domingo, 13 de maio de 2018

POLICIÁRIO 1397




À DESCOBERTA DO “CÓDIGO”!

Uma das coisas que mantém o Policiário ligado à sua matriz inicial, bem desenvolvida pelo nosso mestre Sete de Espadas ao longo das muitas décadas em que divulgou massivamente o nosso passatempo, é a publicação de desafios para decifração, preferencialmente de diversos tipos, mas sempre apresentando casos verosímeis e capazes de ser entendidos e decifrados.
Vem este tema a propósito do problema que hoje publicamos, de autoria de um confrade consagrado, quer na vertente de decifração, quer na de produção, onde tem assinado trabalhos de indiscutível qualidade, muitas vezes incompreendidos por conterem uma elevada dose de raciocínio matemático, em alguns casos.
O problema de hoje é um desses, muito lógico, muito matemático e com tudo para (des) agradar a alguns confrades.
Já por diversas vezes aqui referimos, a propósito de outros desafios, que um “detective” na vida real nunca pode escolher os casos que vai tentar decifrar, antes os aceita com toda a normalidade, os investiga à luz dos seus próprios conhecimentos ou procurando auxílios que o inteirem das situações e, como é óbvio, tentará dar resposta cabal a todas as questões que se levantem. No nosso passatempo, procuramos reproduzir por inteiro a realidade e investigamos com os mesmos instrumentos e métodos, pelo que estamos em prontidão permanente para todo e qualquer caso.
Um “detective” que participa numa prova que pretende ser um campeonato nacional, tem de estar absolutamente disponível para todo o tipo de desafios, sejam de raciocínio puro, de técnica policial, de criptografia ou de outro tipo qualquer.
Nuns estaremos mais à vontade, serão mais ao nosso estilo, em outros, nem tanto, mas desse equilíbrio é que surgirão os vencedores dos torneios, os campeões na matemática dos números, porque verdadeiramente sairão vencedores e campeões todos os confrades que se aplicarem e fizerem o máximo ao seu alcance, independentemente do lugar que ocuparem ou da pontuação que obtiverem. O importante é que tenhamos a certeza de que estamos sempre a aprender e em cada problema, em cada opção tomada, estamos a crescer e ganhar conhecimento para o futuro.
E posto isto, vamos dar a palavra ao confrade Verbatim:


CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2018
PROVA Nº 4 – PARTE II
“CÓDIGO URGENTE” – Original de VERBATIM

A Sra. D. Adélia Baptista precisava de fazer, no prazo de duas horas, um importante pagamento via multibanco, utilizando para o efeito um cartão de débito associado a uma conta que tinha em comum com o marido. Só que não dispunha do respectivo código de quatro dígitos porque não costumava movimentar essa conta. Os bancos já estavam fechados e o cônjuge, no momento hospitalizado, não se encontrava em condições de a informar, Fora baleado na sequência de um assalto que nada tinha a ver com ele. O recurso à polícia, para encontrar uma forma excepcional de ela aceder à conta, não parecia ser solução face ao pouco tempo disponível. Pedir o dinheiro a familiares ou amigos também não parecia oportuno à Sra. D. Adélia Baptista. Restava-lhe desvendar a informação cifrada, assente num papel, pelo marido, relativa a códigos ou senhas de quatro algarismos e que era a seguinte:
Cartões de débito A 5-124/6-134
Cartões de crédito A 9-43/2-111001
Cartões de crédito B 7-112/4-321
Cartão de débito C 8-47/6-141
As letras A, B e C designam as entidades financeiras emissoras dos cartões, cujos verdadeiros nomes se omitem aqui.
Ora bem, a Sra. D. Adélia Baptista conhecia e usava os seguintes códigos em comum com o marido:
Cartões de débito A 3958
Cartões de crédito A 3957
Cartões de crédito B 5857
O drama era o código de quatro algarismos do cartão de débito C, o respeitante ao conjunto numérico 8-47/6-141. Nunca se tinha preocupado em conhecer a chave que o marido usava. Mas pensou, voltou a pensar e por fim, feitas umas contas simples, chegou, em tempo útil, a um resultado racional que se revelou correcto.
Qual foi então o código de quatro algarismos, relativo ao cartão de débito C, que a Sra. D. Adélia Baptista descobriu:
                                                                       a) 3956
                                                                       b) 3961
                                                                       c) 5758
                                                                       d) 5839


E pronto.
Resta aos nossos “detectives” procurarem encontrar o número “mágico” que é solicitado e, impreterivelmente até ao próximo dia 31 do corrente mês de Maio indicarem a alínea correcta, para o que poderão usar um dos seguintes meios:
- Pelos Correios para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 3125-109 MARINHAIS;
- Por entrega em mão ao coordenador da secção, onde quer que o encontrem.

Boas deduções!

PRECISAMOS DE PRODUÇÕES!
A nossa actividade baseia-se, em primeira instância, na qualidade dos desafios que temos para propor aos “detectives”.
Por isso vamos lançando o nosso apelo para que os nossos “detectives” elaborem um desafio, de qualquer dos tipos e o façam com o espírito de propor aos restantes confrades aquilo com que gostariam de ser confrontados. Aquilo que lhes daria prazer resolver.
Um problema passa sempre por contar uma história, uma cena verosímil, capaz de ter ocorrido em qualquer lugar, que envolva um enigma e a sua resolução. Terminada a exposição dos factos, no exacto momento em que o investigador vai passar à fase de apresentação das conclusões e exibir as provas em que se baseia para apontar o responsável, o produtor interrompe o seu conto e lança os seus desafios. Alguns produtores fazem as perguntas que querem ver respondidas, outros optam por simplesmente interromperem o texto e aguardarem pelos relatórios. No caso dos de escolha múltipla, o texto termina com as quatro hipóteses de solução, de entre as quais o decifrador terá que escolher uma.


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