Damos hoje mais um passo para encerrarmos as competições desta época, com a publicação da solução oficial da parte II da prova n.º 10.
No momento em que todas as decisões estão ainda em aberto e os confrades vão sofrendo da ansiedade normal nestes finais de época, com as classificações muito renhidas e com diversos candidatos aos lugares cimeiros, os confrades vão fazendo as suas contas, consultando as tabelas classificativas, vendo onde estão e procurando as combinações possíveis para chegarem aos lugares mais cimeiros. É nessas alturas que se vê a importância da página de que vamos falar, também a propósito de uma efeméride que nos toca a todos: a página do confrade Daniel Falcão, CLUBE DE DETECTIVES, a propósito da comemoração da primeira década de actividade.
CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL
SOLUÇÃO DA PROVA N.º 10 – PARTE II
“MORTES NA ESTRADA” , Original de RODOVIÁRIO
A hipótese correcta é a D: O homem podia estar a relatar a verdade.
A principal questão tem a ver com os horários em que se passam as diversas situações. Numa leitura linear das horas, parece haver impossibilidade, uma vez que o relógio analógico marca 1h 44m, o da condutora 1h 45m e o talão do consumo no bar apontava 1h40m. Se o homem tinha uma deficiência motora que o impedia de se deslocar com rapidez e a distância era significativa, parece haver mesmo uma impossibilidade de ser aquele homem o mesmo que saiu do bar e que fez os disparos.
Mas os acontecimentos ocorreram na madrugada do último domingo de Outubro, porque se fala da última semana de Outubro e das célebres “febres”, que eram as loucas “febres de sábado à noite” e na madrugada do último domingo há sempre a mudança para a hora de inverno, em que os relógios são atrasados em 60 minutos, às 2 horas da manhã.
O bar ainda mantinha a hora de verão, como deve fazer até ao seu encerramento, mas os relógios da condutora e do carro já estavam devidamente actualizados, porque havia um avião a tomar e esse era à hora “nova”, como é confirmado pelo teor do telefonema feito para casa a cerca de 3 horas do voo, que era às 4h 50m, portanto feito por volta da hora do desastre.
CLUBE DE DETECTIVES - UMA DÉCADA DE OURO
Foi no dia 14 de Dezembro de 2000 que apareceu uma página na internet que se assumiu, desde logo, como um espaço de debate, de divulgação e de amizade, tendo como pano de fundo o Policiário.
Chamava-se, nessa altura, DESAFIOS POLICIÁRIOS e o seu mentor era um “detective” com créditos firmados, pela sua enorme qualidade como decifrador e como produtor de enigmas, bem como de dinamizador de todas as actividades deste passatempo: DANIEL FALCÃO.
Inicialmente perseguia o objectivo de divulgar os enigmas policiários que eram publicados nas diversas secções existentes, criando um excelente arquivo de problemas e respectivas soluções, mas cedo se transformou em algo maior, acompanhando os torneios, os resultados de cada prova, as diversas classificações, ao momento, permitindo que cada “detective” saiba exactamente qual a sua posição.
Por outro lado, assumiu a divulgação de todos os acontecimentos relacionados com o Policiário, notícias, lançamentos, etc., prestando um serviço muito relevante a todos os seguidores desta nossa actividade.
Os DESAFIOS POLICIÁRIOS deram lugar ao CLUBE DE DETECTIVES, mas mantiveram-se e aprofundaram-se os objectivos e a qualidade que todos lhe reconhecemos e está em http://clubededetectives.net.
Inserido nos festejos da passagem da primeira década, o confrade DANIEL FALCÃO lança-nos um desafio e exprime um desejo “…até à véspera do dia em que se completa a década deste espaço, contamos que os nossos visitantes nos deixem uma curta mensagem sobre a nossa primeira década e (…) sobre o que esperam da nova década, que em breve se inicia”. Em clubededetectives@gmail.com , Daniel Falcão está à nossa espera!
No próximo dia 14 de Dezembro, milhares de confrades espalhados um pouco por todo o lado, vão cantar os parabéns e fazerem votos de longa vida e muitas décadas de Policiário!
A NOVA ÉPOCA
Alguns contributos têm sido dados no blogue CRIME PÚBLICO, em http://blogs.publico.pt/policiario no sentido de podermos adaptar melhor a nossa secção ao gosto dos nossos “detectives”. A tónica mais vincada pelos participantes é a de que, como se costuma dizer, em equipa vencedora não se mexe, mas há sempre alguns ajustamentos que podem ser feitos. São esses pormenores, aquela ponta que ficou desapertada, aquela modificação que permite melhor gestão, que queremos que os nossos “detectives” nos apontem para que tudo corra de forma mais satisfatória para o maior número possível de confrades.
Sabemos que não há unanimidades, nem as queremos, mas há pequenas alterações que podem modificar, para melhor, o grau de satisfação da maioria dos confrades. Sem mudarmos os torneios do seu figurino actual, com o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal como provas principais e com os troféus de Policiarista do Ano e de n.º 1 do Ranking como consequência do melhor comportamento competitivo nas provas principais, como de resto a quase totalidade dos testemunhos valida, o que pretendemos é limar as arestas que ainda restam, que nos digam se o método de pontuação está correcto ou deve ser alterado; se as pontuações de 5 e 2 pontos para acertos e desacertos nas provas de “rápidas” serão adequados ou se deveremos alterar para 2 e 1, respectivamente; se o diferencial entre 10 e 7 pontos nas provas de características tradicionais é suficiente ou se entendem que deve ser entre 10 e 5, como muitos confrades defendem; se a solução escolhida como melhor em cada prova, deveria ter um ponto extra, somando 11 em vez de 10, tornando assim mais aliciante a luta pela melhor solução e eliminando, em grande parte os empates nas classificações finais; se devem, do mesmo modo, repercutir-se nas classificações os pontos obtidos nas mais originais, incentivando essa mesma originalidade, também pela atribuição de 1 ponto, podendo um confrade obter 12 pontos numa prova, caso tenha a solução melhor e a mais original; etc.
Se, como pensamos, o esquema das competições é de manter, estamos abertos a todas as propostas que visem criar mais possibilidades de incerteza nos resultados finais, mais luta e emoção pelos primeiros lugares.
É esse desafio que continuamos a fazer aos nossos confrades: que nos ajudem a sermos, cada vez mais, a companhia para os momentos de lazer, de forma inteligente, escorreita, com regras muito simples e muito transparentes.
COLUNA DO “C”
PROJECTO EM MARCHA
Porque hoje damos os parabéns ao CLUBE DE DETECTIVES pela primeira década ao serviço do Policiário, queremos deixar aqui a referência ao seu projecto editorial, que vai prosseguir com a publicação do 2.º Volume de “PÚBLICO-POLICIÁRIO”, desta feita dedicado às temporadas de 2004/2005 até 2010, com os problemas publicados e respectivas soluções.
Entretanto, esgotada a 1.ª edição do 1.º Volume, que versou as épocas de 2001/2002 a 2004/2005, Daniel Falcão equaciona uma 2.ª edição, que apenas acontecerá de houver interesse por parte dos confrades.
Tratando-se de um projecto de fôlego e de importância para o conhecimento daquilo que temos sido e feito ao longo de mais de 18 anos, merece a atenção de todos os confrades.
8 comentários:
Estava a ver que não publicava nenhum post hoje para poder cantar os parabéns a você! Muitos parabéns, Luís Pessoa e que conte muitos, para que posssamos ter Policiário.
Livre-se de não publicar esta mensagem porque está com educação, não ofende ninguém e se não for publicada é uma acção de censura que não aceito.
Muitos parabéns
Deco
Comecemos pelos parabéns!
Passemos às propostas:
NÃO estou de acordo com a possibilidade de atribuição de pontos extras nas Melhores e na Originalidade. Por dois princípios pessoais (friso bem - pessoais):
1 - Sempre defendi que se obtém a pontuação máxima desde que se acerte, totalmente, no problema. Há grandes solucionistas que fazem soluções com 13 páginas e grandes solucionistas que as fazem em 3! Tudo depende de cada pessoa e de cada problema.
2 - As Melhores e as Originais parecem-me ser suficientemente estimuladas por uma classificação própria e por serem factor crucial de desempate para as classificações finais.
Sinceramente, não conheço nenhum solucionista que escreva soluções para se "bater" às Melhores. Todos os que eu conheço fazem as soluções que lhes agradam. Se as fazem em 4 ou 14 páginas, depende da maneira de escrever de cada um e do tempo que se tem para as redigir...
Como de costume, fica a reflexão. APENAS reflexão.
Um abraço
Zé
Gostava de saber parabéns de quê. De acabar a época, muitos parabéns. De fazer anos, não sei se é, mas se for, muitos parabéns. Se é pelo aniversário do clube de detectives, só no dia 14 não é?
O Deco tem de dizer de que aão os parabéns, ou o Luís Pessoa, ou o confrade Zé que parece que sabe
I alegria
Meu caro Luis
Nunca chegou ao meu conhecimento em que altura do ano você nasceu por isso não se admire se nunca lhe enviei os parabèns pelo seu aniversário.
Por outro lado como eu já não faço anos há muitos anos é natural que me esqueça daqueles que ainda têm o hábito de os fazer
No tempos remotos da secção "Mistério Policiário" o nosso Sete sempre anuciava os aniversários dos confrades com pelo menos 15 dias de antecedência, mas isso já foi há tanto tempo que...
...Mas se por acaso você é dos que ainda fazem anos e os fez hoje receba um abraço de felicitações.
Agora outro assunto, não direi mais importante, mas pelo menos com grande importância. Refiro-me aos torneios e trofeu de 2011.
Em tempo oportuno apresentei um projecto que, na minha opinião, me parecia ser mais aliciante para combater a saturação que, parece, alguns companheiros acusavam, mas que nunca aqui a vieram expor para fazerem nascer ideias novas.
Como na altura disse esse meu projecto era passível de alguns aperfeiçoamentos. Agora acrescento:
Pôr em prática já na próxima época tal projecto não seria ético porque os concorrentes deveriam à partida saber com o que contavam.
Por isso penso que nos próximos meses, se houver quem esteja de acordo com o meu projecto ou esteja em desacordo para que ele seja levado ou não á prática devendo todos os concorrentes desde já estar prreparados para tal eventualidade para depois dizerem que não sabiam.
Mas voltando aos torneios de 2011, como o LP muito bem diz, em equipa que ganha não se mexe. Por isso penso que tudo deve continuar como em 2010.
Mas às vezes apesar da equipa ganhar o treinador é obrigado a fazer alguns reajustes devido a lesões.
Se o treinador fosse eu e tivesse que proceder a esses reajustes estes recairiam no seguinte:
Nos problemas de resposta mútipla os concorrentes passaria a poder optar por justificar ou não a sua resposta. Responder colocando apenas uma cruz sobre a hipótese que pensamos ser a correcta é muito chato. A justificação sempre seria mais aliciante. Neste caso as respostas não deveriam exceder o espaço de um bilhete postal ou um determinado número de caractéres a definir pelo orientador.
Classificação. Acertantes com justificativa lógica 5 Pontos. Acertantes sem justificativa ou justificativa sem lógica 3 pontos
Respostas erradas 1 ponto.
Nas clássicas acho que se deveria voltar ao antigo método de 5 pontos para respostas totalmente erradas e 10 para os totalistas sendo os pontos restantes distribuidos de acordo com o mérito da solução.
Nos pontos especiais penso que tudo deve ficar como está.
Pronto dei a minha opinião esperando não ter sido ofensivo para ninguém
Rip Kirby
Só agora reparei na proposta do LP para a atribuição, na classificação geral, de um ponto extra para a melhor e mais original solução.
Apraz-me registar que o Zé se manifesta totalmente em desacordo e eu estou ao lado dele.
O que é que essa alteração ia trazer de benéfico para a competição? Nada! Abolutamente nada! Antes pelo contrário.
Vou dar um exemplo: O Zé e o Daniel Chegavam ao final do torneio com 100 pontos e supondo que ao longo do ano dividiriam por igual as melhores soluções. Teriam assim 105 pontos cada um. Até aqui parece que nada há de especial.
Mas vamos acrescentar às nossas soposições a seguinte hipótese: A Med Vet termina o campeonato com 98 pontos e como é habitual tem a solução mais original em quase todas as provas, vamos supor que em 8 provas marcando 8 pontos extras.98+8= a 106.
E deste modo os dois concorrentes mais pontuados normalmente, ficariam relegados para segundo plano devido a pontos obtidos muitas vezes com pormenores que nada têm com o Policiário.
Por isso pontos extras para a melhor solução nem pensar até porque os critérios para esta atribuição nem sempre são os mais acertados.
Eu quando começo a redigir uma solução apenas tenho em vista os 10 pontos, nem penso em pontuar nas melhores, e nas mais originais muito menos.
Depois da solução estar mais ou menos alinhada, se tiver tempo dedico-me a tentar melhorar o meu português. Umas vezes consigo outras não. Quando eventualmente sou galardoado com 5 pontos nas melhores isso deve-se mais ao facto de eu ter descoberto um pormenor que escapou a todos os outro do que pelo meu empenho em ser pontuado nas melhores.
Não digo que não me sinto satisfeito quando isso acontece, seria hipócrita se afirmasse o contrário, mas essa satisfação deve-se mais ao facto de eu me ter superado do que por ter superado outro concorrente
Um abraço
Rip Kirby
Começando por uma verdade laplaciana, qualquer critério valorativo é sempre propenso à geração de situações de injustiça e recebedor de opiniões diversas. Seja como for, este facto não nos deve inibir de opinar/sugerir. Eis por isso algumas considerações, dando seguimento ao desafio de Luís Pessoa.
Pontuação na originalidade!
A originalidade deve ser sempre uma classificação paralela, premiando a capacidade inventiva e criativa dos concorrentes. Esta pontuação não deveria servir como critério de desempate em nenhuma circunstância.
Pontuação das melhores!
Neste caso, sendo esta pontuação aquela que deve fazer a diferença em caso de empate e tendo em conta a eventual dificuldade que sempre pode surgir associada à dificuldade na atribuição/diferenciação destes pontos especiais, quer seja pelo excesso de qualidade, quer seja pela sua falta, sou de opinião que, a manterem-se as actuais cinco categorias (entre 5 e 1 pontos), poder haver mais de 5 concorrentes pontuados. Caso contrário, modificando-se estas categorias, a minha sugestão passaria pela atribuição de 3 (excelentes), 2 (muito boas) e 1 (menções honrosas) pontos especiais, para todos os concorrentes que se destacassem tal como a classificação das categorias sugere. Seria esta pontuação o critério central de desempate.
Provas rápidas!
A opinião do Rip Kirby parece-me acertada! Ou seja, limitação no número de caracteres/palavras com pontuação diferenciada nas três situações. Todavia, continuo a manter a opinião que já manifestei anteriormente, estes problemas não deviam contar para o Campeonato Nacional, sendo um torneio paralelo.
Diferencial entre 10 e 7 pontos!
Sem dúvida que passar o diferencial de 10-7 para 10-5 só traria uma maior clarificação, se bem que apenas nos não acertantes. Todavia, não me parece que o efeito positivo que daí resultaria justifique o trabalho acrescido requerido ao LP (recordemos que não se trata de classificar apenas umas dezenas de propostas de solução).
Finalmente, já fora do desafio, aproveito para agradecer as gentis palavras dirigidas ao Clube de Detectives e a mim próprio, garantindo que o dia 14 de Dezembro não será o fim da primeira década, mas o início da segunda década duma actividade que continua dando imenso prazer.
Daniel Falcão
Tal como o Daniel hoje, o Ano passado também eu sugeria que o Rápidas fosse um torneio paralelo sem influência no Campeonato nacional.
Inúmeras foram as vozes que se levantaram contra tal opinião.
Actualmente, sem querer contrariar a opinião do Daniel, já não sou tão radical e penso que as duas provas devem ser partes integrantes do Campeonato Nacional.
Eu práticamente comecei o Campeonato muito mal perdendo logo na 2ª prova 3 pontos tendo ficado relegado lá para o fundo da tabela muito perto do 2º lugar. Actualmente estou no 10º, foi uma subida ingreme que pelo menos a mim me proporcionou alguma adrenalina. Claro que isto não aconteceria se o Campeonato fosse só composto pelos clássicos onde recuperar um atraso de 3 pontos é relativamente fácil.
Quero ainda acrescentar que no que se refere aos pontos atribuidos às 5 melhores soluções como já disse devem continuar como estão.
No que se refere às originais acho que esses pontos raramente têm qualquer utilidade para quem os obtêm pelo que, embora concordando com o Daniel, penso que devem continuar a ser atribuidos quanto mais não seja para compensar a criatividade de alguns concorrentes. Que eu me lembree nunca nenhum concorrente foi o vencedoor de uma prova à custa desses pontos.
Um abraço
Rip Kirby
Rip Kirby
Muito sinteticamente direi o seguinte q/ á nova época (reservando-me p/ uma opinião mais desenvolvida depois do ZÉ apresentar o seu plano)
Clássicas: sou (fui sempre) abertamente pela classificação entre 5 a 10 pontos.
As Melhores: Manutenção da classificação das actuais 5 melhores - sem a atribuição de qualquer ponto extra, que poderia contribuir para falsear as classificações finais, tal como o Rip referiu.
Mais Originais: concordo com a sua manutenção, para estimular a faceta criativa dos concorrentes, servindo esta classificação, a final, apenas para decidir os empates que possam subsistir no conjunto Geral + Melhores.
Rápidas - Não advogo a sua inclusão no Campeonato Nacional. As rápidas deviam ter por missão a captação de novos concorrentes (embora abertas a todos quantos quisessem responder) com classificações separadas daquela prova. Sou contra as respostas pelo sistema de cruz (a possibilitar classificações de autêntica lotaria !), aceitando todavia tal método porque, a exigir todas as respostas escritas, e naturalmente também uma classificação pontualmente mais diferenciada, tal representaria um muito significativo acréscimo de de trabalho para o Orientador, a que ele provavelmente não teria possibilidades de rsponder. Por isso acabo por concordar também com a pontuação 2 - 5, o que não aconteceria se as respostas fossem escritas. Mas acho insuficiente a limitação ao espaço de um postal. Concordaria com uma página A-4.
"Inspector Aranha"
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