domingo, 30 de dezembro de 2012

POLICIÁRIO 1117



Estamos a chegar ao final deste ano de 2012, que ficará registado como um de muito má memória para muitos de nós.
Com todos os problemas ocorridos no país, com a situação económica insustentável, com desemprego e miséria bem presentes, também o nosso Policiário acabou por ser contaminado e tivemos uma época muito atribulada e com competições ainda por concluir.
Mas, no horizonte, perfila-se um novo ano e com ele a esperança e, mais que isso, a vontade de conseguirmos coisas melhores, pelo menos pelo lado do Policiário, que quanto ao resto…
Assim, em 2013 vamos contar com muitos e muitos novos desafios, mais problemas para decifrar, inseridos em competições que pretendemos muito mais dinâmicas, com resultados divulgados atempadamente.
O modelo competitivo ainda não está completamente definido e por isso não é hoje que vamos ficar a saber como se desenrolará, mas prometemos que dentro de muito pouco tempo teremos aqui toda a estrutura de competição que nos vai reger durante o ano de 2013.
 E como estamos à beira de darmos as boas vindas ao próximo ano, vamos publicar um problema que nos conta a história de um derradeiro negócio no último dia do ano. Tratando-se de um problema bastante acessível, que certamente será facilmente decifrado pelos nossos confrades e “detectives”, convidamos todos os leitores, mesmo aqueles que nunca se deram ao trabalho de ler com olhos de ler a nossa secção, a procurarem a solução:

O ÚLTIMO NEGÓCIO DO ANO
Autor: Inspector Fidalgo

O Manuel é um empresário de pouco sucesso que, de uma forma geral, não consegue realizar o seu sonho de ser rico em pouco tempo e, se calhar, nem em muito tempo. Certamente que há algum erro na escolha da actividade, o que vai fazendo com que a fortuna esteja cada vez mais longe.
A história que lhes vou contar passou-se hoje mesmo, há pouco mais de uma hora e é bem demonstrativa daquilo que acabei de dizer.
Como disse, há cerca de uma hora, o Manuel telefonou ao seu grande amigo Florêncio para lhe pedir que lhe desse uma ajuda e lhe facultasse uma certa verba, sob pena de perder um grande negócio:
– Florêncio, é muito importante e simples. Há um comerciante chinês que tem uma enorme quantidade de aparelhos de alta tecnologia para vender, tudo legal, e vende-me a mim a um bom preço. Sabes, o tipo atrasou-se com a compra e quando chegaram já o Natal tinha passado e portanto, está pronto a vender-me muito em conta. Mas tem que ser já e pago em dinheiro vivo.
– Está bem, Manuel, mas para quê a pressa?
– O tipo diz que tem de partir ainda hoje, tem bilhete de avião e tudo e amanhã vai sair uma notícia no PÚBLICO sobre este mesmo aparelho. Por isso, assim que o jornal sair, certamente que vai haver uma corrida desenfreada, o preço vai subir e com esta quantidade, estou garantido…
– Tens a certeza que é seguro? A notícia vai dizer o quê?
– Ora, a notícia é de um técnico especialista que vai dizer que estes aparelhos têm uma excelente qualidade e desempenho… Vai ser uma corrida ao produto e se eu comprar a este preço, posso vendê-lo pelo dobro… Só preciso é do capital, imediatamente, para ir buscar os aparelhos…
O Florêncio sabia que o amigo não tinha grande habilidade para os negócios e por isso complicou propositadamente a situação e foi ter com o amigo com o pretexto de lhe levar o dinheiro.
Quando falaram com o comerciante chinês, Florêncio ouviu da boca dele a mesma história. Depois de verificar o material que ia ser vendido ao amigo, não teve dúvidas de que o preço até nem era mau, em função das características do produto, mas o negócio não ia ser tão rentável como o amigo julgava, nem a corrida aos aparelhos ia ser como ele apregoava, porque…

1 – Os aparelhos não estavam em boas condições;
2 – Os aparelhos não iam ser noticiados como o chinês apregoava;
3 – Os aparelhos não tinham etiqueta de origem;
4 – Os aparelhos não funcionavam com a nossa electricidade.

                                       
E pronto. Fazemos aqui uma pequena paragem para que todos possam verificar os factos fornecidos e com eles chegarem à sua própria conclusão, que certamente não será diversa da que segue:


SOLUÇÃO

A solução correcta é a 2. Facilmente se verificava que a notícia não podia ser dada daquela maneira, uma vez que o PÚBLICO não se publica no dia 1 de Janeiro, como é tradicional.
Este problema tem uma resolução de certo modo facilitada uma vez que toda a acção se passa precisamente no momento em que é publicado. Quem dos nossos leitores não sabe que daqui por dois dias não haverá jornal nas bancas?
Normalmente não é assim que se passam as coisas e os autores colocam sempre a acção em tempos mais longínquos, obrigando a um trabalho de maior investigação e busca.
No entanto, mesmo sem conhecimento do facto principal, ou seja, a não publicação do jornal, este problema também se poderia decifrar por exclusão de partes, no entanto, a justificação teria de ser sempre procurada na inexistência de jornal no dia mencionado.



BOM ANO DE 2013!
Para todos os leitores e “detectives”, ficam os votos para que o ano de 2013 seja o melhor possível. Boas entradas!

3 comentários:

Anónimo disse...

Caro Luis
Pelos comentário hoje feitos podemos ficar descansados que a secção não vai acabar ou terei eu entendido mal.
Creio que não, creio que entendi bem.
Pelos mesmos comentários compreendi que a extrutura da competição vai ser alterada. Penso que com esta alteração anunciada vão acabar os Campeonatos Nacionais que na minha opinião eram,são, um bom modelo de competição. Contudo aguardemos para apreciare entãotomar uma posição.
Tomar uma posição é apenas uma força de exprssão porque na prática a última palavra será sempre a sua
Um abraço do

Rip Kirby

PS: Aproveito este espaço para me dirigir a todos os confrades para pedir desculpa por não ter enviado os tradicionais votos de Bom Natal e feliz Ano Novo, mas esta época do ano não me tráz boas recordações e este ano foi muito pior do que os outros desde há muito.
Em todo o caso recebam os meus votos de que o ano que se aproxima lhes traga tudo o que de melhor desejarem, coisa de que eu muito duvido.

Rip Kirby

luis pessoa disse...

Obrigado, meu caro, tudo de melhor para si, também.

A competição vai continuar! Sei que o ano de 2012 ficou coxo, muito coxo, mas houve factores que forçaram a isso, cuja responsabilidade é minha.

Quanto a 2013 o problema que já vem de muito atrás, é o dos prémios. Como sabe, temos vários anos em atraso e não pretendia ir somando faltas em cima de faltas.
A questão é simples: Sem os prémios prometidos e sem promessa (agora) de qualquer prémio, como vai ser?
Tivemos uma tradição de muitos anos em que tudo funcionou. Agora, ao que continua a parecer, não é nem será assim.
É minha ideia recomeçar "esquecendo" para já o passado, a que retornaremos quando for possível cumprir as faltas, mas para recomeçar pretendo garantias de que, ainda que em menor quantidade, há prémios garantidos no final. De outra forma seria pedir aos confrades que continuassem a concorrer sem prémios...
O modelo competitivo pode continuar a ser o mesmo, Campeonato e Taça, com prazos adequados para um cumprimento correcto.
De qualquer forma, a secção vai continuar, o modelo é que vamos ver...
Receba um abraço com votos de Bom Ano

Anónimo disse...

Caro Luis
Seja lá como for já fiquei satisfeito com a sua resposta.
Embora eu goste de receber prémios, o "TOTOLOTO" está a fazerme muita falta, que sempre são uma lembrançaa para nós e para, com vaidade, mostrar-mos aos nossos netos eu não faço muita questão nisso.
Esqueçamos portanto o passado ou amenizê-mo-lo, se for preciso com uns diplomas e o assunto fica rezolvido. O mesmmo digo para 2013 depois se as coisas se recompuzerem então se verá.
Creio que os verdadeiros policiaristas concorrem mais pelo prazer da competição de que pelos prémios.
Um abraço do
Rip Kirby