O REGRESSO DOS QUATRO AMIGOS
CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2018
SOLUÇÕES DA PROVA N.º 6 – Originais de ZÉFREY
PARTE I - “QUATRO AMIGOS EM 1 DE JULHO”
Como é referido no texto, o número do contribuinte é relacionado
com o nome com que cada um dos confrades envolvidos é conhecido. Os confrades
são portugueses e por isso teremos de considerar que é de um número de
contribuinte nacional, individual, que falamos e por isso composto por nove
algarismos e começado por 1 ou 2.
Olhando para os nomes/pseudónimos, verificamos que só o confrade
DIC ROLAND tem precisamente 9 letras e apenas ele tem a mesma letra no início e
no fim, pelo que o seu número de contribuinte teria de começar e encerrar com o
mesmo algarismo, pelo que encaixa perfeitamente no número, perfeitamente
fictício, que consta do problema.
PARTE II - “QUATRO AMIGOS AO PÔR-DO-SOL”
A
resposta correcta é a “C”: Chamuscado, Chefe Indiano, Boxeur, Maçarico.
O próprio texto ia dando os sinais que apenas tinham
de ser seguidos. O Sete de Espadas era natural da Chamusca e por isso era
natural que, em brincadeira, lhe dissessem ser um chamuscado; o confrade Dic
Roland andou pela India, onde foi um chefe de polícia, pelo que a relação é
óbvia; já o termo pugilístico “KO” é por demais conhecido e não será difícil
estabelecer a relação do confrade KO com um boxeur; finalmente o confrade Rip
Kirby, o mais recente membro daquele grupo, por conseguinte o mais “maçarico”.
SETE DE ESPADAS
O Sete de Espadas nasceu no Ribatejo, na vila da
Chamusca em 1 de Fevereiro de 1921 e em 12 de Janeiro de 1947 iniciava a sua
actividade como orientador de um espaço policiário, no Jornal de Sintra, com o
título Mistério e Aventura, que ele mesmo definia, em subtítulo, como uma
“secção policial orientada por Sete de Espadas”.
Depois foi um nunca mais acabar, na divulgação da
literatura policial e, sobretudo, na vertente da competição policial.
Que nos desculpem os confrades mais antigos, aqueles
que viveram com ele as aventuras do Clube de Literatura Policial, das secções
no Camarada, no Cavaleiro Andante e em tantos locais, mas nós apontamos um
marco que nos parece decisivo em toda a História do Policiário: O dia 13 de
Março de 1975 em que em todas as papelarias, quiosques, pontos de venda de jornais
e revistas, apareceu mais um número do “Mundo de Aventuras”, uma revista de
histórias aos quadradinhos, editada pela Agência Portuguesa de Revistas, que já
vinha dos anos 40 do século XX, cujas últimas páginas eram identificadas como
“Mistério… Policiário” e assinadas por um não menos misterioso “Sete de
Espadas”!
Mais tarde foi o XYZ Magazine, o Clube dos Amigos do
XYZ e muitas outras coisas, sempre com a relevância da Amizade e da
Camaradagem, suas imagens de marca.
Foi no dia 10 de Dezembro de 2008 que a notícia do seu
falecimento correu no seio da imensa família policiária.
DIC ROLAND
Este nosso confrade apareceu no Policiário com a nossa secção. Leitor do
PÚBLICO desde o primeiro número, como fazia questão de frisar, cedo foi atraído
pelos desafios policiais e desde logo neles se embrenhou.
Com uma vida riquíssima e cheia de episódios, de que se destacam os
passados na Índia, onde chegou a ser comandante da polícia em Goa, até à sua
fixação junto de Castelo Branco, onde era gerente de uma unidade hoteleira, nos
primórdios da sua participação no Policiário, tendo depois passado pelo Fratel,
até se fixar em Vila Nova de Santo André, Dic Roland era, podemos dizê-lo sem
exagero, um “Cavaleiro Andante” do Policiário, percorrendo o país de lés-a-lés,
para onde houvesse um acontecimento, fosse ele qual fosse.
Dic Roland foi um “detective” completo: Foi campeão nacional, conquistou a
Taça de Portugal, foi policiarista do ano, comandou o ranking, esteve em todos
os acontecimentos importantes da nossa história, foi um mestre na arte de saber
conviver.
O seu desaparecimento físico ocorreu no dia 9 de Agosto de 2006.
K.O.
KO, Arlindo Matos, lutou bravamente contra a doença que o minava até sucumbir
no dia 24 de Agosto de 2007.
Conhecemos o K.O. logo no início deste nosso espaço, no ano de 1992.
Vencedor por natureza, K.O. acumulou títulos e prémios, espalhou a sua
simplicidade, simpatia e entusiasmo por todos os locais por onde o Policiário
passou, deixando um rasto de admiração pelas suas qualidades. O exemplo do
confrade K.O., na busca da perfeição, na procura do tal pormenor que fazia a
diferença, que o conduziu aos lugares mais cimeiros das nossas classificações,
é hoje plenamente actual.
O K.O., presença assídua e constante em todos os acontecimentos policiários,
com a sua “metade” Isaurinda, pertence ao restrito número dos nossos Maiores e
será recordado pelo seu exemplo de luta, também contra a doença que o minou.
Poucos dias antes de falecer, telefonou-nos para saber se passara uma
eliminatória da Taça de Portugal! O “nosso” K.O. esteve connosco até encerrar
este capítulo da sua vida, sempre na convicção de poder vencer a doença.
RIP KIRBY
Natural de Olhão e residente no
Barreiro, foi parar ao Brasil, onde se manteve vários anos, sempre ligado ao Policiário.
Foi lá que se sagrou campeão nacional, nesta nossa secção, na época 2008/2009,
provavelmente a sua maior conquista em competições policiárias e foi
semi-finalista da Taça de Portugal em 2010.
Produtor exímio e prolixo, colaborou
sempre com enigmas bem elaborados, que genericamente mereciam elogios dos
“detectives”.
Como conviva, estava sempre presente
nos eventos que o Policiário produzia, organizando durante anos o Convívio do
Barreiro, também com a colaboração da Tertúlia Policiária Valtejo, a que
pertencia e de que era um dos principais dinamizadores, com o Inspector Moka.
Foi, aliás, no âmbito da TPV que co-orientou um espaço policiário num jornal
regional.
Faleceu no dia 20 de Janeiro de
2015.
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