domingo, 17 de novembro de 2013

POLICIÁRIO 1163



DECIFRADAS A MORTE DO CONTABILISTA E A IDENTIDADE DO PRESO 1365

A morte de um contabilista “cego” e a identidade do preso 1365 mobilizaram os nossos “detectives” durante algumas semanas.
Tratando-se da penúltima prova deste ano, os cuidados foram redobrados, não fosse alguma “pedrinha na engrenagem” causar danos irreparáveis nas classificações, numa altura em que já não é fácil qualquer recuperação, dado o adiantado da competição.
Vamos ficar a conhecer as soluções que os respectivos autores deram aos seus enigmas e, desde já, ir fazendo as contas:

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2013
SOLUÇÕES DA PROVA N.º 9

PARTE I - “MERGULHO NA ESCURIDÃO”, de MARCELO CAMPOS

A vítima não era cega – fazia-se – uma vez que reconheceu o Inspector Bravomonte antes de morrer. As suas últimas palavras assim o indicam “Ins…tor Bra…”) e lembremo-nos que Eduardo não se identificara após entrar na cabine, e que, quando chegou junto da vítima sentiu que “esta não lhe seria desconhecida”, decerto por esta já ter sido presa e julgada por desfalques e, portanto, ter passado pela polícia. Não a terá identificado uma vez que se apresentava agora com “óculos pretos e com uma bengala de cego.”
 E não sendo cego e sabendo ler (fora contabilista) teria lido a inscrição na porta do elevador. Aliás já subira pela escada os três andares, uma vez que se desconhece a existência de outro elevador (que também não foi usado pelo comerciante, como teria sido natural  se um segundo existisse, quando subiu com o polícia para despir o pijama. 
Não sendo cego não arriscaria um mergulho na escuridão, tanto mais que prometera voltar (talvez para continuar a chantagem). Foi empurrado gentilmente pelo antigo patrão levando na mão a única coisa que conseguiu agarrar na queda – o botão do pijama (grande e branco, com um bocado de linha).
A busca do Inspector destinava-se a encontrar um pijama sem botão para completar a prova incriminatória, tanto mais que, não se encontrando mais ninguém naquele andar (o Inspector “bateu a todas as portas”) aquele botão só podia provir da única pessoa que nele  estava, por ocasião do acontecimento – o comerciante. E de um pijama, porque era assim que ele se encontrava vestido, quando o polícia chegou junto dele.

PARTE II -“A  VINGANÇA  DO  MARIDO  TRAÍDO”, de FELIZARDO LOPES

O que estava escrito na folha de papel encontrada na secretária – e que terá constituído uma boa pista para a polícia chegar à identidade do criminoso? Apenas a letra L, e sabemos que, depois de a escrever e de ser atingido pelos tiros, a vítima a virou ao contrário.
E, pelo texto encontram-se espalhadas várias frases, reforçando esta ideia de virar que, devidamente conjugadas com aquela situação, respondem à questão: “a vida de um homem (…) conhece um tal “volte face”, “um virar de página”;  “era a minha vida (…) que se virava do avesso”; “Folha de papel (com um L) na “face voltada para baixo”,  etc. , Ou seja, L, que se lê EL . E, com o seu acto de a virar, depois de lhe escrever essa letra, a vítima pretendeu deixar uma mensagem acusação. Porque o EL, acrescido pelo significado que a mensagem pretendeu transmitir (VIRO), proporciona o nome desejado.
Logo, a identidade do preso 1365 é a indicada na alínea C) – LUIS ELVIRO.

TAÇA DE PORTUGAL
Paralelamente com o campeonato nacional, vai decorrendo a taça de Portugal, que não sendo uma competição considerada por nós como menor, bem pelo contrário, por vezes acaba sofrendo algum apagamento, face à luta que se desenrola para o título nacional.
Este ano, de resto, alguns alargamentos dos prazos, em algumas provas, fez com que a divulgação da taça fosse remetida, quase em exclusivo, para o blogue CRIME PÚBLICO, que pode ser acedido em http://blogs.publico.pt/policiario, o que acabou por prejudicar os confrades que nos seguem através do PÚBLICO e dominam menos as chamadas “novas tecnologias”.
Sem podermos falar de uma compensação a esses confrades, dedicamos hoje algum espaço a esta competição, que reúne muitas preferências, divulgando os confrontos relativos às meias-finais, resultantes do sorteio efectuado entre os confrades apurados na eliminatória anterior:

INSPECTOR BOAVIDA (Porto) – FLO (Coimbra)
CUSTÓDIO MATARRATOS (Évora) - DETECTIVE JEREMIAS (Santarém)

No momento em que ainda desconhecemos a resposta que estes confrades deram aos desafios da prova n.º 9, cujas soluções divulgamos hoje, por conseguinte sem sabermos quem são os finalistas da competição deste ano, ficamos com a certeza de que estamos perante uma eliminatória muito equilibrada e, provavelmente, decidida em pormenores, tal é a qualidade dos “detectives” ainda presentes.
Na próxima semana publicaremos os finalistas da taça de Portugal, convidando desde já os leitores para irem acompanhando todos os desenvolvimentos no nosso blogue, onde poderão contar com as notícias “em directo”!



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