MAIS
DOIS CASOS RESOLVIDOS!
Numa altura em que o
campeonato e a Taça de Portugal se desenvolvem em velocidade de cruzeiro,
chegam-nos ecos da boa receptividade que os problemas têm encontrado nos nossos
“detectives”.
Como referimos por
diversas vezes, uma das parcelas mais importantes do nosso passatempo é a que
se refere aos desafios propostos. Não pode haver boa competição, interessante e
emotiva, se não estiver apoiada em desafios de boa qualidade. Por isso vamos
lançando pedidos aos confrades para que produzam enigmas, para que tentem
elaborar um caso policial. Mesmo que possa não surtir como se pretende, logo à
primeira tentativa, a experiência acabará por ditar as suas leis e, mais tarde
ou mais cedo, haverá um desafio a merecer publicação.
O que não poderá
acontecer é sermos obrigados a paralisar a nossa actividade por ausência de
textos para decifração!
Hoje vamos saber as
soluções dos problemas que integraram a prova n.º 3, cujo prazo para envio das
soluções terminou no final do passado mês de Abril e assim poderão os nossos
“detectives” irem deitando contas à vida…
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2013
SOLUÇÕES DA PROVA N.º 3
PARTE I - UMA QUESTÃO DE OBSERVAÇÃO, de ABRÓTEA
Quando Mimosa disse,
"se esse fulano Espada não pode ser contactado por telefone", Canorço
Honesto percebeu. Solerte Rufia nunca pronunciou o nome do homem que ele estava
chamando, então, como sabia Mimosa o nome do homem, Espada, se não soubesse já
alguma coisa?
O que teriam falado ou planeado, ela e o Sr. Rufia de
antemão?
A principal coisa que iluminou as células cinzentas do
Sr. Honesto fora, porém, que o Solerte Rufia disse, “que não conhecia o Espada
pessoalmente”, mas ele só apertou um número no telemóvel quando ele tentou
chamar. Isso significava que o número de Espada, um homem que Solerte alegou
não conhecer, foi programado no telemóvel do mesmo. E quando Solerte enviou a
mensagem de texto, viu-se que estava bastante familiarizado com o número do
amigo Espada ao accioná-lo sem ter que procura-lo em qualquer lugar.
O facto de que Mimosa sabia o nome de Espada; que
Solerte (que alegou não conhecer Espada pessoalmente), sabia o seu número de
cor; que o Rolls Royce parecia estar a andar tão bem como de costume, apesar da
alegação de Mimosa, de haver um ruído do motor, tinindo; e finalmente os três
cúmplices em casa,todos estes factores levantaram suspeitas a Canorço Honesto.
PARTE II - O
CASO DO DVD DESAPARECIDO
A
hipótese certa é a A.
Afonso
diz que ao entrar na sala não reparou em nada por estar escuro, mas as aulas
estavam a acabar, seria o mês de Junho e, àquela hora, pouco depois das seis da
tarde, teria de haver muita luz, até pela concepção da casa.
Como
todos os “detectives” notaram, tratava-se de um problema muito simples, de
contradição nos depoimentos.
A
descrição é importante por fornecer os elementos indispensáveis para
imaginarmos como seria a casa e sobretudo a sala.
Depois
de sabermos que há luz e sol e que a janela envidraçada é dirigida para o mar e
que da sala se pode assistir ao pôr do Sol, precisamos de saber a que horas se
referem os depoimentos e em que época se passa a história. O texto é explícito
ao indicar que o Afonso chega pelas 18h10. Por outro lado, a aproximação das
férias grandes, exames, etc., dão-nos claramente a ideia de que a história se
passa no mês de Junho, altura em que é muito mais provável que se tenha passado
o que o Filipe refere, ou seja, observar os reflexos do sol no mar, pelas
20h00.
Mónica
profere declarações que permitem dizer que o “desvio” do filme foi feito depois
das 21h30, porque ela refere ter visto os filmes, ter reparado que o que falta
é precisamente o que ela mais gostaria de ver, que até pensou levá-lo, mas não
o ia fazer sem pedir autorização… Portanto, às 21h30 estavam lá os filmes e
aquele em particular.
Talvez
por isso a confusão de Afonso. É que ele foi lá buscar o filme já de noite e
por isso acabou por cometer o erro.
E
acabou castigado, se calhar com a proibição de usar telemóvel durante uns dias,
provavelmente o maior castigo que se pode aplicar nos tempos que correm!...
IX
CONVÍVIO DA TERTÚLIA POLICIÁRIA DA LIBERDADE (TPL)
Continua a contagem decrescente para mais um
encontro de confrades e “detectives”, com a chancela da TPL.
Os chamados Convívios Policiários têm uma tradição
que não é possível ignorar, uma vez que tiveram o seu início em Ponte de Sor,
na década de quarenta do século passado, pela mão do inevitável Sete de
Espadas.
Nessa altura, foram 7 os convivas, numa jornada que
o Sete de Espadas classificou de um marco fundamental no conhecimento pessoal
dos “detectives”, uma prática que não era, de todo, usual, numa época em que as
viagens eram tudo menos fáceis.
Mais tarde, os convívios generalizaram-se e, nos
anos 70 e 80 chegaram a percorrer o país de lés-a-lés, pelo menos um por mês,
reunindo largas centenas de convivas, irmanados pelo gosto pelo policial.
A TPL é uma das herdeiras desse espírito e por isso
vem desafiar os “detectives”:
O IX Convívio da TPL decorrerá em Sintra, no próximo
dia 2 de Junho e o programa é o seguinte:
11h00 – Início da concentração no bar do restaurante
Taverna dos Trovadores;
11h45 – Passeio pela Vila de Sintra, em trem urbano
dos Transportes Parque da Pena, Lda. (opcional, com partida e chegada junto do
local da concentração, custará €4,00 por pessoa e só se for possível um mínimo
de 20 inscrições).
13h00 – Almoço
14h30 – Homenagem e momento musical
O preço do almoço é de €15,50 por pessoa.
Contactos, para efeitos de inscrição:
Maria
José Junqueira (Búfalos Associados): 966 435 564
Maria
Helena e António Raposo: 966 173 648
Pedro
Faria (Nove/Verbatim): 966 102 077.
4 comentários:
Na minha solução, não valorizei absolutamente nada o facto da Madame saber o nome do mecânico. Foi ela quem conduziu o processo da "reparação" do carro, através do seu amigo Rufia. Mesmo que a reparação fosse feita de boa fé, obviamente que o Rufia lhe diria - vou mandar vir o melhor mecânico (o Espada)para resolver o assunto. Grave mesmo foi o Rufia ter dito que conhecia só de vista alguém cujo número tem registado na pasta dos mais usados (marcação rápida). E ele deu logo por isso. Problema positivo, este, do Abrótea. Sem "castigar" possíveis iniciados, mas mais difícil que os anteriores.
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Zé
Eu acho que este problema sem ser mau tem uma redação demasiado confusa que nos pode induzir em erro.
Eu penso que os telemoveis são aí tal como aqui. Neste caso por mais rápida que seja a marcação sempre implica vários cliques. Em Portugal ainda tive um telemóvel tipo tijolo que não tinha as funcionalidades dos actuais
Por outro lado para ter um determinado número no telemóvel não tem necessariamente que se ter um relacionamento intimo com o titular desse número.
Um abraço do
Rip Kirby
Geralmente os profissionais sempre têm registados números de pessoas com quem não têm relacionamento
Rip
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