domingo, 8 de setembro de 2013

POLICIÁRIO 1153


O prometido é devido! E para este domingo de Setembro, o nosso programa dita que é dia de problema de escolha múltipla, a parte II da prova n.º 8.
Com o aproximar do fim da competição, os nossos “detectives” não devem esperar facilidades, uma vez que entramos nos momentos de todas as definições classificativas, em que um erro de leitura ou um acto de menor concentração pode deitar (e normalmente deita!) tudo a perder.
O desafio de hoje é de autoria do nosso confrade Rip Kirby, que nos segue no Brasil, onde reside e que todos os anos marca presença como produtor e decifrador, sempre nos lugares mais cimeiros das diversas classificações.

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2013
PROVA N.º 8 – PARTE II
“MISTÉRIO NA PRAIA – ORIGINAL DE RIP KIRBY

Era uma praia maravilhosa algures em Portugal. Era um extenso areal de cerca de 2 Km, formando um amplo semi-círculo de areia muito branca, lisa e limpa. Apesar de todas estas particularidades era pouco ou nada frequentada. Havia quem lhe chamasse a “Praia do Paraíso”!
O areal era rodeado de rochedos e densa floresta o que tornava o acesso à praia bastante difícil e até perigoso por isso ela era tão pouco ou nada frequentada. Os rochedos em cada uma das extremidades do areal entravam mar dentro cerca de 5metros apenas ficando fora de água durante as marés de Setembro.
Através da floresta havia uma vereda, quase desconhecida, que dava acesso à praia, mas era muito perigosa devido à existência abundante de répteis venenosos.
Praticamente pendurada nos rochedos da ponta Norte da Praia estava uma robusta e bela casa de madeira onde residia um antigo diretor bancário reformado. Mandara construir a casa quando se reformara e viera para ali residir quando enviuvara.
Na ponta Sul, também encavalitada nas rochas, havia uma cabana onde habitava um velho pescador que subsistia graças aos produtos que retirava do mar e que ali existiam em abundância e que ele ia vender à vila próxima, a um restaurante, todas as manhãs.
Certa altura, depois de o velho ter passado três dias sem lá ter ido levar o pescado o dono do restaurante participou o caso às autoridades competentes.
A Polícia Marítima deslocou-se à moradia do velho pescador e ao chegar lá constatou que o velho tinha sido assassinado com uma facada na garganta que quase o degolara por completo. Entregue o caso à judiciária esta entrou em acção tendo em primeiro lugar interrogado o antigo bancário.
Perguntaram-lhe se ele tinha visto o pescador.
-Não, quase nunca o vejo, eu vim para aqui para ficar isolado do mundo por isso não procuro companhia o que não significa que umas vezes por outras não vá até lá à cabana conversar um pouco com ele. Agora já há uns dias, talvez uma semana que não vou lá. Quando preciso de alguma coisa o meu filho vem cá trazer-me.
Sempre se demora aqui um pouco, mas vai-se embora depressa para evitar que o barco dele fique em seco.
 Às vezes vem por aqui um jovem numa moto de água e quando me vê na praia sempre vem falar comigo. Chama-se Aguiar de Oliveira, é estudante de biologia e as nossas conversas versavam sempre esse tema.
Depois deste interrogatório a polícia esquadrinhou todos os recantos da praia                 incluindo a vereda que lhe dava acesso onde não foram encontrados sinais recentes da passagem de alguém.
Na extremidade Sul da praia foram encontradas pegadas que dos rochedos se dirigiam na direção da cabana do pescador e desta para os rochedos.
Galgando os rochedos a polícia, depois de caminhar sobre estes cerca de um Km foi até à parte sul destes tendo voltado aí a encontrar pegadas semelhantes às que viram perto da cabana. Havia também o sinal evidente de que ali havia sido estacionada uma moto de água.
Segundo o legista o velho teria sido morto 4 dias antes cerca das 16 horas. Antes não porque essa era a hora a que habitualmente ele voltava a casa de regresso da vila.
Na cabana que apresentava sinais de ter sido revolvida não foram encontrados quaisquer valores assim como nas roupas do velho.
Na vila a Judiciária interrogou o filho do antigo bancário e o estudante de Biologia. O primeiro disse que quando ia à praia era só para levar produtos que o pai lhe pedia via rádio. Nunca se demorava lá muito porque o barco dele era muito pesado e ele não podia arriscar-se a que ele tocasse em seco.
Aguiar de Oliveira respondeu que quando ia para a “Praia do Paraíso” era sempre com a intenção de falar com o Bancário. Ele tinha bastantes conhecimentos de Biologia e sempre o ajudava bastante. Quando não o via dava uma volta ou duas por ali e voltava á vila.
Interrogado se conhecia alguém que tivesse uma mota de água ele indicou um indivíduo conhecido p’lo “Pica Pau”. O “Pica Pau” conhecido pela sua dependência de drogas afirmou:
Há mais de uma semana que não ia para a “Ilha do Paraiso” e muito menos para a extremidade Sul da praia.
Pergunta-se:
O assassino foi:
A)    — O Bancário
B)    – O filho do Bancário
C)    – O Aguiar de Oliveira
D)    –O “Pica Pau”

E pronto.
Agora resta aos nossos “detectives” puxarem dos seus argumentos dedutivos e fazerem-nos chegar a alínea que julgam poder resolver este caso, impreterivelmente até ao próximo dia 7 de Outubro, para o que poderão usar um dos eguintes meios:
-Pelos Correios para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS
-Por e-mail para um dos endereços: lumagopessoa@gmail.com; pessoa_luis@hotmail.com ou luispessoa@sapo.pt.
-Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.
Boas deduções!
                     



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