A
ÚLTIMA VIAGEM DO CONFRADE VERBATIM
No
passado dia 31 de Agosto, recebemos a notícia do falecimento do nosso confrade
NOVE, actualmente VERBATIM, depois de uma luta inglória contra uma teimosa
doença.
Pedro
Paulo Faria, residia em Alfragide e desde a primeira hora deste nosso espaço
foi um dos “detectives” que demonstrou enormes capacidades dedutivas e uma
escrita escorreita, deixando adivinhar que estávamos perante uma revelação que
iria dar frutos num futuro próximo. Excelente decifrador e produtor, era um activo
membro da extinta Tertúlia Policiária da Linha de Sintra, que na época detinha
uma página no jornal Notícias da Amadora, de que era um dos principais
municiadores de material para publicação, sobretudo de índole matemática, em
que era exímio. Também na Tertúlia Policiária da Liberdade, que ainda organiza
e promove o tradicional Convívio Policiário anual, fazia parte do que
designamos o “núcleo duro”, em conjunto com a sua mulher Mimi e outras duas
duplas, A. Raposo & Lena e Búfalos Associados.
ZÉFREY,
que tem vindo a homenagear os nossos confrades já desaparecidos, em problemas
que perseguem esse mesmo objectivo, muito mais do que constituírem marcos
competitivos, decidiu efectuar mais esta justa homenagem, acompanhando a grande
viagem de Verbatim e a sua chegada ao cais onde o esperam grandes amigos e
companheiros de Policiário.
Vamos,
também nós, associarmo-nos a esta homenagem a mais um dos nossos heróis
policiários:
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL
PROVA
N.º 8 – PARTE II
“A
VIAGEM DE VERBATIM” – Original de ZÉFREY
Em
plena Estação Central viviam-se os momentos de grande animação que precediam a
chegada de cada composição.
No
cais, apinhado de gente de todas as origens, sentia-se a ansiedade de
reencontros, alguns passados muitos anos, décadas até.
Num
dos cantos, destacava-se um grupo de alegres convivas, que repetiam os rituais
que eram usuais na recepção a cada novo membro. Tinha sido assim com cada um
deles, no momento da respectiva chegada e faziam questão de o fazerem para cada
novo companheiro que se juntava ao grupo.
O
mais expansivo era, como sempre, um indivíduo de barba branca, relativamente
bem cuidada, cabelo ralo e igualmente branco, usando óculos que não escondiam
uns olhos vivos e brilhantes. Era o Sete de Espadas, aquele que foi o mentor e
impulsionador de todo o movimento que culminou na criação e manutenção de todo
um grupo de companheiros irmanados no espírito de decifração de enigmas
policiários. Junto dele, o Detective Misterioso, que dizia sempre ser de
Cacilhas City, trocava impressões com o Dic Roland e KO, sempre sob observação
atenta da Medvet, que não deixava escapar nenhum pormenor e ia comentando com o
Avlis & Snitram, o M. Lima, o Rip Kirby e o Detective Said. A eles se
juntou, logo depois, o Dr Aranha, muito esbaforido por só ter sido avisado em
cima da hora:
-
Não há direito, Sete, não tenho direito a saber as coisas a tempo e horas?
-
Ó Dr. Aranha, estás cá, é o que importa! Além disso não conheceste o
companheiro que vamos receber, pois não? Ele ainda não estava connosco quando
tu partiste, pá!
-
Eu também não o conheci. – reforçou o Detective Misterioso e por isso é que
estava a questionar o Sete, mas ele é casmurro…
-
Ora, ora, deixem-se disso! – deitou água na fervura a Medvet, com a
assertividade que se lhe reconhecia – Estamos cá para dar as boas-vindas ao
nosso confrade e não temos de estar com estas coisas!
-
Olha, olha, a Medvet no seu melhor! Agora já a estou a reconhecer! Dava-me
sempre cabo dos prémios de originalidade! Andava eu horas a fazer soluções
todas abonecadas e a Medvet… - lamentava-se o KO, a “picar”.
-
Lá vem o comboio! Tantos quilómetros que eu fiz, de convívio em convívio,
lembras-te Sete? Naquela altura era uma aventura, mas não falhava! – comentou o
M. Lima.
-
Até que enfim que vou deixar de ser o “maçarico”. Foi uma maneira bem
deselegante de me chamarem, só porque fui o último a chegar. Quero ver se agora
vão chamar o novo confrade da mesma forma. – rabujou o Rip Kirby, meio a rir,
meio a sério.
-
Ó Avlis, diga alguma coisa, homem, você aparece e vai embora sem se dar por si.
Lembra-se dos convívios onde íamos? Bons tempos! – desafiou o Detective Said.
-
Sempre gostei de conviver, sabe bem, mesmo quando estava a trabalhar no banco,
trocava a hora de almoço para ir à Tertúlia do Internacional, lembra-se, Sete?
Mas nunca fui de grandes conflitos – defendeu-se o Avlis.
Entretanto,
o comboio imobilizou-se e o movimento da gare transformou-se numa espécie de
formigueiro, enquanto se abriam as portas da composição. Todos os olhos se
movimentaram em busca do rosto conhecido do novo confrade, que finalmente
assomou, procurando, também ele, rostos conhecidos…
-
Olhem além, lá vem o Pedro Faria! – quase gritou o Dic Roland, sobrepondo-se ao
alarido geral.
-
É o Paulo Faria! – comentou o M. Lima, praticamente em simultâneo…
-
Oh! É o Nove/Verbatim – desabafou o Avlis e Snitram.
-
Afinal em que ficamos? – perguntou o Detective Misterioso – quem é que está a
chegar?
-
Calma que já vamos esclarecer! – sentenciou o Sete de Espadas, com um sorriso
malandro…
A-
Pedro Faria
B-
Paulo Faria
C-
Nove/Verbatim
D-
Todas estão certas.
E
pronto.
Resta
responder a esta homenagem ao confrade desaparecido, indicando,
impreterivelmente até ao próximo dia 30 de Setembro, qual a alínea correcta,
podendo usar um dos seguintes meios:
- Pelo Correio para Luís Pessoa, Estrada
Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
- Por e-mail para pessoa_luis@hotmail.com;
lumagopessoa@gmail.com;
luispessoa@sapo.pt.
- Por entrega em mão ao
coordenador da secção, onde quer que o encontrem.
Boas deduções!
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