domingo, 9 de setembro de 2018

POLICIÁRIO 1414




A ÚLTIMA VIAGEM DO CONFRADE VERBATIM

No passado dia 31 de Agosto, recebemos a notícia do falecimento do nosso confrade NOVE, actualmente VERBATIM, depois de uma luta inglória contra uma teimosa doença.
Pedro Paulo Faria, residia em Alfragide e desde a primeira hora deste nosso espaço foi um dos “detectives” que demonstrou enormes capacidades dedutivas e uma escrita escorreita, deixando adivinhar que estávamos perante uma revelação que iria dar frutos num futuro próximo. Excelente decifrador e produtor, era um activo membro da extinta Tertúlia Policiária da Linha de Sintra, que na época detinha uma página no jornal Notícias da Amadora, de que era um dos principais municiadores de material para publicação, sobretudo de índole matemática, em que era exímio. Também na Tertúlia Policiária da Liberdade, que ainda organiza e promove o tradicional Convívio Policiário anual, fazia parte do que designamos o “núcleo duro”, em conjunto com a sua mulher Mimi e outras duas duplas, A. Raposo & Lena e Búfalos Associados.
ZÉFREY, que tem vindo a homenagear os nossos confrades já desaparecidos, em problemas que perseguem esse mesmo objectivo, muito mais do que constituírem marcos competitivos, decidiu efectuar mais esta justa homenagem, acompanhando a grande viagem de Verbatim e a sua chegada ao cais onde o esperam grandes amigos e companheiros de Policiário.
Vamos, também nós, associarmo-nos a esta homenagem a mais um dos nossos heróis policiários:

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL
PROVA N.º 8 – PARTE II
“A VIAGEM DE VERBATIM” – Original de ZÉFREY

Em plena Estação Central viviam-se os momentos de grande animação que precediam a chegada de cada composição.
No cais, apinhado de gente de todas as origens, sentia-se a ansiedade de reencontros, alguns passados muitos anos, décadas até.
Num dos cantos, destacava-se um grupo de alegres convivas, que repetiam os rituais que eram usuais na recepção a cada novo membro. Tinha sido assim com cada um deles, no momento da respectiva chegada e faziam questão de o fazerem para cada novo companheiro que se juntava ao grupo.
O mais expansivo era, como sempre, um indivíduo de barba branca, relativamente bem cuidada, cabelo ralo e igualmente branco, usando óculos que não escondiam uns olhos vivos e brilhantes. Era o Sete de Espadas, aquele que foi o mentor e impulsionador de todo o movimento que culminou na criação e manutenção de todo um grupo de companheiros irmanados no espírito de decifração de enigmas policiários. Junto dele, o Detective Misterioso, que dizia sempre ser de Cacilhas City, trocava impressões com o Dic Roland e KO, sempre sob observação atenta da Medvet, que não deixava escapar nenhum pormenor e ia comentando com o Avlis & Snitram, o M. Lima, o Rip Kirby e o Detective Said. A eles se juntou, logo depois, o Dr Aranha, muito esbaforido por só ter sido avisado em cima da hora:
- Não há direito, Sete, não tenho direito a saber as coisas a tempo e horas?
- Ó Dr. Aranha, estás cá, é o que importa! Além disso não conheceste o companheiro que vamos receber, pois não? Ele ainda não estava connosco quando tu partiste, pá!
- Eu também não o conheci. – reforçou o Detective Misterioso e por isso é que estava a questionar o Sete, mas ele é casmurro…
- Ora, ora, deixem-se disso! – deitou água na fervura a Medvet, com a assertividade que se lhe reconhecia – Estamos cá para dar as boas-vindas ao nosso confrade e não temos de estar com estas coisas!
- Olha, olha, a Medvet no seu melhor! Agora já a estou a reconhecer! Dava-me sempre cabo dos prémios de originalidade! Andava eu horas a fazer soluções todas abonecadas e a Medvet… - lamentava-se o KO, a “picar”.
- Lá vem o comboio! Tantos quilómetros que eu fiz, de convívio em convívio, lembras-te Sete? Naquela altura era uma aventura, mas não falhava! – comentou o M. Lima.
- Até que enfim que vou deixar de ser o “maçarico”. Foi uma maneira bem deselegante de me chamarem, só porque fui o último a chegar. Quero ver se agora vão chamar o novo confrade da mesma forma. – rabujou o Rip Kirby, meio a rir, meio a sério.
- Ó Avlis, diga alguma coisa, homem, você aparece e vai embora sem se dar por si. Lembra-se dos convívios onde íamos? Bons tempos! – desafiou o Detective Said.
- Sempre gostei de conviver, sabe bem, mesmo quando estava a trabalhar no banco, trocava a hora de almoço para ir à Tertúlia do Internacional, lembra-se, Sete? Mas nunca fui de grandes conflitos – defendeu-se o Avlis.
Entretanto, o comboio imobilizou-se e o movimento da gare transformou-se numa espécie de formigueiro, enquanto se abriam as portas da composição. Todos os olhos se movimentaram em busca do rosto conhecido do novo confrade, que finalmente assomou, procurando, também ele, rostos conhecidos…
- Olhem além, lá vem o Pedro Faria! – quase gritou o Dic Roland, sobrepondo-se ao alarido geral.
- É o Paulo Faria! – comentou o M. Lima, praticamente em simultâneo…
- Oh! É o Nove/Verbatim – desabafou o Avlis e Snitram.
- Afinal em que ficamos? – perguntou o Detective Misterioso – quem é que está a chegar?
- Calma que já vamos esclarecer! – sentenciou o Sete de Espadas, com um sorriso malandro…

A- Pedro Faria
B- Paulo Faria
C- Nove/Verbatim
D- Todas estão certas.

E pronto.
Resta responder a esta homenagem ao confrade desaparecido, indicando, impreterivelmente até ao próximo dia 30 de Setembro, qual a alínea correcta, podendo usar um dos seguintes meios:
  - Pelo Correio para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
- Por entrega em mão ao coordenador da secção, onde quer que o encontrem.
Boas deduções!


Sem comentários: