O
INSPECTOR TEMPICOS ESTÁ DE VOLTA
Cumpre-se
hoje mais uma página do campeonato nacional deste ano, com a publicação de um
problema com a chancela da dupla A. Raposo & Lena, que tantos e tão bons
desafios nos têm proporcionado.
Tempo
e espaço, ainda, para apresentação do tradicional convívio policiário promovido
pela TPL – Tertúlia Policiária de Liberdade.
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2016
PROVA
N.º 4 - PARTE I
“TEMPICOS
E OS TRÊS VELHOS AMIGOS”
Original de A. RAPOSO & LENA
Eram
três amigos de longa data. O que estava melhor de vida era sem dúvida o Dr.
Antunes, mas os camaradas Silva Martins e Adriano, todos acabados de entrar na
reforma tinham tido um percurso de vida que lhes permitia agora fazer
actividades que só uma boa reforma concede. Juntos foram fans do Benfica,
militaram no mesmo partido político, andaram pelas lojas maçónicas,
frequentaram o mesmo cineclube. Em termos de prática desportiva porém cada um
foi para seu lado. Um para o ténis, outro para o golfe e o Martins ficou-se
pelo ténis de mesa.
Todas
as 5ªas feiras à tarde havia reunião em casa do Antunes, no enorme
salão/biblioteca no 1º piso da sua espectacular vivenda. A um dos cantos da
sala vitrinas mostravam uma soberba coleção de moedas romanas que fazia as
delícias do amigo Silva Martins também colecionador amador.
No
outro lado do salão uma estante a toda a largura com livros em várias línguas
sobre a escrita dos antigos - fenícios, gregos e por aí fora. Adriano adorava
folheá-los, ele que fora homem de letras, tal como Antunes.
Naquele
dia e no meio de animada cavaqueira, sem grande a propósito, Antunes afirmou
que tinha fortes indícios que alguém (que ele desconfiava) estava a
preparar-lhe um funeral antecipado e por isso estava a pensar rapidamente fazer
testamento.
Às
cinco da tarde vinha da cozinha do rés-do-chão a velha empregada Maria com o
tabuleiro contendo duas chávenas Vista Alegre e o caneco alemão com decorações
e tampa metálica especial para a cerveja mas que o Antunes utilizava para o seu
chá.
Com
aquela tampinha o calor não se perdia.
Um
pouco antes da chegada da Maria bateu-lhes à porta a sobrinha do Antunes, a
Paula, pedindo a chave do carro ao tio para ir às compras ao Centro Comercial.
Para
além desta sobrinha tinha Antunes uma outra, de nome Marta, que estava a
trabalhar em Madrid e ainda António, um sobrinho a estudar no Porto. Não tinha
mais familiares vivos, infelizmente.
Alguns
biscoitos vinham a acompanhar o chá mas Antunes não lhes tocou e já o caneco ia
a meio, começou a manifestar algumas aflições respiratórias, tentou mas foi
incapaz de falar, até que caiu redondo – morto!
Naquela
altura estava Antunes a tentar solucionar o problema policial do jornal Publico
da semana passada e ao cair desamparado ainda teve a força para pegar na caneta
e desenhar um retângulo na margem da folha.
Presumia-se
que fosse uma forma de comunicação para os seus amigos.
Maria,
a criada, lavada em lágrimas, afirmou ao inspetor da Judiciaria que fizera tudo
como era costume. Estivera a dar à Paula a lista dos artigos de mercearia para
comprar enquanto aquecia – fervia - a água para o chá. Punha primeiro o açúcar
no fundo das chávenas, ia cortar a hortelã fresquinha do quintal, fazia a
infusão e levava ao primeiro andar. Naquele dia fora até Bernardino, o
jardineiro, quem lhe cortara a hortelã já que estava com a mão na massa, a
arranjar as flores.
Da
Judiciária ligaram a Tempicos que naquele momento viajava num “tuk-tuk”,
acompanhado de uma rapariga irlandesa cabeça de cenoura e sardenta de corpo
inteiro. Viajavam agarradinhos para evitar os malvados paralelepípedos da
cidade velha que faziam saltitar a frágil viatura.
O
caso foi-lhe contado, por telemóvel, durante a viagem com todos os pormenores e
no fim para total espanto do seu colega da Judite o assunto estava totalmente
solucionado!
E
sem mais delongas, é pedido aos amigos leitores um relatório sobre o que se
passou realmente e já agora, aproveitando a boleia uma opinião sobre quem irá
beneficiar dos bens do falecido Antunes, uma vez descoberta a nudez forte da
verdade sob o manto diáfano da fantasia.
E
pronto.
Uma
vez apresentado este caso do inspector da Judiciária Tempicos, resta aos
“detectives” elaborarem as suas propostas de solução e enviá-las,
impreterivelmente até ao próximo dia 31 de Maio, para o que poderão usar um dos
seguintes meios:
- Pelo Correio: Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
- Por e-mail: lumagopessoa@gmail.com; pessoa_luis@hotmail.com
ou luispessoa@sapo.pt.
- Por entrega em mão ao orientador, onde quer que o encontrem.
Boas deduções!
XIII
CONVÍVIO POLICIÁRIO DA TPL
QUINTA DO RIO, 29 DE MAIO DE 2016
Já está em preparação do XIII Convívio da Tertúlia
Policiária da Liberdade.
Realizar-se-á a 29 de Maio, na Quinta do Rio, entre
Azeitão e Sesimbra, perto da povoação Alto das Vinhas.
Trata-se de um local bem conhecido de grande número de
confrades e onde iremos ter, mais uma vez, uma excelente jornada de
confraternização para a qual contribuirá, também, a paisagem circundante e o
bom repasto que se advinha.
Oportunamente, informaremos do preço do almoço.
Marque já o dia 29 de Maio na sua agenda
E poderá inscrever-se, de imediato, ligando para:
214719664 ou 966102077 (Pedro Faria-Verbatim); 213548860 ou 966173648 (António
Raposo- A. Raposo & Lena); 219230178 ou 965894986 (Rui Mendes- Búfalos
Associados).
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