Nem sempre as coisas decorrem
como é planeado e se isso é sempre um empecilho a qualquer organização, não
deixa de ser, também, um desafio à capacidade que temos (ou não) de mudar de
agulha rapidamente e seguir em frente.
Desta feita, questões de índole
pessoal obrigaram a alterar o que estava programado, retardando as
classificações e, por isso, forçando o adiamento de prazos.
Atenção, pois, às alterações que
são introduzidas, que não farão mais do que adiar em alguns dias aquilo que
deveria acontecer agora.
Estes atrasos serão recuperados
em breve, regressando tudo à normalidade.
NOVO PRAZO
Problemas inesperados, de
natureza pessoal, provocaram um atraso nas classificações, o que impediu que
fossem conhecidos atempadamente os confrontos da Taça de Portugal, ou seja, tal
como determinam os regulamentos, sempre antes de terminaram os prazos para o
envio das soluções.
A razão é simples, se a Taça de
Portugal se baseia no confronto de um para um, é lógico que cada qual saiba exactamente
a quem vai disputar o direito a continuar em prova.
Uma vez resolvidos os problemas,
de imediato serão publicadas as classificações e os confrontos para a taça,
sendo retomada a normalidade.
Assim, o prazo concedido para o
envio das propostas de solução à prova n.º 7, que terminou no passado dia 20, é
prolongado até ao final do presente mês de Setembro.
Todos os confrades que já
remeteram as soluções, poderão rectificá-las ou desenvolvê-las até ao dia 30,
independentemente de continuarem ou não em prova na Taça de Portugal.
Digamos que há um prolongamento
do prazo, para todos os nossos “detectives”.
No nosso blogue CRIME PÚBLICO, em
http://blogs.publico.pt/policiario,
encontrarão toda a informação necessária sobre o andamento da nossa competição.
MEMÓRIAS DO POLICIÁRIO
As
memórias do Policiário passam, também, por algumas pessoas que, não tendo tido
uma participação muito assídua nos torneios, por indisponibilidade pessoal ou
por ausência de um espírito mais competitivo, nunca deixaram de acompanhar e
participar, cada qual à sua maneira, naquilo que gostam, ou seja, no mundo
Policiário.
Como
muitas vezes temos referido, são muitas as formas de viver o Policiário e temos
exemplos magníficos que podemos apontar. Um dos mais significativos é o de M.
Lima, confrade do Porto, que mesmo depois de abandonar a decifração continuou a
acompanhar todas as movimentações e a comparecer, quando possível, nos
convívios; outro exemplo é o confrade L.S., de Coimbra, que não enjeita uma
possibilidade de estar com os restantes confrades, nos eventos que levamos a
cabo; ou Lima Rodrigues, durante muitos anos provedor da nossa secção e desde
há muito afastado da problemística; ou mestre M. Constantino, que não entrando
nas competições como decifrador, mantém uma actividade invejável como produtor
de problemas e conviva por excelência, sempre que a vida pessoal permite.
São
muitos os exemplos que demonstram que, uma vez policiarista, policiarista até
ao fim! Era o que o nosso “Sete de Espadas” referia amiúde, como sendo “o
bichinho do policiário”, que uma vez picando, jamais deixa de produzir o seu
efeito. Será essa a razão para muitos dos nossos confrades regressarem ao nosso
convívio muitos anos depois de terem dado como terminadas as suas
participações!
Também
a nossa homenageada de hoje pode ser englobada neste rol. Depois de uma vida
intensa de participação nos torneios radiofónicos de Artur Varatojo, no
celebérrimo Quinto Programa, sempre se manteve ligada à tribo policiária,
cultivando a literatura policial e escrevendo textos de inegável valor, sobre a
temática policial, muitos deles publicados nestas nossas páginas.
Natércia
Leite é a nossa homenageada de hoje, para que se mantenha a memória de uma
lutadora contra a hipocrisia e o desmazelo, que ela odiava como ninguém.
HOMENAGEM A NATÉRCIA LEITE
Hoje, vamos homenagear uma
figura importante do policiário, infelizmente um tanto esquecida, por não ter
tido uma participação activa nas nossas competições, como decifradora, desde há
muito.
Com uma vida literária
intensa, quer como escritora de grande imaginação, com uma forte presença do
mistério e grande poder de observação, quer na poesia, Natércia Leite foi
sempre uma pessoa atormentada pela ausência de oportunidades, desaparecendo sem
nunca ter podido cumprir o seu maior sonho: publicar um livro.
Pessoa muito rigorosa em tudo
o que fazia, com um grau de exigência muito elevado, Natércia martirizava-se
com a mediocridade que sentia à sua volta, quando não se insinuava perante
editores ou fazia finca pé das suas ideias, sem quaisquer cedências.
Possuidora de uma vastíssima
cultura, construiu uma obra de grande diversidade de géneros, quase sempre com
o “Mistério” como pano de fundo, mas sempre com uma qualidade insuspeita, já
que Natércia adorava escrever e a descrição dos personagens e dos ambientes era
um exercício que raramente dispensava.
No nosso campo, Natércia foi,
podemos dizê-lo com certeza, uma das pioneiras do policiário, escrevendo muitos
desafios e contos para o Quinto Programa, que Artur Varatojo manteve na rádio e
onde se cruzou com muitos dos mais importantes vultos do policial, tais como, a
título de exemplo, Sete de Espadas, M. Constantino, Lima Rodrigues, Domingos
Cabral.
Nesta nossa secção, que Natércia
seguia com a atenção que a sua doença permitia, muitos foram os textos que aqui
viram a luz do dia e foi uma participante activa nos concursos de contos que
promovemos, conquistando alguns prémios.
Mas, o prémio maior foi, sem
dúvida, para todos nós, os que tivemos a oportunidade de a conhecer nos
convívios ou outros eventos.
1 comentário:
Subscrevo
Um abraço
Zé
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