À DESCOBERTA DO
“CÓDIGO”!
Uma das coisas que mantém o Policiário
ligado à sua matriz inicial, bem desenvolvida pelo nosso mestre Sete de Espadas
ao longo das muitas décadas em que divulgou massivamente o nosso passatempo, é
a publicação de desafios para decifração, preferencialmente de diversos tipos,
mas sempre apresentando casos verosímeis e capazes de ser entendidos e
decifrados.
Vem este tema a propósito do problema que
hoje publicamos, de autoria de um confrade consagrado, quer na vertente de
decifração, quer na de produção, onde tem assinado trabalhos de indiscutível
qualidade, muitas vezes incompreendidos por conterem uma elevada dose de
raciocínio matemático, em alguns casos.
O problema de hoje é um desses, muito
lógico, muito matemático e com tudo para (des) agradar a alguns confrades.
Já por diversas vezes aqui referimos, a
propósito de outros desafios, que um “detective” na vida real nunca pode
escolher os casos que vai tentar decifrar, antes os aceita com toda a normalidade,
os investiga à luz dos seus próprios conhecimentos ou procurando auxílios que o
inteirem das situações e, como é óbvio, tentará dar resposta cabal a todas as
questões que se levantem. No nosso passatempo, procuramos reproduzir por
inteiro a realidade e investigamos com os mesmos instrumentos e métodos, pelo
que estamos em prontidão permanente para todo e qualquer caso.
Um “detective” que participa numa prova
que pretende ser um campeonato nacional, tem de estar absolutamente disponível
para todo o tipo de desafios, sejam de raciocínio puro, de técnica policial, de
criptografia ou de outro tipo qualquer.
Nuns estaremos mais à vontade, serão mais
ao nosso estilo, em outros, nem tanto, mas desse equilíbrio é que surgirão os
vencedores dos torneios, os campeões na matemática dos números, porque
verdadeiramente sairão vencedores e campeões todos os confrades que se
aplicarem e fizerem o máximo ao seu alcance, independentemente do lugar que
ocuparem ou da pontuação que obtiverem. O importante é que tenhamos a certeza
de que estamos sempre a aprender e em cada problema, em cada opção tomada,
estamos a crescer e ganhar conhecimento para o futuro.
E posto isto, vamos dar a palavra ao
confrade Verbatim:
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2018
PROVA Nº 4 – PARTE
II
“CÓDIGO URGENTE” –
Original de VERBATIM
A Sra. D. Adélia Baptista precisava de fazer,
no prazo de duas horas, um importante pagamento via multibanco, utilizando para
o efeito um cartão de débito associado a uma conta que tinha em comum com o marido.
Só que não dispunha do respectivo código de quatro dígitos porque não costumava
movimentar essa conta. Os bancos já estavam fechados e o cônjuge, no momento hospitalizado,
não se encontrava em condições de a informar, Fora baleado na sequência de um
assalto que nada tinha a ver com ele. O recurso à polícia, para encontrar uma
forma excepcional de ela aceder à conta, não parecia ser solução face ao pouco
tempo disponível. Pedir o dinheiro a familiares ou amigos também não parecia
oportuno à Sra. D. Adélia Baptista. Restava-lhe desvendar a informação cifrada,
assente num papel, pelo marido, relativa a códigos ou senhas de quatro
algarismos e que era a seguinte:
Cartões de débito
A 5-124/6-134
Cartões de crédito
A 9-43/2-111001
Cartões de crédito
B 7-112/4-321
Cartão de débito C
8-47/6-141
As letras A, B e C designam as entidades
financeiras emissoras dos cartões, cujos verdadeiros nomes se omitem aqui.
Ora bem, a Sra. D. Adélia Baptista
conhecia e usava os seguintes códigos em comum com o marido:
Cartões de débito
A 3958
Cartões de crédito
A 3957
Cartões de crédito
B 5857
O drama era o código de quatro algarismos do
cartão de débito C, o respeitante ao conjunto numérico 8-47/6-141. Nunca se
tinha preocupado em conhecer a chave que o marido usava. Mas pensou, voltou a
pensar e por fim, feitas umas contas simples, chegou, em tempo útil, a um resultado
racional que se revelou correcto.
Qual foi então o código de quatro
algarismos, relativo ao cartão de débito C, que a Sra. D. Adélia Baptista
descobriu:
a)
3956
b)
3961
c)
5758
d) 5839
d) 5839
E pronto.
Resta aos nossos “detectives” procurarem encontrar o
número “mágico” que é solicitado e, impreterivelmente até ao próximo dia 31 do
corrente mês de Maio indicarem a alínea correcta, para o que poderão usar um
dos seguintes meios:
-
Pelos Correios para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 3125-109 MARINHAIS;
-
Por e-mail: pessoa_luis@hotmail.com;
lumagopessoa@hotmail.com; luispessoa@sapo.pt.
-
Por entrega em mão ao coordenador da secção, onde quer que o encontrem.
Boas
deduções!
PRECISAMOS
DE PRODUÇÕES!
A nossa actividade
baseia-se, em primeira instância, na qualidade dos desafios que temos para
propor aos “detectives”.
Por isso vamos lançando o
nosso apelo para que os nossos “detectives” elaborem um desafio, de qualquer
dos tipos e o façam com o espírito de propor aos restantes confrades aquilo com
que gostariam de ser confrontados. Aquilo que lhes daria prazer resolver.
Um problema passa sempre
por contar uma história, uma cena verosímil, capaz de ter ocorrido em qualquer
lugar, que envolva um enigma e a sua resolução. Terminada a exposição dos
factos, no exacto momento em que o investigador vai passar à fase de
apresentação das conclusões e exibir as provas em que se baseia para apontar o
responsável, o produtor interrompe o seu conto e lança os seus desafios. Alguns
produtores fazem as perguntas que querem ver respondidas, outros optam por
simplesmente interromperem o texto e aguardarem pelos relatórios. No caso dos
de escolha múltipla, o texto termina com as quatro hipóteses de solução, de
entre as quais o decifrador terá que escolher uma.
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