DEPOIS
DA COMEMORAÇÃO, PROSSEGUE A COMPETIÇÃO…
Passados
os festejos comemorativos dos 25 anos do Policiário no PÚBLICO, em que também
não faltou a componente competitiva, já que publicámos um desafio do confrade
Paulo, como parte I da prova n.º 6, prosseguimos hoje com a parte II,
igualmente com a chancela de qualidade do confrade viseense.
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2017
PROVA
N.º 6 – PARTE II
“ASSALTO
À LEILOEIRA” – Original de PAULO
A
próspera firma de leilões Cícero &
Rómulo fora assaltada. De um dos seus armazéns tinha sido furtado um
valioso relógio de pêndulo do século XIX, daqueles que batem as horas. Valioso
não só pelos anos que tinha, mas também pelo facto de o pêndulo ser feito de
ouro.
O
relógio encontrava-se guardado no armazém da leiloeira, em Almada, num
compartimento vigiado por câmaras, havendo ainda um vigilante de uma empresa
privada de segurança em permanência nas instalações.
O
alarme foi dado pouco depois das seis horas da madrugada, na mudança de turno
do vigilante, naquela noite de julho que ficou registada como a mais quente do
ano.
Quando
a polícia chegou ao local, Trajano, o vigilante que deu o alarme, narrou o
sucedido.
- Quando cheguei, vi imediatamente que algo
não coincidia com as rotinas, pois o Cláudio costumava estar sempre no gabinete
à minha espera para se poder ir embora. A porta estava fechada, mas não com a
chave. Rodei o manípulo e reparei que o computador estava desligado, assim como
o sistema de câmaras de vigilância. Sentei-me e liguei o computador e o sistema
para ver se via algo de estranho. Aparentemente nada havia de errado pelo que
fui fazer a ronda do costume, apesar de ser inabitual não encontrar o Cláudio.
Foi apenas quando entrei no armazém onde estava o relógio que me apercebi do
seu desaparecimento. Contactei a central que por sua vez chamou as autoridades.
A
policia não detetou portas arrombadas nem o desaparecimento de outros objetos.
Apenas o valioso relógio desaparecera. Os ladrões pareciam ter um objetivo muito
preciso e atuaram de forma a conseguir o que pretendiam de modo muito
eficiente. Pairava também o mistério sobre o que teria sucedido ao vigilante Cláudio.
A
análise do computador mostrou que este fora desligado às 22 horas e 17 minutos.
Fora ligado outra vez às 5 horas e 56 minutos. Muito tempo para fazer
desaparecer o produto do roubo.
Cerca
das oito horas da manhã surgiu uma nova informação. Cláudio aparecera amarrado
na berma de uma estrada na Serra do Caldeirão. Numa rodovia pouco frequentada,
fora encontrado por um dos raros automobilistas que por lá passava.
Decorrera
pouco mais de uma hora desde que fora encontrado e já Cláudio prestava as
primeiras declarações na unidade da Polícia Judiciária de Faro, enviadas por mail para o responsável pela investigação,
o inspetor Tito Flávio, que se encontrava no local do crime em Almada.
- Encontrava-me a iniciar uma das
rondas, quando ao deslocar-me na área aberta para os armazéns, fui abordado por
dois indivíduos com a cara tapada por meias e armados. Obrigaram-me a ir ao
gabinete de segurança, onde um deles se sentou ao computador e desligou o
sistema de vigilância. Provavelmente com medo que eu acionasse algum sistema
alternativo de alarme, não me deixaram fazer nada. Vi-os depois limpar todas as
impressões digitais nos locais onde tinham tocado. De seguida obrigaram-me a
dar-lhes a chave do armazém, vendaram-me os olhos e puseram-me no furgão que
traziam, amarrado de mãos e pés. Só os voltei a ver quando colocaram o relógio
ao meu lado e me tiraram a venda dos olhos. Confesso que senti medo, deitado no
chão encostado a uma caixa que me fazia lembrar uma urna. Parece humor negro
mas estava sempre a imaginar alguém a pegar em mim e a deslocar-me para dentro
do relógio deitado.
O
furgão era fechado e não me apercebia de nada do exterior. Valeu-me o bater das
horas do relógio, que me foi dando consciência do passar do tempo.
Depois
deixaram-me abandonado na serra, deitado de bruços no chão, para não poder ver
a matrícula. Também ainda estava escuro e eles desligaram as luzes da carrinha,
pelo que acho que não conseguiria ver nada. Pensei que iria morrer naquele
lugar, mas felizmente fui encontrado.
No
local do crime a pesquisa de vestígios continuava. O chão asfaltado não
registava marcas de rodados. O puxador da porta do gabinete de segurança, o
computador, o rato, a cadeira e outros possíveis locais onde pudessem os
ladrões ter tocado, estavam completamente limpos, não apresentando nenhuma
impressão digital. Na porta do armazém também não havia impressões.
O
inspetor Tito Flávio deu ainda algumas voltas no espaço da leiloeira,
procurando vestígios que pudessem ter sido deixados, o que não sucedeu.
Com base nas informações que existem,
Tito Flávio…
A) … tem motivos para pedir a
detenção de Trajano.
B) … tem motivos para pedir a
detenção de Cláudio.
C) … tem motivos para pedir as
detenções de Cláudio e Trajano.
D) … não tem motivos para pedir a
detenção de Cláudio nem a de Trajano.
Os
nossos detetives só têm que escolher uma das alternativas.
E
pronto.
Tal
como refere o confrade Paulo, só há que escolher uma das alíneas,
impreterivelmente até ao próximo dia 10 de Agosto e comunicar a decisão por um
dos seguintes meios:
Por Correio para: Luís
Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
Por e-mail para: lumagopessoa@gmail.com;
pessoa_luis@hotmail.com;
luispessoa@sapo.pt;
Por entrega em mão ao
orientador da secção, onde quer que o encontrem.
Boas deduções!
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