O SUBCHEFE PINGUINHAS INVESTIGA
NA CIDADE DO PORTO
Regressamos uma vez mais à cidade do Porto,
desta vez na companhia do subchefe Pinguinhas, que vai matar saudades das
pessoas e ambientes onde se sente bem. Esta viagem, que fazemos com todo o
gosto, leva-nos a uma cidade onde as tradições ainda existem e são-nos
transmitidas por um seu “filho adoptivo”, o Inspector Boavida, que as retracta
com o sentido de um “tripeiro” assumido.
Chamamos a atenção para o facto de neste
tipo de problemas ser essencial que cada “detective” assinale explicitamente a
alínea que considera a correcta para resolver o enigma. Não é válido que se
disserte sobre o problema, retirando múltiplas conclusões e no final não se
assuma qual é a opção tomada. Se tal acontecer, a pontuação será afectada e a
solução considerada incorrecta.
Vamos, então, acompanhar o subchefe
Pinguinhas:
CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL –
2016
PROVA N.º 4 – PARTE II
“A CRIATURA VISITA O CRIADOR” – Original de
INSPECTOR BOAVIDA
Um rebate de consciência ou um ataque
súbito de saudades levou o subchefe Pinguinhas até ao Porto para um encontro
com o seu criador. O Inspetor Boavida não o sabia, mas a criatura ganhara vida
e vontade próprias. Ainda não eram seis horas da manhã e já Pinguinhas estava
na Estação de Santa Apolónia para apanhar o primeiro comboio Alfa Pendular do
dia, tal era a sua enorme vontade de voltar ao norte, de estar de novo com o
seu criador e de rever alguns confrades, como o Jartur, o Agente Guima ou o Sargento
Estrela. E tinha ainda a secreta esperança de que o bracarense Daniel Falcão e
o viseense Zé rumassem também eles à cidade Invicta para dois longos dedos de
conversa. Só não queria encontrar-se com o fanfarrão e mitómano Smaluco, mas
este devia andar pelos lados da cadeia de Tires, onde a sua amada Natália Vaz
está presa.
Para se ocupar durante as quase três horas
de viagem, Pinguinhas abasteceu-se de diversos jornais e revistas do dia, que
foi esfolheando, página a página, até cair num sono profundo, depois da leitura
atenta e cuidada de uma análise acerca da crise política nacional, ultrapassada
duas semanas antes com a tomada de posse do novo Governo, contra a vontade do
Presidente da República (que preferia ter dissolvido a Assembleia, mas…); de um
perfil da responsável pela Pasta da Cultura (um setor de atividade de que é
apaixonado); de um artigo de opinião sobre o papa dos presidentes dos clubes de
futebol nacionais (um homem que admira profundamente); de uma crítica a um novo
espetáculo do Teatro Nacional São João (uma instituição que muito aprecia)... Estas
e outras matérias jornalísticas preencheram-lhe as meninges antes de chegar a
Coimbra B.
Quanto o comboio parou nas Devesas, em Gaia,
Pinguinhas despertou e logo se afundou em pensamentos mais ou menos saudosistas.
Fora ali, numa tasca mesmo em frente da Estação que ele nascera, alguns anos
antes, da pena e imaginação do seu criador. Já então havia sido criado o seu
irmão Smaluco, a quem foi dado todo o protagonismo, sendo ele relegado para o
esquecimento. Desgostoso, fugiu para Lisboa, onde reside e desenvolve atividade
numa esquadra de Polícia na baixa da cidade. Esteve algum tempo sem dar cavaco
ao seu progenitor, mas pretende agora fazer as pazes com ele. Talvez o Inspetor
Boavida, ao perceber o seu arrependimento, o aceite de volta sem quaisquer ressentimentos
e lhe dê a oportunidade de inscrever finalmente o seu nome nas lides policiárias,
conquistando um lugar na galeria das personagens mais assíduas.
O subchefe Pinguinhas fez com sentida emoção
a travessia da ponte de São João cantarolando baixinho a canção de Rui Veloso:
“Quem vem e atravessa o rio / Junto à Serra do Pilar / Vê um velho casario / Que
se estende até ao mar”. E continuou, de olhos emudecidos: “Quem te vê ao vir da
ponte / És cascata são-joanina / Erigida sobre o monte / No meio da neblina”.
Parou de cantar e murmurou: “E é sempre a primeira vez / Em cada regresso a
casa / Rever-te nessa altivez / De milhafre ferido na asa”. Quando o comboio
parou na Campanhã, Pinguinhas saiu lesto e apressou-se a tomar um táxi para o
centro da cidade. Não havia tempo a perder. Quatro desejos animavam-no como
missão para aquele seu primeiro dia no Porto, mas só um deles era
concretizável. Qual?
a) - Pedir uma audiência ao
Presidente da Câmara do Porto, Rui Rio;
b) - Visitar o Museu do Futebol
Clube do Porto;
c) - Assistir a um concerto do
pianista Pedro Burmester;
d) - Cear no restaurante DOP, do
Chef Rui Paula, com o Inspetor Boavida.
E pronto.
Uma vez apresentado este caso, será a ver
dos nossos “detectives” dizerem de sua justiça, indicando a alínea que resolve
o problema, impreterivelmente até ao próximo dia 31 de Maio, para o que poderão
utilizar um dos seguintes meios:
- Pelo Correio: Luís Pessoa, Estrada
Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
- Por entrega em mão ao orientador, onde
quer que o encontrem.
Boas deduções!
XIII CONVÍVIO POLICIÁRIO DA TPL
QUINTA DO RIO, 29 DE MAIO DE 2016
Aproxima-se a data do XIII Convívio da Tertúlia
Policiária da Liberdade, que se realizará a 29 de Maio, na Quinta do Rio, entre
Azeitão e Sesimbra, perto da povoação Alto das Vinhas.
As inscrições e pedidos de esclarecimento podem ser
feitos para os organizadores do evento, por nós designados como “núcleo duro da
TPL”, ligando para: 214719664 ou 966102077 (Pedro Faria-Verbatim); 213548860 ou
966173648 (António Raposo- A. Raposo & Lena); 219230178 ou 965894986 (Rui
Mendes- Búfalos Associados).
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