MAIS
DOIS CRIMES RESOLVIDOS
Mais
dois casos têm hoje o seu epílogo, culminando investigações que decorreram de
modo positivo para a maioria dos nossos investigadores.
À
medida que a competição vai evoluindo, também os nossos “detectives” vão
criando mais “calo” e prestando mais atenção aos pormenores que ditam as
soluções correctas.
Como
é natural, cada produtor de problemas policiários escolhe pequenos motivos para
contradição, que têm de ser encontrados pelos decifradores e que originam as
conclusões que resolvem os enigmas. Cabe, pois, aos candidatos a “detectives”
estarem particularmente atentos a tudo o que é transmitido no enunciado do
problema. Como veremos, no caso do problema do Zé Pincel, quase tudo era jogado
no início do problema, quando era anunciado que o ex-recluso mostrava as marcas
de ter estado mais de 10 anos numa prisão onde não chegava sequer o sol.
No
outro problema, de autoria da dupla A. Raposo & Lena, para além da natural
atenção aos pormenores, era necessário encadear alguns raciocínios e retirar
conclusões para chegar à alínea certa.
Francamente,
entendemos que os “detectives” estão a ter um desempenho excelente este ano,
como provam os resultados obtidos, com elevadas percentagens de acertantes,
sendo que muitos dos que já perderam pontos o fizeram por manifesta falta de
atenção na leitura do que foi transmitido nos problemas.
Uma
vez mais podemos afirmar que uma leitura adequada e criteriosa dos textos
representa uma enorme mais-valia para uma resolução correcta dos problemas.
Logicamente
que os desafios tenderão a complicarem-se, e exigirem mais dos “detectives”,
mas ficamos com a certeza que todos os criminosos que aflorarem nos problemas
que apresentamos não vão ter vida fácil e acabarão invariavelmente atrás das
grades!
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2016
SOLUÇÕES
DOS PROBLEMAS DA PROVA N.º 3
PARTE
I
“O REGRESSO DO ZÉ PINCEL À LIBERDADE ” – de SSAS
O
problema começa logo por dar a pista para a sua própria resolução ao dizer que
eram visíveis as marcas que mais de 10 anos deixam numa pessoa. A descrição
posterior vem a revelar que a prisão era mesmo muito dura e os presos só muito
esporadicamente conseguiam ver o sol. Não era sequer a questão de receber os
raios solares, mas vê-los no topo das torres de vigia, que já constituía uma
alegria para os reclusos. Assim sendo, qualquer que fosse o estado físico do
recluso, uma coisa teria de acontecer sem qualquer margem de dúvidas e isso
seria estar branquinho, por ausência de sol.
Depois
de mais de 10 anos literalmente “à sombra”, seria natural aparecer pálido e sem
cor.
Foi
precisamente isso que o inspector notou no Zé Pincel, que não havia consonância
entre as suas afirmações de que estivera todo o dia na praia e no mar, matando
saudades da areia, do sol e do mar e a cor pálida com que se apresentou e que
era visível, como é descrito.
O Zé
Pincel não passou o dia como refere, ou estaria com um escaldão de todo o
tamanho.
Se
foi ele que deu o “tratamento” ao denunciante, isso é outro caso que não é
pedido que se esclareça, mas certamente que o inspector, muito experiente, o
interrogará de modo a aclarar toda a situação. O Zé Pincel está, certamente,
metido em nova alhada.
PARTE
II
“UMA
INVESTIGAÇÃO DE OLHO VIVO E PÉ LIGEIRO”
de A. RAPOSO & LENA
A
vítima queixou-se de ter levado uma facada na omoplata esquerda, terem-lhe
retirado a mala de puxão e, não se ter apercebido da aproximação do agressor.
O
Inspetor que observou a cena de longe, por ser já noite não distinguiu o
meliante e tentou persegui-lo mas aquele foi mais lesto e desapareceu na
penumbra.
Estes
dados transmitem-nos a informação: - o atacante seria esquerdino, bom corredor
e não faria ruido ao andar.
Por
eliminação começamos por retirar dos suspeitos o Tó Lirú que era coxo.
Outro
a ser eliminado será o Xico “três dedos”. Não teria na mão esquerda forma de
segurar uma faca.
Eliminamos
o Arturzinho portuense dado que usava sempre bota alta o que ao andar faria
ruído ao pisar a calçada.
Resta-nos
o Zé Fininho. Era canhoto e usava sempre as sapatilhas Nike, boas para correr e
de sola de borracha. Silenciosas, portanto. Apertado pela polícia terá que
confessar.
Resposta
correcta: B – Foi o Zé Fininho.
ATENÇÃO
AO XIII CONVÍVIO DA TPL!
Aproxima-se
em passos largos o dia em que o Mundo Policiário se reúne, anualmente, sob a
batuta da Tertúlia Policiária da Liberdade, numa tradição que se vai
consolidando.
Este
ano é o regresso ao “local do crime”, onde os confrades e “detectives” já foram
(e vão ser novamente) muito felizes!
No
dia 29 de Maio, na Quinta do Rio, entre Azeitão e Sesimbra, perto da povoação
Alto das Vinhas, assistiremos à maior concentração de “detectives” por metro
quadrado, onde haverá sempre ligar para mais um!
As inscrições e pedidos de esclarecimento podem ser
feitos para os organizadores do evento, por nós designados como “núcleo duro da
TPL”, ligando para: 214719664 ou 966102077 (Pedro Faria-Verbatim); 213548860 ou
966173648 (António Raposo- A. Raposo & Lena); 219230178 ou 965894986 (Rui
Mendes- Búfalos Associados).
Mais notícias, sempre ao alcance dum “clic”, no nosso
blogue CRIME PÚBLICO, em http://blogs.publico.pt/policiario.
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