SUBCHEFE PINGUINHAS PERGUNTA:
DE QUEM É A CARTEIRA?
Na caminhada que nos conduz ao XXV
aniversário desta nossa secção de Policiário, a ocorrer já no próximo dia 1 de
Julho e, mais à frente, à conclusão das nossas competições de 2017, surge o segundo
desafio da prova 3, tal como o primeiro de autoria do confrade Inspector
Boavida, tendo, desta feita como figura principal o subchefe Pinguinhas, a
braços com mais um caso intrincado…
CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL –
2017
PROVA N.º 3 – PARTE II
“O SUBCHEFE PINGUINHAS NO POSTO DE TURISMO”
– Original de INSPETOR BOAVIDA
Com o encerramento da esquadra onde
prestava serviço, na baixa de Lisboa, o subchefe Pinguinhas foi destacado no
início do ano para um posto de apoio aos turistas que nesta altura enxameiam a
cidade. Quatro deles entraram um dia destes esbaforidos no posto, ao início da
noite, aos gritos uns com os outros, expressando-se nos seus respetivos
idiomas: turco, somali, curdo e romeno. Nem eles se entendiam, quanto mais o
pessoal do posto, que procurava em vão perceber o motivo da refrega. A muito
custo, Pinguinhas conseguiu entender que o pomo da discórdia era uma carteira, contendo
três mil euros, que o turco tinha na mão e que os outros três reclamavam também
como sua.
Para além do dinheiro, em notas de
cinquenta, vinte, dez e cinco euros, a carteira continha alguns papéis (faturas
de cafés emitidas sem nome ou número de contribuinte, uma fração da lotaria clássica
para o sorteio do dia seguinte, um talão de registo do euromilhões para
terça-feira e um bilhete para a próxima sessão do espetáculo em cena no Teatro
Nacional D. Maria II), mas nada de passaporte ou qualquer outro documento que pudesse
identificar o seu proprietário. O subchefe Pinguinhas não desarmou e desatou a
fazer perguntas num inglês pausado e acompanhado de largos e repetitivos gestos,
que eles se esforçavam por entender de testa franzida e olhares interrogadores.
Através deste processo, ficou a saber-se
que o cidadão romeno está em Lisboa há cinco dias, o somali e o curdo há quatro,
enquanto o turco chegara na manhã da antevéspera. Soube-se também que,
curiosamente, estão todos alojados no mesmo local, razão por que Pinguinhas se
dirigiu de imediato para lá. No hostel, depois de conferir os passaportes dos
quatro, tomou conhecimento de que todos reservaram alojamento por seis noites,
partindo imediatamente no dia seguinte cada um deles para outra cidade
europeia, por via aérea: o turco a início da manhã, rumo a Paris; o romeno ao
fim da manhã, com destino a Praga; o curdo e o somali a meio da tarde, em
direção a Londres.
Com a preciosa ajuda do rececionista do
hostel, que entendia o mais básico das línguas nativas dos quatro turistas
desavindos, o subchefe Pinguinhas conseguiu perceber que o início da contenda se
verificou na entrada para a composição do metro na estação dos Restauradores,
quando à frente deles caiu a carteira a que todos deitaram a mão, tendo o turco
sido o mais hábil na disputa pela sua posse. A discussão, em altos berros, numa
polifonia de idiomas, começara nesse momento, com todos a reclamarem como sua a
carteira que se abrira literalmente perante todos com as várias notas de euro
expostas pelo chão da plataforma. Exatamente três mil euros, ali contados a
olho nu!
O subchefe Pinguinhas ainda pensou em
perguntar a cada um dos turistas onde ficam os cafés que emitiram as faturas
que estavam na carteira e a que serviços se reportavam, ou onde foi comprada a
fração da lotaria e feito o registo da aposta do euromilhões, mas não o fez por
dificuldade de comunicação. De qualquer maneira, embora não deixasse de fazer
essa e outras diligências no dia seguinte de manhã bem cedo, com o apoio de um
intérprete das várias línguas em presença, considerou que tal não seria
necessário para saber a qual deles podia pertencer a carteira. Ou seja, depois
de juntar todas as peças do caso, ele concluiu que o proprietário da carteira podia
ser:
A: o romeno;
B: o turco;
C: o somali;
D: o curdo.
E pronto.
Com os dados lançados, é chegada a altura
de todos os nossos “detectives” serem chamados a dizerem-nos a quem poderá
pertencer a carteira, indicando explicitamente a letra correspondente à opção
tomada (sob pena de ser considerada resposta errada), impreterivelmente até ao
próximo dia 30 do corrente mês de Abril, para o que poderão usar um dos meios
seguintes:
- Pelos Correios : Luís Pessoa, Estrada
Militar, n.º 23, 2125-109 MARINHAIS;
- Por entrega em mão ao coordenador do
espaço, onde quer que o encontrem.
Boas deduções!
RESULTADOS DA PROVA N.º 1
Encontram-se já disponíveis as pontuações
obtidas pelos nossos “detectives” na prova n.º 1 do Campeonato Nacional, no
blogue Crime Público, em http://blogs.publico.pt/policiario
ou no sítio do confrade Daniel Falcão, Clube de Detectives, em http://clubededetectives.pt.
Recordamos que todos os resultados são sempre publicados em
primeira mão no blogue Crime Público ou nesta nossa secção, conforme as
disponibilidades.
Também os endereços de e-mail acima referidos para envio
das propostas de solução, podem ser utilizados pelos nossos leitores e
“detectives” para qualquer dúvida ou assunto que possa surgir, havendo sempre
uma resposta, ainda que possa tardar algum tempo, devido a possíveis
acumulações de correspondência.
Sem comentários:
Enviar um comentário