domingo, 18 de março de 2018

POLICIÁRIO 1389




RESOLVIDOS OS PRIMEIROS DESAFIOS DE 2018

Os dois casos que fizeram a prova n.º 1 desta época, têm hoje o seu epílogo com a divulgação das soluções oficiais. Agora começará o tempo de espera pelos resultados, com a ansiedade própria de um início de campanha, para mais com o aliciante suplementar de serem fundamentais para ser possível avançar na Taça de Portugal onde, como é sabido, apenas progredirão as melhores 512 propostas, sendo a única ocasião da época em que a taça não será decidida no tradicional um contra um, após sorteio sem quaisquer restrições.
Vejamos como os autores decifraram os seus enigmas:

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2018
SOLUÇÕES DA PROVA N.º 1
 PARTE I - “CALOR E MORTE NO ALENTEJO” - de COMPADRE AL

Pela descrição feita, vê-se que o responsável terá sido um dos causadores das pegadas que há no local, muito provavelmente o das marcas que o polícia não consegue atribuir, por não estar presente naquele grupo, nem ser identificado por ninguém.
No entanto, sabemos que o Inácio se apercebeu ao longe do que se passava e demorou cerca de 20 minutos a chegar ao local, o que deu muito tempo para que o outro presente, Zé Farófias pudesse ir a casa, trocar toda a roupa e calçado e regressar, como se nunca dali tivesse saído. A história da escritura deve ser verdadeira e facilmente verificável, mas o que já não é nada fácil de defender é que uma pessoa estivesse vestida de modo impecável, como ele se apresentou, para fazer uma queimada, que foi o que alegou. Mas, mesmo que assim fosse, teria ficado obrigatoriamente encharcado com o temporal que desabou por cima de si e não estaria tão impecavelmente vestido e calçado.
O Zé cruzou-se ou procurou o Lito e matou-o com a arma de fogo, em pleno temporal. Certamente deu conta que foi avistado e como tinha marcada a escritura, viu que tinha tempo para ir a casa mudar toda a roupa e calçado, esconder a arma e regressar para junto da sua vítima, aguardando pela testemunha. Só assim se pode justificar que ele estivesse impecavelmente vestido e com os sapatos bem brilhantes depois de passar por um temporal daquela dimensão.

PARTE II – “A MORTE DO REI DOS QUEIJOS” – de RUI LOPO

A-    SIMMER
A palavra escrita na folha é aparentemente SIM, que se aplicaria a qualquer dos suspeitos, mas como foi escrita pela vítima, o investigador estava a lê-la ao contrário, ou seja, foi escrita como WIS, as primeiras letras do estado norte-americano do Wisconsin, o maior produtor de queijo e laticínios e de onde era oriundo o antigo colega da vítima, Simmer e onde ele trabalhou. Certamente que foi uma questão de vingança ou de segredo não revelado e que acabou de forma trágica para o “Rei dos Queijos”.

MÃOS À ESCRITA!
Aproxima-se o limite do prazo para envio das produções concorrentes ao concurso que o confrade Inspector Boavida pretende levar a cabo e que já anunciámos, em devido tempo.
Tratando-se de uma questão de interesse evidente, recordamos hoje o respectivo regulamento e lançamos o convite para que todos os confrades aceitem o desafio e produzam um problema policiário.

          CONCURSO DE ENIGMAS POLICIÁRIOS (PRODUÇÃO)
  REGULAMENTO
1. O concurso é aberto a todos, sem condicionalismos de idade;
2. Cada concorrente pode apresentar mais do que um original;
3. Os trabalhos, na modalidade de produção de enigma policiário, em língua portuguesa, deverão conter enunciado e respetiva solução;
4. Os trabalhos deverão ser apresentados em suporte digital, formato A4, com tipo de letra Times New Roman, em corpo 12 e com 1,5 de espaçamento entre linhas;
5. O enunciado do enigma deve ter o máximo de 2 páginas e a solução o máximo de uma página e meia;
6. Os trabalhos, nos moldes atrás descritos, deverão ser enviados para o endereço eletrónico salvadorpereirasantos@hotmail.com, entre 1 de dezembro de 2017 e 15 de abril de 2018;
7. A classificação dos enigmas será definida através da média da pontuação atribuída pelos participantes no torneio de decifração “Solução à Vista!” e pelo orientador da secção O Desafio dos Enigmas;
8. Na apresentação da solução de cada prova do torneio de decifração acima referido, os participantes atribuirão ao respetivo enigma entre 5 a 10 pontos, tendo o orientador da secção o mesmo número de pontos para atribuir a cada enigma;
9. Será vencedor do concurso o enigma que alcançar uma maior pontuação média, sendo distinguidos os restantes enigmas classificados nas primeiras três posições;
10. Serão atribuídos os seguintes prémios: 1º. Lugar – Troféu M Constantino; 2º. Lugar – Taça Zé da Vila; 3º. Lugar – Taça Mário Campino;
11. Os casos omissos serão resolvidos pelo orientador da secção O Desafio do Enigmas, não havendo recurso das decisões tomadas.

De salientar as justíssimas homenagens, que nunca serão excessivas, ao mestre Manuel Botas Constantino, com a atribuição aos três prémios do nome e pseudónimos usados pelo mestre ao longo da sua vida e reconhecidos junto da Família Policiária. M. Constantino é o nome mais usual e com que assina problemas de enorme qualidade, que podem ser lidos e apreciados no sítio do confrade Daniel Falcão, Clube de Detectives, incluindo problemas com que se sagrou campeão nacional de produção, a par de outros assinados como Mário Campino ou Zé da Vila. O modo de assinar as produções não é fruto de qualquer acaso momentâneo ou meros palpites ou apetites, nada disso! Cada “autor” é diferente de qualquer outro, constrói de forma diversa os problemas, assume divergências em relação aos seus “irmãos”, digamos que funciona como um mundo diferente, quase como se de heterónimos pessoanos se tratassem. E aí reside um dos motivos maiores para continuarmos a ler e a tentar decifrar, não apenas os desafios, mas as linguagens que o confrade de Almeirim nos deixa.
Em boa hora o Inspector Boavida nos recorda o mestre!  



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