UMA
SAGA COM GIRAFAS
O
aumento do prazo para envio das propostas de solução da prova n.º 2, não foi
integralmente entendido por alguns confrades, principalmente aqueles que só
agora descobriram o Policiário e não estão, ainda, por dentro da nossa orgânica
e que nos fizeram chegar as suas dúvidas.
Como
referimos, os regulamentos exigem que cada eliminatória da Taça de Portugal
seja precedida da publicação dos confrontos, de modo a que cada confrade saiba,
obrigatoriamente, quem é o seu opositor em cada prova.
Numa
situação ideal e normal, com os prazos a terminarem sempre no último dia do
mês, duas a três semanas são suficientes para o apuramento e sorteio dos
confrontos, bem a tempo para o final do prazo da prova em causa, mas quando há
factores excepcionais, que podem ser derivados de um número elevado de
participantes ou questões pessoais do orientador do espaço que não consegue
dedicar o tempo necessário para ler, classificar e efectuar o sorteio, os
prazos deixam de ser cumpridos.
O
ponto mais melindroso de cada época é precisamente a prova n.º 2 porque há a
necessidade de apurar as 512 melhores propostas de solução à prova n.º 1 para
depois serem sorteados os “emparelhamentos”, determinando cada confronto.
Encontrar e seleccionar num universo de quase três milhares de soluções as
melhores 512, sem cometer injustiças, ou pelo menos minimizando essa
possibilidade, é tarefa morosa e difícil, como se calcula.
De
qualquer forma, não sendo uma situação virgem, sempre acaba sendo ultrapassada
e as competições vão decorrendo com normalidade uma vez restabelecidos os
prazos.
Chamamos
a atenção dos nossos “detectives” para a necessidade de manterem um contacto
mais próximo com o blogue Crime Público, em http://blogs.publico.pt/policiario,
onde serão publicados os confrontos e toda a informação útil relacionada com o
andamento competitivo.
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2018
PROVA
N.º 3 – PARTE II
A
SAGA DAS GIRAFAS INCÓMODAS – Original de FIPQ
Há
vários anos que morava naquele primeiro andar, um primeiro andar como outro
qualquer, mas que tinha uma particularidade, tinha como vizinhos um parque
temático, gerido por uma associação que cuidava e criava girafas.
Eram
girafas verdadeiras, de carne e osso, que toda a vizinhança encarava com
naturalidade. Mas ele tinha uma vantagem, como morava no primeiro andar, as
janelas ficavam à mesma altura das girafas maiores e por isso era frequente
abrir uma janela e ter de cumprimentar um dos animais mais afoitos. Mesmo os
seus filhos já se habituaram a ter um saco com feno ao lado da janela e todas
as manhãs, ao acordarem, abrem a janela e dão-lhes alguns pedaços, que elas
agradecem. Uma delas chegou a dar pequenas marradas no vidro quando se
atrasaram na refeição!
Durante
anos nunca houve problemas, mas chegou um dia em que se mudou para um dos
apartamentos um indivíduo que começou a complicar as relações com os animais,
com queixas frequentes sobre muitos dos comportamentos das girafas, a começar
com o mau cheiro, depois com as moscas e mosquitos, mais tarde com o barulho
que faziam ao baterem com as patas no chão ou com as lutas de pescoços e a
culminar na denúncia dos gritos fortes que os animais libertavam de noite,
certamente nas suas actividades de acasalamento.
A
situação começou a ficar complicada, com o dito indivíduo a marcar reuniões de
condomínio na tentativa de conseguir uma posição conjunta contra a presença dos
animais, para que fosse possível corre-los dali.
Logo
começaram as denúncias formais, com todas as alegações e acrescentando questões
de saúde pública que acabaram por levar ao local as autoridades sanitárias.
Era
evidente que onde há animais há um pouco mais de cheiro, de moscas ou
mosquitos, até de barulho, mas isso acontece com quaisquer animais, não seria
por serem girafas. Os moradores uniram-se, mas as autoridades sanitárias
referiram que havendo uma queixa, certamente haveria consequências, porque o
queixoso alegava que não conseguia repousar em condições com os gritos dos
animais e assim sendo, tornava-se impossível respeitar o silêncio e sossego das
noites e assim sendo tinham de fazer o relatório obrigando à deslocação dos
animais para outros locais.
O
condomínio e toda a vizinhança pronunciaram--se contra a saída dos animais e
chamaram a atenção para uma mentira que o novo vizinho estava a denunciar e que
demostrava em absoluto a sua má vontade:
A- As girafas não emitem qualquer som
vocal;
B- As girafas não batem com os pescoços
umas nas outras;
C- As girafas não conseguem emitir
gritos fortes;
D- As girafas não libertam cheiros nem
atraem moscas ou mosquitos.
E
pronto.
Terminada
esta descrição que mete mundo animal e a sua relação com os humanos, desta vez
junto ao habitat deles, ao invés do mais habitual que é invasão em sentido
inverso, resta aos confrades e “detectives” escolherem a alínea que responder
ao problema e enviarem a informação, impreterivelmente até ao próximo dia 30 de
Abril, para o que poderão usar um dos seguintes meios:
-
Pelos Correios para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 3125-109 MARINHAIS;
-
Por e-mail: pessoa_luis@hotmail.com;
lumagopessoa@hotmail.com; luispessoa@sapo.pt.
-
Por entrega em mão ao coordenador da secção, onde quer que o encontrem.
Boas
deduções!
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