domingo, 11 de fevereiro de 2018

POLICIÁRIO 1384




QUEM TERÁ LIQUIDADO O REI DOS QUEIJOS?


Vamos concluir a primeira prova desta época, publicando a parte II, um problema de escolha múltipla:

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2018
PROVA N.º 1 – PARTE II
“A MORTE DO REI DOS QUEIJOS” – Original de RUI LOPO

Assim que o agente da polícia entrou na sala, viu em cima da mesa uma folha de papel virada para uma cadeira vazia, com uma palavra: SIM.
No outro lado da mesa estreita, estava o corpo da vítima, um industrial de queijos e manteigas, muito conhecido também por ter grandes rebanhos que lhe davam as matérias-primas para fabricar produtos que todos diziam únicos e especiais. Estava sentado na cadeira oposta à vazia e o seu tronco estava caído sobre o tampo, com o braço estendido na direcção da folha de papel. Entre os dedos, um pequeno lápis, com o qual (confirmou-se posteriormente) escrevera a estranha anuência.
O agente fez a análise de todos os elementos que constavam na pequena divisão, não encontrando nada de significativo. Aparentemente o “queijeiro americano”, como era conhecido por ter vivido emigrado durante décadas nos Estados Unidos, no Estado que mais produzia manteiga e queijos, teria morrido de ataque cardíaco, mas a autópsia veio mostrar que tinha marca de uma picada no braço direito e que um veneno lhe tinha sido ministrado, que lhe foi paralisando os movimentos até á sua morte.
Interrogou a empregada que fazia as tarefas da casa e cozinhava para a vítima. Ela não se apercebeu de nada de anormal nesse dia e referiu que o senhor recebeu a visita de quatro pessoas ao longo dessa manhã. Não se recorda por que ordem, mas sabe que estiveram com ele o Simão, empregado da fábrica e que mantinha com ele um litígio sobre a maneira de fazer um dos queijos; o Simões, um rapaz que estava à procura de trabalho e a quem o empresário terá recusado a admissão, pelo menos por agora; o Simas, que era como um filho para ele, mas que não era “grande rês” ao que todos referiam, explorando o velho, “a torto e a direito”; o Simmer, um visitante desconhecido de todos, que chegara na véspera, um americano que foi seu antigo colega na América e que, ao eu parecia, vinha atrás de um segredo qualquer que só o velho conhecia para dar características únicas a um certo tipo de queijo.
Já depois de retirado o corpo, o agente ficou mais uns momentos no escritório, pensativo. Sabia que alguém atentara contra a vida do empresário dos queijos e que mais ninguém para além daqueles quatro candidatos pudera ter acesso aos meios para lhe terminar a vida. A empregada estava fora do rol de suspeitos.
Pausadamente, sentou-se na cadeira que permanecera vazia na frente da vítima, com a folha de papel ali mesmo, em frente de si, com a palavra misteriosa desenhada com o lápis retirado de entre os dedos da vítima: SIM.
Estaria já debilitado ao ponto de não conseguir acabar o nome, ou o que ele queria escrever era mesmo aquilo? Ou seria o caso de estar a dar uma resposta ao seu interlocutor, respondendo que sim a uma qualquer questão a que já não conseguia responder vocalmente?
Tivera a oportunidade de falar com todos eles e nada de significativo foi revelado. Todos eles estavam chateados com o empresário, cada qual com os seus motivos, mas nenhum parecia ter motivos para o matar. Afinal, cada um deles precisava que a vítima estivesse cá para obter aquilo que queria! Até o “camone” que veio para sacar um segredo “milagroso” ao seu antigo colega, não adiantava nada com a sua morte…
Para si, agente experiente, era nova a situação. Sempre tivera um suspeito mais ou menos óbvio, mas agora não tinha nada. Certamente que o seu amigo de longa data e inspector da Judiciária, ia deslindar a situação, rapidamente. Era nestes pormenores que sentia as suas deficiências de investigação, que sempre impediram a sua entrada na polícia dos seus sonhos e o mantiveram onde está…
O seu amigo inspector sorriu durante um momento breve e não perdeu tempo em lhe dizer:
- Meu caro, andas à procura de um bom motivo, mas não o saberás se o responsável pela morte to não disser! Andas à procura de uma prova, mas pode não haver nada para descobrires. Sá tens um morto, envenenado, uma folha de papel com três letras apenas e uma decisão para tomar… O responsável pela morte foi:
A- SIMMER;
B- SIMAS
C- SIMÕES
D- SIMÃO

E pronto.
Resta aos nossos “detectives” concluírem a sua participação na prova n.º 1 das competições desta época, remetendo a alínea que resolve o problema, impreterivelmente até ao próximo dia 28 de Fevereiro, usando um dos seguintes meios:
- Pelos correios para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
- Por entrega em mão ao coordenador do espaço, onde quer que o encontrem.
Relembramos que nestes problemas de escolha múltipla não se torna necessário explicar as deduções efectuadas, mas apenas identificar a alínea de opção, que tem de ser explicitamente referida.
Boas deduções! 

OS 97 ANOS DO NASCIMENTO DE SETE DE ESPADAS

No passado dia 1 de Fevereiro completaram-se 97 anos sobre o nascimento de SETE DE ESPADAS, o que motivou homenagens diversas no nosso Mundo Policiário, em memória daquele que foi o seu maior divulgador.
A data foi recordada, também, no nosso blogue Crime Público, em http://blogs.publico.pt/policiario. 


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