A pedido de "várias famílias", como é costume dizer-se, decidimos alargar o prazo para envio das propostas de solução dos problemas da prova n.º 1, até às 24 horas do dia 2 de Março, domingo.
Serão apenas mais 48 horas que, ao que nos referiram vários confrades, farão muita diferença!
Que não seja por isso!
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
domingo, 23 de fevereiro de 2014
POLICIÁRIO 1177
[Transcrição da secção n.º 1177 publicada hoje no jornal PÚBLICO]
COMPETIÇÃO 2014 “A SÉRIO”, SÓ ATÉ DIA 28 DE FEVEREIRO!
Até ao próximo dia 28 decorre o
prazo para envio das propostas de solução dos enigmas da prova n.º 1 do
Campeonato Nacional e Taça de Portugal – 2014.
Entretanto, no início de cada
época de competições, as dúvidas avolumam-se para aqueles leitores que decidem
dar o “grande salto” e tornarem-se “detectives”.
Todos nós conhecemos pessoas que
vão acompanhando o Policiário, lendo os desafios publicados e tentando a sua
decifração, mas sem avançarem para uma prática regular e competitiva. Mas há
sempre um início para tudo e muitos resolvem aproveitar o começo de cada época,
para experimentarem os seus dotes, em competição com todos os restantes
participantes.
Rapidamente chegarão à conclusão
que é muito mais difícil elaborar uma solução para ser classificada entre
muitas outras, do que responder para si próprio. É que, perante um problema,
podemos revelar as nossas conclusões, apontando o criminoso e o motivo, para
depois compararmos com a solução oficial e dizermos que acertámos. Mas a
realidade competitiva é outra. Esse grau de acerto pode não ser suficiente para
a obtenção da totalidade dos pontos em disputa, porque é necessária uma
sistematização dos relatórios, uma fundamentação das conclusões, que numa
abordagem superficial não é feita.
Porque já recebemos algumas
propostas de solução, verificamos que muitos dos novos confrades “detectives”
se “afundam” um pouco nas questões relativas à fundamentação das conclusões,
mas também levantam dúvidas e questões que são, de resto, recorrentes, sobre a
orgânica de funcionamento da nossa secção.
Vamos dar resposta a algumas:
DÚVIDAS FREQUENTES
- O que é preciso para começar a
concorrer?
- A resposta é simples: Nada,
para além de vontade! Tudo o que há a fazer é ler os desafios, interpretá-los e
elaborar a solução que pareça de acordo com o problema, enviando-a dentro do
prazo estabelecido para cada problema e pelos meios divulgados.
- É obrigatório inventar um nome
para concorrer?
- Não é obrigatório, mas é usual
nas relações entre “detectives”. Sempre que nos encontramos, tratamo-nos pelo
pseudónimo e raramente sabemos, sequer, o nome real dos confrades. Isso é uma
das coisas que mais espanta quem está de fora e ouvir-nos chamar por nomes
“esquisitos”, mas que, por outro lado, nos torna muito especiais! É útil que
cada confrade escolha um nome pelo qual pretenda ser conhecido, devendo ser
original.
- É preciso fazer uma
pré-inscrição para a primeira eliminatória da Taça de Portugal?
- Não. Todos os concorrentes que
respondam à primeira prova dos desafios tradicionais da época estão desde logo
seleccionados para a Taça de Portugal. Na primeira eliminatória, os 512
“detectives” que elaborem as melhores propostas de solução são apurados para a
2.ª eliminatória. Depois, daí para diante, já será sempre a eliminar no “um
contra um”, depois do sorteio dos pares.
- É obrigatório um endereço de
e-mail para concorrer?
- Não. Por uma questão de
facilidade, a maioria dos nossos confrades já usa as novas tecnologias para
enviar as suas soluções e para a consulta regular do blogue CRIME PÚBLICO, em http://blogs.publico.pt/policiario,
onde é publicada muita da informação sobre o andamento dos torneios, mas ainda
há uma parte que se mantém fiel ao suporte papel, quer enviado pelos Correios,
quer entregue em mão. Qualquer dos meios é possível.
- Se verificarmos que nos
enganámos, podemos rectificar a solução?
- Dentro do prazo concedido é
sempre possível proceder ao envio das soluções que pretenderem, mas a última
chegada é a que conta para efeitos de classificação. É aconselhável que em cada
versão enviada se faça referência ao facto de já ter enviado outra
anteriormente, para evitar ao orientador a duplicação no trabalho de leitura e
classificação das soluções.
- Quando se refere que o prazo
vai até ao dia “x”, a partir de quando deixam as soluções de serem aceites?
- A data indicada, por exemplo
28/02, significa que à meia-noite desse dia encerra o controle para aceitação
das soluções enviadas por suporte electrónico e as entregues em mão. Quanto às
enviadas pelos Correios serão aceites se a sua data estiver no prazo,
independentemente do dia a que cheguem por atrasos não imputáveis aos “detectives”,
como é óbvio.
- Existe algum júri para apreciar
e seleccionar os problemas a publicar?
- Não. Os problemas enviados
pelos seus autores são objecto de uma leitura atenta do orientador, que os
selecciona para publicação, se entende que merecem, ou propõe ao autor
alterações para o seu eventual melhoramento. A questão do júri já foi ventilada
e analisada, até pela possibilidade de evitar alguns erros que escapam ao
orientador, mas optou-se por manter o sistema vigente, restringindo o número de
pessoas com acesso prévio às produções e às respectivas soluções.
- Os problemas têm que ser
enviados com a solução?
- O autor tem que enviar
conjuntamente o problema e a solução que apresenta para ele e deve juntar,
sempre que tal se justificar, as fontes de consulta que usou, se a solução se
baseia em pormenores apenas verificáveis em locais pouco divulgados. De
qualquer das formas, o orientador poderá pedir aos produtores que comprovem as
conclusões que apresentam, antes da publicação dos enigmas.
- Qual é o prazo para envio dos
problemas para publicação?
- Não há prazo estabelecido. Em
qualquer momento um candidato a produtor pode enviar os seus trabalhos, mas
terá todas as vantagens em remetê-los o mais rapidamente que for possível
porque no início tem mais hipóteses de publicação, para além de permitir ao
orientador uma gestão mais capaz dos problemas a publicar, nomeadamente
ordenando-os por grau de dificuldade.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
O POLICIÁRIO AGRADECE!
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
domingo, 16 de fevereiro de 2014
POLICIÁRIO 1176
[Transcrição da secção n.º 1176 publicada hoje no jornal PÚBLICO]
ALERTA
AOS COMPETIDORES
E
93.º
ANIVERSÁRIO DE SETE DE ESPADAS
Enquanto
decorre o prazo para envio das respostas aos dois desafios já publicados nas
duas semanas anteriores, que integram a prova n.º 1 das nossas competições deste
ano, queremos relembrar algumas indicações que poderão ser muito úteis,
sobretudo aos novos aderentes ao nosso passatempo e que já aqui deixámos por
diversas ocasiões, principalmente quando está no início mais uma época de
competições.
No
Policiário, a pressa é, normalmente, inimiga de uma boa prestação. Na
realidade, após uma primeira leitura, mesmo efectuada de modo ligeiro, há
ideias que ficam de imediato, há rumos que se apontam, mas nenhum “detective”
pode deixar de pesar a circunstância de no outro lado, entenda-se no lado do
produtor do problema, haver, quase sempre, uma clara intenção de “desviar” as
atenções para factores laterais à própria solução.
Mesmo
quem não for um leitor atento dos bons romances policiais, certamente se
apercebe que todos os mestres da literatura policial conduzem os seus casos
para decifrações completamente imprevistas, mas lógicas. Ao longo de toda a
narrativa vão “incriminando” um dos intervenientes, levando o leitor nessa via,
mas no final há sempre uma conclusão “bombástica”, em que o personagem menos
óbvio aparece, por norma, como responsável pelos crimes.
Assim,
sem qualquer intuito paternalista, recomendamos aos novos participantes que
releiam os problemas, reavaliem as suas conclusões e, se assim entenderem, refaçam
as soluções.
Durante
o período de resposta, até ao dia 28 de Fevereiro, poderão substituí-las,
fazendo apenas menção que a resposta que enviam anula e substitui a já enviada.
Será sempre considerada a última recepcionada dentro do prazo.
(93.º aniversário do seu nascimento)
O Sete de Espadas nasceu no Ribatejo, na vila da
Chamusca em 1 de Fevereiro de 1921 e em 12 de Janeiro de 1947 iniciava a sua
actividade como orientador de um espaço policiário, no Jornal de Sintra, com o título
Mistério e Aventura, que ele mesmo definia, em subtítulo, como uma “secção
policial orientada por Sete de Espadas”.
Depois foi um nunca mais acabar, na divulgação da
literatura policial e, sobretudo, na vertente da competição policial.
Que nos desculpem os confrades mais antigos, aqueles
que viveram com ele as aventuras do Clube de Literatura Policial, das secções
no Camarada, no Cavaleiro Andante e em tantos locais, mas nós apontamos um
marco que nos parece decisivo em toda a História do Policiário: O dia 13 de
Março de 1975.
Nesse dia, em todas as papelarias, quiosques, pontos
de venda de jornais e revistas, apareceu, apenas, mais um número do “Mundo de
Aventuras”, uma revista de histórias aos quadradinhos, editada pela Agência
Portuguesa de Revistas, que já vinha dos anos 40 do século XX, mas que trazia
algo de novo: As últimas páginas eram identificadas como “Mistério… Policiário”
e assinadas por um não menos misterioso “Sete de Espadas”!
Foi, podemos dizê-lo com toda a propriedade, o virar
de página de toda uma geração de jovens, muito jovens mesmo, na casa dos 13, 14
anos, que apareceram em enorme explosão, criando um movimento imparável que nos
trouxe até aos nossos dias.
Muitos dos actuais policiaristas são produtos dessa
época, eram leitores de histórias aos quadradinhos e descobriram o policiário,
tornando-se detectives!
O primeiro sinal de que algo se movia, foi a grande
afluência à literatura policial, a corrida aos alfarrabistas, a ânsia de ler os
clássicos do policial, antes da procura dos modernos escritores. Depois, foi a
quantidade de malta nova a tratar-se por nomes escolhidos pelos próprios, que
podiam ser de uma personagem dos quadradinhos, de um detective da literatura,
de uma abreviatura do próprio nome, de uma invenção pura… Tudo servia para nos
identificarmos perante os outros. Era o Detective Invisível, o Inspector
Moisés, o Ubro Hmet ou o Satanás… Poucos sabiam o nome real do confrade que
estava à sua frente, nem isso era importante! Poucos sabiam o que faziam os
outros na vida profissional, mas também não era necessário! O importante era o
facto de estarem todos irmanados no mesmo gosto pela dedução, pelo exercício
das “células cinzentas”, estarem disponíveis para se reunirem em Tertúlias
Policiárias e todos os meses percorrerem o país para os Convívios, na altura
única forma de travarmos conhecimento para além das fronteiras próximas.
No centro de tudo, a figura simpática de um homem de
barbas brancas, cabelo ralo, sorriso aberto e simpático: O Sete de Espadas.
Nos dias dos Convívios, era digno de ser visto o
número de pais que chegavam perto do Sete e lhe confiavam os miúdos de 11 ou 12
anos, como se confia a um avô e lhe diziam que eram os próprios miúdos que
insistiam em ir e não aceitavam um não como resposta! E o Sete, com a calma e o
espírito positivo que sempre teve, lá os tranquilizava, dizendo-lhes que na
tribo policiária eles estavam no local certo para crescerem, num são convívio,
numa camaradagem exemplar.
Ainda hoje sentimos isso. Mesmo nós, muitos já avós,
ainda olhamos para o exemplo do Sete como um aspecto importantíssimo no nosso
processo de desenvolvimento. Todos crescemos muito com ele e com o Policiário.
Todos lhe devemos muito daquilo que conseguimos ser. O seu exemplo, de
persistência na demonstração dos benefícios do exercício de uma actividade tão
saudável para o desenvolvimento harmonioso de um espírito científico, como é o
caso do Policiário, merece ser sempre realçado.
Daí a justeza desta homenagem singela. Esta nossa
secção, se teve o seu nascimento formal no dia 1 de Julho de 1992,
verdadeiramente nasceu muitos anos antes, algures pelo ano de 1975, quando o
Inspector Fidalgo encontrou o Sete de Espadas e ficou fascinado com o Mundo que
este lhe abriu!
Mais tarde foi o XYZ Magazine, o Clube dos Amigos do
XYZ e muitas outras coisas, sempre com a relevância da Amizade e da
Camaradagem, suas imagens de marca.
Foi no dia 10 de Dezembro de 2008 que a notícia do
seu falecimento correu no seio da imensa família policiária, que assim viu
partir o seu principal divulgador, deixando um rasto de pesar entre a imensa
legião daqueles que com ele cresceram física e mentalmente.
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SETE DE ESPADAS
domingo, 9 de fevereiro de 2014
POLICIÁRIO 1175
[Transcrição da secção n.º 1175 publicada hoje no jornal PÚBLICO]
UM CASO AO LUAR DE VERÃO ENCERRA A PRIMEIRA PROVA
Regista-se um certo fervilhar no
Mundo Policiário!
É o início de uma nova época de
competições, que sempre agita os “detectives”, depois de uma pausa prolongada,
por exigência da finalização das classificações da época anterior.
Este lento acelerar da
adrenalina, faz com que quase seja perceptível o mesmo espírito com que, em
tempos idos, esperávamos pelo regresso às aulas, depois de longo período de
férias! As nossas “células cinzentas” estão, agora, em alerta máximo, prontas
para confrontarem as dificuldades que os confrades produtores de enigmas
policiários lhes vão colocar.
Em suma, a competição já começou!
Na passada semana publicámos o
primeiro desafio da época, um problema de características tradicionais, em que
cada “detective” vai ter que elaborar um relatório com as conclusões que retira
do problema. Da qualidade e profundidade do relatório elaborado vai depender a
passagem à segunda eliminatória da Taça de Portugal, já que, como por diversas
vezes referimos, na primeira eliminatória serão apurados os autores das
melhores 512 soluções, só depois passando a haver eliminatórias por sorteio,
que colocarão os “detectives” em “um contra um”, sendo apurado o melhor dos
dois.
Esse primeiro desafio, pode ser
encontrado no blogue CRIME PÚBLICO, em http://blogs.publico.pt/policiario
e o prazo para sua resolução está a decorrer até ao próximo dia 28 do corrente
mês de Fevereiro.
Esta semana, o problema publicado
é diferente, tratando-se de um chamado “problema rápido” ou de escolha
múltipla.
Este tipo de problemas não exige
elaboração de relatório, mas apenas que cada “detective” escolha, de entre as
quatro alternativas apresentadas, aquela que entenda ser a solução do enigma
que é proposto.
Tarefa mais simplificada?
Há quem entenda que sim, mas a
realidade é que muitos dos que defendem essa tese acabam por ser fortemente
penalizados, talvez por encararem estes desafios com uma certa “arrogância”,
que advém de uma errada ideia de facilidade.
Um problema policiário, é sempre
um problema policiário, seja qual for o seu formato e exigirá sempre uma
investigação aturada e metódica. Aqui, no Policiário, não existem problemas
fáceis e quem dessa forma pensar e entender, terá muito mais hipóteses de chegar
ao final melhor classificado.
CAMPEONATO NACIONAL E
TAÇA DE PORTUGAL – 2014
PROVA N.º 1 – PARTE
II
“AO LUAR DO VERÃO…” - Original de LOBO MAU
O detective nem queria acreditar no que lhe
acontecera. Na verdade nem parecia possível que, numa noite tal bela e quente
como aquela, com um luar tão perfeito, com a lua a mostrar toda a sua
plenitude, redonda e brilhante, um qualquer topo, certamente com algum
problema, viesse ter com ele, daquela maneira, a gritar que tinha visto um
lobisomem e outras coisas igualmente incríveis.
O detective olhou o homem com um misto de
interesse e compaixão, logo se arrependendo deste último sentimento. Na
verdade, o homem parecia estar convicto de que tudo acontecera como estava a
contar…
“Mas é verdade, detective, foi hoje mesmo…
Julga que sou algum lunático, não é verdade? Pois não sou… Hoje mesmo, dia 5 de
Junho deste ano de 1993, com esta Lua Cheia que pode ver, que o lobisomem
apareceu… Eu mesmo o vi!”
“Enganou-se, certamente… Deve ter imaginado”,
retorquiu o detective.
“Não, não e não! Eu vi-o. Eram mais ou menos
21h30 e a escuridão invadia já os caminhos ermos por onde tenho de passar, para
chegar a minha casa. Foi ali mesmo, naquele sítio, escuro como breu, como pode
ver, só iluminado pela luz da Lua. Como pode ver, quando a lua se mostra, ainda
se vê alguma coisa, mas quando as nuvens a tapam…”
“E o que é que aconteceu?”
“Ora, aquelas nuvens escuras encobriram a
Lua e ficou tudo escuro. Foi então que me atacou… Só tive tempo de me esquivar,
julgando que era algum cão, ou coisa assim, mas logo a seguiu a Lua descobriu a
sua face redonda e pude ver claramente que era um homem com o corpo coberto de
pelos, com feições de lobo, horrível… Desatei a fugir e tive a sorte de estarem
a chegar outras pessoas, que espantaram o animal, ou homem, ou lá o que ele é…”
“Mas ele chegou a fazer-lhe algum mal?”,
insistiu o detective.
“Não, tive muita sorte!”, respondeu o homem.
Nenhum dos indivíduos que ele apresentou
como tendo chegado a tempo de o safar viu fosse o que fosse e tudo o que sabiam
era pelo que o “nosso” homem contara.
O detective sabia que não podia ser um
lobisomem o que ele vira, mas queria aprofundar se o homem estaria a mentir ou
se estaria de boa-fé, enganado por um qualquer fenómeno…
E pensou…
Poder-se-iam pôr as seguintes hipóteses:
A – O
homem mentiu premeditadamente, inventando uma história que nunca poderia ter-se
passado como ele conta.
B –
O homem mentiu sem querer, confundido por ter visto alguma coisa que
alguém, para lhe meter medo, forjou.
C –
O homem não mentiu, antes viu e
sentiu tudo como indicou, embora não fosse, como é óbvio, um lobisomem.
D –
O homem não mentiu e nada
impede que não haja mesmo lobisomens e que tudo seja, rigorosamente, como
descreveu.
E pronto.
Agora é tempo de interpretar o
texto, decidir a alínea certa e responder, conjuntamente com a proposta de
solução da parte I desta prova, publicada no passado domingo, impreterivelmente
até ao dia 28 de Fevereiro, podendo usar um dos seguintes meios:
-Pelos
Correios para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
-Por e-mail
para um dos endereços:
-Por entrega
em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.
Boas
deduções!
PRAZOS E TEMPOS, OU COMO AS PRESSAS SÃO INIMIGAS DA PERFEIÇÃO!
Já por diversas vezes aqui referimos que os nossos "detectives" não devem ter excessivas pressas em "despachar" as soluções.
Um processo de dedução implica encontrar as diversas formas de abordagem de um problema e testar cada solução que nos pareça resolvê-lo.
Isto vem a propósito de muitas soluções já nos terem sido enviadas, algumas no dia seguinte à publicação e que, de uma forma geral, demonstram deficiente leitura e pouco trabalho de interpretação daquilo que está no texto. Assim sendo, as conclusões retiradas não são famosas...
Meus caros, durante o prazo para resposta, poderão sempre substituir a solução enviada por outra, desde que refiram a substituição.
Por outro lado, poderão juntar as soluções das duas partes de cada prova e enviá-las em simultâneo.
Fica o alerta aos confrades e "detectives" que já responderam: Leiam de novo, investiguem mais!
Até 28 de Fevereiro, há ainda muito tempo e só hoje será publicada a parte II...
Um processo de dedução implica encontrar as diversas formas de abordagem de um problema e testar cada solução que nos pareça resolvê-lo.
Isto vem a propósito de muitas soluções já nos terem sido enviadas, algumas no dia seguinte à publicação e que, de uma forma geral, demonstram deficiente leitura e pouco trabalho de interpretação daquilo que está no texto. Assim sendo, as conclusões retiradas não são famosas...
Meus caros, durante o prazo para resposta, poderão sempre substituir a solução enviada por outra, desde que refiram a substituição.
Por outro lado, poderão juntar as soluções das duas partes de cada prova e enviá-las em simultâneo.
Fica o alerta aos confrades e "detectives" que já responderam: Leiam de novo, investiguem mais!
Até 28 de Fevereiro, há ainda muito tempo e só hoje será publicada a parte II...
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
ALMOÇO DA TPL EM SINTRA
domingo, 2 de fevereiro de 2014
POLICIÁRIO 1174
[Transcrição da secção n.º 1174 publicada hoje no jornal PÚBLICO]
PRIMEIRO DESAFIO DA ÉPOCA 2014
Finalmente!
Assim dirão os nossos “detectives”, há
muito tempo à espera das competições que sempre animam a nossa actividade,
agitam as “células cinzentas” e são, de resto, a razão da existência da nossa
secção.
Damos hoje início a mais uma época de competições, publicando o
primeiro problema dos 20 que vamos, mês a mês, propondo aos nossos
“detectives”, ao longo de todo o ano.
Depois de termos divulgado os regulamentos
que vão vigorar durante esta época, chegou o momento mais esperado, com o
desafio que nos é proposto pelo confrade Beirão, em que os nossos “detectives”
são chamados a decifrar um crime cometido no Ribatejo.
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2014
PROVA
N.º 1 – PARTE I
“ UM
MORTO NO RIBATEJO”, Original de BEIRÃO
O Sebastião
apareceu morto.
Naquele local
ermo e calmo, algures no interior do Ribatejo, em zona onde muitas vezes os
nevoeiros têm o seu reinado, um nome como o dele prestava-se a brincadeiras a
propósito da lenda que mostraria um Sebastião a aparecer numa manhã de
nevoeiro...
Diziam-lhe os amigos para ter o cuidado de nunca aparecer
quando os nevoeiros tapassem a planície, pois poderia acabar em rei... sem
trono!
Sebastião não era rei de coisa nenhuma.
Filho de um modesto caseiro de uma propriedade abastada,
teve a sorte de vir ao mundo com dois palmos de cara e assim conquistar a filha
do senhor das terras, algo que não era, como é óbvio, muito bem recebido por
este.
Daí que estivesse proibido de aparecer na parte da casa
dos senhores, o que não impedia, ao que se dizia, alguns encontros furtivos.
Naquela manhã, Alarcão, proprietário e pai de Carolina,
levantou-se cedo, cerca das 7 horas e como declarou mais tarde à polícia, não
viu nada porque o nevoeiro ali é mesmo cerrado e também não ouviu nada
estranho, nem os cães deram sinal, pelo que foi logo fazer aquilo que mais
gostava, ou seja, tratar dos seus cães, mas muito rapidamente porque era ainda
muito cedo e o vento gelado quase cortava a cara.
O casarão ficava na parte da frente do terreno, ainda a
considerável distância da estrada e era vedado em todo o seu perímetro por
muros altos. Na parte de trás do terreno, fora dos muros, estava a casa do
caseiro, onde vivia Sebastião.
Todo o terreno estava isolado de outros, uma vez que havia
pinhais em toda a volta, excepto na frente, onde passava a estrada. Do lado
direito, havia um caminho que dava acesso à casa do caseiro, ao longo do muro
compacto, de mais de 100 metros, apenas interrompido quase no seu extremo, por
um portão que era usado por todos os que da casa do caseiro iam ou vinham para
a casa do Alarcão.
Foi por volta das 8 horas que a mãe do moço deu com ele
sem vida, quando o foi chamar para o pequeno-almoço.
Os pais de Sebastião não deram por nada, segundo
declararam, o mesmo acontecendo com os moradores da casa de Alarcão. Os
vizinhos mais próximos, do outro lado do pinhal, disseram que apenas ouviram os
cães em grande algazarra, por volta das 7 e meia, como sempre faziam quando o
seu dono regressava a casa depois de alguma ausência e o vento estava de
feição.
O padeiro da aldeia, que circulava por ali, como sempre
fazia por volta daquela hora, na faina de levar o pão de porta em porta,
declarou que não deu nota de nada e que só viu, ao olhar da estrada, o senhor
Alarcão a caminhar em direcção a sua casa, vindo dos lados da casa do caseiro,
ainda não eram 8 horas.
A polícia interrogou-o durante algum tempo, sabia-se que o
Sebastião namorara com a filha dele durante muito tempo e que chegaram a ter
data marcada para casamento, mas a chegada da filha de Alarcão fez cair por
terra todos os planos, mas o interrogatório não revelou muito mais.
A filha do padeiro, por seu lado, declarou não saber nada
sobre o assunto, já que nessa madrugada e manhã estivera com a mãe a fazer o
pão que o pai levava a casa das pessoas, o que se confirmou.
Alarcão manteve a sua história e mostrou-se muito ofendido
por alguém alimentar sequer a suspeita de que ele seria capaz de fazer tal
atrocidade ao moço, mesmo querendo, como ele queria, que ele largasse a sua
filha, de vez.
O Inspector não precisou de muito tempo para descobrir que
alguém não dizia toda a verdade nesta história e que apesar do Sebastião jamais
poder surgir do nevoeiro, esse alguém também não o poderia fazer durante muito,
muito tempo...
Caro detective: Elabore um relatório sem se esquecer que
não basta dizer quem mente. É preciso justificar, apresentando as provas.
E pronto.
Apresentado o primeiro caso, chegou o tempo dos nossos
“detectives” de debruçarem sobre ele e elaborarem as propostas de solução, que
deverão ser enviadas, impreterivelmente até ao dia 28 de Fevereiro, usando um
dos seguintes meios:
-Pelos
Correios para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
-Por
e-mail para um dos endereços: lumagopessoa@gmail.com; pessoa_luis@hotmail.com
ou luispessoa@sapo.pt.
-Por
entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.
ALERTA AOS NOVOS “DETECTIVES” PARA EVITAR SURPRESAS
Para
os confrades que pela primeira vez se vão abalançar na decifração deste caso,
queremos deixar uma saudação especial e dar-lhes um conselho, sem qualquer
paternalismo, para que não elaborem a solução sem o devido estudo do problema.
Muitas vezes a pressa é inimiga do acerto. Ler muito bem o problema, anotando
aquilo que mais chama a atenção, para posterior análise, ver as contradições,
os erros nas declarações dos intervenientes, fazer um esboço num papel, são
coisas que ajudam a perceber a cena proposta pelo autor e podem ser
determinantes para uma boa solução.
Recordamos,
também, que a qualidade da solução pode ser fundamental para assegurar a
passagem à eliminatória seguinte da Taça de Portugal, uma vez que, por se
tratar do primeiro desafio, serão apurados os autores das melhores 512 soluções
recebidas. As eliminatórias seguintes já serão resolvidas em “um contra um” e
aí, desde que um confrade supere o seu opositor, com qualquer pontuação, será
apurado. Nesta fase, no entanto, não será assim. É mesmo necessário assinar uma
das 512 melhores para poder seguir em frente!
Boas
deduções!
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