SEM FÉRIAS NA INVESTIGAÇÃO
DA MORTE DE CALÍGULA!
Em tempo de férias, com o calor a
convidar à praia e a uns mergulhos, as nossas competições não param e temos
hoje a segunda parte da prova n.º 6, de autoria do confrade Verbatim, que
também assinou a primeira parte:
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2013
PROVA N.º 6 –
PARTE II
“A MORTE DE
CALÍGULA” – Original de VERBATIM
O cadáver de Calígula foi retirado de um
automóvel ligeiro, registado em seu nome, que se incendiara. A causa da morte
não estava ainda apurada, embora o grau de queimaduras fosse suficiente para a
ter provocado. O carro colidira com um muro mas de modo ligeiro. O cinto de
segurança, deteriorado pelo fogo, tinha sido colocado. Nos fluidos corporais
notou-se a presença de álcool em dose quatro vezes superior à permitida para a
condução, não havia sinais de drogas, os pulmões estavam limpos e não se tinham
ainda detectado fracturas. O rosto estava irreconhecível.
O inspector Vespasiano ouviu as quatro
últimas pessoas que terão contactado com Calígula.
Cláudio disse ter ajudado a trazer
Calígula para o parque de estacionamento. “Vim com o Tibério, ambos a
ampará-lo, porque ele estava perdido de bêbado. Encostámo-lo a uma árvore, mas
ele não se sustinha. Fomos então sentá-lo no carro, um bom bocado depois,
porque Calígula levou uns dez minutos a encontrar as chaves. Quando me pareceu
que ele estava a dormir, abri-lhe uma janela do automóvel, pus-lhe as chaves
num bolso, fechei a porta e voltei para a discoteca. Nessa altura apareceram
também o Augusto e o Trajano.”
Tibério confirmou a declaração de
Cláudio e acrescentou: “Quando o Augusto e o Trajano chegaram, pedi-lhes para
verificarem se o Calígula continuava a dormir e sem fazer qualquer disparate.
Regressei ao parque de estacionamento cerca de meia hora depois. Vinha o
Augusto a correr para a discoteca. Aproximei-me do carro do Calígula e vi-o já
em andamento, com ele lá dentro a acenar-me como quem vai de férias. Não o
consegui deter. Logo a seguir estampou-se contra o muro. Acto contínuo o carro
incendiou-se, corri para o socorrer, vi que não conseguia abrir a porta devido
às labaredas e fui á procura de um extintor.”
Trajano afirmou que se limitou a ver se
Calígula descansava tranquilo. “Até tive o cuidado de verificar se o travão de
mão estava bem puxado, não fosse o diabo tecê-las. O Augusto disse-me que ainda
ficava por ali a espairecer um bocado. A iluminação era muito fraca mas dava
para passear. Ele estava aborrecido com a namorada, uma miúda danada para a
dança. Só voltei ao parque quando o Augusto e o Tibério gritaram a dizer que o
carro do Calígula se tinha incendiado. Fui buscar um extintor que tinha na
carrinha, mas já não pude fazer grande coisa.”
Augusto confirmou que andou cerca de
vinte minutos a espairecer ali pela zona do parque de estacionamento. “Fui até
mais do que uma vez ver se o Calígula estava a dormir. Não notei nada de
anormal. Pensei que um de nós teria de o levar. Nessa altura lembrei-me do que
prometera à minha namorada e corri para a discoteca. Depois foi o burburinho.
Pedi extintores. Sabia que o Cláudio tinha um, mas verifiquei que ele tinha
desaparecido. Até o carro já saíra do parque.”
Vespasiano não ficou com boa impressão
destes quatro amigos e encontrou razões para apontar um deles como causador da
morte de Calígula. Quem será o suspeito:
A
– Cláudio
B
- Tibério
C
- Trajano
D
– Augusto
E pronto.
Depois desta curiosa cena, com personagens de nomes
sonantes, reconhecíveis das deambulações da história, numa visão muito pessoal
do nosso confrade Verbatim, ficamos a aguardar as conclusões dos nossos
“detectives”, impreterivelmente até ao próximo dia 20 de Agosto, podendo usar
um dos seguintes meios:
-Pelos Correios para Luís Pessoa, Estrada Militar,
23, 2125-109 MARINHAIS
-Por e-mail para um dos endereços: lumagopessoa@gmail.com;
pessoa_luis@hotmail.com
ou luispessoa@sapo.pt.
-Por entrega em mão ao orientador da secção, onde
quer que o encontrem.
Boas
deduções!
PRAZOS EM TEMPO
DE FÉRIAS
À semelhança do que tem sido a nossa
prática nos últimos anos, os prazos para resposta aos desafios que publicamos,
são alargados na época de verão, para que os nossos “detectives” que gozam as
suas férias de modo contínuo, tenham a possibilidade de responderem, mesmo
quando se ausentam dos seus locais habituais, sobretudo para fora do país.
Ao longo dos tempos fomos experimentando
diversas fórmulas, de molde a não prejudicarmos nenhum dos nossos “detectives”.
Assim aconteceu quando optámos pela não publicação de desafios em competição,
nos meses de Julho e Agosto, mas a solução não se revelou acertada, uma vez que
quebrava o ritmo, desmobilizando os confrades e tornando penoso o regresso à
competição. Igualmente fizemos épocas competitivas que começavam em Setembro ou
Outubro e terminavam em Junho, mas também dessa forma se perdia o efeito do ano
civil, que sempre fora a nossa norma. O Policiarista do Ano, por exemplo, perdia
a sua força temporal…
Evidentemente que estamos a falar de
épocas em que a internet não tinha o peso que hoje tem e cada confrade estava
sujeito à obrigatória obtenção do jornal todos os domingos, quando era óbvio
que tal não era nada fácil, quer em algumas praias ou lugares campestres do
nosso país, quer em muitos locais no estrangeiro. A solução era pedir a alguém
que guardasse os jornais e, à chegada, procurar cumprir.
Chegámos, então, á actual fórmula. As
competições não interrompem, mas os prazos são mais alargados, permitindo a
todos não ficarem demasiadamente “escravizados” pelos prazos quando a palavra
de ordem é encontrar o relaxamento e do recarregamento das “baterias” para um
novo ano de actividade.
Umas boas férias, sendo o caso. Mas sempre
com Policiário, quanto baste!
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