PRIMEIRA PROVA ESPERA RESPOSTAS
Encerramos hoje a prova n.º 1,
com a publicação da segunda parte, composta pelo problema de resposta múltipla,
em que, recordamos, os nossos “detectives” apenas terão de indicar a letra
correspondente à resposta que entendam correcta, sem mais explicações.
CAMPEONATO NACIONAL E
TAÇA DE PORTUGAL – 2013
PROVA N.º 1 – PARTE
II
UMA FESTA DE ARROMBA!
– Original de I. F.
– Responda, senhor A, tem de me
dar respostas…
– A festa tinha sido de arromba e
não sabíamos muito bem onde estávamos ou o que tínhamos andado a fazer…
Compreende, era um dia especial em que todos entrávamos num ano especial. Toda
a gente dizia e parece que era verdade, que o século e o milénio só iriam virar
no ano seguinte, mas, que diabo, fosse como fosse, viravam-se todos os
algarismos naquele dia, naquele segundo exacto!
– Eu até posso compreender isso,
acho normal que se festejasse, mas nada justifica a vossa atitude perante o que
se passou. O que eu quero saber é quem estava presente no momento em que
aconteceu o incidente.
– Não estou certo. Não me lembro
lá muito bem…
– Mas você estava no local, ou
não?
– Estava… Isto é, penso que sim…
Sabe, os copos…
O agente Maduro saiu da sala, já
um tanto irritado com o que se passava. Isto de andar a perguntar coisas com
anos de atraso, nem parecia coisa de gente. Um incidente tão distante e ainda
andava por ali a pairar…
– Senhor B, isto parece um pouco
estranho, mas tenho de lhe perguntar de novo o que se passou nessa noite, o que
viu, quem estava presente, quem foi o autor material, enfim, tudo!
– Senhor agente, não tenho a
mínima ideia! Não me lembro de nada dessa noite, olhe, foi uma noite de folia,
uma noite única, que nenhum de nós voltará a passar, não é verdade? Todos
bebemos e comemos em força e já nem me lembro de sair do bar, quanto mais o que
se passou cá fora… E depois estive dois dias a dormir…
– Menina C, quer fazer o favor de
esclarecer o que se passou nessa noite?
– Ora, senhor agente, o que é que
se podia ter passado? Estávamos todos a festejar em grande, quando aquilo
aconteceu. Lembro-me perfeitamente que nenhum de nós teve nada que ver com
isso, absolutamente nada. Estávamos a festejar, mais nada, mas um grupo
provocou-nos e, para evitar males maiores, eu mesma empurrei os meus amigos
para dentro do bar, para não haver chatices. O que aconteceu depois, não sei,
nem os meus amigos, porque estávamos lá dentro e isso parece que aconteceu lá
fora, não foi?
– A menina parece que se lembra
de tudo muito bem…
– Pudera, nessa altura eu andava
um bocado mal, com uma infecção e estava a tomar antibióticos, por isso não
podia beber álcool. Acabei por ser eu quem controlei tudo e levei os meus
amigos a casa.
– E dentro do bar, o que
aconteceu?
– Dentro do bar, nada. Bebemos um
copo, estacionámos por lá algum tempo para deixar passar a tempestade que se
levantou na rua…
– Tempestade?
– Em sentido figurado, senhor
agente, queria dizer, a complicação, a chatice, entende?
– Sim, sim, continue…
– Não houve mais nada. Paguei a
conta, o que foi mais uma complicação porque o bar não tinha multibanco e tive
de andar a vasculhar as carteiras dos meus amigos à procura dos euros para
pagar aquilo… Mas lá consegui.
– Senhor D, não me vai dizer que
não se lembra de nada dessa noite, pois não?
– Não, senhor agente, lembro-me
perfeitamente que não se passou nada de especial. Entrámos e saímos de bares e
bares, bebemos e comemos, foi tudo excelente. Só há uma noite assim, numa vida.
– E depois?
– Depois, nada! Acordei em casa,
muito mais tarde, com uma dor de cabeça terrível e sem sequer saber como lá
cheguei. Depois contaram-me que foi a C que nos andou a entregar em casa,
porque ela não podia beber álcool por causa de uns medicamentos que estava a
tomar.
– Não houve incidentes?
– Nada que me lembre.
O agente Maduro percebeu que
havia ali uma grande mentira, mas não queria maçar-se demais com um caso
corriqueiro e ridículo que um chefe queria que se esclarecesse passado tanto
tempo.
Ele sabia que o chefe ainda tinha
uma pedra no sapato por ter apanhado uma “galheta” naquela noite, mas a verdade
é que, conhecendo-o tão bem como ele o conhecia, apostava que tinha sido
merecida. Ora abóbora, abençoada “galheta”…
O agente percebeu onde estava a
mentira e os nossos “detectives” também, pela certa!
Ora digam lá então quem a cometeu:
A – O senhor A porque ninguém
podia estar num estado em que não se lembrasse de nada – estava a mentir;
B – O senhor B porque revela que
não se lembra sequer de sair do bar, mas sabe que se passou alguma coisa cá
fora, pelo que estava a mentir também;
C – A Menina C porque se lembra
de tudo tão bem, mas mente naquilo que diz;
D – O senhor D porque se lembra
de tudo, de entrar e sair de bares, de comer e beber, e portanto tinha de saber
o que se passou, pelo que é um grande mentiroso.
E pronto.
Agora, resta escolher a resposta
correcta e enviá-la - conjuntamente com a solução proposta ao problema da
semana passada (parte I) - impreterivelmente até ao próximo dia 28 do corrente
mês de Fevereiro, usando um dos seguintes meios:
-Pelos Correios para Luís Pessoa,
Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
-Por e-mail para um dos
endereços: lumagopessoa@gmail.com; pessoa_luis@hotmail.com ou luispessoa@sapo.pt.
- Por entrega em mão ao
orientador da secção, onde quer que o encontrem.
Boas deduções!
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