QUEM
COMEU O BOLO DE CHOCOLATE?
O
confrade viseense Paulo é um dos mais prolixos produtores nacionais e mantém
viva uma tradição de propor bons desafios, com bastante cuidado na sua
apresentação e quase sempre versando assuntos do quotidiano, que cada um de nós
consegue imaginar no seu dia-a-dia.
Uma
das discussões recorrente no Policiário é a de saber até que ponto se trata de
uma actividade para todas as idades. Hoje, graças à intervenção de vários
produtores - como o próprio Paulo -, podemos assegurar que o policiário pode
ser “usado” por toda a gente, porque não encerra a obrigatoriedade de ter um
crime, com ou sem sangue, mas basta-lhe um mistério, por mais simples e linear
que seja, que exija dos leitores a interpretação e análise de situações e a
retirada de conclusões por via dedutiva.
Houve
até algumas experiências no passado, de utilização desta capacidade de
estimulação que o Policiário encerra, em experiências pedagógicas em escola
problemática, que conduziram a resultados bastante interessantes.
O
problema do confrade Paulo, ilustra bem o que dizemos e é com ele que deixamos
os nossos “detectives”, com o habitual alerta para os cuidados a ter para não
haver surpresas na pontuação: muita atenção e cuidado na leitura!
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2016
PROVA
N.º 5 – PARTE II
“O
ASSALTO AO BOLO DE CHOCOLATE” – Original de PAULO
As
festas de aniversário das crianças são momentos de grande azáfama para os pais
e imensa alegria para os pequenos.
A
festa do meu filho Luís não fugiu à regra. Convidou quatro amigos para casa, para
entre os gritos correrias e brincadeiras festejar o seu sétimo aniversário.
Enquanto
eles se davam à liberdade de saltar entre os diferentes compartimentos e a umas
corridas e jogos no pequeno quintal, ia-se colocando uma mesa com algumas
guloseimas para o lanche. Havia uma tarte de morango, croissãs, folhados de
maçã, um bolo de chocolate e pão com passas. Cinco diferentes produtos para
cinco crianças todas com gostos diferentes. Mas…festa é festa, e se era para
ter o meu filho satisfeito, havia que ter também os seus amigos contentes,
ofertando-lhes as sobremesas de que mais gostavam.
Ninguém
se preocupava em controlar o que a pequenada fazia, pelo que não me deveria ter
surpreendido quando entrei na sala onde decorreria o lanche e encontrei o bolo
de chocolate sem um pedaço, sendo bem visíveis as marcas dos dedos de quem
cometera o “assalto”.
Quem
teria sido? Sem ver necessidade de recolher à recolha e análise de impressões
digitais para deslindar o caso, tentava na minha memória recordar quem vira
entrar na sala ou sair.
Eram
20 minutos para as quatro quando vi entrar o Luís, em corrida, escondendo-se de
alguém. Ainda lhe fui perguntar se tinha sido ele. Como é óbvio a resposta foi
negativa, mas neste caso, eu até já sabia que ele não gostava de chocolate nem
morangos.
A
Sofia com as suas tranças era mais pequenita. De calções corria e passava por
todos sem ser vista. Por acaso eu vi-a sair da sala, mas claro que também
disse, com a sua vozita inaudível que não tinha sido ela. Ela, se visse passas
à frente, já não queria saber de mais nada.
O
Marco e a Raquel eram irmãos. Eu vira-os a rondar a porta da sala, eram quase
quatro horas. Também disseram que não tinham disso, eles, até porque a Raquel
era alérgica ao chocolate.
Havia
ainda a Beatriz que só não gostava de maçãs, ao contrário do Marco que era o
único que gostava deste fruto, e foi a primeira que eu vi aproximar-se da sala.
Claro que não valia a pena questioná-la sobre o assunto.
Eu
até já suspeitava de quem fora o autor. Chamei as crianças todas. Coloquei-as
em fila e mandei que me mostrassem as mãos. Lá apareceram uns deditos
achocolatados na criança que tinha guardado para si a sobremesa de chocolate.
Apenas tinha antecipado o lanche.
Está
na altura de perguntar a quem se destinava a sobremesa de chocolate, ou seja,
quem fez o assalto ao bolo de chocolate.
A – O Marco
B – A Raquel
C – A Beatriz
D – A Sofia.
E
pronto.
Apresentado
este caso misterioso na festa de aniversário, resta aos confrades responderem,
impreterivelmente até ao dia 30 de Junho, para o que poderão usar um dos
seguintes meios:
-
Pelo Correio: Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
-
Por e-mail: lumagopessoa@gmail.com;
pessoa_luis@hotmail.com
ou luispessoa@sapo.pt.
-
Por entrega em mão ao orientador, onde quer que o encontrem.
Boas
deduções!
ECOS
DO XIII CONVÍVIO
DA TERTÚLIA DA LIBERDADE
Novas da TPL a propósito de mais um
excelente convívio policiário:
“Decorreu, com muita alegria, o XIII
Convívio levado a efeito pela Tertúlia Policiária da Liberdade no passado
domingo, 29 de Maio, na Quinta do Rio, entre Azeitão e Sesimbra.
O dia bonito, os campos verdes e, lá um
pouco mais longe, a serra à vista, convocaram os presentes a uma amena e
reconfortante cavaqueira. De tudo se falou, em ambiente de grande abertura e
saudável discussão.
O almoço foi uma delícia e, no fim, os
confrades Maria Helena e A. Raposo lançaram umas quadras de Fernando Pessoa,
mas com algumas lacunas para serem preenchidas pelos convivas. O objectivo era
emular ou (imagine-se!) superar o autor original. Os vencedores, com grande
brilho, foram os Búfalos Associados. Mas todos receberam prémios, constituídos
por um livro e brochuras com o traço comum do bom humor.
Já está em andamento a preparação do XIV
Convívio!”
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