domingo, 30 de abril de 2017

POLICIÁRIO 1343



XIV Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade

Está marcado para o próximo dia 21 de Maio o XIV Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade. Realizar-se-á no Restaurante Taverna dos Trovadores, situado na Praça D. Fernando II, nº 18, em S. Pedro de Sintra, num local bem conhecido de muitos policiaristas.
O essencial do almoço vai ser uma festa gastronómica constituída pelos sete pratos e um doce de “ O Livro de Pantacruel”. Leu bem, são sete pratos e um doce e não se trata do mui estimável livro antigo, o de Pantagruel. Aqui, é mesmo o de Pantacruel, coisa mais moderna, que inclui um conjunto de oito estórias erótico-mortíferas ligadas a um mesmo número de diferentes receitas culinárias. Cada um petiscará conforme o seu gosto. Melhor é difícil arranjar.
O almoço, porém, não é tudo.
Os participantes poderão comprar a obra “O Livro de Pantacruel” e deliciarem-se com a imaginação de oito conhecidos policiaristas da nossa praça.
A seguir ao repasto, a TPL procederá a duas justíssimas homenagens: ao blogue “Crime Público”, dirigido por Luís Pessoa, e ao site “Clube de Detectives”, dirigido por Daniel Falcão, que são dois marcos da nossa vida policiária cujo trabalho nunca será suficientemente enaltecido.
Este convívio contará, ainda, com a simpatia de Fernando Pereira, o dono da Taverna dos Trovadores, que, de certeza, nos oferecerá poesia e música para levarmos no coração.
O programa é o seguinte:
12:00 H – Início da concentração.
12:30 H – Apresentação de “O Livro de Pantacruel”, edição TPL 2017.
13:15 H – Almoço Pantacruélico.
15:00 H – Homenagens ao blogue “Crime Público” e ao site “Clube de Detectives”.
15:30 H – Momentos de Poesia e Música
Salvo atestado de impossibilidade, faltar a esta jornada de confraternização será considerado crime!
O custo do almoço é de 16 euros.
Contactos, para esclarecimentos e inscrições: 214719664 ou 966102077 (Pedro Faria); 213548860 ou 966173648 (António Raposo); 219230178 ou 965894986 (Rui Mendes).
A fim de se poderem assegurar as comodidades necessárias, as inscrições deverão ser efectuadas até às 18:00 de sexta-feira, 19 de Maio.

O Convívio da TPL é sempre aguardado com enorme expectativa pelos confrades e “detectives”, porque mantém, no essencial, os ingredientes que já fazem parte do código genético do nosso passatempo, desde os tempos do saudoso Sete de Espadas, o seu verdadeiro introdutor e impulsionador: Amizade, camaradagem, prazer pelo convívio.
A TPL, tem apostado na originalidade das suas apostas, apresentando sempre algo mais do que o já conhecido.
Assim aconteceu, por exemplo, em 2009 quando a convívio foi até Cabanas de Viriato e aí prestou uma homenagem ao cônsul Aristides Sousa Mendes, junto da sua casa, ou do que dela restava na altura, porque finalmente se encontra recuperada.
No momento de plantarmos uma oliveira no jardim fronteiro à mansão e de descerrarmos uma lápide alusiva à homenagem que o “mundo policiário” quis prestar a um vulto ilustre do nosso país, ouviram-se textos, excelentemente lidos pelo nosso confrade e actor Rui Mendes.
A mesma originalidade ocorreu no convívio que teve como pano de fundo o Museu do Teatro, em Lisboa e que contou com a decifração “ao vivo” de um crime em que a vítima foi a “Nelinha”, uma famosa personagem que alimentou grandes polémicas e exaltadas discussões e que acabou - sob a forma de um manequim em tamanho natural - morta e abandonada numa das salas do museu, por onde todos os participantes foram obrigados a passar e fazer a sua investigação.
Ou naquele outro, que ocorreu em pleno Teatro da Trindade, em Lisboa, em que os participantes tiveram de decifrar vários enigmas para chagarem à descoberta de objectos estrategicamente colocados e que até teve uma participação, ao piano, do nosso confrade Peter Pan, professor de música e pianista de reconhecidos méritos.
Ou ainda quando os policiaristas foram até ao Museu do Azulejo, numa jornada de confraternização com uma componente eminentemente cultural.
Ou na homenagem prestada ao confrade Manuel Constantino na sua cidade natal, Almeirim, no festejo do seu 90.º aniversário, numa emocionante e emocionada jornada ainda hoje recordada como um dos grandes marcos do Policiário.

“O DESAFIO DOS ENIGMAS”


O DESAFIO DOS ENIGMAS, secção orientada pelo Inspector Boavida no quinzenário AUDIÊNCIA GRANDE PORTO, tem neste momento em curso duas iniciativas:
1-      “Um Caso Policial em Gaia” é o tema de um concurso de contos aberto a todos, jovens e menos jovens, que se queiram “aventurar” na ficção policial, com uma particularidade: Tendo um mínimo obrigatório de 4 páginas de formato A-4, não tem limite máximo, permitindo assim o desenvolvimento da acção, sem constrangimentos de espaço! Tratando-se de contos temáticos, obrigatoriamente a decorrer no concelho de Vila Nova de Gaia, aqui está a oportunidade excelente para dar luz a escritos que vão ficando na gaveta por falta de locais para publicação. O regulamento prevê que a entrega dos originais ocorra em Abril, portanto, será hoje mesmo a derradeira oportunidade para fazer seguir os originais, que serão sujeitos à apreciação de um júri que os ordenará em três classificações distintas: a primeira, para todos os contos a concurso; a segunda, para aqueles que nunca tenham publicado qualquer conto; e, a terceira, destinada exclusivamente aos mais jovens.
2-      O “Torneio Policiário’ 2017” é uma competição constituída por oito enigmas de índole policiária, especialmente produzidos para o efeito e teve já o seu início no mês de Fevereiro, mas todos os “detectives” estão sempre a tempo para responderem aos restantes desafios, medindo forças com os restantes confrades. Apenas a título de curiosidade, o Inspector Fidalgo está a ultimar a sua participação como produtor, devendo o seu problema aparecer em breve.
Os regulamentos e notícias estão acessíveis no blogue LOCAL DO CRIME, em http://localdocrime.blogspot.pt, que já retomou o seu funcionamento após prolongada ausência, como caixa-de-ressonância da secção O DESAFIO DOS ENIGMAS no espaço cibernético.
Para qualquer contacto mais personalizado, o endereço do orientador do espaço, está sempre disponível: salvadorpereirasantos@hotmail.com.






sábado, 29 de abril de 2017

INSPECTOR GIGAS POETA POPULAR

Campanha de pré-venda
«Zé Gigas, poeta popular.
Antologia Poética 1962-2017»
A Circo de Ideias lança uma campanha de pré-venda para tornar possível a concretização do seu novo projecto editorial: o livro, há muito esperado, que compila o conjunto de poemas escritos, entre 1962 e 2017, por Zé Gigas, poeta popular.

A campanha, que decorre entre 3 de Abril e 3 de Junho, permite a compra do livro com 20% de desconto. Após a compra, o livro poderá ser levantado na livraria Circo de Ideias ou enviado por correio a partir do dia de lançamento, previsto para Setembro de 2017. 
Para mais informações:  
josemanuelgigante@sapo.pt 
Para este livro editar,
Sem pedir outros favores,
Vai ser preciso arranjar
Trezentos subscritores.

XIV CONVÍVIO DA TERTÚLIA POLICIÁRIA DA LIBERDADE

Festa Gastronómica da Tertúlia Policiária da Liberdade

21 de Maio de 2017, domingo
Taverna dos Trovadores, Sintra (S. Pedro)

            Uma festa de degustação!
Fernando Pereira, o dono do restaurante Taverna dos Trovadores, já tem outras inscrições, independentes das do Convívio da TPL, para esta jornada gastronómica.
         A ementa pantacruélica é a seguinte:
         Ovos de Codorniz à Escocesa, Arroz de Polvo, Fava-rica, Papas de Sarrabulho, Jaquizinhos com Arroz Malandro, Curgetes Gratinadas, Chouriço de Porco Preto e Gelado de Morango.
         Para além da confraternização e desta prandial festividade, o XIV Convívio da TPL ainda contará com a apresentação de “O Livro de Pantacruel”, mais duas justas homenagens, poesia e música.
Como já dissemos, salvo atestado de impossibilidade, faltar a este festim será considerado crime!
O custo do almoço é de 16 euros.
Contactos, para esclarecimentos e inscrições: 214719664 ou 966102077 (Pedro Faria); 213548860 ou 966173648 (António Raposo); 219230178 ou 965894986 (Rui Mendes).
A fim de se poderem assegurar as comodidades necessárias, as inscrições deverão ser efectuadas até às 18:00 de sexta-feira, 19 de Maio. Não se atrase, não guarde para o último dia.


           


domingo, 23 de abril de 2017

POLICIÁRIO 1342



ABERTO O COFRE DOS DIAMANTES

Um dos momentos mais aguardados é o da divulgação dos confrontos de cada eliminatória da Taça de Portugal, por uma dupla razão: Primeiro porque cada “detective” fica a saber que superou a etapa anterior e como tal se mantém na luta pelo título; a segunda é por ficar a saber quem é o opositor directo, aquele com quem vai disputar o direito a prosseguir em frente.
Hoje, para além da publicação dos resultados do sorteio, vamos ficar a saber a solução do enigma proposto pelo confrade Rigor Mortis e que constituiu a parte II da prova n.º 2. Recordamos que a solução do problema da parte I, também de autoria do mesmo confrade, foi publicada na passada semana.

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2017
SOLUÇÃO DA PROVA N.º 2 – PARTE II
“O COFRE DOS DIAMANTES” - de RIGOR MORTIS

B - 6666
Os nomes dos 5 netos do Afonso começam por cada uma das vogais, não é?
Daí a fixação dele pelas vogais…
Claro que não é possível “somar” letras… Mas…
Tomem-se as cinco vogais, por qualquer ordem.
Associe-se a cada uma das 5 vogais um algarismo, de 1 a 5. Da forma que se pretender.
Escreva-se o número correspondente, colocando o respectivo algarismo no lugar de cada uma das vogais.
De acordo com as indicações do Afonso na carta, haverá “que rodar quatro vezes as cinco vogais e que as somar”.
Rodem-se os algarismos desse número 4 vezes, de cada vez levando o algarismo da esquerda para o fim, à direita (ou da direita para o princípio, à esquerda, tanto faz). Após cada rotação anote-se o número obtido.
Somem-se os 5 números assim obtidos, o inicial e os obtidos após cada rotação.
Qualquer que seja a ordem inicial das vogais, e consequentemente, dos algarismos, a soma será sempre 166665.

Exemplos:
                        a e i o u                      i u o e a                      u o i e a
                        1 2 3 4 5                     1 3 5 4 2                     2 4 5 3 1
1ª rotação       2 3 4 5 1                     3 5 4 2 1                     4 5 3 1 2
2ª rotação       3 4 5 1 2                     5 4 2 1 3                     5 3 1 2 4
3ª rotação       4 5 1 2 3                     4 2 1 3 5                     3 1 2 4 5
4ª rotação       5 1 2 3 4                     2 1 3 5 4                     1 2 4 5 3
           Soma     166665          Soma    166665          Soma    166665
Como o cofre só tinha 4 discos de segredo, o pequeno rapidamente intuiu que o segredo era 6666…


TAÇA DE PORTUGAL – 2017
XXV ANIVERSÁRIO
CONFRONTOS PARA A 3.ª ELIMINATÓRIA

O resultado do sorteio ditou os confrontos que vamos publicar de seguida. Todos os confrades cujos pseudónimos constam, superaram os seus adversários e vão agora disputar o acesso à etapa seguinte, com os respectivos opositores, tendo como pano de fundo os desafios da prova n.º 3, cujo prazo para resolução termina no próximo dia 30 de Abril:
Homem Aranha – Udino; Professor Tarik – Chico Máximo; Jack Boamassa – Procopo; António Xavier – Mitola; MB Silva – Insp. Columbo; XPTO – Sobola; Vata – Moratti; Tiranossauro – Lobrox; Marta Finória – FCP; João Nespera – Padre Amaro; Amaral Neto – Insp. Jack; Pepe Rápido – Det. 2010; Toygrosso – Visionário; Bóris – Det. Alfacinha; Agente Jacto – Larama Coyote; Capitão Mário – Zurrapão; Trotinetas – Agente Diabólico; Pedroski – Insp. Troca; Sixolina – Agente Alxara; Det. Cuecas – Falcao; Uniaque – Marcos Serra; Pecador Militante – Super Dragon; Insp. Ventoínha – Insp. Cristiano; Sul Airam – Daniel Falcão; Agente Pincelada – Insp. Ferro; Celina Catau – The Lion King; Búfalos Associados – Pikachu; Teatrina – Joca Porreta; Carolina Pimpão – Insp. Juca; Luna Bala – Lima Amaro; Mister H – Kuskas; Mary Doll – Vercce; Super Alpha – Minotauro; Corto Maltese – João Vitola; Number One – Abreu; Bianca Vera – Dr. Quaresma; Xakal – Insp. Vilaverde; Prussian Boy – Lua Nova; Dr. Fonseca – The Boss; A Troikista – Dique Forte; Carreto Marrão – Chepnow; Aldo Pimenta – Senhor Porco; Vampirina – Bruna Amado; Académico – Helicor; Boatola – Det. Jeremias; Galileu – Zé Janeca; Bistroiko – Guedes Ohm; Malone – karl Marques; Deco – Zeca Lupas; Milit.com – Ato Final; Insp. Moscardo – Dona Xepa; Comissário Maigret – Action F; Troikeiro – Vampiro do Ó; Tó Corneta – Insp. Aranha; Zé Zarolho – João Belo; Hugo Foguete – Padeiro do Aljube; Paulo – Conselheiro Acácio; Lusito – Wanda Milá; Insp. Boavida – Gasos Pancali; Zorba Syriza – Brilhantina; Major Alvega – Agente Dourado; TT – Bart Simpson; Ego – Peter O; Alex – Super Tónio; Wesblog – BZZ; Hilária Clintona – Quaresma; Tiko – Reguso; Det. Vira Casaca – Ribeiro de Carvalho; Maria Bruxa – Teresa Afonso: Linda Bera – Agente Irish; Atuga Silca – Agente Guima; Testa Rossa – Lady Betty; Prof. Marcelo – Agente Jota; Tigana – Trinitá; Cordélio – Pronto.pt; Irmão Metralha – Geringonça; Quimtrofa – Decifrador Lopes; Vetamina – Det. Jota Carica; Troikosta – Big Gib; Vari Sela – Bala Xis; Cibernético – Acacrime; Ozela – Juz Cougar; Charlie – Papari; Lucifer – Articrime; Vi Da – Carla Pina; Zé Bacalhau – Viriato; Albino – Free Love; Badmix – Zurc; Bino – O Gato Preto; Zé Ferry – Luís Zero; Mila 18 – Zé Zero; Ayko – Adélia; Talismã – Almínio; Syd – Insp. Burc; Big Luna – Dual Post; Insp. Mizzi – Insp. Africano; Rigor Mortis – Wagner Cuba; CSI Brandoa – Dr. Famoso; Erme Linda – Adélix; Sossavart – Ébano; Louro Sai – Zé; Branco & Preto – Azimute; Ordoc – Funny; Axacal – Det. Marafado; Vigantol – Dr. Zerinho; Manitu – Apitus; Syriza – Beta; Luís Poirot – Teresa M; Sir Francis – Mello; Cromoxis – Babaco; Basalita – Erzália; Det Jagodes – Prof. Ordoc; Insp. Birrento – Falamil; Zázá – Aldino Pires; Seyl – Lenkinha; Fochild – Cota Mil; A Raposo & Lena – Xappo; Licas – Assavil; Vidal – Alarve; Obélix – Sininho; Tortulho – Okaka; Arco.com – JJ Neta; Mimi – Cárgula; Lady Shira – Gacol; Piaxo – Fina Live; Silumano – Zabiá; GPS – Chico Zé; A Selenix – Ezexel;   

    


domingo, 16 de abril de 2017

POLICIÁRIO 1341



CONVÍVIO POLICIÁRIO E SOLUÇÕES

XIV Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade

Será no próximo dia 21 de Maio o XIV Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade, a realizar no Restaurante Taverna dos Trovadores, situado na Praça D. Fernando II, 18, em S. Pedro de Sintra.
O essencial do almoço vai ser uma festa gastronómica constituída pelos sete pratos e um doce de “ O Livro de Pantacruel”. Leu bem, não se trata do mui estimável livro antigo, o de Pantagruel. Aqui, é mesmo o de Pantacruel, coisa mais moderna, que inclui um conjunto de oito estórias erótico-mortíferas ligadas a um mesmo número de diferentes receitas culinárias. Cada um petiscará conforme o seu gosto. Melhor é difícil arranjar.
Este convívio contará, ainda, com a simpatia de Fernando Pereira, o dono da Taverna dos Trovadores, que, de certeza, nos oferecerá poesia e música para levarmos no coração.
O programa é o seguinte, por apenas 16 euros:
12:00 H – Início da concentração.
12:30 H – Apresentação de “O Livro de Pantacruel”, edição TPL 2017.
13:15 H – Almoço Pantacruélico.
15:00 H – Homenagens ao blogue “Crime Público” e ao site “Clube de Detectives”.
15:30 H – Momentos de Poesia e Música
Contactos, para esclarecimentos e inscrições, que deverão ser efectuadas até às 18 horas do dia 19 de Maio: 214719664 ou 966102077 (Pedro Faria); 213548860 ou 966173648 (António Raposo); 219230178 ou 965894986 (Rui Mendes).

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2017
SOLUÇÃO DA PROVA N.º 2 – PARTE I
“TRUFAS E MORTE” – de RIGOR MORTIS

Não iria de facto ser nada fácil ao inspector João Velhote provar quem fora o assassino do Jeremias. Talvez o trabalho de sapa de averiguações à volta da pequena pistola cromada, da engenhoca a ela associada e do comando de garagem conduzissem a provas irrefutáveis, talvez a polícia viesse a encontrar alguém que tivesse visto um dos familiares do Jeremias dirigir-se à mansão noutra altura que não àquele jantar… Mas iria ser o cabo dos trabalhos.
Para mais ele tinha todas as razões para crer que sabia quem tinha sido o assassino.
As evidências recolhidas levavam Velhote a focar as suas suspeitas nalgum dos três irmãos:
·      Os outros membros da família não tinham simpatias pelo Jeremias, mas nenhum deles aparentava ter rancor extremo pelo homem.
·      Os três filhos do Jeremias, todavia, evidenciavam de longa data ódio pelo pai, sem dúvida causado pelos muitos anos de frieza, aspereza e desprezo com que ele os tratara.
·      A construção da engenhoca que provocara o disparo da pistola exigia inteligência, alguns conhecimentos tecnológicos e habilidade de mãos, atributos que qualquer dos irmãos tinha.
·      Além do Edgar e do próprio Jeremias, apenas os três irmãos tinham a chave da mansão ribatejana. Portanto, só eles poderiam em alguma altura ter lá ido instalar a pistola no lustre. Essa oportunidade só poderia ter ocorrido na tarde do domingo anterior ao jantar de aniversário, dois dias antes deste, única altura naqueles dias em que ninguém estava na mansão. Se a instalação tivesse sido feita antes das limpezas da casa pelo Edgar e pelos criados a pistola teria sido obviamente detectada – o lustre da sala de jantar não terá escapado a essa limpeza.
Três outros factos apontavam para que o assassino fosse concretamente a Catarina:
·      Alberto e Sofia tinham passado brevemente pela casa, durante as limpezas. Não teria sentido que o fizessem se pretendessem instalar a engenhoca no lustre. Com os criados em limpezas – e sabê-lo-iam certamente – não o poderiam fazer sem que fossem notados. Catarina, pelo contrário, não apareceu na mansão durante esses dias…
·      Naquele domingo os três irmãos tinham almoçado juntos em Lisboa, após o que Alberto e Sofia tinham ido ver um jogo de râguebi da antiga equipa do Alberto, passando portanto a maior parte da tarde juntos. Catarina não os acompanhara, afirmando querer ir ao cinema. Distando a mansão uma hora de automóvel de Lisboa, ela teve portanto a oportunidade para instalar a pistola no lustre, certamente conhecedora dos hábitos do Edgar e de que a mansão estaria sem ninguém na tarde desse domingo. Pequena como era, não lhe terá sido fácil camuflar a pistola no lustre, dada a altura a que este estava – para observar a pistola disfarçada no lustre, o inspector João Velhote pusera-se de pé em cima da mesa – mas uma cadeira em cima da sólida mesa de mogno terá resolvido o problema.
·      Da descrição da posição dos convivas à volta da mesa, Catarina ocupava o topo precisamente oposto àquele em que se sentava o pai, assento que lhe correspondia por ser a mais nova dos três irmãos. O lustre estava por cima da mesa de jantar, certamente ao centro desta, e a pistola instalada junto ao seu eixo central, portanto na vertical ao centro da mesa, apontando para a parte superior da cadeira onde o Jeremias estava sentado. Sendo a mesa rectangular e estando o lustre relativamente alto devido ao pé direito da sala, a posição da Catarina à mesa, no topo oposto ao do pai, era necessária e fundamental para saber o momento preciso em que a posição do Jeremias fosse tal que a sua cabeça estivesse na linha de mira da pistola. À sobremesa, esse foi o momento escolhido para activar o comando de garagem, emitindo o sinal que, recolhido pela antena da engenhoca que montara e ajustara à pistola, provocou uma corrente eléctrica no solenóide e a consequente sucção do êmbolo, levando à pressão no gatilho da arma e ao disparo.
O Leitor, com os seus dotes de telepatia, dispõe ainda de dois outros elementos, que o inspector João Velhote não podia conhecer já que não teve acesso aos pensamentos do assassino durante o jantar:
·      Quando o assassino se interroga sobre se o Jeremias estaria a desconfiar de alguma coisa, a pergunta que coloca a si próprio é “Será que ele desconfia de alguma coisa?... De mim, ou dos meus irmãos?...” Obviamente, quem coloca a pergunta é uma das irmãs, já que se fosse o Alberto teria pensado “De mim, ou das minhas irmãs?”
·      Ao criticar mentalmente as tias, a assassina diz para si própria “Felizmente, uma mulher hoje é muito mais que roupas e culinária!” Quando comenta mentalmente o consommé, o seu pensamento é “Magnífico consommé! O Edgar levou a cozinheira a exceder-se!” Estes são pensamentos muito mais atribuíveis a uma mulher de características bem femininas – a Catarina – do que a uma mulher de porte atlético e altamente habituada a uma forte competição de natureza física – a Sofia.
Certamente que o Leitor também terá também concluído que foi a Catarina quem matou o Jeremias!...




quarta-feira, 12 de abril de 2017

CONFRONTOS 3.ª ELIMINATÓRIA


TAÇA DE PORTUGAL – 2017

XXV ANIVERSÁRIO

CONFRONTOS PARA A 3.ª ELIMINATÓRIA

 

Homem Aranha – Udino; Professor Tarik – Chico Máximo; Jack Boamassa – Procopo; António Xavier – Mitola; MB Silva – Insp. Columbo; XPTO – Sobola; Vata – Moratti; Tiranossauro – Lobrox; Marta Finória – FCP; João Nespera – Padre Amaro; Amaral Neto – Insp. Jack; Pepe Rápido – Det. 2010; Toygrosso – Visionário; Bóris – Det. Alfacinha; Agente Jacto – Larama Coyote; Capitão Mário – Zurrapão; Trotinetas – Agente Diabólico; Pedroski – Insp. Troca; Sixolina – Agente Alxara; Det. Cuecas – Falcao; Uniaque – Marcos Serra; Pecador Militante – Super Dragon; Insp. Ventoínha – Insp. Cristiano; Sul Airam – Daniel Falcão; Agente Pincelada – Insp. Ferro; Celina Catau – The Lion King; Búfalos Associados – Pikachu; Teatrina – Joca Porreta; Carolina Pimpão – Insp. Juca; Luna Bala – Lima Amaro; Mister H – Kuskas; Mary Doll – Vercce; Super Alpha – Minotauro; Corto Maltese – João Vitola; Number One – Abreu; Bianca Vera – Dr. Quaresma; Xakal – Insp. Vilaverde; Prussian Boy – Lua Nova; Dr. Fonseca – The Boss; A Troikista – Dique Forte; Carreto Marrão – Chepnow; Aldo Pimenta – Senhor Porco; Vampirina – Bruna Amado; Académico – Helicor; Boatola – Det. Jeremias; Galileu – Zé Janeca; Bistroiko – Guedes Ohm; Malone – karl Marques; Deco – Zeca Lupas; Milit.com – Ato Final; Insp. Moscardo – Dona Xepa; Comissário Maigret – Action F; Troikeiro – Vampiro do Ó; Tó Corneta – Insp. Aranha; Zé Zarolho – João Belo; Hugo Foguete – Padeiro do Aljube; Paulo – Conselheiro Acácio; Lusito – Wanda Milá; Insp. Boavida – Gasos Pancali; Zorba Syriza – Brilhantina; Major Alvega – Agente Dourado; TT – Bart Simpson; Ego – Peter O; Alex – Super Tónio; Wesblog – BZZ; Hilária Clintona – Quaresma; Tiko – Reguso; Det. Vira Casaca – Ribeiro de Carvalho; Maria Bruxa – Teresa Afonso: Linda Bera – Agente Irish; Atuga Silca – Agente Guima; Testa Rossa – Lady Betty; Prof. Marcelo – Agente Jota; Tigana – Trinitá; Cordélio – Pronto.pt; Irmão Metralha – Geringonça; Quimtrofa – Decifrador Lopes; Vetamina – Det. Jota Carica; Troikosta – Big Gib; Vari Sela – Bala Xis; Cibernético – Acacrime; Ozela – Juz Cougar; Charlie – Papari; Lucifer – Articrime; Vi Da – Carla Pina; Zé Bacalhau – Viriato; Albino – Free Love; Badmix – Zurc; Bino – O Gato Preto; Zé Ferry – Luís Zero; Mila 18 – Zé Zero; Ayko – Adélia; Talismã – Almínio; Syd – Insp. Burc; Big Luna – Dual Post; Insp. Mizzi – Insp. Africano; Rigor Mortis – Wagner Cuba; CSI Brandoa – Dr. Famoso; Erme Linda – Adélix; Sossavart – Ébano; Louro Sai – Zé; Branco & Preto –Azimute; Ordoc – Funny; Axacal – Det. Marafado; Vigantol – Dr. Zerinho; Manitu – Apitus; Syriza – Beta; Luís Poirot – Teresa M; Sir Francis – Mello; Cromoxis – Babaco; Basalita – Erzália; Det Jagodes – Prof. Ordoc; Insp. Birrento – Falamil; Zázá – Aldino Pires; Seyl – Lenkinha; Fochild – Cota Mil; A Raposo & Lena – Xappo; Licas – Assavil; Vidal – Alarve; Obélix – Sininho; Tortulho – Okaka; Arco.com – JJ Neta; Mimi – Cárgula; Lady Shira – Gacol; Piaxo – Fina Live; Silumano – Zabiá; GPS – Chico Zé; A Selenix – Ezexel.

terça-feira, 11 de abril de 2017

CONFRONTOS ADIADOS

TAÇA DE PORTUGAL - 2017


XXV ANIVERSÁRIO

Por dificuldades inesperadas, não é possível divulgar hoje os confrontos, como fora prometido.
Com as nossas desculpas, esperamos poder fazê-lo durante o dia de amanhã.


CONFRONTOS PARA A 3.ª PROVA

TAÇA DE PORTUGAL - 2017
XXV ANIVERSÁRIO

CONFRONTOS PARA A 3.ª PROVA,

AINDA HOJE, AQUI!

domingo, 9 de abril de 2017

POLICIÁRIO 1340



 SUBCHEFE PINGUINHAS PERGUNTA:
DE QUEM É A CARTEIRA?

Na caminhada que nos conduz ao XXV aniversário desta nossa secção de Policiário, a ocorrer já no próximo dia 1 de Julho e, mais à frente, à conclusão das nossas competições de 2017, surge o segundo desafio da prova 3, tal como o primeiro de autoria do confrade Inspector Boavida, tendo, desta feita como figura principal o subchefe Pinguinhas, a braços com mais um caso intrincado…

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2017
PROVA N.º 3 – PARTE II
“O SUBCHEFE PINGUINHAS NO POSTO DE TURISMO” – Original de INSPETOR BOAVIDA
            
Com o encerramento da esquadra onde prestava serviço, na baixa de Lisboa, o subchefe Pinguinhas foi destacado no início do ano para um posto de apoio aos turistas que nesta altura enxameiam a cidade. Quatro deles entraram um dia destes esbaforidos no posto, ao início da noite, aos gritos uns com os outros, expressando-se nos seus respetivos idiomas: turco, somali, curdo e romeno. Nem eles se entendiam, quanto mais o pessoal do posto, que procurava em vão perceber o motivo da refrega. A muito custo, Pinguinhas conseguiu entender que o pomo da discórdia era uma carteira, contendo três mil euros, que o turco tinha na mão e que os outros três reclamavam também como sua.
Para além do dinheiro, em notas de cinquenta, vinte, dez e cinco euros, a carteira continha alguns papéis (faturas de cafés emitidas sem nome ou número de contribuinte, uma fração da lotaria clássica para o sorteio do dia seguinte, um talão de registo do euromilhões para terça-feira e um bilhete para a próxima sessão do espetáculo em cena no Teatro Nacional D. Maria II), mas nada de passaporte ou qualquer outro documento que pudesse identificar o seu proprietário. O subchefe Pinguinhas não desarmou e desatou a fazer perguntas num inglês pausado e acompanhado de largos e repetitivos gestos, que eles se esforçavam por entender de testa franzida e olhares interrogadores.
Através deste processo, ficou a saber-se que o cidadão romeno está em Lisboa há cinco dias, o somali e o curdo há quatro, enquanto o turco chegara na manhã da antevéspera. Soube-se também que, curiosamente, estão todos alojados no mesmo local, razão por que Pinguinhas se dirigiu de imediato para lá. No hostel, depois de conferir os passaportes dos quatro, tomou conhecimento de que todos reservaram alojamento por seis noites, partindo imediatamente no dia seguinte cada um deles para outra cidade europeia, por via aérea: o turco a início da manhã, rumo a Paris; o romeno ao fim da manhã, com destino a Praga; o curdo e o somali a meio da tarde, em direção a Londres.
Com a preciosa ajuda do rececionista do hostel, que entendia o mais básico das línguas nativas dos quatro turistas desavindos, o subchefe Pinguinhas conseguiu perceber que o início da contenda se verificou na entrada para a composição do metro na estação dos Restauradores, quando à frente deles caiu a carteira a que todos deitaram a mão, tendo o turco sido o mais hábil na disputa pela sua posse. A discussão, em altos berros, numa polifonia de idiomas, começara nesse momento, com todos a reclamarem como sua a carteira que se abrira literalmente perante todos com as várias notas de euro expostas pelo chão da plataforma. Exatamente três mil euros, ali contados a olho nu!
O subchefe Pinguinhas ainda pensou em perguntar a cada um dos turistas onde ficam os cafés que emitiram as faturas que estavam na carteira e a que serviços se reportavam, ou onde foi comprada a fração da lotaria e feito o registo da aposta do euromilhões, mas não o fez por dificuldade de comunicação. De qualquer maneira, embora não deixasse de fazer essa e outras diligências no dia seguinte de manhã bem cedo, com o apoio de um intérprete das várias línguas em presença, considerou que tal não seria necessário para saber a qual deles podia pertencer a carteira. Ou seja, depois de juntar todas as peças do caso, ele concluiu que o proprietário da carteira podia ser:
A: o romeno;
B: o turco;
C: o somali;
D: o curdo.

               
E pronto.
Com os dados lançados, é chegada a altura de todos os nossos “detectives” serem chamados a dizerem-nos a quem poderá pertencer a carteira, indicando explicitamente a letra correspondente à opção tomada (sob pena de ser considerada resposta errada), impreterivelmente até ao próximo dia 30 do corrente mês de Abril, para o que poderão usar um dos meios seguintes:
- Pelos Correios : Luís Pessoa, Estrada Militar, n.º 23, 2125-109 MARINHAIS;
- Por entrega em mão ao coordenador do espaço, onde quer que o encontrem.

Boas deduções!

RESULTADOS DA PROVA N.º 1

Encontram-se já disponíveis as pontuações obtidas pelos nossos “detectives” na prova n.º 1 do Campeonato Nacional, no blogue Crime Público, em http://blogs.publico.pt/policiario ou no sítio do confrade Daniel Falcão, Clube de Detectives, em http://clubededetectives.pt.
Recordamos que todos os resultados são sempre publicados em primeira mão no blogue Crime Público ou nesta nossa secção, conforme as disponibilidades.
Também os endereços de e-mail acima referidos para envio das propostas de solução, podem ser utilizados pelos nossos leitores e “detectives” para qualquer dúvida ou assunto que possa surgir, havendo sempre uma resposta, ainda que possa tardar algum tempo, devido a possíveis acumulações de correspondência.


















sábado, 8 de abril de 2017

NOVO BLOGUE DE COISAS "QUASE" CRIMINAIS

Abrimos mais uma janela na blogosfera.

O "TRETAS À PORTUGUESA" vai tratar de "coisitas" que se passam na nossa vida de todos os dias, por que quase todos já passamos e que seriam "quase" casos de polícia, se não se passassem em Portugal!

O primeiro relato, já publicado, tem como alvo a GALP ON, fornecedor de electricidade e a denominada autoridade reguladora, a ERSE. A vítima, como sempre, é um consumidor português que no fim das contas ficou a haver da GALP ON uma importância em dinheiro, que esta lhe cobrou abusivamente!!

Em breve haverá outros casos e o próximo vai direitinho à NESTLÉ (DOLCE GUSTO) e seus concursos da treta e envolve também um secretário do Ministério da Administração Interna, a quem devia competir zelar pelo cumprimento dos regulamentos dos concursos!

Outros se seguirão! 

Este blogue está aberto a TODOS que tenham "casos" com entidades, Estado, empresas...

Estamos em tretasaportuguesa.blogspot.pt  

CLASSIFICAÇÃO DIC ROLAND


CAMPEONATO NACIONAL - XXV ANIVERSÁRIO

PROVA N.º 1

1.º BÚFALOS ASSOCIADOS - 5 PONTOS
2.º DANIEL FALCÃO - 4 PONTOS
3.º INSPECTOR ARANHA - 3 PONTOS
4.º DETECTIVE JEREMIAS - 2 PONTOS
5.º ZÉ - 1 PONTO


CLASSIFICAÇÃO MEDVET


CAMPEONATO NACIONAL - XXV ANIVERSÁRIO

PROVA N.º 1

1.º INSPECTOR GIGAS - 5 PONTOS
2.º UNIAQUE - 4 PONTOS
3.º PETER O - 3 PONTOS
4.º DECO - 2 PONTOS
5.º JOE TROIKO - 1 PONTO

domingo, 2 de abril de 2017

POLICIÁRIO 1339



QUEM MATOU O CHEF?

Iniciamos mais uma etapa da nossa competição de 2017, o ano em que completamos e festejamos os 25 anos de Policiário no PÚBLICO.
Os desafios deste mês, o desta semana e o que que apresentaremos no próximo domingo, ficam a cargo do nosso confrade Inspector Boavida, um dos “detectives” mais valorosos e completos, sempre nos lugares cimeiros das diversas classificações e um produtor de méritos reconhecidos.

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2017
PROVA N.º 3 – PARTE I
“SMALUCO E A MORTE DO CHEF JOCA GANITAS”
 Original de INSPETOR BOAVIDA
                                  
Um dos casos conduzidos pelo detetive Smaluco mais comentados e discutidos nos bastidores da Polícia Judiciária, onde prestou serviço após concurso público até ser reformado compulsivamente, relaciona-se com a morte do Chef Joca Ganitas, um homem envolvido na noite clandestina de jogos de fortuna e azar. O póquer era a sua perdição, gastando à mesa de jogo praticamente tudo o que ganhava na sua reconhecida atividade profissional, terminando quase sempre a noite com quatro parceiros há muito identificados como perigosos predadores de jogadores viciados. Todos eles tinham um gosto especial por vinho da casta alvarinho, que iam bebericando durante o jogo, quase sempre acompanhado por iguarias previamente preparadas pelo exímio cozinheiro.
As dívidas contraídas por Ganitas nas suas noites mais azaradas eram invariavelmente saldadas a meio da tarde do dia seguinte em sua própria casa, onde preparava antecipadamente um pitéu preferido do seu credor da noite anterior. Alberto Lucas, um sujeito franzino, de pequena estatura, tinha um gosto particular por caldeirada de chocos com batata-doce. Bernardo Lara, um homenzarrão de muitos músculos e pouco cérebro, adorava migas à alentejana. Carlos Luís, um tipo divertido e sempre de bom humor, era o intelectual do grupo e tinha predileção por lombinhos de porco, gratinados. Daniel Libertino, um simpático galã com ar de quem ainda vivia no início do século XX, gostava fundamentalmente de estufado de novilho com ervilhas.
A determinada altura, os dias foram-se sucedendo sem que os petiscos a meio da tarde em casa do solteirão Ganitas acontecessem e as dívidas foram-se acumulando sem que as sessões noturnas de póquer parassem alguma vez de ter lugar. A rotina de fim do dia mantinha-se inalterada e, noite após noite, mal saía do restaurante onde prestava serviço, o cozinheiro rumava para a habitual mesa de jogo, sempre na esperança de recuperar o imenso dinheiro perdido para os seus quatro parceiros, que haviam já começado a exigir, todos eles juntos e em separado, a liquidação das dívidas, sempre com ameaças mais ou menos veladas de violência física, ao mesmo tempo que iam exercendo pressão, através de ameaçadoras mensagens anónimas enviadas por correio.
Certa noite, Smaluco, que se encontrava de plantão na PJ, recebeu um telefonema da PSP dando conta de uma ocorrência que requeria a intervenção urgente da uma brigada da polícia criminal. O caso conta-se em breves palavras. Os colegas do Chef Joca Ganitas, estranhando a sua ausência no posto de trabalho numa noite de muito movimento, e após várias chamadas telefónicas infrutíferas para sua casa, decidiram tomar a iniciativa de comunicar a situação à PSP, que foi dar com ele, por volta das dez da noite, caído na cozinha, com a cabeça dentro do forno, morto, de nariz enfiado num tabuleiro, com inúmeras queimaduras no rosto que o deixaram quase irreconhecível. Junto do fogão estavam quatro cartas de jogar: quatro ases… Um póquer de ases!
Quando chegou ao local da ocorrência, inchado pelas suas conhecidas soberba, fanfarronice e vaidade, o detetive Smaluco, de gabardina beije vestida e de cachimbo “à la Maigret” apagado no canto da boca, não teve quaisquer dúvidas de que se tratou de um acidente. Para ele, o homem havia caído de cabeça no forno quando o petisco que cozinhara já estava no ponto, ao tropeçar inadvertidamente numa garrafa de vinho alvarinho que se encontrava tombada no seu caminho, não muito longe de dois copos com resquícios daquele delicioso néctar minhoto. E era isso mesmo que ele se preparava para colocar no seu relatório da ocorrência, não fosse um dos jovens camaradas que o acompanhavam o ter alertado de forma veemente para o grave erro que iria cometer.
Levantou-se então uma grande discussão, insistindo Smaluco que o seu raciocínio estava certo e devidamente sustentado nos indícios encontrados, pelo que reportaria isso mesmo no relatório, fazendo-se valer da sua posição de superior hierárquico naquela circunstância, por ser o membro da brigada com maior antiguidade de serviço. Conteve-se, porém, quando se lembrou subitamente que havia combinado para o fim da noite um encontro com a sua então jovem namorada Natália, que ficou de esperar por ele num bar do Bairro Alto muito na moda, logo que terminasse o espetáculo em que participava. E como não a queria fazer esperar, porque ela não tolerava atrasos e ele não suportava os efeitos do seu mau humor, deixou ao cuidado do camarada a elaboração do relatório, que os leitores farão o favor de tentar reproduzir.


E pronto.
Uma vez apresentado o caso pelo confrade Inspector Boavida, é chegado o tempo dos nossos confrades e “detectives” o estudarem, elaborarem as suas propostas de solução e remetê-las, impreterivelmente até ao próximo dia 30 de Abril, podendo usar um dos seguintes meios:
- Pelo Correio para: Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
- Por entrega em mão ao orientador, onde quer que o encontrem.
Boas deduções!