domingo, 14 de julho de 2013

POLICIÁRIO 1145


SEM FÉRIAS NA INVESTIGAÇÃO DA MORTE DE CALÍGULA!

Em tempo de férias, com o calor a convidar à praia e a uns mergulhos, as nossas competições não param e temos hoje a segunda parte da prova n.º 6, de autoria do confrade Verbatim, que também assinou a primeira parte:

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2013
PROVA N.º 6 – PARTE II
“A MORTE DE CALÍGULA” – Original de VERBATIM

O cadáver de Calígula foi retirado de um automóvel ligeiro, registado em seu nome, que se incendiara. A causa da morte não estava ainda apurada, embora o grau de queimaduras fosse suficiente para a ter provocado. O carro colidira com um muro mas de modo ligeiro. O cinto de segurança, deteriorado pelo fogo, tinha sido colocado. Nos fluidos corporais notou-se a presença de álcool em dose quatro vezes superior à permitida para a condução, não havia sinais de drogas, os pulmões estavam limpos e não se tinham ainda detectado fracturas. O rosto estava irreconhecível.
O inspector Vespasiano ouviu as quatro últimas pessoas que terão contactado com Calígula.
Cláudio disse ter ajudado a trazer Calígula para o parque de estacionamento. “Vim com o Tibério, ambos a ampará-lo, porque ele estava perdido de bêbado. Encostámo-lo a uma árvore, mas ele não se sustinha. Fomos então sentá-lo no carro, um bom bocado depois, porque Calígula levou uns dez minutos a encontrar as chaves. Quando me pareceu que ele estava a dormir, abri-lhe uma janela do automóvel, pus-lhe as chaves num bolso, fechei a porta e voltei para a discoteca. Nessa altura apareceram também o Augusto e o Trajano.”
Tibério confirmou a declaração de Cláudio e acrescentou: “Quando o Augusto e o Trajano chegaram, pedi-lhes para verificarem se o Calígula continuava a dormir e sem fazer qualquer disparate. Regressei ao parque de estacionamento cerca de meia hora depois. Vinha o Augusto a correr para a discoteca. Aproximei-me do carro do Calígula e vi-o já em andamento, com ele lá dentro a acenar-me como quem vai de férias. Não o consegui deter. Logo a seguir estampou-se contra o muro. Acto contínuo o carro incendiou-se, corri para o socorrer, vi que não conseguia abrir a porta devido às labaredas e fui á procura de um extintor.”
Trajano afirmou que se limitou a ver se Calígula descansava tranquilo. “Até tive o cuidado de verificar se o travão de mão estava bem puxado, não fosse o diabo tecê-las. O Augusto disse-me que ainda ficava por ali a espairecer um bocado. A iluminação era muito fraca mas dava para passear. Ele estava aborrecido com a namorada, uma miúda danada para a dança. Só voltei ao parque quando o Augusto e o Tibério gritaram a dizer que o carro do Calígula se tinha incendiado. Fui buscar um extintor que tinha na carrinha, mas já não pude fazer grande coisa.”
Augusto confirmou que andou cerca de vinte minutos a espairecer ali pela zona do parque de estacionamento. “Fui até mais do que uma vez ver se o Calígula estava a dormir. Não notei nada de anormal. Pensei que um de nós teria de o levar. Nessa altura lembrei-me do que prometera à minha namorada e corri para a discoteca. Depois foi o burburinho. Pedi extintores. Sabia que o Cláudio tinha um, mas verifiquei que ele tinha desaparecido. Até o carro já saíra do parque.”
Vespasiano não ficou com boa impressão destes quatro amigos e encontrou razões para apontar um deles como causador da morte de Calígula. Quem será o suspeito:
            A – Cláudio
            B - Tibério
            C - Trajano
            D – Augusto

E pronto.
Depois desta curiosa cena, com personagens de nomes sonantes, reconhecíveis das deambulações da história, numa visão muito pessoal do nosso confrade Verbatim, ficamos a aguardar as conclusões dos nossos “detectives”, impreterivelmente até ao próximo dia 20 de Agosto, podendo usar um dos seguintes meios:
-Pelos Correios para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS
-Por e-mail para um dos endereços: lumagopessoa@gmail.com; pessoa_luis@hotmail.com ou luispessoa@sapo.pt.
-Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.
Boas deduções!

PRAZOS EM TEMPO DE FÉRIAS

À semelhança do que tem sido a nossa prática nos últimos anos, os prazos para resposta aos desafios que publicamos, são alargados na época de verão, para que os nossos “detectives” que gozam as suas férias de modo contínuo, tenham a possibilidade de responderem, mesmo quando se ausentam dos seus locais habituais, sobretudo para fora do país.
Ao longo dos tempos fomos experimentando diversas fórmulas, de molde a não prejudicarmos nenhum dos nossos “detectives”. Assim aconteceu quando optámos pela não publicação de desafios em competição, nos meses de Julho e Agosto, mas a solução não se revelou acertada, uma vez que quebrava o ritmo, desmobilizando os confrades e tornando penoso o regresso à competição. Igualmente fizemos épocas competitivas que começavam em Setembro ou Outubro e terminavam em Junho, mas também dessa forma se perdia o efeito do ano civil, que sempre fora a nossa norma. O Policiarista do Ano, por exemplo, perdia a sua força temporal…
Evidentemente que estamos a falar de épocas em que a internet não tinha o peso que hoje tem e cada confrade estava sujeito à obrigatória obtenção do jornal todos os domingos, quando era óbvio que tal não era nada fácil, quer em algumas praias ou lugares campestres do nosso país, quer em muitos locais no estrangeiro. A solução era pedir a alguém que guardasse os jornais e, à chegada, procurar cumprir.
Chegámos, então, á actual fórmula. As competições não interrompem, mas os prazos são mais alargados, permitindo a todos não ficarem demasiadamente “escravizados” pelos prazos quando a palavra de ordem é encontrar o relaxamento e do recarregamento das “baterias” para um novo ano de actividade.
Umas boas férias, sendo o caso. Mas sempre com Policiário, quanto baste!



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