domingo, 8 de abril de 2018

POLICIÁRIO 1392




UMA SAGA COM GIRAFAS

O aumento do prazo para envio das propostas de solução da prova n.º 2, não foi integralmente entendido por alguns confrades, principalmente aqueles que só agora descobriram o Policiário e não estão, ainda, por dentro da nossa orgânica e que nos fizeram chegar as suas dúvidas.

Como referimos, os regulamentos exigem que cada eliminatória da Taça de Portugal seja precedida da publicação dos confrontos, de modo a que cada confrade saiba, obrigatoriamente, quem é o seu opositor em cada prova.

Numa situação ideal e normal, com os prazos a terminarem sempre no último dia do mês, duas a três semanas são suficientes para o apuramento e sorteio dos confrontos, bem a tempo para o final do prazo da prova em causa, mas quando há factores excepcionais, que podem ser derivados de um número elevado de participantes ou questões pessoais do orientador do espaço que não consegue dedicar o tempo necessário para ler, classificar e efectuar o sorteio, os prazos deixam de ser cumpridos.

O ponto mais melindroso de cada época é precisamente a prova n.º 2 porque há a necessidade de apurar as 512 melhores propostas de solução à prova n.º 1 para depois serem sorteados os “emparelhamentos”, determinando cada confronto. Encontrar e seleccionar num universo de quase três milhares de soluções as melhores 512, sem cometer injustiças, ou pelo menos minimizando essa possibilidade, é tarefa morosa e difícil, como se calcula.

De qualquer forma, não sendo uma situação virgem, sempre acaba sendo ultrapassada e as competições vão decorrendo com normalidade uma vez restabelecidos os prazos.

Chamamos a atenção dos nossos “detectives” para a necessidade de manterem um contacto mais próximo com o blogue Crime Público, em http://blogs.publico.pt/policiario, onde serão publicados os confrontos e toda a informação útil relacionada com o andamento competitivo.

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2018
PROVA N.º 3 – PARTE II
A SAGA DAS GIRAFAS INCÓMODAS – Original de FIPQ

Há vários anos que morava naquele primeiro andar, um primeiro andar como outro qualquer, mas que tinha uma particularidade, tinha como vizinhos um parque temático, gerido por uma associação que cuidava e criava girafas.
Eram girafas verdadeiras, de carne e osso, que toda a vizinhança encarava com naturalidade. Mas ele tinha uma vantagem, como morava no primeiro andar, as janelas ficavam à mesma altura das girafas maiores e por isso era frequente abrir uma janela e ter de cumprimentar um dos animais mais afoitos. Mesmo os seus filhos já se habituaram a ter um saco com feno ao lado da janela e todas as manhãs, ao acordarem, abrem a janela e dão-lhes alguns pedaços, que elas agradecem. Uma delas chegou a dar pequenas marradas no vidro quando se atrasaram na refeição!
Durante anos nunca houve problemas, mas chegou um dia em que se mudou para um dos apartamentos um indivíduo que começou a complicar as relações com os animais, com queixas frequentes sobre muitos dos comportamentos das girafas, a começar com o mau cheiro, depois com as moscas e mosquitos, mais tarde com o barulho que faziam ao baterem com as patas no chão ou com as lutas de pescoços e a culminar na denúncia dos gritos fortes que os animais libertavam de noite, certamente nas suas actividades de acasalamento.
A situação começou a ficar complicada, com o dito indivíduo a marcar reuniões de condomínio na tentativa de conseguir uma posição conjunta contra a presença dos animais, para que fosse possível corre-los dali.
Logo começaram as denúncias formais, com todas as alegações e acrescentando questões de saúde pública que acabaram por levar ao local as autoridades sanitárias.
Era evidente que onde há animais há um pouco mais de cheiro, de moscas ou mosquitos, até de barulho, mas isso acontece com quaisquer animais, não seria por serem girafas. Os moradores uniram-se, mas as autoridades sanitárias referiram que havendo uma queixa, certamente haveria consequências, porque o queixoso alegava que não conseguia repousar em condições com os gritos dos animais e assim sendo, tornava-se impossível respeitar o silêncio e sossego das noites e assim sendo tinham de fazer o relatório obrigando à deslocação dos animais para outros locais.
O condomínio e toda a vizinhança pronunciaram--se contra a saída dos animais e chamaram a atenção para uma mentira que o novo vizinho estava a denunciar e que demostrava em absoluto a sua má vontade:

A-    As girafas não emitem qualquer som vocal;
B-    As girafas não batem com os pescoços umas nas outras;
C-    As girafas não conseguem emitir gritos fortes;
D-    As girafas não libertam cheiros nem atraem moscas ou mosquitos.

E pronto.

Terminada esta descrição que mete mundo animal e a sua relação com os humanos, desta vez junto ao habitat deles, ao invés do mais habitual que é invasão em sentido inverso, resta aos confrades e “detectives” escolherem a alínea que responder ao problema e enviarem a informação, impreterivelmente até ao próximo dia 30 de Abril, para o que poderão usar um dos seguintes meios:

- Pelos Correios para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 3125-109 MARINHAIS;
- Por entrega em mão ao coordenador da secção, onde quer que o encontrem.

Boas deduções!



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