RESOLVIDOS
OS PRIMEIROS DESAFIOS DE 2018
Os
dois casos que fizeram a prova n.º 1 desta época, têm hoje o seu epílogo com a
divulgação das soluções oficiais. Agora começará o tempo de espera pelos
resultados, com a ansiedade própria de um início de campanha, para mais com o
aliciante suplementar de serem fundamentais para ser possível avançar na Taça
de Portugal onde, como é sabido, apenas progredirão as melhores 512 propostas,
sendo a única ocasião da época em que a taça não será decidida no tradicional
um contra um, após sorteio sem quaisquer restrições.
Vejamos
como os autores decifraram os seus enigmas:
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2018
SOLUÇÕES
DA PROVA N.º 1
PARTE I - “CALOR E MORTE NO ALENTEJO” - de
COMPADRE AL
Pela
descrição feita, vê-se que o responsável terá sido um dos causadores das
pegadas que há no local, muito provavelmente o das marcas que o polícia não
consegue atribuir, por não estar presente naquele grupo, nem ser identificado
por ninguém.
No
entanto, sabemos que o Inácio se apercebeu ao longe do que se passava e demorou
cerca de 20 minutos a chegar ao local, o que deu muito tempo para que o outro
presente, Zé Farófias pudesse ir a casa, trocar toda a roupa e calçado e
regressar, como se nunca dali tivesse saído. A história da escritura deve ser
verdadeira e facilmente verificável, mas o que já não é nada fácil de defender
é que uma pessoa estivesse vestida de modo impecável, como ele se apresentou,
para fazer uma queimada, que foi o que alegou. Mas, mesmo que assim fosse,
teria ficado obrigatoriamente encharcado com o temporal que desabou por cima de
si e não estaria tão impecavelmente vestido e calçado.
O
Zé cruzou-se ou procurou o Lito e matou-o com a arma de fogo, em pleno
temporal. Certamente deu conta que foi avistado e como tinha marcada a
escritura, viu que tinha tempo para ir a casa mudar toda a roupa e calçado,
esconder a arma e regressar para junto da sua vítima, aguardando pela
testemunha. Só assim se pode justificar que ele estivesse impecavelmente
vestido e com os sapatos bem brilhantes depois de passar por um temporal
daquela dimensão.
PARTE
II – “A MORTE DO REI DOS QUEIJOS” – de RUI LOPO
A- SIMMER
A palavra escrita na folha é
aparentemente SIM, que se aplicaria a qualquer dos suspeitos, mas como foi
escrita pela vítima, o investigador estava a lê-la ao contrário, ou seja, foi
escrita como WIS, as primeiras letras do estado norte-americano do Wisconsin, o
maior produtor de queijo e laticínios e de onde era oriundo o antigo colega da vítima,
Simmer e onde ele trabalhou. Certamente que foi uma questão de vingança ou de
segredo não revelado e que acabou de forma trágica para o “Rei dos Queijos”.
MÃOS À ESCRITA!
Aproxima-se o limite do prazo para envio das produções
concorrentes ao concurso que o confrade Inspector Boavida pretende levar a cabo
e que já anunciámos, em devido tempo.
Tratando-se de uma questão de interesse evidente,
recordamos hoje o respectivo regulamento e lançamos o convite para que todos os
confrades aceitem o desafio e produzam um problema policiário.
CONCURSO DE ENIGMAS POLICIÁRIOS (PRODUÇÃO)
REGULAMENTO
1. O concurso é aberto a todos, sem
condicionalismos de idade;
2. Cada concorrente pode apresentar mais
do que um original;
3. Os trabalhos, na modalidade de produção
de enigma policiário, em língua portuguesa, deverão conter enunciado e
respetiva solução;
4. Os trabalhos deverão ser apresentados
em suporte digital, formato A4, com tipo de letra Times New Roman, em corpo 12 e com 1,5 de espaçamento entre linhas;
5. O enunciado do enigma deve ter o máximo
de 2 páginas e a solução o máximo de uma página e meia;
6. Os trabalhos, nos moldes atrás
descritos, deverão ser enviados para o endereço eletrónico
salvadorpereirasantos@hotmail.com, entre 1 de dezembro de 2017 e 15 de abril de
2018;
7. A classificação dos enigmas será
definida através da média da pontuação atribuída pelos participantes no torneio
de decifração “Solução à Vista!” e pelo orientador da secção O Desafio dos
Enigmas;
8. Na apresentação da solução de cada
prova do torneio de decifração acima referido, os participantes atribuirão ao
respetivo enigma entre 5 a 10 pontos, tendo o orientador da secção o mesmo
número de pontos para atribuir a cada enigma;
9. Será vencedor do concurso o enigma que
alcançar uma maior pontuação média, sendo distinguidos os restantes enigmas
classificados nas primeiras três posições;
10. Serão atribuídos os seguintes prémios:
1º. Lugar – Troféu M Constantino; 2º. Lugar – Taça Zé da Vila; 3º. Lugar – Taça
Mário Campino;
11. Os casos omissos serão resolvidos pelo
orientador da secção O Desafio do Enigmas, não havendo recurso das decisões
tomadas.
De salientar as justíssimas homenagens,
que nunca serão excessivas, ao mestre Manuel Botas Constantino, com a
atribuição aos três prémios do nome e pseudónimos usados pelo mestre ao longo
da sua vida e reconhecidos junto da Família Policiária. M. Constantino é o nome
mais usual e com que assina problemas de enorme qualidade, que podem ser lidos
e apreciados no sítio do confrade Daniel Falcão, Clube de Detectives, incluindo
problemas com que se sagrou campeão nacional de produção, a par de outros assinados
como Mário Campino ou Zé da Vila. O modo de assinar as produções não é fruto de
qualquer acaso momentâneo ou meros palpites ou apetites, nada disso! Cada
“autor” é diferente de qualquer outro, constrói de forma diversa os problemas,
assume divergências em relação aos seus “irmãos”, digamos que funciona como um
mundo diferente, quase como se de heterónimos pessoanos se tratassem. E aí reside
um dos motivos maiores para continuarmos a ler e a tentar decifrar, não apenas
os desafios, mas as linguagens que o confrade de Almeirim nos deixa.
Em boa hora o Inspector Boavida nos
recorda o mestre!