ÚLTIMA
CHAMADA PARA AS COMPETIÇÕES DE 2016
Dentro
de uma semana será dado o tiro de partida para mais um ano de competições, com
a publicação do primeiro desafio.
Regressam,
assim, as emoções e a adrenalina que sempre invadem os nossos “detectives”
quando há um enigma para resolver, seja qual for o seu grau de dificuldade.
O
início de uma nova temporada acarreta sempre ansiedade, sobretudo após algum
tempo de paragem, principalmente por durante algum tempo andarmos a publicar regulamentos,
avisos e recomendações, todos os anos repetidos, criando uma monotonia que só a
publicação dos primeiros desafios pode dissipar.
Portanto,
fica o alerta para redobrada atenção ao PÚBLICO do próximo domingo, em que vai
haver um problema policiário que vai ser a porta de entrada na competição de
2016.
Entretanto,
enquanto esperamos, vamos publicar um pequeno desafio que terá como missão
fazer um pré-aquecimento das células cinzentas, para o que aí vem.
Será
também um pretexto – como se tal fosse necessário – para prestarmos uma
justíssima homenagem a um confrade de eleição: BIG BEN, também conhecido no
nosso espaço pelo pseudónimo de Figaleira.
UM
DESAFIO DE BIG BEN PARA AQUECER AS “CINZENTAS”
Quando em 1975 nos iniciámos nestas
coisas do Policiário, nas páginas do “Mundo de Aventuras” e pela mão do saudoso
Sete de Espadas, havia um grupo de magníficos e experientes “detectives” que
nos provocavam uma admiração imensa. Nomes como Big Ben, Detective Misterioso,
Detective Invisível, M. Constantino, Leiria Dias, Inspector Aranha, Jartur,
Inspector Moisés, Doutor Aranha, M. Lima e tantos outros, muitos deles
infelizmente já desaparecidos, mereciam-nos um respeito total.
De entre eles, destacamos hoje um
desses “monstros sagrados”, precisamente o Big Bem, mais tarde Mêbêdê, usando
as iniciais do seu próprio nome, Manuel Barata Dinis e ainda Figaleira, formado
a partir dos nomes dos seus netos.
Natural de Alvares, a terra dos seus
amores, radicado na Amadora há muitas décadas, a simples citação do seu pseudónimo
era suficiente para causar algum frémito entre os “detectives”, pela certeza de
estarmos perante um decifrador de tal qualidade que não deixava ninguém
indiferente.
Também como produtor de enigmas
policiários brilhou a grande altura, com problemas de bom nível, com destaque
para um que publicou no “Mistério…Policiário” do Mundo de Aventuras, com um
pormenor de excelente recorte e que provocou uma hecatombe nas classificações,
utilizando os seus conhecimentos profissionais de uma especificidade de um tipo
de tecido, pormenor até aquele momento completamente ignorado por todos.
Homem de boa cultura e grande amante
da Língua Portuguesa, conseguia “brincar” com as palavras e transformá-las em
jogos de Palavras Cruzadas e Charadas, tornando-se um dos expoentes maiores do
nosso país, sob o pseudónimo de Mr. King.
Infelizmente para nós, este confrade
está retirado da actividade policiária, por alguns problemas de visão, que
fizeram com que fosse “proibido” pelos médicos de a esforçar em leituras
prolongadas.
De qualquer forma, não queríamos
deixar de lhe prestar esta singela homenagem, de sincero respeito e admiração
por um “detective” de eleição. Não nos foi possível encontrar, em tempo útil, o
tal problema especial, que tanto nos marcou, mas deixamos aqui um outro, bem
mais recente, publicado pelos três “Zés”, o dos Anzóis, o da Vila e o de Viseu,
na secção “Mundo dos Passatempos”, do jornal “O Almeirinense”, em 15 de Outubro
de 2006.
O LEITOR RESOLVE
O leitor tem um amigo que é grande estudioso de História
e colecciona peças, artigos e relíquias históricas, o qual teimou consigo para
o acompanhar a uma exposição em que se vendem "troféus históricos a um
preço inigualável", organizada por um antiquário de renome, que diz vender
parte da sua colecção para custear outra viagem arqueológica.
O leitor e o seu amigo entram na sala e são
apresentados ao expositor, que se mostra muito agradável e se dirige convosco
para as mesas e vitrinas onde se encontram os exemplares e troféus. Ele
pretende convencer-vos, fazendo comentários sobre os objectos e o seu preço.
Pega num e diz: "Eis uma pulseira de ouro puro, encontrada no túmulo de um
dos mais antigos faraós egípcios. Reparem nos característicos hieróglifos que
contém. E aqui (acrescenta ele, apontando para uma figura de um oriental,
rechonchudo e de cócoras) está um Buda autêntico, vindo do Tibete."
Depois, conduz-vos para outra mesa, pegando noutro
objecto: "Eis um verdadeiro tesouro (exclama) – uma inscrição recolhida
num túmulo persa." Passa os dedos sobre os caracteres, já amarelecidos e
ressequidos, apontando para um canto da folha. "Olhem para isto – 60 a .C. É o que, realmente,
lhe dá um valor incalculável! Ah, como lamento ser obrigado a vender todos
estes tesouros!"
Ambos continuam a apreciar as demais peças expostas –
antigos toucados indígenas, armas, roupas, utensílios de cozinha e coisas do
género. Entretanto, o expositor pede desculpa e afasta-se, para atender uma
chamada telefónica.
O seu amigo vira-se para si, entusiasmado: "Não é
maravilhoso? Esta é uma oportunidade como há poucas, de enriquecer a minha
colecção. Estou desejoso de começar a falar com ele sobre os preços.
O leitor detém o seu amigo pelo braço e diz-lhe:
"Se estivesse no seu lugar, começaria por investigar, seriamente, a origem
de certos objectos. Alguns podem ser autênticos, mas um, pelo menos, tenho a
certeza de que é uma falsificação…”
Pergunta-se: Qual a razão desta afirmação do leitor?
A solução oficial do problema,
apresentada em 15 de Novembro, refere, na sua simplicidade:
O objecto que tem a indicação de 60 a.C. é falso, por
ser impossível indicar aquilo que ainda não sucedera; isto é – 60 anos antes de
Cristo!