domingo, 27 de agosto de 2017

POLICIÁRIO 1360



SORTEIO DA TAÇA EM DIA DE HOMENAGENS


Para além dos confrontos dos oitavos de final da Taça, vamos poder recordar dois “monstros sagrados” do nosso Policiário, ambos falecidos no mês de Agosto e que tanta falta nos fazem, ao Policiário e a nós, que tivemos o privilégio de com eles convivermos: Recordamos DIC ROLAND e KO.

 OITAVOS DE FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL

Com a aproximação do final da nossa época competitiva, a selecção vai sendo feita e os “detectives” mais apetrechados ou mais sortudos, vão conseguindo impor-se e passar eliminatórias, rumo à desejada final.
Eis os resultado do sorteio dos oitavos de final da taça deste ano, com a preciosa ajuda da inevitável “D. Sorte” a que se referia o nosso saudoso Sete de Espadas:

Daniel Falcão – Karl Marques; Búfalos Associados – Mister H; Inspector Boavida – Detective Jeremias; Paulo – A Raposo & Lena; Zé - Ribeiro de Carvalho; Rigor Mortis – Ego; Inspector Aranha – Alex; Inspector Moscardo – Deco.
Destaque para o confronto entre a Detective Jeremias e o Inspector Boavida, que vai deixar pelo caminho um forte candidato à vitória. Grande equilíbrio vai estar certamente nos embates de Daniel Falcão com Karl Marques, bem como do “mano” deste, Mister H, com a dupla Búfalos Associados; emoção e dúvida até final, vai estar presente quando Paulo e a dupla A. Raposo & Lena medirem argumentos!
Em suma, oito belíssimos confrontos, que vão abrir as portas dos quartos de final da competição aos oito “detectives” que conseguirem suplantar os seus adversários directos.

 DIC ROLAND (n. 1921.04.11, f. 2006.08.09)

Este nosso confrade apareceu no Policiário com a nossa secção. Leitor do PÚBLICO desde o primeiro número, como fazia questão de frisar, cedo foi atraído pelos desafios policiais e desde logo neles se embrenhou.
Com uma vida riquíssima e cheia de episódios, de que se destacam os passados na Índia, onde chegou a ser comandante da polícia em Goa, até à sua fixação junto de Castelo Branco, onde era gerente de uma unidade hoteleira, nos primórdios da sua participação no Policiário, tendo depois passado pelo Fratel, até se fixar em Vila Nova de Santo André, Dic Roland era, podemos dizê-lo sem exagero, um “Cavaleiro Andante” do Policiário, percorrendo o país de lés-a-lés, para onde houvesse um acontecimento, fosse ele qual fosse: campeão dos convívios, presença certa nas reuniões da Tertúlia da Liberdade, sempre pronto para dois dedos de conversa ou para a discussão de qualquer caso mais intricado!
Dic Roland vivia o “seu” Policiário com uma intensidade única e eram inúmeros os telefonemas para nos dar a conhecer factos erradamente transmitidos, ou gralhas que alteravam o sentido das coisas, ou a confirmar o envio das soluções dos enigmas…
O seu apurado gosto pelo convívio ficou sempre amplamente documentado nas realizações em que se empenhou. Na estalagem junto à Barragem do Fratel, de que era gerente na altura, com almoço e passeio por Nisa, na companhia do Presidente da Câmara da vila alentejana e visita das termas da Fadagosa. Nos convívios do litoral alentejano, já a partir de Santo André, onde fundou uma tertúlia, com os confrades Vilnosa e Sinid Agiev e que tinham sempre uma componente cultural e lúdica a não desprezar. Houve safaris no parque temático Badoka Park; houve buscas nas praias do litoral alentejano, à procura da prova necessária para a decifração de mais um caso; houve visita às ruínas da cidade romana de Miróbriga, em Santiago do Cacém…
Dic Roland foi um “detective” completo: Foi campeão nacional, conquistou a taça de Portugal, foi policiarista do ano, comandou o ranking, esteve em todos os acontecimentos importantes da nossa história, foi um mestre na arte de saber conviver.

K.O. (n. 1939.01.06, f. 2007.08.24)


Conhecemos o K.O. logo no início deste nosso espaço, no ano de 1992. Era já um policiarista antigo, que andara por muitos dos acontecimentos mais marcantes da nossa actividade e que naquele momento regressava “a casa”, à sua casa Policiária.
Decifrador de elevada craveira, entusiasta do Policiário, desde logo se destacou pelas soluções elaboradas que produzia, ao ponto de serem muitas as vezes em que combinava connosco um encontro no parque de estacionamento de um hipermercado no Cacém, para entregar um “embrulho” que continha a sua proposta de solução, à tarde, quando ele regressava a casa em Mem Martins, vindo da “sua” escola, onde leccionava e fazia parte da direcção.
Vencedor por natureza, K.O. acumulou títulos e prémios, espalhou a sua simplicidade, simpatia e entusiasmo por todos os locais por onde o Policiário passou, deixando um rasto de admiração pelas suas qualidades, muito bem secundado pela sua inseparável mulher, a D. Isaurinda, sua verdadeira “alma gémea” em tudo, sendo difícil encontrar duas pessoas tão completas, tão Amigas dos seus Amigos, tão interessadas com o bem-estar de todos à sua volta!...


O K.O., presença assídua e constante em todos os acontecimentos policiários, com a sua “metade” Isaurinda, pertence ao restrito número dos nossos Maiores e será recordado pelo seu exemplo de luta, também contra a doença que o minou. Poucos dias antes de falecer, telefonou-nos para saber se passara uma eliminatória da Taça de Portugal! O “nosso” K.O. esteve connosco até encerrar este capítulo da sua vida, sempre na convicção de poder vencer a doença e regressar. Lutador, sempre, até ao fim! Em tudo na sua vida, onde o Policiário desempenhou um papel importante.



1 comentário:

disse...

Duas saudades.
Longas conversas com o Dic! Inesquecível...Muitas sagas com outros grandes amigos...
É a vida..