domingo, 9 de abril de 2017

POLICIÁRIO 1340



 SUBCHEFE PINGUINHAS PERGUNTA:
DE QUEM É A CARTEIRA?

Na caminhada que nos conduz ao XXV aniversário desta nossa secção de Policiário, a ocorrer já no próximo dia 1 de Julho e, mais à frente, à conclusão das nossas competições de 2017, surge o segundo desafio da prova 3, tal como o primeiro de autoria do confrade Inspector Boavida, tendo, desta feita como figura principal o subchefe Pinguinhas, a braços com mais um caso intrincado…

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2017
PROVA N.º 3 – PARTE II
“O SUBCHEFE PINGUINHAS NO POSTO DE TURISMO” – Original de INSPETOR BOAVIDA
            
Com o encerramento da esquadra onde prestava serviço, na baixa de Lisboa, o subchefe Pinguinhas foi destacado no início do ano para um posto de apoio aos turistas que nesta altura enxameiam a cidade. Quatro deles entraram um dia destes esbaforidos no posto, ao início da noite, aos gritos uns com os outros, expressando-se nos seus respetivos idiomas: turco, somali, curdo e romeno. Nem eles se entendiam, quanto mais o pessoal do posto, que procurava em vão perceber o motivo da refrega. A muito custo, Pinguinhas conseguiu entender que o pomo da discórdia era uma carteira, contendo três mil euros, que o turco tinha na mão e que os outros três reclamavam também como sua.
Para além do dinheiro, em notas de cinquenta, vinte, dez e cinco euros, a carteira continha alguns papéis (faturas de cafés emitidas sem nome ou número de contribuinte, uma fração da lotaria clássica para o sorteio do dia seguinte, um talão de registo do euromilhões para terça-feira e um bilhete para a próxima sessão do espetáculo em cena no Teatro Nacional D. Maria II), mas nada de passaporte ou qualquer outro documento que pudesse identificar o seu proprietário. O subchefe Pinguinhas não desarmou e desatou a fazer perguntas num inglês pausado e acompanhado de largos e repetitivos gestos, que eles se esforçavam por entender de testa franzida e olhares interrogadores.
Através deste processo, ficou a saber-se que o cidadão romeno está em Lisboa há cinco dias, o somali e o curdo há quatro, enquanto o turco chegara na manhã da antevéspera. Soube-se também que, curiosamente, estão todos alojados no mesmo local, razão por que Pinguinhas se dirigiu de imediato para lá. No hostel, depois de conferir os passaportes dos quatro, tomou conhecimento de que todos reservaram alojamento por seis noites, partindo imediatamente no dia seguinte cada um deles para outra cidade europeia, por via aérea: o turco a início da manhã, rumo a Paris; o romeno ao fim da manhã, com destino a Praga; o curdo e o somali a meio da tarde, em direção a Londres.
Com a preciosa ajuda do rececionista do hostel, que entendia o mais básico das línguas nativas dos quatro turistas desavindos, o subchefe Pinguinhas conseguiu perceber que o início da contenda se verificou na entrada para a composição do metro na estação dos Restauradores, quando à frente deles caiu a carteira a que todos deitaram a mão, tendo o turco sido o mais hábil na disputa pela sua posse. A discussão, em altos berros, numa polifonia de idiomas, começara nesse momento, com todos a reclamarem como sua a carteira que se abrira literalmente perante todos com as várias notas de euro expostas pelo chão da plataforma. Exatamente três mil euros, ali contados a olho nu!
O subchefe Pinguinhas ainda pensou em perguntar a cada um dos turistas onde ficam os cafés que emitiram as faturas que estavam na carteira e a que serviços se reportavam, ou onde foi comprada a fração da lotaria e feito o registo da aposta do euromilhões, mas não o fez por dificuldade de comunicação. De qualquer maneira, embora não deixasse de fazer essa e outras diligências no dia seguinte de manhã bem cedo, com o apoio de um intérprete das várias línguas em presença, considerou que tal não seria necessário para saber a qual deles podia pertencer a carteira. Ou seja, depois de juntar todas as peças do caso, ele concluiu que o proprietário da carteira podia ser:
A: o romeno;
B: o turco;
C: o somali;
D: o curdo.

               
E pronto.
Com os dados lançados, é chegada a altura de todos os nossos “detectives” serem chamados a dizerem-nos a quem poderá pertencer a carteira, indicando explicitamente a letra correspondente à opção tomada (sob pena de ser considerada resposta errada), impreterivelmente até ao próximo dia 30 do corrente mês de Abril, para o que poderão usar um dos meios seguintes:
- Pelos Correios : Luís Pessoa, Estrada Militar, n.º 23, 2125-109 MARINHAIS;
- Por entrega em mão ao coordenador do espaço, onde quer que o encontrem.

Boas deduções!

RESULTADOS DA PROVA N.º 1

Encontram-se já disponíveis as pontuações obtidas pelos nossos “detectives” na prova n.º 1 do Campeonato Nacional, no blogue Crime Público, em http://blogs.publico.pt/policiario ou no sítio do confrade Daniel Falcão, Clube de Detectives, em http://clubededetectives.pt.
Recordamos que todos os resultados são sempre publicados em primeira mão no blogue Crime Público ou nesta nossa secção, conforme as disponibilidades.
Também os endereços de e-mail acima referidos para envio das propostas de solução, podem ser utilizados pelos nossos leitores e “detectives” para qualquer dúvida ou assunto que possa surgir, havendo sempre uma resposta, ainda que possa tardar algum tempo, devido a possíveis acumulações de correspondência.


















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