domingo, 19 de junho de 2016

POLICIÁRIO 1298



ESTÃO DECIFRADOS OS DESAFIOS DA PROVA 4!

Com as pontuações da prova n.º 3 já acessíveis no blogue Crime Público, em http://blogs.publico.pt/policiario, vamos hoje tomar conhecimento das soluções oficiais dos dois desafios que formaram a prova n.º 4.
Qualquer dos problemas apresenta situações que, ou muito nos enganamos ou vão causar grandes complicações a alguns “detectives” menos atentos. Sobretudo no que se refere à parte II, de autoria do confrade Inspector Boavida, que apresentou um desafio que exigia alguma consulta e mais uma redobrada dose de atenção, que terá faltado em muitos casos!
Por vezes os nossos leitores referem que abusamos nos alertas que vamos deixando, no sentido de terem a máxima atenção na leitura e interpretação dos elementos que cada autor coloca nos seus problemas, mas a realidade é que é nesses pormenores que se decidem as competições e são a chave de sucesso para os “detectives” que aparecem mais vezes nos lugares cimeiros.
Vamos acompanhar as soluções que os autores A. Raposo & Lena e Inspector Boavida criaram para os seus desafios:

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2016
SOLUÇÕES DA PROVA N.º 4
PARTE I – “TEMPICOS E OS TRÊS AMIGOS” – de A RAPOSO & LENA

Neste caso temos que investigar primeiro as personagens (suspeitos) que entram na história, pois ninguém do exterior poderia vir a ser suspeito.
Dois dos três sobrinhos da vítima estão fora, um em Madrid, outro no Porto, não podendo fazer parte dos suspeitos.
Na casa estavam a criada e o jardineiro bem como os dois velhos amigos mais a sobrinha Paula que acaba saindo posteriormente.
Na confecção do chá, na cozinha, estaria a Maria a aquecer a água ao mesmo tempo que informava a Paula sobre as compras a fazer para a casa.
É enquanto a água aquece e Maria se dirige ao jardim pedir ao jardineiro um pezinho fresco de hortelã, que a Paula tem oportunidade para colocar no caneco do tio que era diferente (tinha tampa) das chávenas dos amigos.
É possível entrar com a suspeita sobre a Maria que teria também oportunidade de juntar veneno ao caneco. Mas aqui não aparece qualquer vantagem para ela para além de perder o emprego, por morte do patrão. Nós gostamos – mesmo nos problemas policiais – de alguma lógica. Ninguém mata por desporto! 
Maria não era herdeira mas unicamente os três sobrinhos em igual percentagem, não havendo testamento.
Porém há algum tempo que Antunes desconfiava de que lhe estavam a preparar a viagem para o além. Só que não tinha provas!
Quando se apercebeu que estava a ficar sem condições de falar e com pouco tempo para comunicar, resolveu utilizar o alfabeto egípcio antigo, como pista para os seus amigos mas para ocultar a informação à sobrinha.
A letra P corresponde ao rectângulo.
Seria a pista para a polícia poder “apertar” a sobrinha Paula e levá-la à confissão.

Com isso, a herança ficaria só para os sobrinhos ausentes se tudo se descobrisse e fosse levantado o manto diáfano da fantasia à nudez forte da verdade. 



PARTE II – “A CRIATURA VISITA O CRIADOR” – de INSPECTOR BOAVIDA
                                      
Resposta: alínea a) pedir uma audiência ao Presidente da Câmara, Rui Rio.
Numa primeira e menos atenta leitura do problema poder-se-ia pensar que a ação decorre no dia 10 de dezembro de 2015, duas semanas após a tomada de posse do XXI Governo Constitucional, liderado por António Costa, viabilizado a contragosto por Cavaco Silva, por já não poder dissolver a Assembleia da República. E aí a resposta certa seria a alínea b): visitar o Museu do Futebol Clube do Porto. Mas… a responsabilidade pela Pasta da Cultura era de uma mulher (leia-se ministra)! E o responsável pela Pasta da Cultura do Governo de António Costa é… um ministro.
Até hoje apenas três mulheres lideraram o Ministério da Cultura em Portugal, mas somente uma integrou um Governo empossado a contragosto pelo Presidente da República: Maria João Bustorff. Logo, a ação decorre duas semanas após a tomada de posse do XVI Governo, chefiado por Pedro Santana Lopes. Jorge Sampaio, que preferia optar pela dissolução do Parlamento, decidiu ceder a Durão Barroso, quando este colocou como condição para aceitar ser Presidente da Comissão Europeia, que aquele seu companheiro de partido fosse indigitado Primeiro-Ministro. Portanto, a ação decorre a 31 de julho de 2004. E nessa altura quem dirigia os destinos do Porto era… Rui Rio.
Pedir uma audiência a Rui Rio, enquanto Presidente da Câmara Municipal do Porto, no dia 31 de julho de 2004 era, assim, o único dos desejos do subchefe Pinguinhas passível de ser concretizado. Assistir a um concerto de Pedro Burmester no Porto nessa data era impossível de concretizar, uma vez que aquele pianista decidira, em 2003, em protesto contra a política cultural municipal, não tocar mais naquela cidade enquanto Rui Rio fosse Presidente da Autarquia, o que gerou uma polémica de grande projeção mediática. Por outro lado, o desejo de visitar o Museu do Futebol Clube do Porto era também impossível de concretizar, simplesmente porque nessa época esse equipamento não passava ainda de um sonho anunciado, tendo sido inaugurado apenas em 28 de setembro de 2013 por altura das comemorações do 120.º aniversário da fundação do clube. O mesmo se passa com a desejada ceia no restaurante DOP, que só abriu as suas portas em 2010, apesar de projetado pelo chef Rui Paula desde 2004.
Outro facto que remete a ação do problema para meados da primeira década deste milénio é a circunstância do subchefe Pinguinhas ter surgido no mundo policiário apenas em 2006 (como se pode constatar no site do confrade Daniel Falcão, Clube dos Detetives, no link “Todos os Enigmas”) e a sua viagem ao Porto ter como um dos principais propósitos fazer com que o seu criador o inscreva finalmente nestas lides…







2 comentários:

Anónimo disse...


Diz-se na Secção de hoje:

"Com as pontuações da prova nº 3 já acessíveis no blogue Crime Policiário"...

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Todavia... não estão ainda na totalidade. E já lá vão dez dias---


"Inspector Aranha"

luis pessoa disse...

O confrade Inspector Aranha tem carradas de razão, como sempre!!
Sá há um culpado e esse... é conhecido e está a dar a cara. A falta de tempo não justifica tudo e por isso aqui fica um formal pedido de desculpas...