à secção apareça e conviva connosco, alinhe em outras iniciativas para além da simples resposta aos problemas.
Se no passado havia 4 centenas de concorrentes e era possível reunir num convívio policiário 5 ou 6 dezenas, hoje dificilmente se conseguem esses números para um universo de dois milhares de concorrentes.
Inverter essa situação poderá ser o nosso desafio actual, mas também aí temos todas as dúvidas sobre se é isso o mais importante, se, como vimos no passado, não é por haver mais participantes dos convívios que há mais pessoas a trabalhar nas iniciativas que se pretende pôr em pé.
Antes do mais, há uma questão de concepção do Policiário que queremos colocar no terreno e não tanto focar o facto de haver ou não haver participação.
Afinal, nós andamos à procura de algo mais que a mera e tradicional afluência de concorrentes aos nossos torneios. Nós andamos à procura de formas de organização que nos façam conviver pessoalmente, que nos congreguem numa lógica de clube, de associação.
Queremos chegar à conclusão de que o Policiário enquanto actividade dedutiva e competitiva, está bem, o que não está é o resto. E esse resto faz toda a diferença.
Este aspecto é importantíssimo porque já não nos colocará apenas a correr atrás de secções e espaços de intervenção competitiva, quando afinal queremos é espaços de convívio e de intervenção cívica e pessoal.
Não tenhamos dúvidas, o Policiário jamais acabará.
Mesmo em épocas de grande instabilidade, em que nada houve, nem secções, nem convívios, o “bichinho” esteve sempre com quem cultivou a actividade e acabou sempre por regressar com o mesmo fulgor.
Se, por mera hipótese, o PÚBLICO suspendesse a secção, o Policiário continuaria em cada um de nós e brotaria um dia destes em qualquer outro meio.
Portanto, não existe, para nós, um dramatismo tão agudo como verificamos em outras pessoas. Preocupação, sim.
Ao longo da história, sempre o Policiário teve altos e baixos. Mas os altos foram artificiais.
Fala-se com alguma nostalgia das dezenas de secções que havia, das centenas de problemas que se publicavam em certas épocas, mas temos de falar também de quem animava essas secções, de quem a elas concorria. E se notarmos melhor, cada secção procurava cativar os mesmos concorrentes. Havia uma amizade que se invocava para que ninguém faltasse à secção tal. Ou seja, a captação era pouco significativa. A preocupação primeira dos orientadores não era acrescentar algo ao Policiário, mas sim demonstrar ao director do jornal onde escreviam que lhe podia trazer mais uma centena de assinantes e assim justificar o espaço. Se abrirmos uma dessas secções, num jornal regional, notamos que os concorrentes são quase os mesmos dos que estão em todas as outras secções, mesmo situadas no outro lado do país, quando o que seria correcto era haver dezenas de concorrentes locais, “virgens para o Policiário”, prontos a, mais tarde se assim entendessem, avançar para outros voos, entenda-se, secções mais competitivas de âmbito nacional.
Regressamos, pois, ao ponto de partida: Que interesse terá a existência de muitas secções se elas vão disputar o mesmo público? Que vantagem haverá em causar uma dispersão de secções se não for possível localmente captar os leitores dessas publicações?
Atente-se ao que aconteceu no “Notícias da Amadora” em que a Tertúlia Policiária de Linha de Sintra (TPLS), chegou a ter mais de uma dezena de membros em plena actividade.
A secção teve impacto no nosso meio, foi uma pedrada excelente no charco, mas no fim de tudo, acabou por não conseguir cumprir o que lhe estava destinado. Não conseguiu acrescentar a mais valia de novos concorrentes, captados, não nas tertúlias ou nos torneios de outras secções, mas captados entre os leitores do jornal.
Em exemplo mais recente, o boletim da Tertúlia Policiária de Coimbra, o INTELECTO, que acabou por não ter continuidade, entre outras coisas por não ter podido assegurar uma captação eficiente no meio em que se deveria desenvolver e que não terá sido devidamente acautelado.
Ainda mais actual, o Lidador… das Cinzentas, boletim da Tertúlia Policiária do Norte, que continua a ser publicado aos dias 13 de cada mês, mas que registou um abandono daquela que deveria ser a sua função primária e que, de resto, foi muito bem definida no início: Chegar às escolas e às associações da zona da Maia. Felizmente, parece que vai retomar a sua vocação inicial e cumprir os seus objectivos.
É esse, achamos, o nosso grande desafio: Definir com clareza os propósitos que temos; definir os meios de que dispomos ou podemos vir a dispor; colocar no terreno projectos que identifiquem com toda a clareza o que se pretende, qual o público-alvo e construir todo o edifício com vista à realização desses propósitos. Não é viável, hoje em dia, propor um trabalho numa publicação de pequena ou média expressão, em termos genéricos, dirigidos a um universo alargado. Se pretendemos atingir a juventude, vamos falar para eles, tentar chegar até eles, esquecendo todos os outros; se o nosso alvo é a terceira idade, vamos falar para ela e não ligar minimamente aos restantes grupos; se temos uma secção num jornal regional, vamos saber quem são os seus leitores preferenciais e o que fazem, para nós lhes podermos dar o que eles pretendem e assim os trazer até nós. É necessária uma maior especialização, tal a diversidade de interesses que hoje se registam na nossa sociedade.
Ressalvamos que isto se refere à captação, à introdução de novos aderentes no nosso passatempo. A continuação e aprofundamento deverão ser depois levados a cabo em secções, digamos assim, generalistas, em que todos poderão e deverão confrontar-se competitivamente.
Uma coisa é certa, as antigas fórmulas não terão hoje qualquer viabilidade.
O Policiário viveu sempre de uma certa captação exterior a si mesmo. Numa primeira fase contou com a adesão massiva de uma imensa legião de leitores de romances policiais. Raramente algum policiarista surgia sem ter atrás de si uma boa tabela de obras policiais lidas, sobretudo dos grandes clássicos. Digamos que tinham já uma bagagem intelectual adquirida, tratava-se de uma elite, desde logo porque tinha habilitações, representaria os 10% ou 15% alfabetizados; Mais tarde, foi nas Histórias aos Quadradinhos que se fez a captação de uma juventude muito aguerrida e muito, muito jovem, ainda vista e julgada pelos padrões anteriores, mas já integrada na massificação escolar, integrantes dos 70%, 75% dos então já alfabetizados. São estes leitores e cultores das HQ, que liam o Mundo de Aventuras, que formam uma assinalável parte dos policiaristas de hoje.
Estes expedientes, chamemos-lhes assim, terminaram. Chegou o momento de termos de ser nós mesmos a procurar os meios de propagação, numa população jovem que muitos teimam em classificar de analfabeta, incapaz de se relacionar com a Lingua Portuguesa ou com os nossos antigos padrões de conhecimento e cultura. Na nossa visão, o que mudou não foi tanto o modo de reacção da juventude, mas sim a base em que essas avaliações de alicerçam. Se num passado remoto podíamos contar com uma elite que lia, escrevia e respondia ao Policiário, elite essa que se elevava a partir da outra elite (10%?) que sabia ler, escrever e estudava, actualmente temos a responder uma parte da imensa maioria que já estuda e domina basicamente os processos culturais (90%?). Temos, pois, provavelmente uma menor qualidade em termos abstractos, não por agora serem piores, mas apenas porque o nível global desceu devido à massificação.
É nossa missão encontrar os meios para chegar com o Policiário às pessoas que têm ao seu dispôr uma oferta de entretenimento, inimaginável há algum tempo atrás e nessa tarefa não podemos enjeitar, como é óbvio, o aproveitamento de qualquer veículo de que venhamos a dispor.
MEIOS DISPONÍVEIS
HUMANOS
É por demais evidente que o Policiário conta, como todas as actividades, com um número limitado de recursos humanos.
Não é lícito nem viável pensarmos que pode haver uma vaga de fundo dos concorrentes aos torneios no sentido de impor alguma organização ou promover captação.
Também aqui teremos de contar sempre com uma “vanguarda” mais aguerrida e mais interessada, que terá de conquistar as rédeas da mudança e avançar decisivamente. Foi assim que nasceram quase todos os projectos que no passado pautaram a nossa vida Policiária, de que a APP é o exemplo cimeiro.
Depois, com o evoluir da ideia, com a sua colocação no terreno, mais fácil será alargar o leque de participantes directos no projecto.
Gorada que foi a tentativa levada a cabo no PÚBLICO de criar uma rede de Tertúlias Policiarias, um pouco por todo o lado – por razões que será bom podermos debater numa próxima oportunidade, mas que, pensamos, estarem directamente relacionadas com a falta de perspectivas futuras de actuação e intervenção -, restará apoiarmo-nos nas estruturas existentes (tertúlias) e nos confrades que mais interessados se têm revelado, não inseridos em grupos.
Neste aspecto, de resto, é nossa opinião que dificilmente seria possível reunir uma rede tão alargada e abrangente como a que podemos contar.
Podemos, pois, ter a certeza de que não será por ausência de meios humanos que qualquer projecto desta índole falhará os seus objectivos.
Naturalmente que há uma necessidade de definição de estratégias, de articulação de todos os elementos em redor de um programa mínimo, que vise corrermos sempre todos para o mesmo lado, mesmo que os meios seguidos sejam diversos.
E a definição dessa estratégia é que nos parece ser o ponto-chave de toda esta discussão: Como transformarmo-nos todos em autênticas gazuas prontas para abrirem as diversas fechaduras, sobretudo de mentalidades, que vamos encontrar.
Pensamos, com toda a franqueza, que não há fórmulas predefinidas, mas que para cada caso teremos de possuir uma resposta adequada.
MATERIAIS
Os meios materiais têm sido sempre um dos óbices a um desenvolvimento da nossa actividade e, ao mesmo tempo, um dos nossos maiores álibis. É prático e eficiente fazer a nossa desculpabilização com a falta de abertura de quem dispõe dos meios de produção. Achamos que por eles não nos abrirem as suas publicações, as suas páginas, estamos justificados pela ausência de resposta.
Não é assim.
Possuímos neste momento um poderoso aliado no PÙBLICO. A secção terá de continuar a tentar cumprir a sua função, ainda que adulterada nos seus princípios. As suas características - publicação aos domingos, jornal de grande circulação -, fazem com que seja um veículo ideal para passar a mensagem e fazer uma captação generalista, sem nenhuma direcção específica; mantendo sempre a sua vertente competitiva, se bem que não deva, em princípio, organizar os torneios de topo da nossa actividade. Uma competição marcadamente mediana, dirigida à generalidade dos leitores do jornal e tendo sempre estes como seu alvo preferencial, mais que os nossos confrades já integrados no nosso passatempo.
A TPN e a Câmara da Maia fazem o Lidador… das Cinzentas, uma publicação que terá de assumir os seus propósitos – se é que já não assumiu - a muito breve prazo.
Não nos parece que este projecto – ou outro deste tipo - consiga ser um projecto de futuro, numa lógica de transmitir conceitos e notícias, que apenas dizem alguma coisa a quem já tem algum vínculo ao Policiário. Pensamos que deverá definir os seus alvos e orientar toda a sua acção nesse sentido. Se o propósito é a escola, vamos fazer uma publicação apelativa, didáctica, orientada num sentido abertamente pedagógico e transgressor no bom sentido da palavra – nunca como leitura oficializante -, numa demonstração claramente assumida e continuada de que o Policiário é um meio excelente para abertura de janelas aos estudantes e aos professores, podendo assumir-se, igualmente como precioso auxiliar pedagógico; se o alvo são as associações, os lares de 3ª idade, as empresas, etc., então a publicação terá de ter outras características, porque terá outras finalidades, lúdicas, desafiantes, consumidora de tempos mortos, etc..
Todos os sítios da Internet terão o seu lugar e a sua importância, que será proporcional à audiência que puder atrair e que não poderá ser muito significativa se não existir uma publicitação adequada, em que o PÚBLICO terá o seu papel fundamental. É um meio a explorar, à medida que todos conseguirmos ir dominando a informática. Pode ser um veículo importante para abrir as portas da juventude mais informada e qualificada – universitária, empregada em modernas empresas.
PEDAGOGIA, ENTRETENIMENTO E CONVÍVIO
Nesta fase parece-nos que é o momento de definirmos claramente o que é que se pretende, extraindo as devidas conclusões da realidade actual e projectando as ideias para o futuro.
Se o que se pretende é a existência de um Policiário forte, com muitas secções e muitos concorrentes, a solução óbvia é procurar abrir espaços em todas as publicações onde for possível entrar, incentivar todos e cada um a procurar, na sua zona, um jornal regional, uma rádio local, uma publicação empresarial, sindical, ou escolar e aí ir fazendo a divulgação, cada qual à sua maneira.
Foi o modelo seguido desde sempre e os frutos foram, como todos devemos concordar, excelentes. Tivemos e temos uma actividade que sobrevive após muitas décadas, com alguma qualidade, embora de modo algo intermitente, ao sabor das carolices que se vão alinhando.
E, na nossa opinião, esse será sempre o modelo que melhor se pode adaptar a uma solução de futuro, com as necessárias adaptações.
No estado actual, perante os desafios que as modernas tecnologias e as novas formas de vida nos colocam, há que procurar encontrar o caminho certo para avançarmos em termos de futuro, uma vez que poderemos encarar o Policiário sob várias maneiras:
O POLICIÁRIO COMO PEDAGOGIA
De uma forma geral todos temos a noção de que o Policiário pode e deve ser um poderoso auxiliar pedagógico, não só como objecto de clarificação e abertura na apresentação dos temas de ensino, mas igualmente como potenciador de desenvolvimento de capacidades lógicas.
Temos de concordar que numa sala de aulas será muito mais motivador para os alunos que se explique uma matéria pouco apetecível de forma desafiante, talvez até enigmática, não se transmitindo todo o conhecimento de forma maçuda. Um exemplo de enigma, um espicaçar de faculdades pode ser uma chave eficiente.
Por outro lado, um espírito exercitado para o raciocínio lógico e científico será sempre uma mais valia extraordinária para o confronto com as dificuldades de todos os dias e para o exercício de tomada de decisões, quando for necessário.
Estas características, que só o Policiário tem, tornam-no numa actividade completa na formação de jovens estudantes, já que estimula e exige um perfeito domínio da leitura, da interpretação de texto, de exercício lógico, de sistematização de ideias e sua catalogação em conformidade com a necessidade e importância, redacção e transmissão de ideias para serem lidas e entendidas por terceiros, finalmente uma cultura geral vasta ou, pelo menos, um conhecimento correcto dos locais e métodos de consulta.
Entrar no meio escolar como instrumento pedagógico, é difícil e altamente improvável, pelo menos em termos oficiais.
Nunca será provável que seja obtida uma autorização ou um programa pedagógico de ensino, a ser aplicado pelo Ministério a nível escolar, digamos assim, no secundário, que antes é ainda mais fortemente improvável, até pela carga negativa que o Policiário transporta indevidamente, como transmissor de violência ou propiciador de discussões sobre crimes, armas e instrumentos mais ou menos bélicos, numa sociedade extremamente violenta – mesmo em termos mentais - mas que quer aparecer como muito pacifista, muito politicamente correcta.
A adopção de uma estratégia dessas obrigaria a que o Policiário estivesse devidamente organizado, com uma ou mais associações fortes e credíveis, que tivesse um conselho pedagógico e científico capaz de provar o mérito da nossa actividade em termos sociais e pedagógicos, o que está muito, muito longe de ser conseguido.
Chegar a esse ponto, ou seja, a uma situação de poder haver abertura para fazer a exposição dos méritos perante os peritos ministeriais, será sempre o culminar de uma caminhada longa e de grande fôlego, para a qual não estamos preparados. Não é com uma secção num jornal e uns quantos artigos ou trabalhos anteriores que se reúne o currículo necessário para essa empresa.
Resta-nos, pois, a acção – mais ou menos - isolada!
Perante cada Conselho Executivo, de cada escola, procurar transmitir a visibilidade e mérito de introdução de uma experiência pedagógica envolvendo a componente social, na dupla vertente que já explanámos anteriormente e agora recordamos: Como auxiliar para despertar uma maior atenção aos alunos e como instrumento para uma maior disciplina e ginástica mental.
Serão acções isoladas que terão de contar com o apoio e acompanhamento indispensáveis da parte de todos os confrades mais apetrechados ou mais disponíveis.
Mas, para essa empresa, torna-se imprescindível que haja uma correcta avaliação dos procedimentos, um programa muito bem conseguido para apresentar, como se de um programa escolar se tratasse. Em nenhuma condição um confrade pode fazer uma abordagem a um Conselho Executivo sem ter em seu poder um programa completo e actual, explicável e exequível, sob pena de não fazer passar a sua mensagem.
Esse programa não está, sequer, alinhavado!
Portanto, numa visão mais ou menos simplista e desapaixonada, diríamos que nada está do nosso lado para uma abordagem de expansão do Policiário por esta vertente, para além de uma ou outra acção isolada, perante um problema publicado num jornal ou boletim.
Pensamos que é por aí que poderemos entrar. Levar, não um programa que não temos nem conseguiremos fazer a curto prazo, mas sim levar um exemplar avulso para dentro de uma turma ou escola, apresentar o problema, dar umas explicações rápidas sobre o funcionamento, colocar o enigma, recolher as propostas de explicação e solução, discuti-las com os intervenientes e, assim, deixar ali mesmo uma semente, um primeiro grão.
Se dessa acção resultar a abertura para repetir mais tarde, um passo de gigante terá sido dado.
O POLICIÁRIO COMO ENTRETENIMENTO
É sem dúvida neste aspecto que o Policiário mais hipóteses tem e terá de alicerçar o seu desenvolvimento e captar novos aderentes.
Sem necessidade de grandes estudos e trabalhos e sem a obrigatoriedade de demonstração da sua bondade, antes apelando ao espírito de decifração que cada um de nós tem e ao prazer imenso que temos em conseguir desfazer as meadas que outros nos colocam como desafio, o entretenimento terá de ser por nós devidamente valorizado e constituir uma aposta muito efectiva.
Como entretenimento e sem a “ditadura” da pedagogia, embora nunca a possa ou deva abandonar, pode o Policiário ter uma intervenção em todos os escalões etários, desde tenra idade, assim haja a capacidade de produzir desafios adequados a cada idade e a cada grupo destinatário.
Desde logo se infere que damos completa prioridade à problemística sobre as outras vertentes – literatura policial, estudos e análises policiais, mesmo as notícias -, não por ser mais importante, mas simplesmente porque traduz a alma do enigma em que sabemos quem o produz e sabemos a quem é destinado. Tem muito de experimentação e poucas pessoas resistem a isso.
O POLICIÁRIO COMO LOCAL DE CONVÍVIO
Este é o tal ponto em que radica muita da confusão que hoje se faz em torno do êxito ou fracasso do Policiário em termos de captação ou de permanência.
Na verdade é nesta vertente que se verificam maiores carências em termos de mobilização, com as tertúlias em crise e os convívios pouco melhores.
Se os concorrentes aos torneios e aos desafios são muitos e bastante fiéis, pelo menos na secção que maior visibilidade apresenta, o mesmo já não se verifica quando a meta é trazer essas pessoas para o contacto personalizado, quer em tertúlia, quer em convívio.
Podemos dizer que é aqui que muito se joga, se bem que não seja completamente fundamental para a sobrevivência do Policiário enquanto desporto intelectual, nem enquanto entretenimento, mas apenas como instrumento de mobilização de amizades presenciais, algumas para uma vida inteira, como temos exemplos concretos.
Não parece que existam soluções para um problema que afecta de modo generalizado, toda a sociedade, mas já entendemos que é possível tomar medidas importantes no sentido de aproveitar aquilo que a Internet hoje nos pode proporcionar, nomeadamente tertúlias em que não seja indispensável a presença física ou uma aproximação geográfica.
A discussão dos assuntos on-line é hoje uma realidade que tem de ser tomada em conta e por nós plenamente apoiada.
CONCLUSÕES E PROPOSTAS
Face a tudo o que referimos, chegamos ao momento em que temos de retirar conclusões e fazer algumas propostas, que traduzem o que pensamos e que julgamos contribuir para uma maior discussão sobre o Policiário.
Temos a consciência de que o ideal seria termos uma Associação ou um Clube que pudesse realizar um trabalho de qualidade, com uma publicação de periodicidade mensal ou, no máximo trimestral, que funcionasse como elo de todos os interessados nestas coisas; que tivessemos os meios humanos e técnicos para podermos encontrar a equipa ideal para elaboração de um plano estratégico e pedagógico para avançarmos sobre as escolas e assim realizarmos tudo o que fomos escrevendo; que tivessemos acesso aos parceiros ideais, em termos de patrocínios, entendamos empresas de boa dimensão, autarquias, bibliotecas públicas ou outros parceiros.
A realidade é outra. E outros têm de ser os nossos objectivos imediatos. Fiquemo-nos, humildemente, por eles...
Âmbito Regional
- É prioritário que se faça o levantamento de todas as “boas vontades” que estejam disponíveis e abertas para uma abordagem de Policiário nos locais onde é imperiosa a sua intervenção: escolas, associações, universidades, sindicatos, grupos profissionais, etc..;
- Através de iniciativa individual ou de grupo restrito, contactar Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Conselhos Executivos das Escolas, Associações de Cultura e Recreio, etc., no sentido de propôr uma ou mais inicativas para aplicação do Policiário, entenda-se, Problemística Policiária;
- Efectuar o levantamento das publicações que possam estar abertas e disponíveis a uma intervenção junto dos seus leitores;
- Efectuar idêntico levantamento de publicações escolares, profissionais ou outras;
- Programar acções em cafés, em que se poderá oferecer um problema policiário para resolução directa e simples a quem pedir uma “bica” e a quem se dará um “prémio” pela resolução, que poderá ser um exemplar de uma qualquer publicação em que haja muitos problemas policiários e muita informação;
- Idênticas acções em livrarias, restaurantes, estações de camionagem ou de combóios.
Âmbito Nacional
É fundamental e imprescindível uma articulação de todas estas iniciativas de âmbito regional, de forma a que todos os nossos confrades que pretendam fazer estas acções não estejam sós, no terreno.
Essa articulação, que deveria partir de uma Associação ou Clube – que ainda não existe em termos organizados – terá de ser assegurada, com toda a urgência, pela tal vanguarda de que já falámos e que deve formar o núcleo duro de todo o projecto.
Deve ser constituído pelo M. Constantino; pelo Zé de Viseu; pelo Nove; pelo Insp. Boavida; pelo Zé dos Anzóis; por um representante da TPN; por um representante da TPC; por um representante da Poliandré; e por um representante da TL.
Este núcleo deve contar com todo o apoio das secções existentes e dos seus orientadores, como é óbvio, que se juntarão sempre que possível às iniciativas, em termos presenciais.
Este núcleo será o responsável pela elaboração de problemas apelativos, textos simples e directos que atraiam e actuará em coordenação com os confrades que regionalmente organizem as acções, fornecendo ideias, materiais e, claro, a própria presença.
Para todas as acções será o PÚBLICO o veículo de publicidade e a chave para atracção dos próprios responsáveis pelos cafés, restaurantes, livrarias, etc.
Para esse efeito, uma vez acertada a acção, o PÚBLICO fará a sua divulgação, a página poderá ser ampliada e colada no próprio estabelecimento, anunciando a data e a hora e, no período de tempo considerado, será levada a efeito pelos confrades que puderem estar presentes, levando o Policiário a todos os clientes, da forma que melhor se combinar.
Estas acções poderão substituir os convívios policiários actuais, com muitas vantagens, ou servirem de complemento a esses mesmos convívios.
A par de todas estas acções, não deve ser descurada a possibilidade de entrada em publicações nacionais de grande expansão, jornais ou revistas, onde poderemos fazer vingar as nossas propostas.
FINALIZAÇÃO
Este trabalho não é mais do que uma proposta séria de trabalho para discussão. Nele não há mais do que uma visão pessoal e, talvez, por consequência, parcial.
Muitos confrades vão ficar decepcionados com a carência de propostas mais ambiciosas, com a ausência de propostas para uma associação, para uma publicação autónoma, para uma melhor arrumação competitiva, etc., mas temos de ter os pés assentes no chão! Não seria este o local nem o momento de avançarmos para formas mais complexas de organização e expansão se não temos o essencial, o básico, o prioritário.
Aquilo que não queremos é apresentar planos que não podem ser executados a curto prazo, por total ausência de meios.
Falar de uma publicação nossa, claro que sim, mas quem tem os meios para a pôr na rua? E pôr na rua para quem? Quem é que a irá procurar? Será instrumento válido para captação? Ou pelo contrário deverá ser o instrumento para uma melhor continuação e portanto, não para agora?
E a Associação? Haverá meios para a pôr a funcionar? Onde estão? Quem os possui? Como deverá funcionar? Com que bases? Com que princípios? Com que mercado?
Na nossa óptica, o que propomos é o que é possível para já! É aquilo que cada um de nós, com a sua própria boa vontade pode fazer pelo Policiário, não numa lógica de sobrevivência, que já rejeitámos, mas numa lógica de melhor continuidade, de melhor oferta.
O que verdadeiramente pretendemos é semear a discussão de forma que se abram outros horizontes que naturalmente não foram aqui contemplados, porque não somos detentores da verdade universal.
Se conseguirmos essa discussão, já não daremos por mal empregue o tempo e o trabalho que tivemos.
2005.12
lp
7 comentários:
Meu caro Luís:
Aceitei, com entusiasmo, as tuas palavras de então e tentámos fazer a nossa parte. Eu, o Zé-dos-Anzóis e o M. Constantino, andamos, no Almeirinense, a esgrimir contra moinhos de vento. Fazemos o que podemos, mas temos mais dificuldades do que apoios. Só nós sabemos o que gastamos com a secção. Acho que ninguém de novo terá aparecido (não conheço os pseudónimos do Público), apesar da extrema facilidade de alguns problemas de capatação, quase sem respostas. São sempre os mesmos e muito obrigado a eles, pois já teríamos fechado as portas, por falta de clientes!
Conclusão - o diagnóstico está perfeito, as doenças identificadas, os médicos não são maus (nem lá nem aqui ...), mas ... o doente não melhora.
Também não morreu nem morrerá, pois haverá sempre um nicho de resistentes viciados que o vão trabalhando.
Sem apoios nenhuns no terreno, confesso - não sei que volta lhe dar; o meu laboratório não consegue descobrir fórmulas novas.
As coisas funcionam muitíssimo bem no Público, ao nível de concorrentes; mas nos convívios não aparece (quase) ninguém. Aqui, estamos em retrocesso e não vejo saída. Na Produção, vão aparecendo novos, mas numa percentagem ínfima de participantes solucionistas...
Valerá a pena criar um grupo de reflexão, com a crise que vai por aí, em termos de meios de comunicação social e leitores? Temos a Net, que permitiria ao Grupo trabalhar em rede. Não sei; muito sinceramente, não sei!
Outras vozes à recepção, com urgência ...
Zé-Viseu
Algumas coisas não entendi bem. Acho que o Policiário está bem no Público. O Luís Pessoa sabe bem o que faz. Estou satisfeito, mas acredito que quem pretender mais convívio para além das provas, esteja insatisfeito.
Acho que astamos bem
Deco
A publicação deste texto não foi para criar animosidades ou formular acusações.
Foi, isso sim, para constatar que nada se tem conseguido fazer na vertente não competitiva.
Nem sequer no que se refere ao convívio, ao contacto personalizado.
Isto parece levar-nos à conclusão de que devemos colocar todas as forças e recursos na manutenção e desenvolvimento daquilo que temos.
Será mesmo assim?
Lembro-me que quando esta matéria foi publicada inicialmete alguns confrades deram as suas achegas ao assunto. Estou a lembrar-me do confrade D. Chicote, por exemplo, e por vennturra outros que de momento não recordo, e lembro-me também doutros que prometeram dizer alguma coisa e ficaram por aí.
Pensa-se e diz-se que é preciso fazer algo em prol do desenvolvimento do policiário mas quando chega o momento de agir começam a aparecer os grupos destabilizadores que fazem abortar qualquer tentativa que se faça nesse sentido e isso não é de agora.
O Ferman, quando dirigia a secção que fundou no jornal Barlavento tentou abrir uma discussão em volta dos problemas que afligiam o policiário e durante algum tempo foram trocadas impressões até que os radicais do costume, porque as opiniões dos outros não coincidiam com as deles, passaram aos insultos.
Resultado. O Zé, um dos que foi enxovalhado, afastou-se do policiário por essa altura, o Ferman aborreceu-se e abandonou a secção que pouco mais tempo subreviveu.
A criação de secções em jornais locais ou regionais pouco ou nada adiantam porque se não forem os mesmos de sempre ficam sem concorrentes e acabam por encerrar as portas por falta de clientes.
Eu tive uma experiência nesse campo, no Jornal do Montijo, e sei como é. É verdade que nós na altura desistimos por outras razões mas foi a falta de uma resposta positiva por parte dos leitores do jornal que mais contribuiu para nos desmotivar.
Diga-se em abono da verdade que dessa experiência, alguma coisa de positivo eu tirei, ganhei coragem para apresentar as minhas primeiras produções.
No aspecto de concorrentes solucionistas creio que o Policiário não está mal e a secção do Público é uma prova disso mas, o policiário não se reduz à resolução de mistérios. Precisa também de quem os produzam. Mas para quê mais produtores se depois não há onde publicar as produções. Por outro lado os produtores habituais também se mostra renitentes em produzir para uma secção onde apenas duas dezenas de solucionistas, os mesmos de sempre, lhe dão alguma atenção.
O convívio também é uma das vertentes do policiário mas as pessoas parecem que têm receio de conviver uns com os outros. Preferem ver programas chatos e sem qualquer conteúdo na televisão em casa ou então alugam filmes onde impera a violência gratuíta e os grandes feitos dos EUA em prol da pazdeste mundo que eles próprios destabilizam.
Portanto, na minha opinião o que era preciso para o desenvolvimeto do policiário era a criação de secções em jornais ou revistas de grande tiragem, mas para isso existem duas dificuldades muito grandes e eu não sei qual delas é a maior. Se encontrar espaço nesses jornais se encontrar o carola para dirigir essas eventuais secções.
Se isso acontecesse os produtores actuais teriam mais espaços para publicar os seus escritos e os secionistas actuais que recebem soluções de muitos solucionistas sabem quais aqueles que melhores qualidades têm para escrever e poderiam incentivá-los a produzirem também.
A entrada do policiário nas escolas também abordada neste artigo só poderá ser feita de uma maneira mais ou menos cladestina ganhando para a nossa causa professores de Português, História e Matemática.
De português porque se eles apresentassem aos alunos problemas policiais como exercício isso ajudaria os alunos na compreenção dos textos e a sua capacidade de escrever mais e melhor. Ao mesmo tempo que desenvolviam a sua capacidade de raciocinar desenvolveriam a capacidade busca, de escrever que muito uteis são nas disciplinas de História e Matemática para já não falar noutras.
Creio que muito fica por dizer mas creio que já gastei espaço demais e noutra ocasião se tal se proporcionar voltarei.
Rip Kirby
luis pessoa disse...
A publicação deste texto não foi para criar animosidades ou formular acusações.
Foi, isso sim, para constatar que nada se tem conseguido fazer na vertente não competitiva.
Nem sequer no que se refere ao convívio, ao contacto personalizado.
Isto parece levar-nos à conclusão de que devemos colocar todas as forças e recursos na manutenção e desenvolvimento daquilo que temos.
Será mesmo assim?
Nesta fase do campeonato mundial da sobrevivência, plenamente de acordo!
E vamos pensar em incentivos ao aparecimento de novos produtores, para além de incentivos aos que existem; devemos, ainda, lutar para que nenhum se retire e para que voltem alguns valores muito seguros que se afastaram da Secção (de memória e sem procurar exaustivamente - Karl Maques, M. Constantino, Nove, Onaírda ...)
Zé-Viseu
Luis
Gostava muito de também dizer algo sobre o assunto, mas...
... não posso fazê-lo em meia dúzia de palavras porque pretendo abordá-lo com algum desenvolvimento (acho que vai sair um texto longo, se calhar não adequado para o Blogue) e tenho uma Secção do Almeirinense para preparar, a solução do último problema do Público para fazer e a minha actividade profissional, neste mês de Maio por motivos conjunturais particularmente ocupada.
Assim, prometo fazê-lo, mas só daqui a maia alguns dias. OK ?
O comentário anterior foi publicado porque é possível verificar a sua autoria: O confrade Zé dos Anzóis, que se esqueceu de assinar.
Cá ficamos à espera do comentário mais alargado e, certamente, cheio de interesse, de um confrade com muita experiência e vivência destas coisas do Policiário.
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