Solução
de
Magia com camelos
A alínea que se ajusta ao que
aconteceu é a 2 - O que Omar recebeu como
comissão resultou de algo de que os três filhos não podiam dispor.
Primeiro do que tudo temos de nos
interrogar sobre o aspecto mágico da divisão dos camelos entre os três irmãos.
Como é que cada um deles pôde vir a receber um pouco mais do que lhe competia? O
mais velho tinha direito a metade dos 11 camelos (11:2 = 5,5), o do meio a um
quarto (11:4 = 2,75) e o mais novo a um sexto (11:6 = 1,83) e, no entanto,
receberam, respectivamente, 6+3+2 = 11 camelos.
Pois
é, o gato está no facto de Hassan não ter distribuído toda a sua herança pelos
três filhos. Deixou uma pequena fracção por atribuir. Basta ver que a soma de
um meio com um quarto e um sexto não chega a um, dando 11/12 = 0,92. Havia,
portanto, uma parte da herança (1/12 dos 11 camelos = 0,92 de um camelo) que
tinha de ser entregue à tribo, conforme o que por ali estava estipulado. Essa pequena
fracção foi habilmente dividida por Omar entre os irmãos, para lhes dar a
ilusão de que podiam dispor dela para a entregarem, sob a forma de dinheiro, como
comissão do serviço que ele lhes prestara e que previamente com eles acordara.
Vê-se,
portanto, que os três irmãos entregaram a Omar algo de que não podiam dispor,
devido ao facto de os chamados excedentes sobre aquilo que esperavam (0.5+0,25+
0,17 = 0,92 de um camelo) pertencer à tribo e não a eles.
A
alínea 4 não pode ser considerada correcta porque Omar não arranjou maneira de
ficar com uma parte da herança que Hassan destinara aos filhos. Ele arranjou
maneira, isso sim, de ficar com a parte da herança que era devida à tribo,
obtendo para o efeito a concordância dos três filhos que julgaram ter-lhe
entregue algo que só a eles pertencia.
Consta
que Omar, alguns anos depois, veio a ser banqueiro em Córdova, mas não é de
crer que uma pessoa como ele possa alguma vez ter sido banqueiro.
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