O prometido é devido! E para este domingo de
Setembro, o nosso programa dita que é dia de problema de escolha múltipla, a
parte II da prova n.º 8.
Com o aproximar do fim da competição, os nossos
“detectives” não devem esperar facilidades, uma vez que entramos nos momentos
de todas as definições classificativas, em que um erro de leitura ou um acto de
menor concentração pode deitar (e normalmente deita!) tudo a perder.
O desafio de hoje é de autoria do nosso confrade Rip
Kirby, que nos segue no Brasil, onde reside e que todos os anos marca presença
como produtor e decifrador, sempre nos lugares mais cimeiros das diversas
classificações.
CAMPEONATO NACIONAL E
TAÇA DE PORTUGAL – 2013
PROVA N.º 8 – PARTE II
“MISTÉRIO NA PRAIA –
ORIGINAL DE RIP KIRBY
Era uma praia maravilhosa algures em Portugal. Era
um extenso areal de cerca de 2 Km, formando um amplo semi-círculo de areia
muito branca, lisa e limpa. Apesar de todas estas particularidades era pouco ou
nada frequentada. Havia quem lhe chamasse a “Praia do Paraíso”!
O areal era rodeado de rochedos e densa floresta o
que tornava o acesso à praia bastante difícil e até perigoso por isso ela era
tão pouco ou nada frequentada. Os rochedos em cada uma das extremidades do
areal entravam mar dentro cerca de 5metros apenas ficando fora de água durante
as marés de Setembro.
Através da floresta havia uma vereda, quase
desconhecida, que dava acesso à praia, mas era muito perigosa devido à
existência abundante de répteis venenosos.
Praticamente pendurada nos rochedos da ponta Norte
da Praia estava uma robusta e bela casa de madeira onde residia um antigo
diretor bancário reformado. Mandara construir a casa quando se reformara e
viera para ali residir quando enviuvara.
Na ponta Sul, também encavalitada nas rochas, havia
uma cabana onde habitava um velho pescador que subsistia graças aos produtos
que retirava do mar e que ali existiam em abundância e que ele ia vender à vila
próxima, a um restaurante, todas as manhãs.
Certa altura, depois de o velho ter passado três
dias sem lá ter ido levar o pescado o dono do restaurante participou o caso às
autoridades competentes.
A Polícia Marítima deslocou-se à moradia do velho
pescador e ao chegar lá constatou que o velho tinha sido assassinado com uma
facada na garganta que quase o degolara por completo. Entregue o caso à
judiciária esta entrou em acção tendo em primeiro lugar interrogado o antigo
bancário.
Perguntaram-lhe se ele tinha visto o pescador.
-Não, quase nunca o vejo, eu vim para aqui para
ficar isolado do mundo por isso não procuro companhia o que não significa que
umas vezes por outras não vá até lá à cabana conversar um pouco com ele. Agora
já há uns dias, talvez uma semana que não vou lá. Quando preciso de alguma
coisa o meu filho vem cá trazer-me.
Sempre se demora aqui um pouco, mas vai-se embora
depressa para evitar que o barco dele fique em seco.
Às vezes vem
por aqui um jovem numa moto de água e quando me vê na praia sempre vem falar
comigo. Chama-se Aguiar de Oliveira, é estudante de biologia e as nossas
conversas versavam sempre esse tema.
Depois deste interrogatório a polícia esquadrinhou
todos os recantos da praia
incluindo a vereda que lhe dava acesso onde não foram encontrados sinais
recentes da passagem de alguém.
Na extremidade Sul da praia foram encontradas
pegadas que dos rochedos se dirigiam na direção da cabana do pescador e desta
para os rochedos.
Galgando os rochedos a polícia, depois de caminhar
sobre estes cerca de um Km foi até à parte sul destes tendo voltado aí a encontrar
pegadas semelhantes às que viram perto da cabana. Havia também o sinal evidente
de que ali havia sido estacionada uma moto de água.
Segundo o legista o velho teria sido morto 4 dias
antes cerca das 16 horas. Antes não porque essa era a hora a que habitualmente
ele voltava a casa de regresso da vila.
Na cabana que apresentava sinais de ter sido
revolvida não foram encontrados quaisquer valores assim como nas roupas do
velho.
Na vila a Judiciária interrogou o filho do antigo
bancário e o estudante de Biologia. O primeiro disse que quando ia à praia era
só para levar produtos que o pai lhe pedia via rádio. Nunca se demorava lá
muito porque o barco dele era muito pesado e ele não podia arriscar-se a que
ele tocasse em seco.
Aguiar de Oliveira respondeu que quando ia para a
“Praia do Paraíso” era sempre com a intenção de falar com o Bancário. Ele tinha
bastantes conhecimentos de Biologia e sempre o ajudava bastante. Quando não o
via dava uma volta ou duas por ali e voltava á vila.
Interrogado se conhecia alguém que tivesse uma mota
de água ele indicou um indivíduo conhecido p’lo “Pica Pau”. O “Pica Pau”
conhecido pela sua dependência de drogas afirmou:
Há mais de uma semana que não ia para a “Ilha do
Paraiso” e muito menos para a extremidade Sul da praia.
Pergunta-se:
O assassino foi:
A)
—
O Bancário
B)
–
O filho do Bancário
C)
–
O Aguiar de Oliveira
D)
–O
“Pica Pau”
E
pronto.
Agora resta aos nossos “detectives” puxarem dos seus
argumentos dedutivos e fazerem-nos chegar a alínea que julgam poder resolver
este caso, impreterivelmente até ao próximo dia 7 de Outubro, para o que
poderão usar um dos eguintes meios:
-Pelos Correios para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23,
2125-109 MARINHAIS
-Por e-mail para um dos endereços: lumagopessoa@gmail.com; pessoa_luis@hotmail.com ou luispessoa@sapo.pt.
-Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer
que o encontrem.
Boas deduções!
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