sábado, 25 de outubro de 2008

SOLUÇÃO NO DOMINGO!

O caso do Inspector Fidalgo na Ajuda, vai ser resolvido nas páginas do PÚBLICO, na nossa secção Policiário, já no próximo domingo, dia 26 de Outubro!
Depois de muitos atrasos, vai ver a luz do dia!
O Inspector chama a atenção de todos os "detectives" para o modo como a investigação foi conduzida e por isso vai publicar aqui mesmo essa solução para que todos possamos discuti-la.
Num problema que quase todos os participantes consideraram muito acessível, ao ponto de alguns considerarem que não parecia ser do Inspector Fidalgo e até que não teria dignidade para encerrar o Campeonato Nacional, certamente vai haver muitas surpresas e os resultados vão dar conta disso.
Uma vez mais referimos que não é preciso grandes temas nem grandes pormenores para se produzirem desafios capazes de causar mossas classificativas.
Este problema foi construido para ser a demonstração disso mesmo. Tinhamos a quase certeza de que a enorme maioria dos nossos "detectives" iam facilitar, avançado deliberadamente para as conclusões, sem seguirem o rumo correcto da investigação, acabando por não provar nem ilibar correctamente. Partindo de um caso corriqueiro, banal, com todos os pormenores à vista, com poucos intervenientes e com um assassino óbvio, o Inspector Fidalgo desenvolve a sua investigação de forma sistemática e elabora um relatório com deduções seguras, a que a esmagadora maioria dos "detectives" não deu atenção ou chegou a desprezar.
Uma investigação só se pode dar por terminada no exacto momento em que todas as questões estejam respondidas, em que todas as hipóteses tenham sido consideradas e eliminadas, em que inequivocamente tenhamos chegado ao criminoso, com provas seguras e inatacáveis.
É essa a beleza do nosso passatempo!
O Inspector Fidalgo espera ter conseguido aguçar o apetite dos nossos confrades para a discussão que está desde já marcada, aqui, a partir de domingo, com a presença de todos!
Até lá!

10 comentários:

Anónimo disse...

Agora fiquei mesmo preocupado.
DECO

Anónimo disse...

Faço minhas as palavras do Deco.
Seyl

Anónimo disse...

Faltam poucas horas e estou em pulgas para ver a solução. Para mim pareceu-me um problema fácil, mas agora já estou a ver que se calhar me precipitei.
Amanhã, com a mudança da hora e tudo, lá vou estar cedinho à porta da papelaria para comprar o jornal.
Ana Sequeira

Anónimo disse...

Também estou a ficar apreensivo. Será bluff do Luís Pessoa? Eu achei que o problema era fácil demais, mas agora já não sei, não.
Família Adams

Anónimo disse...

Li a solução e fiquei com a certeza de que não abordei assim a solução. Houve coisas que nem mencionei porque me pareceram desnecessárias. Aquela de excluír o suicídio e o acidente, vai fazer perder pontos?
Seyl

Anónimo disse...

Se todos os quesitos que o Luís Pessoa indica na excelente solução que publica são para contar, não consigo os 10 pontos.
Sempre pensei que o principal era descobrir o criminoso e dizer as provas contra ele. Depoisde ler a solução do Insp. Fidalgo acho que andei muito tempo enganado. Quando ele dizia na secção que deviamos fazer um relatório e não uma solução, nunca entendi isso muito bem. Agora já entendo.
ParabénsLuís Pessoa pela solução e por este blog que nos vai ajudar muito.
Deco

luis pessoa disse...

Caríssimos:
Não haverá assim tantos motivos para pessimismos.
Desde sampre referi que, para mim, é muito importante que as pessoas levem a sério este passatempo e que devemos pôr o melhor de nós mesmos em tudo o que fazemos. Decifrar um crime, mesmo que a brincar, é uma tarefa que devemos levar a sério. Temos que nos pôr na pele do criminoso e do detective e fazer um relatório que estude e contemple TUDO o que o texto nos sugerir.
A solução que publiquei e que ainda hoje vai aparecer aqui, no bolgue, é apenas uma entre outras que alguns detectives me enviaram, com tanta ou mais qualidade.
Não entendam a publicação e discussão como uma forma para desmobilizar as pessoas ou fazer-lhe ver como andaram mal durante muito tempo.
Nada disso.
O que queremos é que discutam, falem das dificuldades e das dúvidas, para podermos melhorarm todos!
Abraço
LP

Anónimo disse...

Eu já não me lembro em pormenor, do que mensionei na solução, como estava de férias enviei-a pelo correio e não fiquei com cópia. Como é lógico depois de vermos a solução, sabemos que não falamos deste ou daquele pormenor e vamos por certo ser penalizados por isso, mas eu não quero deixar de dizer, que os critérios de avaliação do LP, são muito mais rigorosos nas suas provas.
Se usasse do mesmo rigor nas provas de outros produtores, havia muitos mais "tombos".
Reconheço que têm que se destacar os melhores e esses vêm-se nestes pequenos pormenores, que nos passaram "debaixo do nariz" e nem demos por eles.
Arnes

Anónimo disse...

Não sei exactamente o que escrevi na minha solução, já estava de férias, enviei-a pelo correio e não fiquei com cópia, mas sei que também não segui o raciocinio do Insp. Fidalgo.
Reconheço que têm que ser "premiados" os melhores, mas na minha opinião, o LP tem critérios de avaliação muito mais rigorosos nas suas provas, do que nas dos outros produtores, a não ser assim os "tombos" eram muitos mais.

Arnes

Anónimo disse...

Eu planeei a minha solução de outra maneira:
Começo sempre as soluções concentrando-me na hora da morte. Só assim posso colocar os suspeitos na cena do crime e confirmar (ou desmontar) os seus álibis. Como neste problema ela não era fornecida, tentei obtê-la através de elementos textuais, fornecidos pela polícia ou pelo narrador (os únicos em que confio sem reserva).
Cheguei à conclusão de que a morte só poderia ter ocorrido de manhã, antes de o filho ter saído para o trabalho. Baseei-me em:
- Provado o corte de abastecimento de água ao local, mandaria a lógica que o pai (se estivesse vivo) tivesse de ir buscar água a algum lado, até para combater o intenso calor que se fazia sentir naquele dia. Não foi encontrado qualquer recipiente (nem um simples garrafão de mercearia) no local!
- Se (como o filho diz)o cão fosse operado naquele dia, o pai não deixaria de o ir acarinhar, "desejando" boa sorte.
- E (muito importante) não faz sentido o pai estar a preparar o jantar SEM TER ALMOÇADO! Não acreditamos que o pai tivesse estado sem comer nada, desde o nascer do dia até à hora de jantar! Para comer qualquer coisa (fruta, conserva ...), teria de ter utilizado um prato, um garfo, uma faca, um copo ... Se não podia lavar a loiça (por não haver nenhuma água em casa) essa loiça suja teria de ser encontrada na banca! Não há qualquer registo.
Confirmo, assim, as palavras da vizinha (que ele não saiu de casa)e, implicitamente, ilibo as outras duas personagens. Não perdi tempo com a vizinha (por considerar verdadeiros os seus relatos), que considerei uma personagem informante, colocada no texto para nos dar pistas que nos ajudassem a chegar à verdade (ou a confirmar a nossa ideia). Para mim, não passa da "cusca do bairro"!
Já quanto ao vizinho, ilibei-o como o autor, até porque "precisava" dele para me fornecer mais uma mentira do filho. Se ele foi a casa da vítima, só pode ter ido quando o cão lá não estava (atacava-o, se estivesse na rua; ladraria, quando bateu à porta, se estivesse em casa). O importante é que ele deixou um bilhete. SE o filho (como diz) tivesse entrado em casa para falar com o pai,quando trouxe o cão, teria logo dado com o bilhete e não apenas à noite, quando chegou (é ele quem o afirma)!
Nem acreditei na operação do cão. Achei que o passeio foi apenas um álibi. Entre outros erros, ressalta o facto de que o cão (se tivesse sido operado) deveria ter a área da intervenção rapada e cosida. Nada disso lá está. Também não acreditei que um cão, a recuperar de uma operação, com anestesia, tivesse a força que mostrou, ao enfrentar os polícias. E, ao ser amarrado,debatendo-se, rebentaria os pontos, o que daria ao pescoço um aspecto lastimável (muito longe do descrito)!
A água na panela e o sal grosso (ainda visível) mostram que o cenário foi preparado poucos minutos antes da chegada da polícia, após a reposição do abastecimento.
Muito mais disse, mas este foi o guião da minha solução!
Zé-Viseu