Continuamos sob o signo do
confrade Paulo, o campeão nacional de produção 2011, que nos apresenta mais um
enigma, desta feita de resposta múltipla.
Como os leitores já verificaram,
a nossa secção “encolheu”, por imperativos de espaço disponível e daí termos
ficado com um número de caracteres consideravelmente reduzido, situação que
inviabiliza a publicação de problemas com a dimensão que era usual, de há
vários anos para cá.
Nesse sentido, alguns produtores
fizeram a necessária alteração e Paulo foi um dos primeiros a adequar as suas
produções ao espaço actual, que não pode ultrapassar os 4500 caracteres, com
espaços.
Pedimos a todos os produtores,
quer aos que já nos remeteram problemas, quer àqueles que ainda os estão a
ultimar, que cumpram o limite acima referido, efectuando as necessárias
adaptações, de molde a que o problema fique sempre mais aproximado do desejo do
seu autor.
Recordamos, igualmente, a
carência de desafios, em quantidade e qualidade, para que os torneios decorram
sem sobressaltos, pelo que pedimos aos candidatos a produtores que nos façam
chegar os desafios o mais rapidamente possível.
E posto isto, vamos às
recordações…
CAMPEONATO NACIONAL E
TAÇA DE PORTUGAL
PROVA N.º 3 – PARTE
II
“RECORDAÇÕES” – de
PAULO
Remexendo em papéis
antigos, encontrei um velho caderno da disciplina de inglês dos tempos de
liceu. Entre as suas páginas havia um papelinho misterioso com uma mensagem
assinada por um desconhecido John.
Quem era o John
e que papel era aquele?
Na década de
setenta eu, o Pedro, o Jorge e o Marco eramos colegas de turma e partilhávamos
o gosto do policiário. Adeptos do Mistério Policiário orientado pelo Sete de
Espadas, discutíamos os problemas e as soluções num jogo de equipa que
normalmente acabava por ter bons resultados. Semanalmente compravamos o Mundo
de Aventuras que devorávamos da primeira à última página. Enquanto eu e o Jorge
eramos grandes apreciadores das séries belgas e principalmente de Buck Danny, o
Pedro e o Marco gostavam mais do britânico Garth. Sem desprimor pelos
desenhadores e argumentistas ingleses, não duvido que a preferência dos dois se
devia às figuras femininas e ao erotismo latente que punha em ebulição as
hormonas adolescentes que nos faziam andar aos quatro de queixo caído por uma
colega de turma, a Marcela, que não nos ligava nenhuma. Mas... ligávamos nós.
Voltando à revista,
além do Mistério Policiário, havia uma outra secção que nos fornecia armas para
ocuparmos o tempo em algumas aulas. Era a Escola de Espionagem orientada pelo Agente
Secreto. Por lá se aprendia a encriptar e a descodificar mensagens.
Com essas
competências, nas aulas de inglês, quando não estávamos de olhos presos na
jovem professora que insistia em vir para as aulas de minissaia, escrevíamos
mensagens uns aos outros.
Embora a
assinatura fosse essencial para poder descodificar a mensagem, nunca
assinávamos com os nossos nomes nem os colocávamos no texto, de modo que no
caso de a professora apanhar o papel, e, situação muito improvável, conseguir
ler a mensagem, jamais saberia quem a enviou ou quem era o recetor, porque
embora a maior parte dos escritos lhe fossem muito elogiosos, suspeitávamos que
ela não iria gostar de os ler.
Algumas vezes as
mensagens, além da professora de inglês, da Marcela e da banda desenhada,
também versavam o futebol. Eramos três benfiquistas contra o sportinguista
Pedro. Discutíamos muito futebol e, nas nossas argumentações, tínhamos por
vezes análises e duelos verbais de fazer inveja aos credenciados comentadores
que hoje em dia aparecem na televisão a defender cada um dos seus clubes.
Mas, regressando
ao motivo que levou à escrita deste texto, fiquei com a curiosidade de saber o
que diria a mensagem. A memória já não conseguia chegar ao dia em que fora
escrita, para saber se tinha sido eu o autor ou se seria qualquer um dos meus
amigos.
Peguei no
conjunto das letras, WCWEXLPZXRVZRBNBBDVECWUTLWUPXPLAOWJNISYB, fiz rapidamente
uma tabela e comecei a fazer a descodificação.
É como andar de
bicicleta, depois de aprender nunca mais se esquece.
Depressa obtive
o texto desencriptado, ficando a saber quem o escrevera, e os meus caros leitores,
a partir do que está narrado e caso tivessem visto como eu o conteúdo da
mensagem, também poderiam saber.
Para terminar
este espaço de recordação fica uma pergunta que encontra resposta no texto
atrás escrito.
Qual era o tema
da mensagem.
A – A
professora de inglês
B- O futebol
C- A banda
desenhada
D- A Marcela
E pronto.
Publicada a parte II da prova n.º
3, os nossos “detectives” deverão enviar as suas soluções, impreterivelmente
até ao dia 30 de Abril, para o que poderão usar um dos seguintes meios:
- Pelos Correios para PÚBLICO-Policiário, Rua Viriato, 13, 1069-315
LISBOA;
- Por e-mail para policiario@publico.pt;
- Por entrega em mão na redacção do PÚBLICO de Lisboa;
- Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.
Recordamos que nestes desafios de resposta múltipla, apenas será
obrigatória a indicação da alínea que considerem correcta, não sendo necessária
qualquer explicação, que no entanto poderá ser dada, se o “detective” assim
entender.
Boas deduções!
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