[Transcrição da secção n.º 1188 publicada hoje no jornal PÚBLICO]
MISTÉRIO EM NOITE DE LUA CHEIA
Mais
um desafio do confrade Rip Kirby, regressado ao Barreiro, depois de muitos anos
no Brasil e o comunicado da TPL sobre o X Convívio, com a descrição da orgânica
do mini-torneio de homenagem a Dic Roland, fazem a nossa secção de hoje.
CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE
PORTUGAL - 2014 PROVA N.º 4 – PARTE II
“Mistério em Noite de Luar”, de Rip
Kirby (Barreiro)
Era uma formosa noite de Janeiro.
Estava frio, é verdade, mas no céu não se via uma nuvem e lá no alto, embora já
se aproximando do Ocaso, a Lua Cheia iluminava a Terra com a sua luz pálida.
Cerca das 05h00m da madrugada, mais
minuto menos minuto, alguém, não identificado, telefonou para a esquadra de
Polícia informando que em determinado andar de um prédio situado em certa rua
tinha acontecido um crime. O informante disse que ouvira um tiro.
Chegado ao local o piquete da
Polícia, depois de tocar a campainha e não obtendo resposta, resolveu arrombar
a porta.
Efectivamente foi encontrada uma
jovem estendida no chão, entre um sofá e uma mesa de centro, tendo no temporal
direito o ferimento provocado por uma bala. A arma usada, uma pequena bareta
havia sido atirada para debaixo de um móvel. Sobre a mesa, atrás referida,
encontrava-se um balde com pedras de gelo já meio fundido e uma garrafa de
champanhe aberta com o conteúdo intacto. Havia também dois copos próprios para
o consumo da bebida referida.
O tiro fora disparado de muito
perto pois o ferimento, além de outros sinais característicos dessa
circunstância, tinha os bordos queimados e sinais de pólvora. O derramamento de
sangue, devido à cauterização do ferimento, não tinha sido muito grande.
A vítima envergava roupas caras,
mas bastante ousadas. Nas costas de um sofá repousava, como que atirado para
ali ao acaso, um casaco de peles. Junto do casaco estava uma bolsa no interior
da qual foram encontrados os documentos da vítima. Tratava-se de uma cidadã
mexicana de nome Marga Romero que trabalhava como stripper num clube noturno da
cidade.
Tão depressa quanto foi possível a
Polícia iniciou as investigações. No clube, onde trabalhava a jovem, informaram
que ela havia saído do estabelecimento pouco depois das 04h30m. Saíra sozinha,
mas o porteiro informou que na rua alguém a esperava num carro. Ainda, por
informações obtidas no clube, soube-se que a jovem naquela noite
confraternizara com quatro clientes já bastante conhecidos cujos nomes foram
fornecidos. Ainda não eram dez horas já a polícia havia interrogado os quatro
indivíduos sinalizados.
Amílcar Cardoso, técnico de
informática, declarou ter saído do clube com o seu vizinho e colega de trabalho
cerca das seis horas da madrugada. Saíram tão tarde, ou cedo, porque era Sábado
e não iriam trabalhar.
Óscar Afonso, técnico de
informática tal como o seu vizinho, confirmou as declarações do seu colega.
António Fonseca, Inspetor aposentado
da PJ, actualmente trabalhando como detective particular. Convidou os
investigadores a entrarem. Disse que de facto estivera no clube naquela noite, mas
tinha saído cedo, cerca das 04h30m. Até tinha trazido de lá uma garrafa de
champanhe pois pensava em telefonar a uma garota para lhe ir fazer companhia,
mas não conseguira contactar com ela. Acabara por não beber o champanhe e ficar
sozinho.
Enquanto um dos agentes recolhia as
declarações o outro deu uma volta pela casa que até nem era muito grande, um
quarto, uma cozinha e uma saleta de entrada. Este agente informou mais tarde o
colega de que não tinha visto nada de anormal, nem sequer qualquer sinal de
bebidas alcoólicas.
José Jeremias conhecido por “O Morcego”,
não tinha profissão conhecida, mas nunca lhe faltava dinheiro. Irritado com o
interrogatório afirmou desabridamente, que saíra do clube era já quase dia.
Normalmente era sempre o primeiro cliente a entrar e o último a sair.
Todas estas declarações foram
confirmadas pela gerência do Clube.
O médico legista que, contra o que
é habitual, compareceu no local do crime pouco depois da chegada da polícia,
depois de examinar a vítima, afirmou que a morte deveria ter ocorrido bastante
perto da hora a que foi dado o alarme pois o corpo ainda não se encontrava
frio.
Depois destas investigações a
polícia depressa concluiu quem tinha sido o assassino. E os meus amigos quem
acham que foi?
A)
— José Jeremias
B)
— Amílcar Cardoso
C)
— António Fonseca
D)
— Óscar Afonso
E
pronto.
Resta
aos nossos “detectives” indicarem qual a alínea correcta, impreterivelmente até
ao próximo dia 31 de Maio, para o que poderão usar um dos seguintes meios:
-
Pelos Correios para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
-
Por e-mail para um dos endereços:
-
Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.
Boas
deduções!
X CONVÍVIO DA TERTÚLIA POLICIÁRIA DA LIBERDADE
1 de Junho - S. Pedro
de Sintra
RAPIDINHA POLICIÁRIA - PRÉMIO DICK ROLAND
Cada concorrente deverá fazer-se
acompanhar de um livro à sua escolha que irá
enriquecer a mesa dos prémios. Terá
ainda de ter elaborado um pequeno problema policial, bem como a
respectiva solução, em textos
separados não excedendo uma página
A4, cada um deles, identificados apenas com o título
comum e sem qualquer assinatura. Os dois textos deverão
constar de um sobrescrito, esse sim com a identificação do
concorrente bem como o título do problema.
Cada concorrente receberá da Mesa, por
sorteio, um dos outros problemas, que deverá solucionar
num máximo
de 20 minutos. Depois de entregar à mesa a sua solução,
receberá a oficial, devendo então
avaliar a qualidade do trabalho do autor (problema+solução
oficial) com pontuação de 0 a 3.
Finalmente cada autor será chamado a avaliar
a solução
concorrente ao seu problema, também com a pontuação
de 0 a 3. Somando as duas avaliações obtidas por
cada participante, obtém-se uma classificação
final de 0 a 6 pontos. Está prevista uma prova
para desempate, caso seja necessário.
Pretende-se que tudo corra num franco ambiente
de camaradagem e são desportivismo.
Claro que a presença no Convívio
não
obriga a concorrer à prova, mas a TLP
lança
um desafio a todos os convivas para participarem. A partir das 11 horas,
concentração na Taverna dos Trovadores em S.
Pedro de Sintra. Às 12.00 a
Rapidinha, às 13.30 o Almoço, e
a partir das 15.00 as Homenagens, distribuição de
prémios
e um agradável momento musical. Inscrições
até
às 18 horas do dia 29/5, para 966 173 648 (A.Raposo & Lena), 966 435
564 (Búfalos
Associados) ou 966 102 077 (Nove). Não faltem. Serão
bem-vindos.
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