MUDAR OU NÃO, EIS
A QUESTÃO!
O mês de Agosto é considerado o mês de
férias por excelência e toda a actividade humana acaba por se ressentir disso
mesmo. Não há a mesma disposição para abordar questões e quase tudo consegue ser
justificado pelas férias. Também nós somos tomados por uma certa “preguiça” que
nos impõe um regime mais aberto, menos rigoroso, mais convidativo a uns
mergulhos refrescantes e retemperadores.
Mas as nossas competições não podem parar,
porque um detective tem de estar sempre activo e pronto a responder ao crime,
onde e quando este se manifestar, porque o crime não mete férias!
Hoje vamos ter a parte II da prova n.º 7, de autoria
do confrade Verbatim, natural de Leiria e residente em Alfragide, que nestas páginas
“nasceu” Nove e como referiu por variadas vezes, descobriu tarde o Policiário,
tendo adoptado este pseudónimo por, no seu entender, retratar essa situação, ou
seja, NO de novo “detective” e VE de velho em idade.
Protagonizou enormes lutas policiárias e conquistou
muitos e variados títulos. Destaque para o de Campeão Nacional em 2003/2004,
numa época de ouro em que foi também Policiarista do Ano, finalista da Taça de
Portugal, apenas perdendo para o confrade Zé, curiosamente também natural do
distrito de Leiria, numa final emocionante, (repetindo o desfecho do ano
anterior em que perdeu a final para o confrade Daniel Falcão), concluindo ainda
essa época como número 1 do ranking!
Autor de bons problemas policiais, numa altura em que
estes não abundam, viu a sua qualidade reconhecida com a obtenção do título de
vice-campeão nacional de produção na época 2005/2006, para além de outros
excelentes resultados.
Elemento importante da extinta Tertúlia Policiária da
Linha de Sintra, é hoje um dos responsáveis pela Tertúlia Policiária da
Liberdade, promovendo o convívio saudável, na linha da tradição criada e
desenvolvida pelo saudoso Sete de Espadas.
Afastado voluntariamente da competição esta época,
aguardamos o seu regresso com redobrada expectativa, para podermos assistir às
suas sempre excelentes participações, como decifrador.
Vejamos
o que nos propõe o confrade Verbatim:
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2017
PROVA N.º 7 –
PARTE II
“MUDAR OU NÃO DE
APOSTA, EIS A QUESTÃO” – Original de VERBATIM
No início dos anos sessenta, havia uma
companhia de variedades que durante o seu espectáculo apresentava um concurso
que tinha como prémio final um grande aparelho de televisão. Havia uma prova
prévia onde se podiam ganhar telefonias portáteis, depois da qual ficava apenas
um concorrente que se candidatava ao televisor.
Eram então apresentadas três grandes
caixas, rigorosamente iguais por fora, numeradas 1,2 e 3. Uma tinha o desejado
prémio e as outras duas estavam vazias.
O concorrente escolhia uma das caixas para
se habilitar ao aparelho.
Prosseguindo o espectáculo, o
apresentador, antes de abrir a caixa escolhida, descerrava uma das outras duas,
que sabia estar vazia, e mostrava-a a toda a gente. Ficavam portanto duas
caixas fechadas, uma delas com o televisor. Nessa altura, o apresentador dizia
ao concorrente que lhe concedia a oportunidade de mudar a aposta para a outra
caixa fechada, se o desejasse, esclarecendo-o, no entanto, de que seria
indiferente fazê-lo ou não, visto saber-se que uma das caixas continha o
televisor e a outra não, sendo assim igual a probabilidade de o televisor estar
numa ou noutra das caixas.
Se, por exemplo, fosse escolhida a caixa 1
e descerrada a caixa 3, ao concorrente era, portanto, dada a oportunidade de
alterar a sua aposta para a caixa 2, se o desejasse.
Ora, passadas várias sessões, em que umas
vezes saiu o televisor e outras não, apareceu um protesto sustentando que o
apresentador do concurso prejudicava os concorrentes com as explicações que
produzia sobre a opção de alterar ou não a aposta, pois não eram iguais as
probabilidades de o televisor se encontrar numa ou noutra das caixas. E, visto
isso, poder-se-ia até estar perante uma fraude.
Chamaram-se pessoas sabedoras das
subtilezas dos jogos de sorte e de azar para se pronunciarem sobre a matéria. E
saíram quatro opiniões diferentes:
A
– O concorrente não era prejudicado nem beneficiado pelo esclarecimento dado
pelo apresentador, visto ser rigorosamente igual a probabilidade de o televisor
estar numa ou noutra das caixas.
B
– O concorrente era beneficiado porque as considerações do apresentador o
levavam apenas a concentrar-se nas duas caixas em que poderia apostar e a
esquecer o que se passara antes.
C
– O concorrente era prejudicado devido a ser bastante menor a probabilidade do
televisor estar na caixa inicialmente escolhida do que na outra caixa que ficou
fechada.
D
– O concorrente era prejudicado devido a ser bastante maior a probabilidade do
televisor estar na caixa inicialmente escolhida do que na outra caixa que ficou
fechada
Será que o protesto tinha fundamento?
Indique quem teria razão escolhendo uma das alíneas anteriores.
E pronto.
Fica a proposta do confrade Verbatim, que
apesar da decisão de fazer uma pausa na decifração, respondeu afirmativamente
ao desafio que lhe foi lançado para que apresentasse dois problemas, um de cada
tipo.
Agora, resta aos “detectives” decidirem
qual das alíneas é a correcta e, impreterivelmente até ao próximo dia 10 de
Setembro fazerem chegar as suas opções ao coordenador deste espaço, em conjunto
com a solução do problema publicado na semana passada, para o que poderão usar
um dos seguintes meios:
Pelo Correio: Luís Pessoa, Estrada
Militar, n.º 23, 2125-109 MARINHAIS;
Por e-mail para: lumagopessoa@gmail.com; pessoa_luis@hotmail.com; luispessoa@sapo.pt;
Por entrega em mão ao orientador, onde
quer que o encontrem.
Boas deduções e boas férias (se for o
caso!)
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