QUEM
TERÁ LIQUIDADO O REI DOS QUEIJOS?
Vamos
concluir a primeira prova desta época, publicando a parte II, um problema de
escolha múltipla:
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2018
PROVA
N.º 1 – PARTE II
“A
MORTE DO REI DOS QUEIJOS” – Original de RUI LOPO
Assim
que o agente da polícia entrou na sala, viu em cima da mesa uma folha de papel
virada para uma cadeira vazia, com uma palavra: SIM.
No
outro lado da mesa estreita, estava o corpo da vítima, um industrial de queijos
e manteigas, muito conhecido também por ter grandes rebanhos que lhe davam as
matérias-primas para fabricar produtos que todos diziam únicos e especiais.
Estava sentado na cadeira oposta à vazia e o seu tronco estava caído sobre o
tampo, com o braço estendido na direcção da folha de papel. Entre os dedos, um
pequeno lápis, com o qual (confirmou-se posteriormente) escrevera a estranha
anuência.
O
agente fez a análise de todos os elementos que constavam na pequena divisão,
não encontrando nada de significativo. Aparentemente o “queijeiro americano”,
como era conhecido por ter vivido emigrado durante décadas nos Estados Unidos,
no Estado que mais produzia manteiga e queijos, teria morrido de ataque
cardíaco, mas a autópsia veio mostrar que tinha marca de uma picada no braço
direito e que um veneno lhe tinha sido ministrado, que lhe foi paralisando os
movimentos até á sua morte.
Interrogou
a empregada que fazia as tarefas da casa e cozinhava para a vítima. Ela não se
apercebeu de nada de anormal nesse dia e referiu que o senhor recebeu a visita
de quatro pessoas ao longo dessa manhã. Não se recorda por que ordem, mas sabe
que estiveram com ele o Simão, empregado da fábrica e que mantinha com ele um
litígio sobre a maneira de fazer um dos queijos; o Simões, um rapaz que estava
à procura de trabalho e a quem o empresário terá recusado a admissão, pelo
menos por agora; o Simas, que era como um filho para ele, mas que não era
“grande rês” ao que todos referiam, explorando o velho, “a torto e a direito”;
o Simmer, um visitante desconhecido de todos, que chegara na véspera, um
americano que foi seu antigo colega na América e que, ao eu parecia, vinha
atrás de um segredo qualquer que só o velho conhecia para dar características
únicas a um certo tipo de queijo.
Já
depois de retirado o corpo, o agente ficou mais uns momentos no escritório,
pensativo. Sabia que alguém atentara contra a vida do empresário dos queijos e
que mais ninguém para além daqueles quatro candidatos pudera ter acesso aos
meios para lhe terminar a vida. A empregada estava fora do rol de suspeitos.
Pausadamente,
sentou-se na cadeira que permanecera vazia na frente da vítima, com a folha de
papel ali mesmo, em frente de si, com a palavra misteriosa desenhada com o
lápis retirado de entre os dedos da vítima: SIM.
Estaria
já debilitado ao ponto de não conseguir acabar o nome, ou o que ele queria
escrever era mesmo aquilo? Ou seria o caso de estar a dar uma resposta ao seu
interlocutor, respondendo que sim a uma qualquer questão a que já não conseguia
responder vocalmente?
Tivera
a oportunidade de falar com todos eles e nada de significativo foi revelado.
Todos eles estavam chateados com o empresário, cada qual com os seus motivos,
mas nenhum parecia ter motivos para o matar. Afinal, cada um deles precisava
que a vítima estivesse cá para obter aquilo que queria! Até o “camone” que veio
para sacar um segredo “milagroso” ao seu antigo colega, não adiantava nada com
a sua morte…
Para
si, agente experiente, era nova a situação. Sempre tivera um suspeito mais ou
menos óbvio, mas agora não tinha nada. Certamente que o seu amigo de longa data
e inspector da Judiciária, ia deslindar a situação, rapidamente. Era nestes
pormenores que sentia as suas deficiências de investigação, que sempre
impediram a sua entrada na polícia dos seus sonhos e o mantiveram onde está…
O
seu amigo inspector sorriu durante um momento breve e não perdeu tempo em lhe
dizer:
-
Meu caro, andas à procura de um bom motivo, mas não o saberás se o responsável
pela morte to não disser! Andas à procura de uma prova, mas pode não haver nada
para descobrires. Sá tens um morto, envenenado, uma folha de papel com três
letras apenas e uma decisão para tomar… O responsável pela morte foi:
A-
SIMMER;
B-
SIMAS
C-
SIMÕES
D-
SIMÃO
E
pronto.
Resta
aos nossos “detectives” concluírem a sua participação na prova n.º 1 das
competições desta época, remetendo a alínea que resolve o problema,
impreterivelmente até ao próximo dia 28 de Fevereiro, usando um dos seguintes
meios:
-
Pelos correios para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
-
Por e-mail para pessoa_luis@hotmail.com;
lumagopessoa@gmail.com; luispessoa@sapo.pt
-
Por entrega em mão ao coordenador do espaço, onde quer que o encontrem.
Relembramos
que nestes problemas de escolha múltipla não se torna necessário explicar as
deduções efectuadas, mas apenas identificar a alínea de opção, que tem de ser
explicitamente referida.
Boas
deduções!
OS
97 ANOS DO NASCIMENTO DE SETE DE ESPADAS
No
passado dia 1 de Fevereiro completaram-se 97 anos sobre o nascimento de SETE DE
ESPADAS, o que motivou homenagens diversas no nosso Mundo Policiário, em
memória daquele que foi o seu maior divulgador.
A
data foi recordada, também, no nosso blogue Crime Público, em http://blogs.publico.pt/policiario.
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