FÉRIAS
DE VERÃO COM SOLUÇÕES
DO
INSPECTOR ARANHA
Em pleno mês de
férias e de verão, ainda que este se apresente um pouco envergonhado, o
Policiário vai procurando manter as mentes frescas e arejadas, em constante
movimento, mesmo quando o tempo apela ao lazer e ao repouso.
Hoje, vamos poder
tomar contacto com as soluções oficiais dos dois problemas de autoria de um dos
“detectives” mais carismáticos e importantes desta nossa actividade, o
Inspector Aranha.
Vamos, ainda, a
propósito das comemorações do XXV aniversário do nosso espaço no PÚBLICO,
publicar um texto que foi lido e aprovado na reunião da Tertúlia Policiária da
Liberdade, no próprio dia 1 de Julho, data da efeméride.
Finalmente,
publicamos o resultado do sorteio dos confrontos relativos à 5.ª eliminatória
da Taça de Portugal.
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2017
SOLUÇÕES
DA PROVA N.º 5 - INSPECTOR ARANHA
PARTE
I - “A MORTE DO AGIOTA”
De muitos erros
enfermava, de facto, aquela encenação. Registam-se os principais:
a) O furo do tiro no
parietal apresentava-se regular – o que
inviabilizava a hipótese de suicídio (neste caso exibiria bordos
chamuscados e irregulares);
b) E, como se não
bastasse para o comprovar, teríamos a
não existência, no local, da cápsula da bala, uma vez que, ali, “nada
mais se apresentava como passível de ser classificado de anormal”;
c) É evidente que se alguém se deslocasse à moradia do agiota
com a finalidade de o matar iria munido da necessária arma, não contando
para o efeito com a da vítima, que não estaria ali ao seu fácil alcance, além de
que poderia mesmo não existir;
d) A 26ª Meia
Maratona de Lisboa realizou-se a 20 de Março de 2016 – um domingo. A carta
estava datada de 19 -sábado. Logo, não
havendo distribuição de Correio ao fim-de-semana, ela não poderia ter sido
recebida por essa via – o que indiciava ter tido origem na casa;
e) De resto, na
hipótese de alguém ter vindo do exterior, à casa do agiota, no domingo, com a
intenção de o matar, porque havia de
lhe escrever uma carta para ele receber nesse mesmo dia – e assim pôr
aquele de sobreaviso? (ou, uma vez que era datada de 19, para ser recebida só,
na melhor das hipóteses, na segunda-feira, depois da execução do crime?);
f) E a melhor prova
de que a carta não foi recebida pelo correio, mas proveio da casa, é a de que aquela folha de papel A-4 “estava
maculada apenas com o texto”, ou
seja, sem apresentar vincos de
dobragem, como teria que exibir se tivesse sido recepcionada em
envelope, via correio ou até entregue em mão;
g) Não obstante o
sobrinho poder argumentar com a sua presença na prova de atletismo daquela
manhã, a fixação da hora da morte pelos peritos médicos iria demonstrar que na
altura da ocorrência ele ainda estaria em casa;
Tudo isto evidencia,
portanto, que o criminoso era “da casa” e, além da vítima, só lá habitava o
sobrinho...
PARTE
II – “RECORDAÇÕES DO INSPECTOR GONÇALVES”
A
alínea certa é a C – A posição e aspecto do corpo não estão de acordo com a
descrição dos factos.
O criminoso terá sido
o irmão da vítima, que mentiu descaradamente. Disse que, após o som do tiro, ouvira o ruído dos vidros a caírem, e
depois, não tendo ele mexido em nada, como disse, estes aparecem sobre o corpo do irmão, a comprovar
que a quebra do vidro foi posterior à
queda do corpo e os estilhaços posteriormente lá postos.
XXV Aniversário da
página Policiário do Público
Saudação da
Tertúlia Policiária da Liberdade
Foi há precisamente 25 anos que, no jornal
Público, surgiu uma secção semanal denominada Policiário, dedicada aos amantes
de enigmas policiais. Era dirigida por Luís Pessoa que, sem desfalecimentos, a
tem continuado a orientar.
Não esquecendo que a nossa Tertúlia se
formou de modo espontâneo sob a égide do Público-Policiário, bem podemos dizer
que, de algum modo, somos seus filhos.
Com efeito, os desafios publicados e os
respectivos torneios têm constituído o principal combustível da nossa acção,
pois somos solucionistas, produtores e críticos assim como gozadores confessos
dos prazeres que nos dá esta actividade lúdica, que compartilhamos em fraterna
tertúlia e à qual gostamos sempre de acrescentar alguma coisa. E temos ainda o
consolo adicional de tudo isto nos fazer bem à mente e ao corpo sem prejudicar
quem quer que seja.
Por isso, julgamos ser suficiente esta
prazenteira confissão para mostrar quão gratos nos sentimos em relação ao Luís
Pessoa, tanto mais quanto sabemos não ter estado isento de sacrifícios e sobressaltos
o empreendimento que iniciou a 1 de Julho de 1992.
Estamos também certos de que há centenas e
centenas de policiaristas que não se sentem menos agradecidos do que nós e que,
por consequência, hoje celebram com igual júbilo a presente data.
Bem-haja Luís Pessoa.
Tertúlia Policiária da Liberdade, 1 de
Julho de 2017
CONFRONTOS
DA TAÇA DE PORTUGAL
5.ª
ELIMINATÓRIA
Marcos Serra – Major
Alvega; Sir Francis – Alex; Bistroiko – Viriato; Minotauro – Daniel Falcão;
Brilhantina – Detective Jeremias; Inspector Moscardo – Adélix; Rigor Mortis –
Amaral Neto; Arco.com – Karl Marques; A Raposo & Lena – Agente Alxara;
Paulo – A Troikista; Inspector Boavida – Lenkinha; Ribeiro de Carvalho –
Wesblog; Testa Rossa – Agente Guima; Chico Máximo – Búfalos Associados; Abreu –
Acacrime; Inspector Burc – Vari Sela; Teresa Afonso – Inspector Vilaverde;
Milit.com – Zé; Quaresma – Articrime; Deco – Hugo Foguete; Ego – Agente
Diabólico; Papari – Cota Mil; Azimute – Carla Pina; Axacal – Zé Zero; Mister H
– Lusito; Dr. Fonseca – Juz Cougar; Senhor Porco – Académico; Agente Jota –
Fina Live; Inspector Aranha – A Selenix; Sossavart – Inspector Ferro; Syriza –
Reguso; Luís Zero – Geringonça.
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