sábado, 26 de outubro de 2013

SOLUÇÕES DA PROVA N.º 8

Alguns confrades lembraram-nos que ainda não tínhamos publicado as soluções dos desafios da prova n.º 8, de autoria do confrade RIP KIRBY, que no Brasil vai procurando recuperar dos problemas de saúde que o atormentam. Para ele a nossa força, para que retome em pleno a sua participação no Policiário, que tanto lhe deve, pela dedicação e empenho com que lhe vai dedicando muito do seu tempo e engenho produtivo de problemas. Força, Amigo Rip!
Porque já divulgamos as classificações, resolvemos antecipar a publicação das soluções apresentadas pelo seu autor, que vai ocorrer no PÚBLICO, na edição de amanhã.
PARTE I 

“O Último Caso do Inspector Trindade”, de Rip Kirby

 Apesar da sua extensão a solução deste problema não oferece dificuldades por aí além.
Segundo Clarisse, a secretária recepcionista de Vicktório Meneguci declarou que logo após a sua chegada ao trabalho apresentou-se ali uma jovem, usando um vestido azul, pedindo uma entrevista com Vicktório e para isso trazia um cartão de Geovani Meneguci.
Clarisse reparou que embora a jovem não fosse feia de todo apresentava umas feiçõesgrosseiras e no rosto, apesar do pó que o cobria, notava-se o tom escuro da pele.
Este pormenor faz-nos suspeitar de que a jovem era afinal um homem. O tom escuro da pele seria devido à barba muito cerrada.
Geovani apesar dos peritos afirmarem que a letra era a dele negou ter dado algum cartão seu a uma mulher. No entanto só as suas impressões digitais estavam presentes neste. Este pormenor mais à frente veremos qual a sua importância.
Pelas declarações de Clarisse sabemos que essa jovem era mais alta do que é normal em mulheres e o porteiro que a viu entrar reparou que ela mal se equilibrava nos saltos dos sapatos oque frequentemente acontece com homens que não estão acostumados a usa-los.
Este pormenor embora pareça importante, e deva ser mencionado, não tem a importância que parece, há mulheres que não sabem andar com sapatos de salto alto. A Margarida Pinto Correia é uma delas.
 Isto pode levar-nos à conclusão de que Geovani facilitou a entrada de um desconhecido nas instalações da administração para liquidar o tio.
Contudo os cúmplices são sempre perigosos pelo que Geovani resolveu ser ele próprio a executar o seu plano e nesta conformidade apresentou-se na empresa, vestido de mulher, logo que Clarisse chegou entregou-lhe o seu cartão de apresentação. Em presença do cartão a jovem secretária mandou que aquele que ela pensava ser uma jovem entrasse para a sala de espera.
Uma vez aqui Geovani entrou no seu gabinete e pelo corredor que comunicava com o gabinete do tio dirigiu-se para o quarto de banho deste tendo antes fechado a porta do corredor pelo lado de dentro. Um erro que o incrimina.
 Tratou de limpar o batom dos lábios e as sombras dos olhos, daí os lenços de papel manchados de vermelho. Depois tomou um banho no quarto de banho do tio para tirar os restos de pintura e eliminar os vestígios do perfume que eventualmente teria usado e de seguida foi ao seu quartovestir-se com os seus trajes habituais. Mas teve um descuido, deixou ali a toalha de que se servira. Antes limpou todos oslugares onde poderia ter deixado as suas impressões no banheiro do tio.
Feito isto sentou-se no escritório do tio e esperou a chagada deste que não se teria feito esperar. Logo que Vicktório chegou não lhe deu tempo a tocar a campainha para chamar a secretária. Passou-lhe pelo pescoço e apertou até estrangula-lo, o cinto de seda azul que pertencia ao vestido que tinha usado para se disfarçar. Ele era bastante mais forte e novo do que o tio pelo que isso não foi tarefa difícil.
Após isto ligou pelo telemóvel para uma das cabines de telefones para serviço dos clientes e pediu para chamarem Clarisse. Como as chamadas para aqueles telefones não podiam ser transferidas para o escritório Clarisse teve que se deslocar até à portaria do lado nascente, mas afinal não havia ninguém no outro lado e ela voltou para o seu posto,
Entretanto Giovani aproveitou a ausência da jovem para sair da sala de espera e dirigiu-se para um dos corredores do lado poente e aqui usando novamente o telemóvel ligou para as cabines obrigando o porteiro a deslocar-se ali para atender o telefone.
Não se identificou e como o ruído era intenso isso não permitiu que o vigilante lhe reconhecesse a voz. Quando o vigilante foi atender o telefone ele aproveitou e escapuliu-se. Meteu-se no carro que precisamente havia deixado ali a jeito e deu uma ou duas voltas ao quarteirão até às 11 horas quando entrou pela porta do corredor que dava acesso ao escritório o que foi testemunhado pelo vigilante. Entretanto já se havia desfeito do vestido azul e dos sapatos que usara.
Entrou no gabinete do tio e deu o alarme.
E assim está desfeito o rolo armado por Geovani Meneguci.

PARTE II – “Mistério na Praia”, de Rip Kirby

A solução deste mistério está escondida com o rabo de fora na alínea D.

No texto não há qualquer pormenor que nos permita suspeitar dos outros intervenientes na história, mas o Pic-Pau logo se desmascarou ao afirmar que já havia uma semana que não ia à praia e muito menos para a ponta Sul.
Ao fazer esta afirmação ele demonstra que sabe os motivos porque está sendo interrogado pela Polícia.


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