domingo, 8 de abril de 2012

POLICIÁRIO 1079




Continuamos sob o signo do confrade Paulo, o campeão nacional de produção 2011, que nos apresenta mais um enigma, desta feita de resposta múltipla.
Como os leitores já verificaram, a nossa secção “encolheu”, por imperativos de espaço disponível e daí termos ficado com um número de caracteres consideravelmente reduzido, situação que inviabiliza a publicação de problemas com a dimensão que era usual, de há vários anos para cá.
Nesse sentido, alguns produtores fizeram a necessária alteração e Paulo foi um dos primeiros a adequar as suas produções ao espaço actual, que não pode ultrapassar os 4500 caracteres, com espaços.
Pedimos a todos os produtores, quer aos que já nos remeteram problemas, quer àqueles que ainda os estão a ultimar, que cumpram o limite acima referido, efectuando as necessárias adaptações, de molde a que o problema fique sempre mais aproximado do desejo do seu autor.
Recordamos, igualmente, a carência de desafios, em quantidade e qualidade, para que os torneios decorram sem sobressaltos, pelo que pedimos aos candidatos a produtores que nos façam chegar os desafios o mais rapidamente possível.
E posto isto, vamos às recordações…

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL
PROVA N.º 3 – PARTE II
“RECORDAÇÕES” – de PAULO
Remexendo em papéis antigos, encontrei um velho caderno da disciplina de inglês dos tempos de liceu. Entre as suas páginas havia um papelinho misterioso com uma mensagem assinada por um desconhecido John.
Quem era o John e que papel era aquele?
Na década de setenta eu, o Pedro, o Jorge e o Marco eramos colegas de turma e partilhávamos o gosto do policiário. Adeptos do Mistério Policiário orientado pelo Sete de Espadas, discutíamos os problemas e as soluções num jogo de equipa que normalmente acabava por ter bons resultados. Semanalmente compravamos o Mundo de Aventuras que devorávamos da primeira à última página. Enquanto eu e o Jorge eramos grandes apreciadores das séries belgas e principalmente de Buck Danny, o Pedro e o Marco gostavam mais do britânico Garth. Sem desprimor pelos desenhadores e argumentistas ingleses, não duvido que a preferência dos dois se devia às figuras femininas e ao erotismo latente que punha em ebulição as hormonas adolescentes que nos faziam andar aos quatro de queixo caído por uma colega de turma, a Marcela, que não nos ligava nenhuma. Mas... ligávamos nós.
Voltando à revista, além do Mistério Policiário, havia uma outra secção que nos fornecia armas para ocuparmos o tempo em algumas aulas. Era a Escola de Espionagem orientada pelo Agente Secreto. Por lá se aprendia a encriptar e a descodificar mensagens.
Com essas competências, nas aulas de inglês, quando não estávamos de olhos presos na jovem professora que insistia em vir para as aulas de minissaia, escrevíamos mensagens uns aos outros.
Embora a assinatura fosse essencial para poder descodificar a mensagem, nunca assinávamos com os nossos nomes nem os colocávamos no texto, de modo que no caso de a professora apanhar o papel, e, situação muito improvável, conseguir ler a mensagem, jamais saberia quem a enviou ou quem era o recetor, porque embora a maior parte dos escritos lhe fossem muito elogiosos, suspeitávamos que ela não iria gostar de os ler.
Algumas vezes as mensagens, além da professora de inglês, da Marcela e da banda desenhada, também versavam o futebol. Eramos três benfiquistas contra o sportinguista Pedro. Discutíamos muito futebol e, nas nossas argumentações, tínhamos por vezes análises e duelos verbais de fazer inveja aos credenciados comentadores que hoje em dia aparecem na televisão a defender cada um dos seus clubes.
Mas, regressando ao motivo que levou à escrita deste texto, fiquei com a curiosidade de saber o que diria a mensagem. A memória já não conseguia chegar ao dia em que fora escrita, para saber se tinha sido eu o autor ou se seria qualquer um dos meus amigos.
Peguei no conjunto das letras, WCWEXLPZXRVZRBNBBDVECWUTLWUPXPLAOWJNISYB, fiz rapidamente uma tabela e comecei a fazer a descodificação.
É como andar de bicicleta, depois de aprender nunca mais se esquece.
Depressa obtive o texto desencriptado, ficando a saber quem o escrevera, e os meus caros leitores, a partir do que está narrado e caso tivessem visto como eu o conteúdo da mensagem, também poderiam saber.
Para terminar este espaço de recordação fica uma pergunta que encontra resposta no texto atrás escrito.
Qual era o tema da mensagem.
A – A professora de inglês
B- O futebol
C- A banda desenhada
D- A Marcela

E pronto.
Publicada a parte II da prova n.º 3, os nossos “detectives” deverão enviar as suas soluções, impreterivelmente até ao dia 30 de Abril, para o que poderão usar um dos seguintes meios:
- Pelos Correios para PÚBLICO-Policiário, Rua Viriato, 13, 1069-315 LISBOA;
- Por e-mail para policiario@publico.pt;
- Por entrega em mão na redacção do PÚBLICO de Lisboa;
- Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.
Recordamos que nestes desafios de resposta múltipla, apenas será obrigatória a indicação da alínea que considerem correcta, não sendo necessária qualquer explicação, que no entanto poderá ser dada, se o “detective” assim entender.
Boas deduções!

Sem comentários: