domingo, 16 de novembro de 2014

POLICIÁRIO 1215

[Transcrição da secção n.º 1215 publicada 
hoje no jornal PÚBLICO]


CAMPEONATO E TAÇA - PONTO DE SITUAÇÃO
E… MAGIA COM CAMELOS!

Com as nossas competições cada vez mais ao rubro, à medida que o grande final se aproxima, vamos hoje dar uma panorâmica sobre o modo como decorrem o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal, com 8 provas percorridas e publicar a solução do enigma que o confrade Verbatim nos propôs como parte II da prova n.º 8. Como estarão recordados, a falta de espaço e a necessidade de cumprimento dos prazos para publicação dos desafios da prova n.º 10, sob pena de não conseguirmos encerrar as competições no ano civil de 2014, fizeram adiar a divulgação da resposta dada pelo nosso confrade de Alfragide ao seu desafio sobre camelos.
Chegou agora o momento:

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2014
SOLUÇÃO DA PROVA N.º 8 – PARTE II
“MAGIA COM CAMELOS” – Original de VERBATIM

            A alínea que se ajusta ao que aconteceu é a 2 - O que Omar recebeu como comissão resultou de algo de que os três filhos não podiam dispor.
            Primeiro do que tudo temos de nos interrogar sobre o aspecto mágico da divisão dos camelos entre os três irmãos. Como é que cada um deles pôde vir a receber um pouco mais do que lhe competia? O mais velho tinha direito a metade dos 11 camelos (11:2 = 5,5), o do meio a um quarto (11:4 = 2,75) e o mais novo a um sexto (11:6 = 1,83) e, no entanto, receberam, respectivamente, 6+3+2 = 11 camelos.
Pois é, o gato está no facto de Hassan não ter distribuído toda a sua herança pelos três filhos. Deixou uma pequena fracção por atribuir. Basta ver que a soma de um meio com um quarto e um sexto não chega a um, dando 11/12 = 0,92. Havia, portanto, uma parte da herança (1/12 dos 11 camelos = 0,92 de um camelo) que tinha de ser entregue à tribo, conforme o que por ali estava estipulado. Essa pequena fracção foi habilmente dividida por Omar entre os irmãos, para lhes dar a ilusão de que podiam dispor dela para a entregarem, sob a forma de dinheiro, como comissão do serviço que ele lhes prestara e que previamente com eles acordara.
Vê-se, portanto, que os três irmãos entregaram a Omar algo de que não podiam dispor, devido ao facto de os chamados excedentes sobre aquilo que esperavam (0.5+0,25+ 0,17 = 0,92 de um camelo) pertencer à tribo e não a eles.
A alínea 4 não pode ser considerada correcta porque Omar não arranjou maneira de ficar com uma parte da herança que Hassan destinara aos filhos. Ele arranjou maneira, isso sim, de ficar com a parte da herança que era devida à tribo, obtendo para o efeito a concordância dos três filhos que julgaram ter-lhe entregue algo que só a eles pertencia.
Consta que Omar, alguns anos depois, veio a ser banqueiro em Córdova, mas não é de crer que uma pessoa como ele possa alguma vez ter sido banqueiro.

CAMPEONATO E TAÇA
PONTO DA SITUAÇÃO APÓS 8 PROVAS

A Taça de Portugal está ao rubro, como convém!
Depois de muita luta pelos apuramentos nas sucessivas eliminatórias – recordamos que uma grande parte dos nossos “detectives” passaram no desempate com os seus opositores directos – as boas prestações de 4 confrades abriram-lhes as meias-finais da Taça: Daniel Falcão, Detective Jeremias, Mister H e Paulo vão decidir quem passa à final, podendo, então, conquistar o troféu.
A “D. Sorte”, como referia amiúde o saudoso “SETE DE ESPADAS” decidiu que os confrontos juntassem o confrade morador em Braga, Daniel Falcão e a Detective Jeremias, herdeira das tradições da Tertúlia Policiária Ribatejana. Um confronto entre o representante minhoto e a porta-voz de um Ribatejo cheio de tradições policiárias…
No outro confronto, o confrade de Torres Vedras, Mister H vai medir argumentos com Paulo, um viseense cheio de recursos, numa eliminatória que vai ser, quase de certeza, bem equilibrada e decidida em minudências!
Uma vez terminado o prazo para envio das propostas de solução aos enigmas policiários da prova n.º 9, aguarda-se com natural expectativa a notícia dos finalistas que irão medir forças nos problemas do confrade M. Constantino.
Como sempre acontece ao longo de todos os anos que já levamos de Policiário, não há favoritos! Um momento de maior lucidez ou inspiração pode dar o trunfo necessário para uma vitória.
Em breve saberemos!

Relativamente ao Campeonato Nacional, a emoção e a incerteza repetem-se, em doses maiores, porque são em maior número os confrades que ainda aspiram aos lugares mais cimeiros e ao título de campeão.
No topo da classificação estão três policiaristas, em igualdade pontual: Os dois “manos” de Torres Vedras, Karl Marques e Mister H, mais a dupla Búfalos Associados, membros e animadores da Tertúlia Policiária da Liberdade.
Após estas 8 provas, apenas estes três participantes conseguem reunir a totalidade dos pontos em disputa, o que atesta a dureza da competição, por um lado e a mestria e atenção dos confrades nos momentos de resposta, por outro.
Para já, o desempate é feito nos termos regulamentares, que colocam no primeiro lugar e mais forte candidato à vitória o confrade Mister H. Mas ainda há muita água por passar debaixo das pontes, como se costuma dizer!
Na perseguição, há confrades de muito “peso”; A dupla lisboeta A. Raposo & Lena; a escalabitana Detective Jeremias; o viseense Paulo e o confrade residente em Alfragide, Verbatim. Um ponto apenas os separa do trio da frente, uma diferença perfeitamente recuperável face às dificuldades que ainda restam.
Um ponto abaixo destes, ou seja, a dois do trio da frente, os portuenses Agente Guima e Inspector Boavida; o minhoto Daniel Falcão; o viseense Zé; o ribatejano Inspector Aranha e, finalmente, o lisboeta Ego. Chamamos a atenção para o facto de alguns dos confrades não serem naturais das cidades ou zonas que mencionamos, mas ali residentes.
Podemos inferir do que ficou dito, que a competição continua renhida, com prognósticos muito reservados, que só o futuro desvendará!
Resumindo, o Policiário continua igual a si mesmo!


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